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Leptospirose: Doença Bacteriana, Causas, Sintomas e Tratamento, Notas de estudo de Veterinária

A leptospirose, uma doença bacteriana causada pela bactéria leptospira interrogans. Ele descreve as características da bactéria, os principais animais afetados, os sintomas da doença, os mecanismos de transmissão, os métodos de diagnóstico e as opções de tratamento. O documento também discute a importância da vacinação e as medidas preventivas para evitar a infecção.

Tipologia: Notas de estudo

2025

À venda por 03/04/2025

marina-gomes-de-carvalho
marina-gomes-de-carvalho 🇧🇷

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LEPTOSPIROSE
A leptospirose é uma doença bacteriana,
causada por bactérias do gênero
Leptospira.
Dentro do gênero Leptospira, existem
duas principais espécies:
1. Leptospira interrogans
A leptospira interrogans é patogênica, ou
seja, ela tem mecanismos que permitem
a invasão do organismo do hospedeiro,
evitando seu sistema imunológico e se
disseminando por diferentes órgãos,
levando ao desenvolvimento dos sinais
clínicos da doença.
Essa é a espécie responsável por causar
a maioria dos casos de leptospirose em
humanos e animais.
SOROVARES
Sorovares ou sorotipos são variações
dentro de uma mesma espécie de
microorganismo que se diferem com
base nas suas propriedades antigênicas.
Ou seja, sorovar é uma variante de uma
espécie de um microorganismo que se
distingue pela forma como seu antígeno
interage com o sistema imunológico.
O sistema imunológico do hospedeiro
reconhece os antígenos como elementos
estranhos e cria anticorpos específicos
para combatê-los. Dessa forma, um
sorovar tem uma combinação específica
de antígenos em sua superfície, o que
significa que ele é capaz de desencadear
uma resposta imunológica diferente de
outros sorovares da mesma espécie.
A Leptospira interrogans possui 180
sorovares diferentes.
2. Leptospira biflexa
A Leptospira biflexa é uma espécie
saprofítica, ou seja, ela vive no ambiente
onde se alimenta de matéria orgânica
em decomposição, e ela não é
patogênica, ou seja, ela não causa
doenças em animais ou humanos.
DIFERENCIAÇÃO DAS ESPÉCIES
No contexto da medicina veterinária e
também da saúde pública, é essencial
distinguir entre as espécies patogênicas
e saprofíticas.
Isso porque as espécies patogênicas das
bactérias do gênero Leptospira são
aquelas que causam leptospirose nos
animais e nos humanos e precisam ser
combatidas. Enquanto que as bactérias
saprofíticas do gênero Leptospira não
apresentam risco de infecção e podem
estar presentes no mesmo ambiente.
A presença das bactérias saprofíticas do
gênero Leptospira no mesmo ambiente
pode ocasionar falsos positivos para
leptospirose, se este não for específico
para as espécies patogênicas.
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LEPTOSPIROSE

A leptospirose é uma doença bacteriana, causada por bactérias do gênero Leptospira. Dentro do gênero Leptospira, existem duas principais espécies:

1. Leptospira interrogans A leptospira interrogans é patogênica, ou seja, ela tem mecanismos que permitem a invasão do organismo do hospedeiro, evitando seu sistema imunológico e se disseminando por diferentes órgãos, levando ao desenvolvimento dos sinais clínicos da doença. Essa é a espécie responsável por causar a maioria dos casos de leptospirose em humanos e animais. SOROVARES Sorovares ou sorotipos são variações dentro de uma mesma espécie de microorganismo que se diferem com base nas suas propriedades antigênicas. Ou seja, sorovar é uma variante de uma espécie de um microorganismo que se distingue pela forma como seu antígeno interage com o sistema imunológico. O sistema imunológico do hospedeiro reconhece os antígenos como elementos estranhos e cria anticorpos específicos para combatê-los. Dessa forma, um sorovar tem uma combinação específica de antígenos em sua superfície, o que significa que ele é capaz de desencadear uma resposta imunológica diferente de outros sorovares da mesma espécie. A Leptospira interrogans possui 180 sorovares diferentes. 2. Leptospira biflexa A Leptospira biflexa é uma espécie saprofítica, ou seja, ela vive no ambiente onde se alimenta de matéria orgânica em decomposição, e ela não é patogênica, ou seja, ela não causa doenças em animais ou humanos. DIFERENCIAÇÃO DAS ESPÉCIES No contexto da medicina veterinária e também da saúde pública, é essencial distinguir entre as espécies patogênicas e saprofíticas. Isso porque as espécies patogênicas das bactérias do gênero Leptospira são aquelas que causam leptospirose nos animais e nos humanos e precisam ser combatidas. Enquanto que as bactérias saprofíticas do gênero Leptospira não apresentam risco de infecção e podem estar presentes no mesmo ambiente. A presença das bactérias saprofíticas do gênero Leptospira no mesmo ambiente pode ocasionar falsos positivos para leptospirose, se este não for específico para as espécies patogênicas.

