








Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Artigo de conclusão do semestre acerca das diferenças entre as lideranças das gerações baby boomers e X vs as gerações Y e Z
Tipologia: Trabalhos
1 / 14
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Um dos assuntos em alta atualmente, é a liderança. O mundo corporativo cada dia mais percebe que para alavancar os seus negócios, precisam de uma liderança eficiente, eficaz e que acima de tudo, se preocupa com as pessoas e a forma como elas são tratadas. O estudo realizado, mostra a liderança da “geração raiz” e a “geração nutella”, apresentando seus perfis, pontos fortes, pontos fracos e seus principais desafios, fundamentados por livros, artigos, revistas e sites especializados.
Torna-se relevante o assunto abordado, pois identifica em um contexto geral as principais características de um líder, o grau de responsabilidade deste representante perante as empresas, levando em consideração toda a expectativa do mercado fornecedor e consumidor. Mas, uns dos principais questionamentos são: Qual o perfil de líder que mais agrada as empresas? Ou qual o líder que melhor representa as corporações?
Esta escolha traz um grande impacto nas indústrias, pode fortalecer um negócio, deixa-lo estagnado ou no pior dos casos, levar a empresa ao fracasso, então é fato que se transforma em um ponto de inflexão no sucesso das organizações, tendo em vista a projeção do próprio líder em satisfação plena de realizar um bom trabalho.
Há diversos conceitos sobre liderança, porem uma das melhores definições sobre o assunto é a de James Hunter (2006). Ele diz que a liderança é a “Habilidade de influenciar pessoas para que trabalhem com entusiasmo por objetivos identificados como voltados para o bem comum, com um caráter que inspire confiança e excelência”.
De forma bem simples, liderança é a arte de persuadir um grupo a fazer algo que muitas vezes não são motivadas a fazer. Essa arte está na humanidade desde as primeiras civilizações, temos como exemplo os Acádios, que, por volta de 2000 A.C, liderados pelo imperador Sargão I, conquistaram a civilização Suméria e fundaram o primeiro grande império (FABER,2017).
Naquele tempo a liderança era associada a força, grandes líderes convenciam seus impérios a lutarem por eles pois seus nomes eram grandes, seus feitos eram conhecidos, ou seja, a influência do líder era associada as suas atitudes e posicionamentos desde o princípio. Outra forma de liderança que encontramos tanto na sociedade antiga quanto atualmente são as lideranças religiosas. É sabido por muitos que diversas guerras foram travadas em nome de deuses. Líderes religiosos usavam de sua influência para mover exércitos em grandes guerras contra outros povos.
[...] a igreja do Ocidente formulou, já desde o século IV, uma teoria da “guerra justa”: Santo Agostinho... viu-se forçado a admitir a necessidade da guerra contra os heréticos que as armas espirituais não pudessem convencer, do mesmo modo que reconheceu a legitimidade da guerra defensiva. Com a promessa de recompensas celestes aos combatentes, foi fácil passar da noção de guerra justa para a de guerra santa. (MORRISSON, 2009)
Como é de se perceber, as lideranças estavam muito atreladas a guerras no primeiro milênio da sociedade, porém com a revolução industrial, houve a necessidade de convencer as pessoas a não mais conquistar povos e nações mais sim trabalharem arduamente.
No início da liderança empresarial, com a predominância da escola clássica da administração, o objetivo dos líderes dentro das instituições era fazer com que as pessoas trabalhassem, haja vista que os pensadores clássicos acreditavam que a principal motivação dos funcionários era seu salário.
“[...] o foco da escola clássica visava à construção de uma gestão para supervisionar e alavancar o setor produtivo, gerando uma produção em massa, não importando as condições de trabalho, pois o foco era o tempo, aperfeiçoando a produção para gerar mais lucro. Desta forma, os líderes adquiriam formalismos ao gerir suas funções, funcionavam como um manual padronizado, acreditava-se que os operários eram motivados somente por recompensas salariais.” (SILVA,2014)
As primeiras lideranças industriais eram autoritárias e pouco convincentes, pois a gestão dos líderes era exclusivamente voltada aos processos, outro ponto que afetava diretamente nas relações entre líder e liderado era a inexperiência ao lidar com pessoas, isso foi perceptível com o surgimento da escola de
Ao longo dos anos, em qualquer perfil de liderança, observou-se diversos obstáculos que fortaleceram ou derrubaram vários líderes. Muitos desses desafios estão diretamente ligados as qualidades comportamentais do indivíduo, que por sua vez estão ligadas a geração que o próprio faz parte, tendo em vista que uma geração é definida por um grupo de pessoas que nasceram em um período próximo e compartilham visões sociais e comportamentos (HALLMANN,2012). Segundo Maxwell (2007) existem 7 principais desafios eminentes que os líderes enfrentam:
Maxwell lista em seu livro como o primeiro grande desafio sendo o da tensão, em alguns casos o líder não tem clareza onde está. Ele pode ter poder e autoridade para tomadas de decisão e acesso a alguns recursos, mas ao mesmo tempo lhe falta poder em outras. Isso acontece com frequência quando o gestor tem uma ideia inovadora para uma determinada situação, mas falta autoridade suficiente para conseguir aplicar o insight. O autor descreve este momento, como uma prisão.
