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Este documento discute pesquisas recentes relacionadas à aquisição de conhecimentos matemáticos na educação infantil, com ênfase no conceito de campo de experiência e no sistema de numeração. O texto aborda pesquisas sobre contagem, construção do número e apropriação do sistema de numeração por crianças, além de propostas didáticas para a educação infantil. O documento também discute a importância de respeitar o protagonismo das crianças na construção de conhecimentos.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
O que significa fazer Matemática na Educação Infantil? Qual sua importância? Qual o papel da intervenção do professor nesse processo? Como planejar e acompanhar propostas didáticas que dialoguem com o conceito de campo de experiência proposto pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC)? Como propor experiências significativas em torno deste conteúdo, respeitando o modo de aprender e ser da criança pequena, ao invés de antecipar processos do Ensino Fundamental? Essas são indagações que permeiam o trabalho de muitos professores de Educação Infantil.
O objetivo deste curso é procurar dar respostas a estas questões, ajudando o professor a planejar o trabalho com os conhecimentos matemáticos por meio de experiências interessantes e significativas para as crianças, em um processo permeado de intencionalidade didática.
Ana Flavia Alonço Castanho Pedagoga formada pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). Mestre em Psicologia da Educação e do Desenvolvimento Humano pelo Instituto de Psicologia da USP. Autora do livro “Aprender com a Criança
Heloísa Magri Psicóloga formada pela Universidade Paulista (UNIP) e pedagoga formada no Instituto Singularidades. Foi
professora de Educação Infantil na Escola da Vila – SP. É coordenadora pedagógica da Escola da Toca, uma escola de proposta pedagógica inovadora, em Itirapina, região de São Carlos/SP.
Atua na formação de professores, na assessoria pedagógica a escolas e na produção de materiais didáticos.
resolver perguntas que este mundo lhe coloca. (...) É um sujeito que aprende basicamente através de suas próprias ações sobre os objetos do mundo e que constrói suas próprias categorias de pensamento ao mesmo tempo que organiza seu mundo”, nos ajuda a selecionar propostas didáticas que respeitem o protagonismo das crianças na construção de conhecimentos sobre si e sobre o mundo. De forma a planejar e intervir levando em conta as contribuições das crianças e sua coautoria na construção coletiva de saberes.
reportagem da Revista NOVA ESCOLA
“A CULTURA MATEMÁTICA É UM INSTRUMENTO PARA CIDADANIA”, entrevista com Guy Brousseau para NOVA ESCOLA
Conhecer a ideia de campos de experiência presente na BNCC e relacioná-los ao conhecimento matemático na Educação Infantil e o percurso investigativo da criança.
Para levar o jogo Batalha para a sala de aula, conheça e baixe as regras aqui.
Agora, leia o texto sobre os Campos de Experiência na BNCC, disponível aqui, e os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento relacionados ao Campo de Experiência “Espaços, tempos, quantidades relações e transformações”, disponível aqui, observando como os conhecimentos matemáticos aparecem ali.
Veja nas próximas páginas alguns dos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento relacionados para o Campo de Experiências “Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações“. Reflita sobre cada conjunto de objetivos, estabeleça relações com o conhecimento matemático e descreva-os abaixo.
Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento
Bebês Zero a 1 ano e 6 meses
Crianças bem pequenas 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses
Crianças pequenas 4 anos a 5 anos e 11 meses
(EI01ET05). Manipular materiais diversos e variados para comparar as diferenças e semelhanças entre eles.
(EI02ET05). Classificar objetos, considerando determinado atributo (tamanho, peso, cor, forma etc.).
(EI03ET05). Classificar objetos e figuras, de acordo com suas semelhanças e diferenças.
Aqui observamos um percurso de aprendizagens e desenvolvimento, em que as crianças investigam características de diferentes materiais e objetos, ao longo das três etapas, construindo conhecimentos dentre os quais alguns que estão na base dos conhecimentos geométricos, em matemática – já que classificar objetos e figuras faz parte do pensamento geométrico.
b) Campo de experiências “Espaços, tempos, quantidades, relações e transofrmações”
Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento
Bebês Zero a 1 ano e 6 meses
Crianças bem pequenas 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses
Crianças pequenas 4 anos a 5 anos e 11 meses
(EI02ET07). Contar oralmente objetos, pessoas, livros etc., em contextos diversos.
