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Leishmaniose em Caninos: Diagnóstico, Tratamento e Controle, Notas de estudo de Doença Infecciosa

A leishmaniose visceral canina, uma doença infecciosa causada pelo protozoário leishmania infantum. O texto detalha o ciclo de vida do parasita, os métodos de transmissão, os fatores de risco, a patogenia, o diagnóstico clínico e laboratorial, o tratamento e o controle da doença. Além disso, o documento discute a importância do estadiamento da doença e a necessidade de um manejo adequado para o controle da leishmaniose em cães.

Tipologia: Notas de estudo

2024

À venda por 24/02/2025

laura-lage
laura-lage 🇧🇷

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Leishmaniose
-
leishmania infantum
-protozoário
flagelado -ciclo heteroxeno
-reprodução por divisão binária
-acomete células do sitema mononuclear
fagocitario
-infecta macrofagos
-doença de evolução crônica e insidiosa
promastigota: inoculada no hospedeiro
invertebrado (lutzomyia- mosquito palha)
amastigotas: quando ela perde a cauda
TRANSMISSÃO: vetorial por lutzomyia mas
pode ser venérea, transplacentária e por
transfusão sanguínea a
-lutzomyia: flebotomíneos de hábitos
crepusculares e noturnos -adaptado para
região domiciliar -reproduz em matéria
orgânica úmida e fezes
-hospedeiro vertebrados: canídeos,
gambas, felinos, equinos e humanos
-doença de grande importância em saúde
pública -doença de notificação compulsória então deve
ser notificada e investigados pelos serviços de saúde para
controle da mesma
-mudanças antrópicas favorecem
emergência, reemergência e urbanização
da LV
FATORES DE RISCO: alterações ambientais
(migração, urbanização, desmatamento,
saneamento precário, destino incorreto de
dejetos) alterações individuais( status
imunológico, presença de cães infectados,
desnutrição)
-LV cursa com doenças imunomediadas
associadas
-maioria dos animais em áreas endêmicas
já tiveram contato mas não manifestaram
sinais clínicos
PATOGENIA: hepatomegalia, distúrbios de
hematopoiese (medula) , alopecia, febre
esplenomegalia, alterações intestinais,
renais e musculoesqueléticos, vômito
emagrecimento, linfadenopatia, diarreia,
poliúria e polidipsia, epistaxe, vasculite,
cutânea: dermatite esfoliativa, dermatite
erosiva, onicogrifose (crescimento da unha)
oculares: uveíte, blefarite, conjuntivite,
ceratoconjuntivite
DIAGNÓSTICO: exames laboratoriais
(sorologia, parasitológico e molecular)
-diagnóstico clínico: exame de
acompanhamento e monitoramento
(bioquímico, SDMA, urinálise)
-veterinário é quem decide se deve fazer
uma eutanisia depois de estadiar o
paciente (estágios avançados - 4 a 5- n trata)
-boa anamnese (diagnóstico
epidemiológico) saber se mora em área
endêmica ou se esteve em uma
testes oficiais: TR-DPP teste de triagem
(qualitativo sim ou não) se der negativo faz
o ELISA para confirmar já que é
quantitativo
-exames complementares: sorologia ,
parasitológico e molecular
**muito importante inserir leish visceral no
check up (pois é mais fácil tratar animal assintomático)
-NÃO tem cura uma vez que podem sobrevivem dentro dos
amcrofagos ao ser fagociatda
EX: caso em que animal tinha apenas um cistite recorrente
mas foi encontrada leishmania na urina do animal
-pacientes refratários a um tratamento
inicial
-animal diagnosticado com leish deve ser
acompanhado a cada 4 meses e pela vida
toda
-testes mais usados na clínica são o
imunocromatográfico (testes rápidos -
servem para triagem uma vez que é
qualitativo) - ELISA qualitativo - e RIFI q
é semi-qualitativo pois faz teste de ac
-esses testes apresentam sensibilidade e
especificidade variados
-falso negativo pode ocorrer devido a diminuição de
anticorpos detectáveis pelo teste
-falso positivo: pode ocorrer devido a reação cruzada com
trypanosoma cruzi uma vez q são semelhantes
sorologia: títulos altos de sorologia
quantitativa na presença de sinais clínicos
compatíveis são considerados
diagnósticos
-já títulos baixos ou negativos diante de
altas suspeitas de LVC é necessário fazer
uma confirmação por métodos
parasitológicos e/ou PCR
diagnóstico de certeza terá todas as linhas de evidência
(sorológica + clínica + parasitológico/molecular)
parasitológico: é confirmatório uma vez
que é 100% específico (citologia e histopatologia
-sensibilidade depende do grau de
parasitemia a amostra é colhida em linfonodos
reativos no qual se acha a forma amastigota dentro do
macofago
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Leishmaniose