Diagnósticos imprecisos para a leptospirose ocasionam tratamentos desnecessários para infecções não patogênicas que podem contribuir para o desenvolvimento de resistência bacteriana. Além disso, a distinção correta entre as espécies permite a monitoração da distribuição das espécies patogênicas, o que é essencial para a detecção precoce de surtos e para a implementação de medidas de contenção. AGENTE ETIOLÓGICO DA LEPTOSPIROSE Como mencionado anteriormente, o agente etiológico causador da leptospirose são os sorovares da espécie Leptospira interrogans. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO AGENTE ETIOLÓGICO Essas bactérias tem o formato espiralado, sendo chamadas de espiroquetas. Elas são bactérias aeróbicas, ou seja, elas necessitam de oxigênio para crescer, sobreviver e realizar suas funções metabólicas. Isso faz com que eles geralmente habitem locais com abundância de oxigênio, como pele e tecidos corporais bem oxigenados. São bactérias gram negativas. Isso significa que elas possuem uma membrana externa composta por uma bicamada lipídica contendo lipopolissacarídeos como LPS, proteínas, e fosfolipídeos. Abaixo da sua membrana externa, há uma camada de peptidoglicano, que é muito mais fina quando comparada às que estão presentes nas bactérias gram positivas. Além disso, a leptospira interrogans possui flagelos periplasmáticos que facilitam a sua locomoção. Essa mobilidade ajuda a bactéria a se mover em meios viscosos, como tecidos e fluidos corporais, facilitando sua disseminação no hospedeiro. EPIDEMIOLOGIA A leptospirose é uma doença infecciosa zoonótica, ou seja, ela pode ser transmitida de animais para humanos e de humanos para animais. PRINCIPAL FORMA DE CONTAMINAÇÃO A principal forma de contaminação dos animais com a leptospirose ocorre através do contato direto ou indireto com água, solo, alimentos ou objetos

outras espécies e, mesmo quando expostos à bactéria, seus corpos geralmente conseguem eliminar a infecção sem que desenvolvam sintomas graves. Além disso, os seus hábitos de vida dificultam a exposição a essa bactéria. Isso porque ainda que os gatos caçam roedores, a interação direta com a urina contaminada, que é a principal forma de transmissão da leptospirose, dificilmente ocorre pois eles tendem a matar os roedores rapidamente. Diferentemente dos cães, por exemplo, os gatos são mais seletivos com o que ingerem, e também evitam o contato com água e com ambientes úmidos, diminuindo a sua exposição a potenciais fontes de contaminação. Contudo, ainda que os gatos portem a infecção de maneira subclínica ou assintomática, eles ainda podem contribuir para a disseminação da doença. Diferentemente dos cães, não existe vacina contra a leptospirose para os gatos. c. Cães Nos cães, a leptospirose se apresenta como uma doença grave e potencialmente fatal que afeta o animal de forma sistêmica. Os sintomas variam de acordo com o grau de infecção e o sorovar envolvido, mas a letalidade costuma ser alta, podendo chegar a 75% caso não haja intervenção. d. Bovinos, suínos e ovinos A infecção por leptospirose nesses animais pode causar grandes perdas econômicas na produção animal. BOVINOS: Nos bovinos, um dos principais sintomas clínicos é o aborto, causando grandes prejuizos economicos. Além disso, a infecção pode levar o animal a infertilidade temporária, complicando a reprodução do rebanho. Causa também a redução da produção de leite devido ao estresse significativo do sistema imunológico, fazendo com que o animal passe a priorizar recursos para combater a infecção ao invés de produzir leite. SUÍNOS: Assim como nos bovinos, a leptospirose nos suínos pode ocasionar o aborto, comprometendo gravemente a produção dos leitoes. Além disso, a infecção também pode levar ao nascimento de leitões natimortos ou extremamente debilitados. Em suínos de corte a doença também impacta no crescimento, reduzindo-o a ponto de prejudicar o desempenho econômico desse rebanho. OVINOS: Assim como nos bovinos e suínos, a leptospirose nos ovinos também causa

