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Lingua portuguesa - aula 8, Notas de aula de Administração Empresarial

Aulas de português básico

Tipologia: Notas de aula

2012

Compartilhado em 26/10/2012

elisangela-ribeiro-8
elisangela-ribeiro-8 🇧🇷

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LÍNGUA PORTUGUESA
SECAL VIRTUAL
1
AULA 8
DISCIPLINA DE
NGUA
PORTUGUESA
PROF. RODRIGO A. KOVALSKI
AULA 8
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DISCIPLINA DE

LÍNGUA

PORTUGUESA

PROF. RODRIGO A. KOVALSKI

AULA 8

A aula 8 de língua portuguesa será interinamente sobre pontuação, explicando os principais tipos de pausas, a importância da pontuação e suas utilizações.

Acompanhe um texto abaixo, que exemplifica o uso da pontuação:

Um homem rico, sentindo-se morrer, pediu papel e pena e escreveu assim: “Deixo os bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do alfaiate nada aos pobres”. Não teve tempo de pontuar – e morreu. A quem deixava ele a sua riqueza? Eram quatro os concorrentes: Chegou o sobrinho e fez estas pontuações numa cópia do bilhete: “Deixo os meus bens a minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres”. A irmã do morto chegou em seguida com outra cópia do escrito, e pontuou deste modo: “Deixo os meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres”. Surgiu o alfaiate que, pedindo a cópia do original, fez estas pontuações: “Deixo os bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres”. O juiz estudava o caso, quando chegaram os pobres da cidade, e um deles, mais sabido, tomando outra cópia, pontuou assim: “Deixo os meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do alfaiate? Nada! Aos pobres!

(Texto retirado da Nova Redação Gramática & Literatura, de autoria de Luiz Fernando Mazzarotto. 2. ed. São Paulo: DCL, 2009, p. 384)

Logicamente o texto acima se trata de uma ironia ao sistema de pontuação, porém, realça perfeitamente como tipos de pausa podem mudar o sentido de um texto e automaticamente sua compreensão.

Mas na verdade, quais são os tipos de pausas existentes dentro de nosso sistema linguístico?

As pausas, que na oralidade ou na escrita ditam um ritmo, são características de inflexões e são caracterizadas de três modos:

1. A pausa indicativa que demonstra que a frase ainda não foi concluída, que não chegou ao seu termino.

Marcam-se por: (,) vírgula, ( __ ) travessão, o parênteses ( ), o ponto e vírgula (;) e os dois pontos (:).

2. Encontramos também a pausa indicativa de término do discurso. São eles: o ponto simples, o ponto final e o ponto parágrafo.

3. A terceira marca indicativa de pontuação demonstra um estado emotivo ou possui uma intenção, são eles:

o ponto de interrogação (?), o ponto de exclamação (!) e as reticências (...).

Saindo da teoria e exemplificando a pontuação, logo abaixo você encontrará, a utilização das pausas (pontuação) seguidas de exemplos para visualização na prática sobre a temática. Acompanhe:

Aspas

Usam-se aspas:

a) Quando há palavras ou expressões populares, gírias, neologismos, estrangeirismos ou arcaísmos.

Exemplos: Há “trombadinhas” nas cidades grandes “batendo carteira” o tempo todo, mas não há providências. Por favor, antes de sair, faça um “backup”! Ele mora lá nos “cafundós do Judas”!

b) Antes ou depois de citações. (*)

Exemplos: Nesta segunda-feira, 31/01/09, o ministro do Desenvolvimento disse o seguinte a respeito do aumento no salário mínimo para R$ 450,00: “Esse aumento representa beneficiar mais de 46,7 milhões de pessoas, entre aposentados e pensionistas”.

Então, de acordo com a significação acima, é fácil identificar o uso do ponto de exclamação: está nas frases que exprimem surpresa, felicidade, indignação, admiração, susto. E, portanto, está:

Nas frases exclamativas:

1. Isso é muito interessante!

2. Não podemos continuar assim!

Após imperativos:

1. Deixe-me!

2. Vá embora!

Depois das interjeições:

1. Ah! Ufa! Uau! Nossa! Beleza!

Após locuções interjetivas:

1. Minha nossa! Que bom! Que pena!

Ponto de interrogação (?)

Assim como o ponto de exclamação, o de interrogação também se caracteriza pelo nome. Afinal, o que é interrogar? É o ato de perguntar, questionar.

Logo, sempre quando há uma indagação, um questionamento, há um ponto de interrogação. Observe:

1. Você não quer jantar?

2. Por que o país não enxerga os miseráveis?

3. Não vou não, por quê?

Pode ainda ser usado junto com o ponto de exclamação para indicar um questionamento unido à admiração ou surpresa:

1. Eu?! Tem certeza?

2. - Quem vai ao supermercado para a mamãe?

  • Eu vou!
  • Você, Maria?! Muito bom!

