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Lingua portuguesa - aula 1, Notas de aula de Administração Empresarial

Aulas de português básico

Tipologia: Notas de aula

2012

Compartilhado em 26/10/2012

elisangela-ribeiro-8
elisangela-ribeiro-8 🇧🇷

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LÍNGUA PORTUGUESA
SECAL VIRTUAL
1
AULA 1
DISCIPLINA DE
NGUA
PORTUGUESA
PROF. RODRIGO A. KOVALSKI
AULA 1
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DISCIPLINA DE

LÍNGUA

PORTUGUESA

PROF. RODRIGO A. KOVALSKI

AULA 1

1. LÍNGUA E LINGUAGEM

“Dizer que somos seres falantes significa dizer que temos e somos linguagem, que ela é uma criação humana (uma instituição sociocultural), ao mesmo tempo que nos cria como humanos (seres sociais e culturais). A linguagem é nossa via de acesso ao mundo e ao pensamento (...). Ter experiência da linguagem é ter uma experiência espantosa: emitimos e ouvimos sons, escrevemos e lemos letras, mas, sem que saibamos como, experimentamos sentidos, significados, significações, emoções, desejos, ideias.”

CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1994.

A LINGUAGEM

O texto nos chama a atenção para o fato de que uma das diferenças marcantes entre o ser humano e os outros animais é a faculdade da linguagem. Se não possuísse linguagem, o ser humano não poderia sequer formular mentalmente questões, muito menos explicá-las.

Pode-se definir linguagem como um sistema de signos capaz de representar, através do som, letra, cor, imagem, gesto, etc., significados básicos que resultam de uma interpretação da realidade e da construção de categorias mentais que representem os resultados dessa interpretação.

No nosso dia-a-dia, convivemos com diferentes linguagens.

As chamadas línguas naturais, a pintura, a música, a dança, os sistemas gestuais, os sistemas particulares de signos — tal como o código Morse —, os mitos, os logotipos, os quadrinhos, são exemplos de diferentes linguagens utilizadas pelo ser humano.

Os signos linguísticos

Dentre os exemplos de linguagem, é importante destacar as línguas naturais (Inglês, Chinês, Francês, Português, Russo, Guarani, etc.), que são sistemas de signos linguísticos.

Os signos linguísticos são os elementos de significação nos quais se baseiam as línguas. Possuem uma dupla face:

1) a face do significante (o suporte para uma ideia; por exemplo, a sequência de sons que se combinam nas palavras)

2) a face do significado (a própria ideia ou conteúdo intelectual).

Pessoas que pertencem a uma mesma comunidade usam a linguagem para representar a realidade e nela interferir. É por isso que as linguagens desenvolvidas pelo ser humano pressupõem conhecimento, por parte de seus usuários, do valor simbólico dos seus signos. Se não houvesse acordo com relação a esse valor simbólico (por exemplo, relacionar a cor verde, nos sinais de transito, à autorização para prosseguir), qualquer interação através da linguagem ficaria prejudicada, pois não haveria comunicação possível.

Na tirinha, a comunicação é o efeito principal para a compreensão do entendimento, pois é gerada uma dupla significação: a primeira, que o livro literalmente prendeu a traça;

SIGNIFICADO SIGNIFICANTE

LIVROS

“Gente!!!!!!!

Olha tá tudo bem tá? Eu imagino o que vcs devem tar ouvindo ai... muita loucura!!! Confesso que essa explosão dos twins não estava no gibi!!! Cara vcs não tem noção de como foi... da minha escola dava pra ver tudo!!! Eu tava na minha primieira aula quando uma mulher entrou na sala de aula e falou baixo com o professor e depois mandou todo mundo olhar pra traz!!! Detalhe, a vista da sala de aula que eu tava dava pra ver direitinho o lugar do acidente!!! Ai, na moral..... todo mundo da sala virou pra traz e só deu aquele oooooooooooohhhhhhhhhh!!!!!!!!!!!!!!!!! Cara ninguém podia acreditar naquilo, tava um dos prédios pegando fogo.... aí a aula parou e todo mundo ficou olhando pra fora, mais o pior foi que daqui a pouco me aparece um avião e bate no segundo.....Bicho..... todo mundo começou a gritar.....parecia mentira aquilo que eu vi, nem eu consigo acreditar naquilo......só de lembrar eu fico arrepiada.... a maior explosão lá... (...) Bom, logo mando mais noticias para vcs.... amuuuuuu todos vcs de mais, e pode deixar que tá tudo bem aqui..... (...) Beijos no coração de cada um.... Carol!!!!!!”

Ainda que o contexto permita uma informalidade total entre os interlocutores e a situação explique o grau de sua autora, a forma utilizada é típica da fala; um registro escrito dos mesmos eventos, ainda que informal, teria características estruturais bem diferentes do texto apresentado.