aborto. E, assim como os suínos, também pode culminar no nascimento de cordeiros fracos que ou não sobrevivem ou têm seu crescimento comprometido. e. Cavalos Os cavalos também podem ser infectados e, quando isso ocorre, a doença pode se manifestar de forma assintomática, subclínica ou até mesmo de forma grave. Um dos problemas mais graves associados à leptospirose em equinos é a uveíte recorrente equina (URE) , também conhecida como cegueira da lua, que pode culminar na cegueira permanente deste animal. Ela ocorre devido a uma resposta imunológica exacerbada fazendo com que o sistema imunológico ataque não somente a bactéria mas também seus próprios tecidos oculares em uma resposta auto-imune devido ao mimetismo molecular que as proteínas da bactéria leptospira possuem com as proteínas do olho do cavalo. Esse ataque às proteínas oculares gera uma inflamação contínua nos olhos que causa a destruição progressiva dos tecidos oculares, levando a dor, fotofobia, lacrimejamento e eventualmente cicatrizes no tecido ocular que podem culminar na cegueira permanente do animal. Nem todos os cavalos infectados desenvolvem a uveíte, o que sugere que fatores genéticos podem influenciar a predisposição a esse quadro de autoimunidade. Além disso, em eguas prenhas, a leptospirose pode causar aborto ou resultar no nascimento de potros fracos. f. Seres humanos A leptospirose é uma zoonose, o que significa que ela também é capaz de acometer os seres humanos. A doença pode variar de leve a grave e alguns fatores de riscos podem contribuir para a infecção, como trabalho em áreas alagadas como agricultura, mineração, saneamento e o resgate em enchentes, o exercício de atividades ao ar livre, contato com áreas com alta presença de roedores e também os períodos chuvosos que facilitam o contato com a água contaminada através de poças e enchentes. OCORRÊNCIA DA DOENÇA A leptospirose pode ocorrer tanto de forma endêmica quanto epidêmica.

1. Endêmica A ocorrência endêmica se refere a uma situação em que a leptospirose está constantemente presente em uma determinada região ou população, mas com uma taxa relativamente constante e estável de novos casos ao longo do tempo.

● Conjuntivite e retinite Em humanos e em outros animais a leptospirose pode ocasionar conjuntivite, ou seja, a inflamação da conjuntiva (parte branca do olho e o interior das pálpebras) e retinite, ou seja, inflamação na retina. Isso pode ocorrer como resposta inflamatória sistêmica ou pela invasão direta da bactéria aos tecidos oculares FÍGADO: A presença da bactéria no fígado pode desencadear uma hepatite, ou seja, uma inflamação no fígado. A presença da bactéria no fígado provoca uma resposta imunológica que leva à infiltração de células inflamatórias no tecido hepático e dá início ao processo inflamatório. O processo inflamatório pode desencadear a morte dos hepatócitos, ou seja, as células hepáticas que podem culminar em uma insuficiência hepática importante para o animal. Com isso, o animal pode manifestar hepatomegalia, ou seja, aumento do fígado, icterícia, dor abdominal no quadrante superior direito. RINS: Os rins são frequentemente afetados na leptospirose, levando a uma nefrite, ou seja, uma inflamação dos rins. A presença dessas bactérias nos rins provoca uma resposta imunológica que leva a infiltração de células inflamatórias no tecido renal e dá início ao processo inflamatório. ,M Esse processo inflamatório pode desencadear na morte das células dos túbulos renais e dos glomérulos, levando ao comprometimento da função renal de filtração dos resíduos sanguíneos e levando ao acúmulo de toxinas e ao desequilíbrio eletrolítico e podendo culminar em uma insuficiência renal. Essa insuficiência renal pode ser aguda, resultando na rápida deterioração da função renal ou essa insuficiência renal pode ser crônica, e nesse caso está relacionada a casos crônicos e infecções recorrentes em que a inflamação e o dano repetido podem levar a perda progressiva da função renal. CORAÇÃO: A leptospirose pode causar miocardite, ou seja, inflamação do músculo cardíaco. A presença da bactéria no músculo cardíaco provoca uma resposta imunológica que leva a infiltração de células inflamatórias que culminam na inflamação desse tecido muscular. Todo esse processo inflamatório pode ocasionar dano ao tecido cardíaco. MÚSCULO ESQUELÉTICO: A leptospirose pode causar miosite, ou seja, inflamação dos músculos esqueléticos. A presença da bactéria nos músculos esqueléticos desencadeia uma resposta