(EI03ET07). Relacionar números às suas respectivas quantidades e identificar o antes, o depois e o entre em uma sequência.
Contar objetos, apropriar-se da sequência numérica, e constatar, por meio de sua investigação, que o último número que dizemos ao contar um conjunto de objetos representa a quantidade do conjunto todo são aprendizagens e descobertas que estão envolvidas na construção do conceito de número, aprendizagem fundamental para crianças na etapa da educação infantil.
c) Campo de experiências “Espaços, tempos, quantidades, relações e transofrmações”
Cartas numeradas de um baralho ou cartas de 1 a 9, sendo 4 de cada valor.
Dois jogadores ou duas duplas de jogadores.
Regras do jogo
Entender os conceitos-chave para o trabalho com números e sistema de numeração na Educação Infantil.
Agora que você já viu o vídeo, leia os textos abaixo e responda as questões propostas:
A criança pequena e sua investigação sobre os números, por Heloisa Magri e Priscila Monteiro
Desde muito pequenas, as crianças pensam e agem sobre o mundo à sua volta, e os conhecimentos matemáticos são parte integrante dele. As crianças participam de situações em que precisam resolver problemas espaciais e de medida como montar uma torre o mais alto possível, esconder- se de forma a não ser facilmente encontrada, distribuir materiais aos colegas, ter a altura e o peso medidos pelo pediatra ou acompanhar as marcas de seu crescimento no batente da porta de casa.
Os números, por exemplo, aparecem nas páginas dos livros de histórias lidas pelos adultos, nas roupas e nos sapatos usados pelas crianças, no dinheiro, nas placas dos carros e nas portas das casas. Dessa forma, os números e o sistema de numeração estão presentes na vida das crianças de muitas formas e é natural que façam perguntas a respeito deles, construam hipóteses e se envolvam assim em percursos investigativos sobre estes conhecimentos. O grande desafio na Educação Infantil é criar instâncias para que compartilhem entre si ideias, perguntas e hipóteses, fortalecendo os processos investigativos das crianças, e, aos poucos, estabelecendo relações com os saberes considerados válidos. O problema didático
Etapa 3:
É Recitar é dizer uma série de palavras em uma determinada ordem. Não qualquer palavra, mas palavras- números. Há muitas formas de recitar, de um em um, pulando de dois em dois, de cinco em cinco, de dez em dez, de frente para trás, de trás para frente etc. O conhecimento que as crianças possuem sobre a série numérica oral é heterogêneo, portanto, enquanto algumas crianças recitam até números altos, dando a sensação de que podem recitar “para sempre”, outras pulam números ou invertem a ordem mesmo no intervalo de um a dez. Alguns erros que as crianças cometem evidenciam o quanto já sabem sobre o sistema de numeração. Dizer “vinte e sete, vinte e oito, vinte e nove, vinte e dez”, revela que já percebeu que há algo no sistema de numeração que se repete com regularidade.
Agora, recitar e contar é a mesma coisa?
Recitar a série numérica oral envolve dizer a série de números fora de uma situação de enumeração. Contar é utilizar a série em uma situação de enumeração, isto é, estabelecer uma correspondência termo a termo entre os nomes dos números e os elementos a serem contados. É um procedimento que permite quantificar um grupo de objetos para determinar quantos são. A aquisição desses diferentes conhecimentos envolvidos na atividade de contar se inicia por volta dos 2 anos e se desenvolve até por volta dos 8 anos. É um processo paulatino que excede a Educação Infantil.
Ao recitar, a criança não coloca em ação estratégias de contagem, diz certas palavras- números – em uma ordem convencional que conhece ou sabe de memória. Porém,
a recitação da série numérica é uma condição para a contagem, já que para contar é preciso ter repertório de palavras-números ordenadas convencionalmente e assim poder quantificar uma coleção de elementos.