Outro aspecto que Maxwell aborda é o desafio da realização. Todos os líderes almejam o sucesso, isso é fato, na verdade, todos aqueles que se empenham bastante em elevar o seu nível de conhecimento em algo, querem o topo. Se esforçam, gastam tempo, se dedicam ao máximo, porque tem um alvo, um objetivo que os move. Tudo isso é o preço que se paga para obter a auto performance, mas não acaba aí, a alta performance mostra a constância nos resultados, e é onde mora o perigo. Quando o líder alcança o topo, fica em evidência por qualquer resultado da equipe, tanto para os bons resultados, quanto para os maus resultados, consequentemente, é questionado constantemente. Sua função fica em “jogo” o tempo todo, quanto maior os ganhos, maior os riscos.
O desafio da visão é quando um líder começa um trabalho e vai aprimorando seus conhecimentos, logo passa a ter um “refinamento” nas suas escolhas, ideias mais precisas, porém o que torna desafiador é saber que na maioria das vezes a execução destas ideias não acontece. Maxwell mostra que muitos líderes não conseguem pôr em prática a sua visão e acabam colocando o ponto de vista dos que estão acima deles.
Há também o desafio dos muitos chapéus. O termo mostra demasiadas responsabilidades que um líder executa no decorrer de seu trabalho. Isso é um problema que, além de sobrecarga o líder pode afetar o resultado da organização, tendo em vista que eles não conseguem, às vezes, ter um bom desempenho em nenhuma de suas atividades.
Maxwell fala do desafio do ego, que funciona como um remédio, na falta dele você perece, na dose certa te salva, mas na superdosagem ele te mata, então, deve se levar em consideração este fator. É fundamental ter este feeling para que o líder possa injetar a dose necessária, proporcionando assim, o suficiente para execução coerente da sua função. Outro ponto, é que os líderes inexperientes, assim que assumem o seu posto, esperam o reconhecimento quase que de forma instantânea, e geralmente, isto não acontece, tornando assim um degrau desafiador para um líder de sucesso.
Um dos mais comuns e inevitáveis obstáculos da liderança é o desafio da influência, não há como ser um bom líder se não souber influenciar. O desafio aumenta quando o líder necessita exercer influência sobre os líderes que estão acima dele, sem mostrar prepotência ou alguma reação que venha desconectar a relação. Os bons líderes confiam em si mesmo, e por acreditarem que a sua maneira é a melhor, como foi citado acima, nem todas as vezes poderão colocar os seus objetivos em discussão ou em ação, porém, se tiver uma boa influência, algumas situações podem ser bem favoráveis.
Os líderes também se frustram com os seus líderes, no livro The 360 Degree Leader: Developing Your Influence from Anywhere in the Organization (o líder 360°): Como desenvolver o seu poder de influência a partir de qualquer ponto da estrutura corporativa) cita alguns tipos de líderes que acabam se tornando desafios para seus liderados, que por sua vez também são líderes.
O Líderes inseguros são egocêntricos e autocentrados. Eles analisam funcionários que se destacam, com isso, decidem interromper a escalada destas pessoas. De igual modo, visualizam aqueles colaboradores que não apresentam bons resultados, reagem de forma áspera porque isto os caracteriza maus gestores.
O Líder sem visão é aquele que não apresenta a direção ou incentivo. Não possui combustível para motivar sua equipe e tão pouco fazer uma projeção positiva de um projeto ou de uma tarefa específica.
O Líder incompetente não só é um problema para as pessoas que lideram, mas também, para uma corporação como um todo. São danosos, e é notório a sua falta de habilidade para assumir uma função de liderança.
O Líder egoísta “tentará exercer a sua liderança para os seus próprios ganhos e para o prejuízo dos outros” (PETERS,1998). Eles acham que a vida é um jogo e querem se promover em cima da capacidade dos outros.
O Líder controlador é fácil de reconhecer, porque ele gosta de se meter em tudo, acha que ninguém vai fazer algo tão bom quanto ele. É desgastante lidar com esse tipo de líder, pois as pessoas ficam com a sensação de que nunca sabem fazer nada. O autor relata que, líderes assim, não permitem o dinamismo, porque ficam interrompendo o progresso da equipe.