imunológica que leva a infiltração de células inflamatórias culminando na inflamação desse tecido muscular. Em casos graves essa inflamação pode ocasionar necrose muscular Essa inflamação pode causar dor muscular, espasmos e dificuldade de movimentação dos músculos afetados. CARÁTER SEPTO TÓXICO A leptospirose pode, portanto, ser considerada uma doença septo tóxica. Isso porque quando a bactéria entra no corpo, ela rapidamente se dissemina através da corrente sanguínea, alcançando diversos órgãos e tecidos, fazendo com que essa infecção esteja ativa em todo o corpo e não somente em uma área. Além disso, durante a infecção, a leptospira pode liberar componentes da sua parede celular que são tóxicos para os tecidos, desencadeando uma resposta imunológica exacerbada, liberando moléculas inflamatórias em excesso que causam um quadro inflamatório generalizado pelo organismo, contribuindo para o dano tecidual e também para o comprometimento da função dos órgãos. A resposta imunológica exacerbada a presença da bactéria resulta em uma vasculite, ou seja, uma inflamação nas paredes dos vasos sanguíneos. Essa inflamação faz com que a parede dos vasos tornem-se mais frágeis, resultando na perda da integridade normal e permitindo “vazamentos” de líquidos devido ao aumento da sua permeabilidade, possibilitando a saída do sangue dos vasos sanguíneos, resultando em hemorragia e edema. SÍNDROME DE WEIL A síndrome de Weil é a forma mais grave de leptospirose. Ela é caracterizada pela disfunção de múltiplos órgãos, especialmente o fígado, rins e os pulmões. Geralmente podemos observar os seguintes sintomas: ● Icterícia A icterícia ocorre devido a falência hepática causada pela hepatite. Começa a ocorrer um aumento da bilirrubina , um subproduto da decomposição da hemoglobina oriunda das hemácias. O fígado é essencial na eliminação da bilirrubina pois ele é responsável por conjugar a bilirrubina com ácido glicuronico para torná-la solúvel em água. Esse processo permite que ela seja excretada para o intestino através da bile e depois ser eliminada como urobilinogênio ou estercobilina. ● Insuficiência renal

Ela ocorre por uma somatória de fatores como: A inflamação local no tecido muscular esquelético devido a presença da bactéria nesses locais. Sendo também consequência da própria resposta imunológica, uma vez que as citocinas liberadas também atuam aumentando a sensibilidade dos tecidos à dor. Além disso, a vasculite causada pela resposta imunológica pode prejudicar o fluxo sanguíneo para os músculos, causando isquemia dos tecidos musculares. Essa isquemia provoca dano muscular. A somatória de todos esses processos no músculo pode desencadear um quadro de rabdomiólise devido a destruição maciça dos miócitos, ou seja, as células musculares. Com a destruição dessas células, ocorre a liberação de enzimas como a creatina quinase (CK) e proteínas intracelulares no sangue como a mioglobina. A mioglobina é uma proteína que armazena oxigênio dentro dos músculos e, quando estes são danificados, essa mioglobina é liberada no sangue. Ela geralmente é filtrada pelos rins e excretada na urina, contudo, grandes quantidades de mioglobina podem se acumular e obstruir os túbulos renais, contribuindo para o quadro de insuficiência renal da leptospirose. A rabdomiólise pode incluir sintomas como urina escura de coloração marrom avermelhada devido a mioglobinúria, ou seja, a presença de mioglobina na urina, agravação dos sintomas renais e da deterioração da função renal, fraqueza muscular e fadiga, além da intensa dor muscular. ● Complicações pulmonares As complicações pulmonares ocorrem em decorrência da vasculite e da diátese hemorrágica, ou seja, o aumento da tendência de hemorragias, que ela causa. Isso porque a vasculite dos vasos pulmonares resulta em um aumento da permeabilidade capilar, permitindo que líquido e células sanguíneas escapem dos vasos para os alvéolos pulmonares, podendo levar ao edema pulmonar, ou seja, o acúmulo de líquidos nos pulmões. O edema pulmonar dificulta a troca de gases e ocasiona sintomas como falta de ar e tosse. Em casos graves de leptospirose, ocorre uma diátese hemorrágica devido aos danos progressivos da vasculite e a destruição da parede dos capilares, e quando ocorre a nível pulmonar, pode ocasionar hemorragia pulmonar. Além disso, a bactéria pode invadir diretamente os tecidos pulmonares, causando uma inflamação local nos pulmões que pode resultar na destruição do tecido pulmonar, comprometendo sua integridade e a sua capacidade de oxigenar o organismo.

