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Letramento Matemático na Educação Infantil, Notas de estudo de Materiais

isto é, estabelecer uma correspondência termo a termo entre os nomes dos números e os elementos a serem contados. É um procedimento que permite quantificar.

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Lula_85
Lula_85 🇧🇷

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Letramento Matemático
na Educação Infantil
BNCC
Objetivo da etapa:
Entender os conceitos-chave para o trabalho com números
e sistema de numeração na Educação Infantil.
Material pós-vídeo:
Agora que você já viu o vídeo, leia os textos abaixo e
responda as questões propostas:
A criança pequena e sua investigação sobre os números,
por Heloisa Magri e Priscila Monteiro
Desde muito pequenas, as crianças pensam e agem sobre
o mundo à sua volta, e os conhecimentos matemáticos são
parte integrante dele. As crianças participam de situações
em que precisam resolver problemas espaciais e de medida
como montar uma torre o mais alto possível, esconder-
se de forma a não ser facilmente encontrada, distribuir
materiais aos colegas, ter a altura e o peso medidos pelo
pediatra ou acompanhar as marcas de seu crescimento no
batente da porta de casa.
Os números, por exemplo, aparecem nas páginas dos livros
de histórias lidas pelos adultos, nas roupas e nos sapatos
usados pelas crianças, no dinheiro, nas placas dos carros e
nas portas das casas. Dessa forma, os números e o sistema
de numeração estão presentes na vida das crianças de
muitas formas e é natural que façam perguntas a respeito
deles, construam hipóteses e se envolvam assim em
percursos investigativos sobre estes conhecimentos.
O grande desafio na Educação Infantil é criar instâncias
para que compartilhem entre si ideias, perguntas e
hipóteses, fortalecendo os processos investigativos das
crianças, e, aos poucos, estabelecendo relações com
os saberes considerados válidos. O problema didático
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Conceitos-
chave para
o trabalho
com número
e sistema de
numeração
Etapa 3:
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Letramento Matemático

na Educação Infantil

Objetivo da etapa:

Entender os conceitos-chave para o trabalho com números e sistema de numeração na Educação Infantil.

Material pós-vídeo:

Agora que você já viu o vídeo, leia os textos abaixo e responda as questões propostas:

A criança pequena e sua investigação sobre os números, por Heloisa Magri e Priscila Monteiro

Desde muito pequenas, as crianças pensam e agem sobre o mundo à sua volta, e os conhecimentos matemáticos são parte integrante dele. As crianças participam de situações em que precisam resolver problemas espaciais e de medida como montar uma torre o mais alto possível, esconder- se de forma a não ser facilmente encontrada, distribuir materiais aos colegas, ter a altura e o peso medidos pelo pediatra ou acompanhar as marcas de seu crescimento no batente da porta de casa.

Os números, por exemplo, aparecem nas páginas dos livros de histórias lidas pelos adultos, nas roupas e nos sapatos usados pelas crianças, no dinheiro, nas placas dos carros e nas portas das casas. Dessa forma, os números e o sistema de numeração estão presentes na vida das crianças de muitas formas e é natural que façam perguntas a respeito deles, construam hipóteses e se envolvam assim em percursos investigativos sobre estes conhecimentos. O grande desafio na Educação Infantil é criar instâncias para que compartilhem entre si ideias, perguntas e hipóteses, fortalecendo os processos investigativos das crianças, e, aos poucos, estabelecendo relações com os saberes considerados válidos. O problema didático

Conceitos-

chave para

o trabalho

com número

e sistema de

numeração

Etapa 3:

Letramento Matemático

na Educação Infantil

que os professores enfrentam é favorecer a construção de conhecimentos complexos favorecendo processos argumentativos no nível de conhecimento das crianças.

Para isso, um primeiro passo é pensar em quais materiais podem ser disponibilizados em sala para ampliar a interação das crianças com o “mundo dos números”. Segundo a pesquisadora argentina Claudia Broitman, “o professor é uma fonte de informação para as crianças, mas não deve ser a única. É interessante fazer da sala de aula um ambiente no qual convivam diferentes fontes de informação, no qual as crianças possam ir aprendendo a descobrir o sentido dos materiais e a pertinência de seu uso, em função do problema a resolver.

