











Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Visto a importância e significado afetivo que os felinos representam para seus tutores, é de extrema importância a realização de uma imunização satisfatória abrangendo diversas infecções, dentre elas, o vírus da leucemia felina. O manejo para com o animal também é fundamental, pois manter os animais de estimação em casa e sem contato com outros animais doentes, é essencial para evitar a transmissão de doenças. Assim, é crucial que haja interação entre tutor e veterinário e, juntamente com o auxí
Tipologia: Trabalhos
1 / 19
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Trabalho apresentado para o cumprimento de atividades referentes ao Estágio Supervisionado I do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Una de Bom Despacho, sob a supervisão do orientador Caio Augusto Leles da Costa.
SUMÁRIO
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA DE BOM DESPACHO
O estágio realizado me fez obter uma maior afinidade com a clínica de pequenos animais, ampliando meu conhecimento das diferentes doenças e os hábitos mais rotineiros dos animais domésticos, mostrando também as dificuldades no cotidiano do Centro Veterinário. No estágio proporcionado pelo Centro Veterinário São Francisco, foi possível perceber como os proprietários são imprudentes com seus animais proporcionando a existência de variáveis patologias, visto isso, pude perceber a importância do protocolo de vacinação bem executado, uma boa nutrição e cuidado no manejo. Além de me proporcionar novos conhecimentos, esse período que passei na clínica me fez perceber o quão fascinante é cuidar dos pequenos animais e pude ter certeza que é nessa área que quero atuar após minha formação. Muitas pessoas julgam que os gatos não precisam de companhia por serem autossuficientes, isso não é verdade, eles precisam de carinho, atenção e sobretudo cuidados, como qualquer animal doméstico. De acordo com um estudo publicado no American Journal of Cardiology, pessoas que tem gato como animal de estimação e que já passaram por um ataque cardíaco, possuem uma menor probabilidade de morrer no ano seguinte comparado a pessoas que não tem gatos. Essa ocorrência é devido ao ronronado que o gato produz, fazendo com que haja vaso dilatação arterial, gerando um relaxamento do coração. O relatório em questão baseia-se em uma revisão de literatura seguida de um relato de caso, relacionado à um gato acometido pelo vírus da leucemia felina (FeLV), executado pelo aluno Tiago Ferreira Costa, na cidade de Bom Despacho MG, no Centro Veterinário São Francisco no mês de novembro do ano 2018.
O vírus da leucemia felina (FeLV, feline leukaemia virus ) é pertencente à família retroviridae e gênero Gammaretrovirus. Possui um envelope lipoprotéico e ácido ribonucleico de fita simples (RNA, ribonlucleic acid ). O RNA é transcrito em ácido desoxirribonucleico (DNA, deoxyribonucleic acid ) pela enzima transcriptase reversa e, em seguida, integrado ao genoma da célula (HARTMANN, 2006). Este vírus apresenta distribuição mundial e além de gatos domésticos, também acomete diferentes espécies de felídeos (HARTAMANN, 2012a). Os sinais oriundos dessa infecção podem apresentar-se como inespecíficos e variáveis, sendo o agente destaque em relação ao maior número de síndromes clínicas em relação aos demais. (HARTAMANN, 2012a). A efetividade do tratamento não é considerada, entretanto, um gato doméstico diagnosticado com FeLV não necessariamente precisa ser sacrificado (SHERDING, 2008). Devido à imunossupressão, gatos infectados pelo Vírus da Imunodeficiência Felina são predispostos às infecções secundárias e oportunistas, porém a maior parte delas podem ser tratadas (HARTAMANN, 2012a). Portanto, através do tratamento das infecções secundárias em associação com terapias paliativas e cuidados gerais da
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA DE BOM DESPACHO meses de vida apresentam-se mais susceptíveis à infecção. Apesar da maior taxa de infecção em gatos jovens, a probabilidade de gatos adultos contraírem a doença é de 50%, quando desafiados (SHERDING, 2008; AMORIM DA COSTA; NORSWORTHY, 2011; HARTMANN, 2012a). Acesso à rua (COHN, 2006), aglomeração de animais errantes que não realizaram o teste para FeLV e dentre eles, a prevalência de filhotes, determinam fatores de risco para a infecção (SHERDING,2008). Além desses fatores de risco, a agressividade entre os gatos, como brigas entre machos não castrados também são pontos importantes. FeLV é transmitida facilmente por contato social (HARTMANN, 2012a). O contato prolongado com secreções nasais e saliva infectada constituem a principal forma de transmissão e a transmissão horizontal é menos importante (NELSON e COUTO, 2006). O vírus não consegue permanecer vivo por muito tempo fora de seu hospedeiro. Ele sobrevive no máximo 48 horas em ambiente com temperatura e umidade adequada. Como esse vírus tem a presença do envelope lipídico, é facilmente inativado por detergentes, desinfetantes, ambiente seco e calor (SHERDING, 2008; HARTMANN, 2012a).