A inflamação severa e o acúmulo de líquidos nos pulmões levam a um comprometimento crítico da função pulmonar, diminuindo consideravelmente a oxigenação do organismo e podendo levar a uma forma de insuficiência respiratória importante chamada Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA). Esse quadro pode progredir rapidamente e se não for tratada pode culminar em falência respiratória completa DIAGNÓSTICO O diagnóstico de leptospirose envolve a combinação da avaliação clínica do animal, o histórico de exposição a possíveis fontes de contaminação e alguns exames complementares específicos. EXAMES COMPLEMENTARES Os exames complementares visam identificar a presença da bactéria Leptospira interrogans no organismo, como:

1. Cultura bacteriana Pode ser realizado o cultivo da bactéria Leptospira a partir de amostras de sangue, urina ou tecidos. Contudo é um método muito demorado que pode levar semanas para o resultado, uma vez que a bactéria cresce lentamente. 2. Bioquímicos Podemos fazer um perfil renal (uréia, creatinina), um perfil hepático (ALT, AST, FA, GGT, dosagem de bilirrubina total, direta e indireta, albumina) e a dosagem de creatina quinase (CK) que podem nos oferecer informações valiosas sobre esses órgãos que são os que mais costumam ser afetados durante o quadro de leptospirose. 3. Urinálise Na urinálise podemos verificar sinais de lesão renal a partir da ocorrência de proteinúrias, hemoglobinúrias, mioglobinúrias ou mesmo a presença de células inflamatórias na urina que são achados comuns durante um quadro de leptospirose 4. PCR O PCR detecta o material genético da bactéria diretamente das amostras biológicas, sejam ela sangue, urina, tecido renal, líquor e etc. É um método rápido e sensível que é bastante utilizado nas fases iniciais da doença, onde podemos encontrar a bactéria ainda circulante no sangue. 5. ELISA O teste ELISA pode nos permitir a detecção de anticorpos produzidos pelo organismo. Contudo, o problema do ELISA para a leptospirose é que ele pode não ser tão específico, detectando anticorpos contra

Existem vacinas que estão disponíveis e são altamente recomendadas em áreas que a leptospirose é comum ou onde há risco elevado de exposição a bactérias.

1. Cães Existem vacinas que protegem contra vários tipos de sorovares da Leptospira interrogans. Ela é eficaz em prevenir a infecção mas a proteção pode não ser absoluta para todos os sorovares, de forma que sua eficácia pode variar dependendo da cepa da bactéria e da qualidade da vacina. Normalmente os cães filhotes começam a vacinação contra leptospirose a partir da 8 a 12 semanas de idade, com uma série inicial de duas a três doses. Após a série inicial, reforços são recomendados anualmente ou conforme testes sorológicos para verificar a imunidade do animal contra a doença. 2. Bovinos e suínos Existem também vacinas contra a leptospirose em bovinos e suínos. Elas são utilizadas na prevenção de surtos nos rebanhos. 3. Equinos Em alguns países a vacina contra leptospirose pode estar disponível, contudo o seu uso não é tão comum quanto em cães, bovinos e suínos.