Gíria

A gíria ou jargão é uma forma de linguagem baseada em um vocabulário especialmente criado por um determinado grupo ou categoria social com o objetivo de servir de emblema para os membros do grupo, distinguindo-os dos demais falantes da língua.

A gíria, ao mesmo tempo que contribui para definir a identidade do grupo que a utiliza, funciona como um meio de exclusão dos indivíduos externos a esse grupo, pois costuma

resultar em uma linguagem incompreensível.

Entre os jovens, são vários os traços que identificam os membros de um mesmo grupo: as roupas, os adereços, os gostos e o uso específico que fazem da linguagem.

Os elementos da comunicação

O linguista russo Roman Jakobson propôs em 1969 um modelo explicativo para o processo de comunicação verbal baseado em seis fatores: o remetente (emissor de signos) que, em relação com o destinatário (receptor de signos), envia-lhe uma mensagem por um canal (língua oral, língua escrita, TV, jornal...). A mensagem é expressa através de um código compartilhado pelo emissor e pelo receptor e faz referência a um contexto. O esquema seguinte ilustra essa visão do processo comunicativo.

CONTEXTO

CÓDIGO

EMISSOR RECEPTOR

CANAL

MENSAGEM

Segundo a Teoria da Comunicação, toda mensagem tem uma finalidade predominante que pode ser a transmissão de informação, o estabelecimento puro e simples de uma relação comunicativa, a expressão de emoções, e assim por diante. O conjunto dessas finalidades tem sido entendido sob o rótulo geral de funções da linguagem.

Função referencial ou denotativa

(ênfase no contexto)

A gíria ou jargão é uma forma de linguagem baseada em um vocabulário especialmente criado por um determinado grupo ou categoria social com o objetivo de servir de emblema para os membros do grupo, distinguindo-os dos demais falantes da língua.

A moda na era viking

“Minúsculas lâminas de ouro encontradas em sítios arqueológicos na Escandinávia permitem que se saiba mais sobre a vestimenta, os cortes de cabelo e as práticas religiosas dos vikings. As ‘guldgbuggers’, lâminas do tamanho de uma unha, remontam ao século VI; outras, mais recentes, foram achadas em ‘reáas’ vikings junto a sítios cerimoniais. Talvez fossem tíquetes para festivais religiosos, diz Per O. Thomsen, do museu Svendborg e Omegns, que escavou ‘guldgbuggers’ no sul da Dinamarca. Algumas trazem desenhos de animais, mas a maioria exibe figuras humanas.

National Geographic Brasil.n.2,jun.2000.v.1.

Função emotiva ou expressiva

(ênfase no remetente)

Quando o objetivo da mensagem é a expressão das emoções, atitudes, estados de espírito do emissor com relação ao que fala, temos como função predominante da linguagem, no texto, a emotiva. Observe como a lamentação da personagem desta tirinha traduz bem as emoções que está sentindo.

Função conativa ou apelativa

(ênfase no destinatário)

Quando o objetivo da mensagem é a expressão das emoções, atitudes, estados de espírito do emissor com relação ao que fala, temos como função predominante da linguagem, no texto, a

emotiva. Observe como a lamentação da personagem desta tirinha traduz bem as emoções que está sentindo. Veja o exemplo abaixo, destinado a convencer empresários a contribuírem para um programa social do governo.

Vamos juntar a fome com a vontade de fazer

“O Brasil vive um momento ideal para que os planos se tornem ações e as teorias partam para a prática. Vivemos hoje um clima de confiança, vontade política e, mais que isso, vontade da sociedade em começar a agir. Cada brasileiro comprou para si a briga contra a fome. E o Brasil conta com o apoio de sua empresa e de todos que fazem parte dela nessa luta. Esta é a hora de levar a responsabilidade social de sua empresa até os filhos de seus funcionários, até a comunidade carente mais próxima, até o sertão brasileiro. Acabar com a fome não se trata de um comprometimento com o governo, mas sim de um compromisso com o Brasil. (...) Se você leu este anúncio até aqui é porque você realmente tem vontade de fazer alguma coisa para resolver o problema da fome. Mas talvez não saiba exatamente o que fazer. Acesse o site, consulte o manual do Instituto Ethos e informe-se sobre como sua empresa pode participar do combate à fome em nosso país. Alimentar o Brasil é trabalho para um país inteiro. Mãos à obra.

Instituto Ethos. O Estado de S. Paulo. www.fomezero.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start. htm?sid=

Função Fática (ênfase no contato)

Quando o objetivo da mensagem é simplesmente o de estabelecer ou manter a comunicação, o contato entre o emissor e o receptor, diz-se que a função predominante é a fática. São exemplos típicos da função fática da linguagem as fórmulas de abertura de diálogos que constituem frases feitas, cuja finalidade é estabelecer a solidariedade comunicativa entre os participantes do diálogo.

Observe o exemplo do uso da função fática no diálogo travado entre as pessoas: Bom dia; Boa noite; Até logo; Olá; Tchau...