Quando o gato é infectado pelo vírus da Leucemia felina esse vírus é conduzido para dentro da orofaringe de animais vulneráveis ocorrendo o crescimento no tecido linfóide local, logo em seguida a prosápia é conduzida na corrente sanguínea até chegar à medula óssea e órgãos linfóides, no qual ocorre crescimento intenso em células em divisão (ROJKO et al ., 1979). Portanto os vírus nocivos que se encontram na medula óssea e órgão linfóide acabam se difundindo por todo corpo do animal por meio do plasma e acometendo também células epiteliais em múltiplos órgãos, abrangendo a mucosa nasal, orofaringe e as glândulas salivares onde ocorre a segregação do vírus. Logo após o animal ser exposto ao vírus, à infecção existente vai apresentar alguns desfechos que será: infecção abortiva, infecção regressiva, infecção progressiva e infecção atípica (HOFMANN-LEHMANN et al ., 2007; HOFMANN-LEHMANN et al ., 2008; TORRES, MATHIASON; HOOVER, 2005). Quando se trata da infecção abortiva estamos falando da capacidade do sistema imune do felino de reagir ou até mesmo combater adequadamente o patógeno, impedindo através da resposta humoral que é mediada por células efetivas a multiplicação do FeLV e havendo a destruição do mesmo. Esses animais não vão apresentar viremia sendo negativos em testes de cultura viral entre outro, mesmo mostrando elevados níveis de anticorpos neutralizantes (TORRES, MATHIASON; HOOVER, 2005; HATMANN, 2012a). Juntamente com a infecção regressiva ocorre uma resposta imune efetiva, que é capaz de conter a replicação do vírus e a viremia antecedendo sua chega à medula ou até mesmo após a sua infecção. Ao decorrer da viremia que o animal se encontra se for feito o exame para detectar antígenos p27 livres vai ser constatado que esse animal é positivo. Durante esse período o animal estará expelindo o vírus e outros gatos poderão ser infectados. Em grande parte dos animais, a viremia permanece de três a seis semanas. Já em outros animais essa viremia pode persistir por mais de três semanas, de maneira com que as células da medula fiquem infectadas, fazendo com que possa ser constatado o antígeno viral intracelularmente em plaquetas e granulócitos (HARTMANN, 2012a). É aceitável que alguns gatos
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA DE BOM DESPACHO preservem um pequeno grau de células acometidas pelo FeLV na circulação e nos tecidos. No entanto outros gatos podem destruir as células contaminadas, contudo outros conseguem acondicionar as células infectadas, no entanto elas não conseguem gerar vírus, apesar disso pode ser averiguada a presença de DNA viral nos tecidos linfóides, circulação e medula óssea (TORRES, MATHIASON; HOOVER, 2005). Se a medula óssea estiver infectada, os gatos vão permanecer com o vírus no seu organismo não conseguindo eliminá-los, podendo até mesmo não ter viremia, pois a replicação viral ocorre devido à presença de uma informação que se encontra nas células tronco da medula óssea, denominando-se assim infecção latente (HARTMANN, 2012a). Entretanto, o DNA proviral não consegue ser traduzido em proteínas, e partículas virais infectadas não são sintetizadas. Gatos com infecção regressiva não foi notado a eliminação do FeLV, e são incapazes de transmitir para outros gatos (HARTMANN, 2012b). Estes animais se feitos exames para detecção de antígenos da FeLV terão o resultado como negativo. Os felinos que apresentarem infecção latente poderão acarretar o desenvolvimento de neoplasias, imunodepressão e mielodisplasias, essas alterações são provocadas pela integração do provirus no DNA das células. Pode-se notar que a infecções latentes podem ser reativadas quando o