  • leishmania infantum -protozoário flagelado -ciclo heteroxeno -reprodução por divisão binária -acomete células do sitema mononuclear fagocitario -infecta macrofagos -doença de evolução crônica e insidiosa promastigota: inoculada no hospedeiro invertebrado (lutzomyia- mosquito palha) amastigotas: quando ela perde a cauda TRANSMISSÃO: vetorial por lutzomyia mas pode ser venérea, transplacentária e por transfusão sanguínea a
  • lutzomyia: flebotomíneos de hábitos crepusculares e noturnos -adaptado para região domiciliar -reproduz em matéria orgânica úmida e fezes
  • hospedeiro vertebrados: canídeos, gambas, felinos, equinos e humanos -doença de grande importância em saúde pública -doença de notificação compulsória então deve ser notificada e investigados pelos serviços de saúde para controle da mesma -mudanças antrópicas favorecem emergência, reemergência e urbanização da LV FATORES DE RISCO: alterações ambientais (migração, urbanização, desmatamento, saneamento precário, destino incorreto de dejetos) alterações individuais( status imunológico, presença de cães infectados, desnutrição) -LV cursa com doenças imunomediadas associadas -maioria dos animais em áreas endêmicas já tiveram contato mas não manifestaram sinais clínicos PATOGENIA: hepatomegalia, distúrbios de hematopoiese (medula) , alopecia, febre esplenomegalia, alterações intestinais, renais e musculoesqueléticos, vômito emagrecimento, linfadenopatia, diarreia, poliúria e polidipsia, epistaxe, vasculite, cutânea: dermatite esfoliativa, dermatite erosiva, onicogrifose (crescimento da unha) oculares: uveíte, blefarite, conjuntivite, ceratoconjuntivite DIAGNÓSTICO: exames laboratoriais (sorologia, parasitológico e molecular)
    • diagnóstico clínico: exame de acompanhamento e monitoramento (bioquímico, SDMA, urinálise) -veterinário é quem decide se deve fazer uma eutanisia depois de estadiar o paciente (estágios avançados - 4 a 5- n trata) -boa anamnese (diagnóstico epidemiológico) saber se mora em área endêmica ou se esteve em uma testes oficiais: TR-DPP teste de triagem (qualitativo sim ou não) se der negativo faz o ELISA para confirmar já que é quantitativo
    • exames complementares: sorologia , parasitológico e molecular **muito importante inserir leish visceral no check up (pois é mais fácil tratar animal assintomático) -NÃO tem cura uma vez que podem sobrevivem dentro dos amcrofagos ao ser fagociatda EX: caso em que animal tinha apenas um cistite recorrente mas foi encontrada leishmania na urina do animal -pacientes refratários a um tratamento inicial -animal diagnosticado com leish deve ser acompanhado a cada 4 meses e pela vida toda -testes mais usados na clínica são o imunocromatográfico (testes rápidos - servem para triagem uma vez que é qualitativo) - ELISA qualitativo - e RIFI q é semi-qualitativo pois faz teste de ac -esses testes apresentam sensibilidade e especificidade variados -falso negativo pode ocorrer devido a diminuição de anticorpos detectáveis pelo teste -falso positivo: pode ocorrer devido a reação cruzada com trypanosoma cruzi uma vez q são semelhantes sorologia: títulos altos de sorologia quantitativa na presença de sinais clínicos compatíveis são considerados diagnósticos -já títulos baixos ou negativos diante de altas suspeitas de LVC é necessário fazer uma confirmação por métodos parasitológicos e/ou PCR diagnóstico de certeza terá todas as linhas de evidência (sorológica + clínica + parasitológico/molecular) parasitológico: é confirmatório uma vez que é 100% específico (citologia e histopatologia -sensibilidade depende do grau de parasitemia a amostra é colhida em linfonodos reativos no qual se acha a forma amastigota dentro do macofago