Para tal, a sala de aula deve dispor de vários portadores, tais como: réguas, calendários, fitas métricas, livros diferentes e listas telefônicas para seguir a numeração das páginas etc. Como dissemos, anteriormente, todos os materiais que podem funcionar no âmbito da sala de aula como fonte – em relação a aspectos específicos dos números e do sistema de numeração, para que as crianças busquem, por elas mesmas, a informação de que necessitam – devem ser priorizados e trazidos para o trabalho. É importante salientar que esses materiais não produzem aprendizagem por eles mesmos nem provocam o uso e o interesse imediato das crianças. É a utilização que se faz deles que permite promover sua familiaridade entre os pequenos. Não é simples para as crianças determinar qual portador será mais adequado em cada ocasião. O trabalho e a reflexão em torno desses materiais permitirá ajudá-las a selecionar, pouco a pouco, e a antecipar qual é o mais adequado em cada caso.”

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na Educação Infantil

a recitação da série numérica é uma condição para a contagem, já que para contar é preciso ter repertório de palavras-números ordenadas convencionalmente e assim poder quantificar uma coleção de elementos.

No livro “A Criança e o Número”, Constance Kamii aborda os processos envolvidos na construção do conceito de número pelas crianças e ajuda o professor a observar como elas pensam a fim de entender a lógica existente em seus erros. Com propriedade, Constance defende que, diferentemente do que algumas interpretações indicam, desenvolver e exercitar os aspectos lógicos do número com atividades pré-numéricas (seriação, classificação e correspondência termo a termo) é uma aplicação equivocada da pesquisa de Jean Piaget (1896- 1980). Na realidade, o biólogo suíço tinha preocupações epistemológicas e não didáticas. Sabe-se que as noções numéricas são desenvolvidas com base nos intercâmbios dos pequenos com o ambiente e, portanto, não dependem da autorização dos adultos para que ocorram. Ninguém espera chegar aos 6 anos para começar a perguntar sobre os números. O texto enfatiza que uma criança ativa e curiosa não aprende Matemática memorizando, repetindo e exercitando, mas resolvendo situações-problema, enfrentando obstáculos cognitivos e utilizando os conhecimentos que sejam frutos de sua inserção familiar e social. Ao mesmo tempo, os avanços conquistados pela didática da Matemática nos permitem afirmar que é com o uso do número, da análise e da reflexão sobre o sistema de numeração que os pequenos constroem conhecimentos a esse respeito.

Todo professor de crianças pequenas já observou que ao contar objetos é comum as crianças pularem alguns ou contarem mais de uma vez um mesmo objeto. Mas, porque

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isso acontece? No livro “Professor da Pré-Escola” (MEC, 1995), Monique Deheinzelin e Zélia Cavalcanti analisam o que significa as situações de enumeração para as crianças pequenas:

“Com a visão, podemos olhar uma coleção de objetos e avaliar a sua quantidade. No entanto, se a quantidade for grande, não podemos precisar o número de objetos nela contidos. Para encontrar este número, necessitamos colocar os objetos em algum tipo de ordem e realizar uma contagem, tendo a noção de que cada objeto contado faz parte de um todo e que este todo é composto por cada uma das partes. Ao realizar esta operação, estamos lidando com o conceito de número. (...) O conceito de número é uma síntese que a pessoa faz em sua mente. Não é ensinável, é construído por cada pessoa nas relações que esta faz entre quantidades. As crianças pequenas não construíram o conceito de número, e não se pode ensinar a elas como fazê-lo. (...) A pré-escola deve, no entanto, oferecer às crianças pequenas situações em que elas possam pensar em questões que as levem progressivamente à construção deste conceito. (...) O professor pode colocar as crianças em situações aritmetizáveis, onde elas façam quantificações (contar quantos elementos há numa determinada coleção), façam comparações entre quantidades (como “maior do que”, “menor do que”, “igual a”) e realizem operações simples entre as quantidades (como adição, subtração, divisão e multiplicação). Cabe à pré-escola organizar atividades onde as crianças quantifiquem, registrem, comparem, enfim, operem com as quantidades. Quando contamos uma coleção de objetos coloca-se em funcionamento as seguintes ações:

  • Ativar na memória a série ordenada de modo convencional;

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na Educação Infantil

  • É importante que na escola hajam muitas fontes de informação, portadores numéricos de uso social como calendário, régua, fita métrica, livros com páginas numeradas etc.

Texto Recitar e contar Pontos principais: Recitar a série numérica oral envolve dizer a série de números fora de uma situação de enumeração. Contar é utilizar a série em uma situação de enumeração, isto é, estabelecer uma correspondência termo a termo entre os nomes dos números e os elementos a serem contados. É um procedimento que permite quantificar um grupo de objetos para determinar quantos são. Quando contamos uma coleção de objetos coloca-se em funcionamento as seguintes ações:

  • Ativar na memória a série ordenada de modo convencional;
  • Corresponder cada palavra-número enunciada a apenas um objeto da coleção;
  • Diferenciar os objetos contados dos que ainda não foram contados;
  • Dizer a última palavra como a que expressa a quantidade total da coleção.