Travessão

Usamos o travessão nos seguintes casos:

1. Iniciar a fala de uma personagem:

Exemplo: A menina enfim disse:

  • Não vamos nos preocupar com o porvir porque vamos dar nosso melhor hoje!

2. Indicar mudança de interlocutor em um diálogo:

  • Vou fazer exercícios e me preocupar mais com minha saúde.
  • Farei o mesmo.

3. Para enfatizar alguma palavra ou expressão em um texto ou em substituição à vírgula:

a) O grupo teatral – elogiado pela imprensa – estava deixando o hotel esta manhã.

b) Luiz Inácio - presidente da república – não pode se candidatar para uma nova eleição!

Dois Pontos

Os dois-pontos são usados:

Em enumerações

Exemplo: A mulher foi à feira e levou: dinheiro, uma sacola, cartão de crédito, um porta-níquel, e uma luva. Uma luva?

Antes de uma citação

Exemplos: A respeito de fazer o bem aos outros, Confúcio disse certa vez: “O ver o bem e não fazê-lo é sinal de covardia.” Por toda rigidez acerca dos pensamentos do século XIX, Nietzsche disse: “E falsa seja para nós toda verdade que não tenha sido acompanhada por uma gargalhada”.

Quando se quer esclarecer algo

Exemplos: Ele conquistou o que tanto desejava: uma vaga no TRT de Brasília. Abriu mão do que mais gostava: acordar tarde. Mas foi recompensado por isso.

No vocativo em cartas, sejam comerciais ou sociais (ou vírgulas)

Exemplo: Querida amiga: (ou ,) Estarei na sua casa no próximo mês. Tenho muito que te contar. (...)

Após as palavras: exemplo, observação, nota, importante, etc.

Exemplos:

a) Importante: Não se esqueça de colocar hífen na palavra ponto-e-vírgula.

b) Observação: o ponto de interrogação pode indicar surpresa: Mesmo?

Ponto-e-vírgula

Falando agora sobre o ponto-e-vírgula, este não possui função nem de ponto final e nem de vírgula, mas é um intermediário entre eles. Ou seja, não há uma pausa total, nem breve, mas uma moderação entre as duas. É usado:

Para separar itens em uma enumeração (comuns em leis):

Art. 1º A locação de imóvel urbano regula-se pelo disposto nesta Lei. Parágrafo único. Continuam regulados pelo Código Civil e pelas leis especiais: a) as locações:

  1. de imóveis de propriedade da União, dos Estados dos Municípios, de suas autarquias e fundações públicas;
  2. de vagas autônomas de garagem ou de espaços para estacionamento de veículos;
  3. de espaços destinados à publicidade;

Para apartar orações coordenadas muito extensas ou que já possuam vírgula:

3. Sempre com a vírgula antes da conjunção: mas, porém, pois e portanto.

Devem vir entre vírgulas:

a. Vocativo:

Ex.: Venha, Miguel, estamos a sua espera.

b. Aposto:

Ex.: Josué, historiador e professor, chegou. “Iracema, a virgem dos lábios de mel, tinha os cabelos...” (José de Alencar)

c. Os adjuntos adverbiais

Ex.: Augusto partiu, inesperadamente, da cidade.

d. Diante de orações intercaladas

Ex.: Pareço, observou a mulher, um homem feliz.

e. Diante de orações subordinadas adjetivas:

Ex.: O homem, que é mortal, pouco sabe sobre a Terra.

f. Expressões explicativas (isto é, a saber, por exemplo, a meu ver, em minha opinião ...)

Ex.: O amor, isto é, o melhor dos sentimentos, inicia-se em Deus.

g. Conjunções coordenativas adversativas, quando pospostas (mas, porém, contudo, entretanto, todavia, etc.)

Ex.: A chuva, porém, continuava sem parar.

Devem vir precedidos de vírgula

a. os elementos e orações coordenadas assindeticamente:

Ex.: Amor, fortuna, ciência, somente isso não traz felicidade. Vim, vi e venci.

b. as datas e o endereço:

Ex.: Ponta Grossa, 08 de junho de 2009. Avenida das Águias, 1456.

c. as orações subordinadas adverbiais e adjetivas restritivas (em geral):

Ex.: Um vegetal é um animal, que dorme. Juro que te amarei, embora sejamos casados.

d. na indicação da elipse de um termo:

Ex.: Uns diziam que se matou; outros, que fora para o São Paulo.

e. Diante de orações subordinadas reduzidas de gerúndio e particípio:

Ex.: Mentindo, será castigado. Realizando o exercício, estaremos cientes do uso da vírgula.

f. com orações principais pospostas:

Ex.: Embora eu estude, não aprendo.

(Obs.: Ainda podem ocorrer outros casos aonde palavras vêm precedidas de vírgula, mas são casos restritos de um uso diário, apenas em situações específicas de uso.)