No livro “A Criança e o Número”, Constance Kamii aborda os processos envolvidos na construção do conceito de número pelas crianças e ajuda o professor a observar como elas pensam a fim de entender a lógica existente em seus erros. Com propriedade, Constance defende que, diferentemente do que algumas interpretações indicam, desenvolver e exercitar os aspectos lógicos do número com atividades pré-numéricas (seriação, classificação e correspondência termo a termo) é uma aplicação equivocada da pesquisa de Jean Piaget (1896- 1980). Na realidade, o biólogo suíço tinha preocupações epistemológicas e não didáticas. Sabe-se que as noções numéricas são desenvolvidas com base nos intercâmbios dos pequenos com o ambiente e, portanto, não dependem da autorização dos adultos para que ocorram. Ninguém espera chegar aos 6 anos para começar a perguntar sobre os números. O texto enfatiza que uma criança ativa e curiosa não aprende Matemática memorizando, repetindo e exercitando, mas resolvendo situações-problema, enfrentando obstáculos cognitivos e utilizando os conhecimentos que sejam frutos de sua inserção familiar e social. Ao mesmo tempo, os avanços conquistados pela didática da Matemática nos permitem afirmar que é com o uso do número, da análise e da reflexão sobre o sistema de numeração que os pequenos constroem conhecimentos a esse respeito.
Todo professor de crianças pequenas já observou que ao contar objetos é comum as crianças pularem alguns ou contarem mais de uma vez um mesmo objeto. Mas, porque
_- Corresponder cada palavra-número enunciada a apenas um objeto da coleção;
Nesta etapa do curso é muito importante um momento de estudo sobre as investigações que as crianças pequenas fazem sobre os números e as escritas numéricas que permeiam seu cotidiano e sobre os conhecimentos envolvidos nas ações de recitar e contar. Por isso, é importante reler os textos apresentados nesta etapa e observar quais são suas principais contribuições para entender o processo de construção e apropriação de conhecimentos matemáticos pela criança pequena. Relacione essas contribuições e registre-as abaixo:
Texto A criança pequena e sua investigação sobre os números Pontos principais:
_- Na vida cotidiana das crianças há muitos encontros significativos com conhecimentos matemáticos que convidam a investigações e resoluções de problemas integrados à experiência e ao brincar.
- É importante que na escola hajam muitas fontes de informação, portadores numéricos de uso social como calendário, régua, fita métrica, livros com páginas numeradas etc.
Texto Recitar e contar Pontos principais: Recitar a série numérica oral envolve dizer a série de números fora de uma situação de enumeração. Contar é utilizar a série em uma situação de enumeração, isto é, estabelecer uma correspondência termo a termo entre os nomes dos números e os elementos a serem contados. É um procedimento que permite quantificar um grupo de objetos para determinar quantos são. Quando contamos uma coleção de objetos coloca-se em funcionamento as seguintes ações:
_- Ativar na memória a série ordenada de modo convencional;
Regras do jogo
(começar com um dado e depois propor com 2 dados)
1. Na sua vez, cada jogador lança o(s) dados e anda a quantidade de casas correspondente a soma dos dados. 2. Quem cai na casa 12 – pescoço do dinossauro - , anda mais 6 casas. 3. Quem cai na casa 18 – cabeça do dinossauro - , volta 6 casas. 4. Quem cai na casa 29 – boca do tiranossauro - , volta 10 casas. 5. Quem cai na casa 33 – ovos dos dinossauros - , anda mais 10 casas. 6. Quem cai na casa 43, anda mais 3 casas. 7. Quem cai na casa 46, volta 3 casas. 8. Ganha o jogo quem chegar a casa 50.
(para serem apresentados quando as crianças já estiverem bem familiarizadas com o jogo - podem ser impressos e colados no caderno, ou discutidos na roda)
1. No início do jogo laura tirou 1 no dado, o que ela deve fazer? 2. Antonio estava na casa 12. Tirou 1 no dado. Em que casa ele deve colocar seu peão? 3. Troque ideias com a turma: o que fazer quando tirar 1 no dado? É preciso mover o peão ou deve-se ficar no mesmo lugar?
(Sistematizar e registrar em cartaz)
4. Keli e juan estavam nas casa 14 e 20, respectivamente. Cada um tirou 3 no dado. Em que casa cada um vai chegar? 5. Murilo estava na casa 10. Tirou 5 no dado. Em que casa ele vai chegar?
(trocar ideias, conversando sobre como fazem para contar, se houver divergência de resultados, fazer coletivamente na trilha física)