molecular: tbm é confirmatório mas deve ser feito no lugar correto qPCR (quantitativa- quantifica a carga parasitária) deve ser feito na medula ou sangue? -deve se feito na medula, linfonodo, baço, pele esfregaço, conjuntivas -uma vez q a leishmania circula em órgãos linfoides DIAGNÓSTICO: em áreas endêmicas deve ter um diagnóstico preciso (diferenciando exposição recente de exposição antiga) *** diagnóstico baseado em ac n é diagnóstico é soroprevalência -amostras suspeitas devem ser avaliadas por sorologia quantitativa (teste parasitológico e PCR) infecção é diferente de doença pois um animal pode estar infectado e n manifestar a doença -pode ser assintomático -sorologia + parasitológico + molecular fecha diagnóstico de infecção ams n significa q tem a doença clínica -necessário um estadiamento para afirmar que animal é assintomático -serve para qualquer doença infecto contagiosa diagnóstico clínico: depois da triagem de todos os testes é necessário saber como o animal está no momento através de:

  • hemograma
  • -bioquímica sérica (perfil renal, hepático)
  • proteinograma (albumina e globulina)
  • urinálise (UPC)
  • SDMA (taxa de filtração glomerular)
  • verificar presença de coinfecção uma vez q lesão renal, ou outra lesão, pode ser por outro agente
  • PCR (ptn C reativa é marcador de inflamação aguda) classificação para estadiar: -esse estadiamento da um norte do q fazer com o paciente -para estabelecer uma melhor terapêutica -avaliar nível de ac e carga parasitária necessário restadiar periodicamente para avaliar eficácia do tratamento -n deve tratar baseado na soroprevalência é necessário estadiar -apartir do estádio IV já é muito difícil tratar manejo do paciente com LVC: a recomendação é a eutanasia porém parasito e o vetor são muito adaptados -para decidir se deve ou não tratar você deve avaliar a carga parasitária pois uma carga muito alta está diretamente relacionada com adoecimento doa animal TRATAMENTO: a base de imunomoduladores (marbofloxacina, domperidona, glucanos), fármacos anti leish (miltefosina -medicação oficial recomendada e alopurinol)... -depende do estádio -EX: entrou com alopurinol e depois de 4 meses fez o reestadiamento e viu q estava respondendo - tira o alopurinol uma vez que causa danos -um paciente com doença renal fazer estadiamento mais curto para avaliar eletrólitos, hemogasometria, proteínas séricas ptn C reativa -fundamental relacionar clínica com alterações laboratoriais para acompanhar melhor e decidir quando tratar e se vai tratar EX: reagente de teste rápido mas sem clínica e baixa carga parasitária - não é necessário tratar apenas usar coleira e restadiar CONTROLE E PROFILAXIA: combate ao vetor (repelente, coleira com deltametrina), diagnóstico e tratamento precoce em humanos, diagnóstico e manejo dos cães infectados/doentes, educação de saúde, limpeza (uma vez que flebotomíneo ovipõe em matéria orgânica), controle da população canina, telar janelas, evitar passeios em horários crepusculares -medicina preventiva é melhor q terapêutica