animal por um momento de terapia imunodepressora, prenhez e lactação, neste momento se for feito o teste de antígenos a viremia será detectada (AMORIN DA COSTA; NORSWORTHY, 2011; HATMANN 2012a). Há Indícios que o estado de latência pode ser transitório e que, com o passar do tempo, a maior parte dos animais com a infecção latente seria capaz de suprimir o FeLV da medula óssea. Animas que se revigoraram da infecção pela FeLV, tem alta expectativa de vida, propondo que a infecção latente não induz o aparecimento de doenças relacionadas ao FeLV (WILLETT; HOSIE, 2013). A chance de o animal com infecção latente ter uma re-excreção ou até mesmo desenvolver doenças seria mínima (LUTZ et al ., 2009). Já na infecção progressiva o sistema imune não consegue ter a resposta ideal para combater o vírus, ocorrendo então uma multiplicação intensa por um período maior que 16 semanas. Fazendo com que estes animais se mantenham virêmicos e infecciosos para os outros felinos até o fim de sua existência. Animais gradativamente infectados vão apresentar poucos anticorpos neutralizantes. A replicação do vírus acontece se forma gradativa na medula óssea, baço linfonodos e glândulas salivares (HARTMANN, 2012a). Os animais com a infecção progressiva podem ter chance de desencadear doenças relacionadas com o FeLV, levando à óbito a maioria desses gatos por essas doenças no período de três anos. (HARTMANN 2012a). O estudo feito por Sherding em 2008 mostra a proporção da mortalidade causada pela infecção progressiva, em gatos de seis meses a fatalidade chega a 30%, aos dois anos é de 60% e aos quatro anos chega a 90%. Gatos não vacinados e filhotes com idade abaixo de quatro meses que ficam com um intenso contato com o vírus podem desenvolver a infecção persistente. Agora falando de infecções atípicas ou focais foi constatada nessa infecção uma tenacidade na replicação viral em locais incomum (nas glândulas mamárias baço, linfonodos, bexiga, olhos ou intestino
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA DE BOM DESPACHO assim, a disseminação da doença. Para poder ser vacinado, o gato tem que ser negativo para FeLV (SHERDING, 2008). Gatos de qualquer idade podem ser testados. Os testes de triagem são responsáveis por detectar antígeno nuclear p27. Os testes de detecção do vírus diretos abrangem a identificação de antígenos virais, por meio do ELISA ou IFA; constatação da presença de ácido nucleico através do PCR, englobando a percepção do provirus ou vírus e isolamento viral (HARTMANN, 2012a). O ensaio imunoadsorvente ligado à enzima (ELISA) é o teste de triagem comumente empregado, o qual é capaz de detectar os antígenos p27 livres no plasma (AMORIM DA COSTA; NORSWORTHY, 2011; HARTMANN, 2012a). Este teste possui alta sensibilidade, pois é detecta 100% dos felinos com antigenemia. Porém, é de baixa especificidade, pois determinada quantidade de gatos infectados apresenta-se negativos para antígeno (infecções regressivas) e deste modo, não vão ser detectados por meio de testes baseados em antígeno (WILLETT; HOSSIE, 2013). Não é recomendável o uso de sangue completo, saliva ou lágrimas, pois pode resultar em falso-positivo (SHERDING,2008). Antes da medula óssea ser afetada, na viremia primária, o teste já se torna positivo. Deste modo, animais positivos podem estar relacionados à viremia transitória (gatos com infecção regressiva), viremia persistente (gatos com infecção progressiva) ou um falso -positivo. Gatos detectados com negativos são os não infectados, os que conseguiram destruir o vírus (transitoriamente infectados), animais que foram recém infectados e o antígeno p27 não foi reconhecido e por fim, os que