O desafio é algo que acompanha todas as pessoas, todo o tempo, principalmente um líder. É de vital importância que um gestor aprenda a conviver com os desafios, isto irá fazer parte do seu dia a dia e é uma das etapas do processo em busca do avanço. Ele está em uma linha tênue entre o sucesso e o fracasso, essa forma como o líder encara o desafio, é determinante, e muda totalmente o rumo das situações. Então, tanto o líder “raiz”, quanto líder “nutella” devem possuir atributos que os diferem das outras pessoas, os desafios assolam ambas as partes, mas, a pergunta que fica é: Como eles se posicionam, encaram e resolvem estes desafios?
As “gerações Nutellas” são compostas por indivíduos nascidos em 1980 até 2010, essas gerações são conhecidas por serem eloquentes, diversificada e uma insaciável vontade pelo novo. Pode se dizer que as “gerações Nutellas” “capitam os acontecimentos em tempo real e se conectam com uma variedade de pessoas, desenvolvendo a visão sistêmica e aceitando a diversidade “(COMAZZETTO, VASCONCELLOS, et al.,2016).
De fato, essa característica de transformação se dá pelo período que os indivíduos das gerações nasceram, uma pessoa da geração Z, por exemplo, não sabe o que é um mundo sem internet, sem a portabilidade, onde você não tenha “o mundo” na palma de suas mãos. Dito isso pode se dizer que essas gerações são práticas, dominadoras, no que desrespeito a tecnologia e muito criativas. Com tudo, o apelido “Nutella” não está associado aos dotes dos membros das gerações “caçulinhas”, mas sim as suas dificuldades.
Infelizmente, essa interação agressiva com a tecnologia tem feito com que muitos indivíduos dessas gerações percam principais e cruciais requisitos no mercado de trabalho como a relação interpessoal. O acesso contínuo e desregrado tem causado diversos problemas de saúde as novas gerações, tais como depressão e dependência digital (BARROS, ROLDÃO. 2017)
Outro ponto que prejudica a performance dos jovens das gerações Y e Z é a síndrome do “rei na barriga”. Essa síndrome os torna irrepreensíveis, mimados, ansiosos e imediatistas, isso resulta na insatisfação precoce e abandono de emprego por muitos dessas gerações.
Como foi citado no capítulo 2, o mundo corporativo contemporâneo tem diversos desafios para as lideranças, então como é que as gerações “raízes” e “Nuttellas” tendem a tomar as suas decisões quando são postas a esses desafios?
Se tomar como exemplo o desafio da realização e da tenção, pode se dizer que um líder de “geração raiz” se sente realizado em ser reconhecido como um bom funcionário. Ele é fiel, tanto aos seus desejos quanto aos da companhia. Sendo assim, quando ele se depara com esses dois desafios ele sofre de maneira melancólica, no sentido de “eu não estou atendendo as expectativas”, tenta ao máximo melhorar e acertar, tudo isso em nome da fidelidade. Por outro lado, um líder de “geração Nuttella” tende a lidar melhor com essa situação, pelo fato de que ele é exclusivamente voltado a seus ideais e objetivos. Como já foi exposto, os novatos amam serem desafiados, porém se essa pressão por resultado for substituída por insatisfação no trabalho, o líder da “geração Nuttela” tende a mudar de trabalho.
Outro desafio que as duas classes de gerações provavelmente trabalhariam de forma distinta, seria o desafio dos vários chapéus. O líder das “gerações raízes” tende a ser metódico e aversivo a novos métodos, com tudo o líder das “gerações Nutellas”, são mais versáteis e criativos. Essa diferença pesa bastante quando há uma demanda de execução de vários trabalhos, as vezes o líder tem que improvisar, encurtar processos e facilitar o caminho, dentro da moralidade e possibilidades, para seus liderados.
O desafio de influenciar é um dos que mais se pode perceber a diferença entre as gerações, “um líder deve conhecer bem os membros de sua equipe, entender bem as suas necessidades, dificuldades e pontos positivos” (DIAS, 2018) enquanto o líder “raiz” domina a arte do relacionamento interpessoal, sabe cativar e convencer as pessoas, pelo simples fato de ouvir e entender seus liderados, o líder “Nutella” é imediatista, tem nos resultados e muitas vezes é antipático.
O desafio do ego é um perigo para ambas as lideranças. O líder “raiz” pode ser inflamado pelo ego ao se colocar em uma posição de não querer aprender algo novo por ter muita experiência. Contra partida, o ego se torna um perigo para o líder “Nutella” quando ele não quer aprender nada, pois tem um
sentimento de “dono do mundo”. Infelizmente independente da geração, o ego é um mal que é intrínseco do homem e como foi citado no capítulo 2, deve ser usado na dose correta.
Expostos aos desafios da liderança, cada tipo de líder se comportaria de acordo com a geração dele, nossas atitudes e tomadas de decisões estão diretamente ligadas a nossa sociedade e as nossas experiências.