possuem infecção latente ou focal (BARR, 1996; HARTMANN 2012a). Gatos clinicamente saudáveis devem ser submetidos a outro teste. Já aqueles positivos que apresentam sintomatologia relacionada à infecção viral são mais fidedignos (LUTZ, et al.,2009). IFA ou PCR são indicados como testes confirmatórios (SHERDING,2008; LUTZ, et al.,2009). O IFA está relacionado com infecção persistente e tem mais especificidade do que o ELISA. O resultado positivo do o ensaio de imunofluorescência (IFA) só se dá depois da infecção da medula óssea, após a viremia secundária (SHERDING,2008; LUTZ, et al.,2009). A reação em cadeia de polimerase (PCR) tem alta sensibilidade e é capaz de realizar a detecção de sequências de ácido nucléico do FeLV, que podem estar contidos nos tecidos, sangue e medula óssea. A utilidade do PCR vem de sua capacidade de identificar uma infecção regressiva (latente) em felinos que tenham linfomas, lesões inflamatórias na cavidade oral e síndromes de depressão da medula óssea (HAYES; RODJKO, MATHES, 1992; JACKSON et al .,1993; UTHMAN et al ., 1996; SHERDING, 2008; STÜTZER et al ., 2010). Já o isolamento viral por meio do sangue ou medula óssea também é um teste confirmatório, mas que é empregado em pesquisas. É muito importante na detecção de infecção progressiva (LEVY et al., 2008; SHERDING, 2008). A titulação de anticorpos neutralizantes no sangue é de eficiência reduzida no diagnóstico, pois a titulação positiva não indica infecção ativa em curso (SHERDING, 2008; HARTMANN, 2012a).
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA DE BOM DESPACHO
Gatos positivos para FeLV não necessitam serem eutanasiados. Mesmo com a redução da expectativa de vida em animais com infecção progressiva, há a opção de alguns tratamentos para o paciente. De modo geral, por meio de cuidados apropriados, o animal pode viver por meses até anos com qualidade de vida, principalmente os que foram diagnosticados no teste de triagem. O tratamento de suporte e sintomático auxilia nas infecções oportunistas (SHERDING, 2008; HARTMANN, 2012b; SPARKES; PAPASOULIOTIS, 2012). Animais doentes devem ser separados dos sadios e submetidos à um manejo e nutrição adequada, além do controle de parasitas e ectoparasitas. É recomendável a castração de fêmeas e machos, para diminuir as chances de transmissão transplacentária e via leite, além de que, gatos castrados são menos propensos a acessar a rua e brigar com outros gatos, evitando mais uma vez a transmissão (COHN, 2006; LEVY et al ., 2008; SHERDING, 2008; AMORIM DA COSTA & NORSWORTHY, 2011). Há uma série de antivirais sugeridos para o tratamento da infecção por FeLV. Porém, o mais estudado seria o inibidor da transcriptase reversa azidotimidina (AZT). Entretanto, nos felinos persistentemente virêmicos, a utilização de AZT não tem se mostrado eficiente na eliminação da viremia na grande parte dos gatos. Em alguns estudos, há relatos que a administração de AZT mostra benefícios ínfimos para os animais clinicamente doentes. É visível a melhora de alguns animais submetidos à imunoterapia. Para os gatos que desenvolveram neoplasias associadas ao FeLV é indicado a quimioterapia. O controle de agentes oportunistas com antibióticos utilizados na dose máxima e de longa duração é primordial. A administração de agentes hematínicos, ácido fólico, vitamina B12, esteroides anabólicos e eritropoetina não costumam ser efetivos para tratar a anemia não-regenerativa, portanto a transfusão sanguínea é fundamental. Gatos com anemia hemolítica auto-aglutinante devem fazer o uso de uma terapia imunossupressora, entretanto isso pode causar uma ativação da replicação do FeLV (NELSON e COUTO, 2006).
Quando um gato é positivo pra FeLV e o mesmo tem contato com outros gatos, é necessário testar todos. A quarentena nesse ambiente doméstico é aconselhável e os gatos doentes devem ser separados dos sadios por no mínimo 3 meses, para depois serem retestados. Esse período permite identificar os animais que foram infectados de forma transitória no primeiro teste, esperando assim que no reteste eles sejam negativados. Esse tempo também é importante para que os gatos que foram negativos no primeiro teste, mas estava com o vírus incubado, testem positivamente. Esse mecanismo é válido, pois é possível controlar o ambiente doméstico sem a presença do vírus, monitorando sempre os novos residentes também. Há relatos de que o vírus foi erradicado de ambientes domésticos com a presença de gatos, principalmente os que possuem pedigree (HARDY et al. , 1976b). Outra forma de controlar a infecção por FeLV é através da vacinação. Há uma diversidade de vacinas disponíveis contra a doença (SPARKES, 1997). O primeiro tipo é a partir de vírions inativados ou produtos do vírus oriundos de células que foram infectadas. O segundo é feito por bactérias e é
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA DE BOM DESPACHO O animal ficou internado na clínica onde foi submetido a fluidoterapia endovenosa lenta; Doxiciclina na dose de 10mg/Kg, a cada 24h, durante 7 dias; Dipirona na dose 25mg/Kg, a cada 8 horas durante 7 dias; Dexametasona na dose de 0.5mg/Kg, a cada 24h, durante 5 dias; e Amoxilina com Clavulanato de Potássio na dose de 20mg/Kg, a cada 12 horas, durante 12 dias. Durante a internação foi oferecido patê e água para o gato, porém ele não se alimentou e não foi observada a ingestão de água. No final do segundo dia de internação, foi mensurada a temperatura do animal (33ºC), constatando-se então que o animal estava com hipotermia. Colocamos o gato em um colchão térmico e o cobrimos com um cobertor para tentar normalizar sua temperatura. Porém durante a noite o animal não aguentou e veio a óbito. É de suma importância que os tutores tenham o conhecimento da gravidade que é deixar seu animal ter acesso a rua sem estar corretamente imunizado, pois os riscos de infecção são evidentes e através do conhecimento dos riscos que o animal pode sofrer, é possível que as devidas medidas preventivas possam ser tomadas.
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA DE BOM DESPACHO Figura 1. Animal submetido a fluidoterapia. FONTE: Autor, 2018.
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA DE BOM DESPACHO Figura 3. SNAP Combo FIV/FeLV apresentando resultado positivo para FeLV. FONTE: Autor, 2018.
O propósito do estágio além de favorecer um vasto conhecimento, foi também correlacionar a teoria e a prática e observar os desafios diários da clínica médica veterinária de pequenos animais. Visto a importância e significado afetivo que os felinos representam para seus tutores, é de extrema importância a realização de uma imunização satisfatória abrangendo diversas infecções, dentre elas, o vírus da leucemia felina. O manejo para com o animal também é fundamental, pois manter os animais de estimação em casa e sem contato com outros animais doentes, é essencial para evitar a transmissão de doenças. Assim, é crucial que haja interação entre tutor e veterinário e, juntamente com o auxílio e dedicação do estagiário, todos possam zelar pela saúde e bem-estar do animal, por meio da interpretação das possíveis afecções que possam ocorrer e suas possíveis resoluções. Então, além do trabalho de diagnóstico e tratamento dos pacientes dentro da clínica, é viável que o médico veterinário e o estagiário alertem sempre o tutor em razão aos riscos que seu animal possa correr e o oriente a cerca de métodos de prevenção, em busca de uma melhor qualidade de vida para o seu animal.
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA DE BOM DESPACHO O caso apresentado aqui representa um dos muitos que foram observados, onde foi aprendido, de modo satisfatório, a relação teórico e prática da infecção por FeLV, juntamente com a tentativa de tratamento.
Amorim da Costa FV, Norsworthy GD.2011. Feline leucemia vírus diseases. In: Norsworthy GD. (Ed). The Feline Patient. 4. ed. Ames: Wiley-Blackwell. pp. 184-186. Barr MC. 1996. FIV,FeLV, and FIPV: interpretation and misinterpretation of serological test results. Seminars in Veterinary Medicine and Surgere (Small Animal). 11(3): 144-153. Chandler, E.A.; Gaskell, C.J.; Gaskell; R.M. 2006. Doenças Infecciosas. Chandler, E.A.; Gaskell, C.J.; Gaskell; R.M. Clínica e Terapêutica em Felinos , 3º edição, São Paulo, Roca, p. 487-494. Cohn, LA. 2006. Update on feline retroviral infections. In. International Congress of the Italian Associantion of Companion Animal Veterinarians. Rimini, Italy. p. 22-23. Hardy WD, Hess PW, MacEwen EG. et al. 1976. Biology of feline leukemia virus the natural environment. Cancer Research. 36(2): 582-588. Hartmann K, 2006. Feline leucemia virus infection. In: Greene CE. Infectious Disease of the and Cat. 3. Ed. Georgia: Elsevier. pp. 105-131. Hartmann K. 2012a. Feline leukemia virus infection. In: Greene CE. (Ed). Infectious Diseases of the Dog and Cat. 4. ed. St. Louis: Elsevier. pp. 108-136. Hartmann K. 2012b. Clinical aspects of feline retroviruses: a review_. Viruses_ , Basel. 4(11): 2684-2710. Hayes KA, Rojko JL, Mathes LE. et al. 1992. Incidente of localized feline leukemia virus infection in cats. American Journal of Veterinary Research , Schumburg. 53(4): 604-607. Hofmann-Lehmann R, Cattori V, Tandon R. et al. 2007. Vaccinatio against the feline leukaemia virus: outcome and response categories and long-term follow-up. Vaccine. 25(30): 5531-5539. Hofmann-Lehmann R, Cattori V, Tandon R. et al. 2008. How molecular methods change our views of FeLV infection and vaccination. Veterinary immunology and immunopathology. 123(1-2): 119-123.
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA DE BOM DESPACHO Sherding RG. 2008. Vírus da leucemia feline. In: Birchards SJ, Sherding RG. (Ed). Manual Saunders Clínica de Pequenos Animais. 3. ed. São Paulo: Roca. pp.117-127. Souza HJM, Teixeira CHR, Graça RFS. et al. 2002. Estudo epidemiológico de infecções pelo vírus da leucemia e/ ou imunodeficiência felina, em gatos domésticos do município do Rio de Janeiro. Clínica Veterinária. 36: 14-21. Stützer B, Müller F, Majzoub M. et al. 2010. Role of latent feline leukemia virus infection in nonregenerative cytopenias of cats. Journal of Veterinary Internal Medicine. 24(1): 192-197. Torres AN, Mathiason CK, Hoover EA. et al. 2005. Re-examination of feline leukemia virus: host relationships using real-time PCR. Virology. 332(1): 272-283. Uthman A. et al. 1996. Detection of sequences of feline leukemia virus in chronically inflamed oral tissue of FeLV-non-viremic cats by using polymerase chain reaction. Wiener Tierarztliche Monatsschrift , Wien. 83(7): 197-198. Willett BJ, Hosie MJ. 2013. Feline leukaemia virus: half a century since its discovery. Veterinary Journal (London, England :1997). 195(5): 16-23. .