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Capítulo 2 do livro 'física universal' aborda a lei de gauss, que relaciona o fluxo elétrico através de uma superfície fechada com a carga elétrica dentro dela. O texto explica como a lei de gauss pode ser derivada da lei de coulomb e fornece exemplos simples de sua aplicação. Além disso, o texto discute materiais condutores e isolantes, e como a carga se acumula na superfície de condutores.
O que você vai aprender
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
Figura 2.1: Fluxo de E constante atrav´es de A perpendicular. (Serway)
ΦE = EA (2.1)
Figura 2.2: Fluxo de E constante atrav´es de A formando ˆangulo θ. (Serway)
ΦE = EA cos θ = E~ · A~ (2.2)
Figura 2.3: Fluxo el´etrico atrav´es da su- perf´ıcie A. O fluxo ´e positivo, zero e nega- tivo nos pontos 1, 2 e 3 respectivamente, de acordo com o ˆangulo θ. (Serway)
ΦAE ≡
A
E^ ~ · d A~ (2.3)
onde d A~ ´e o vetor ´area perpendicular `a superf´ıcie. Novamente E~ · d A~ = E dA cos θ, onde θ ´e o ˆangulo entre E~ e d A~, conforme Fig. 2.
A Lei de Gauss relaciona o fluxo el´etrico atrav´es de uma superf´ıcie fechada A com a carga el´etrica qin dentro da superf´ıcie
A
E^ ~ · d A~ = qin ǫ 0
(Lei de Gauss) (2.4)
A Lei de Gauss ´e uma das Eqs. de Maxwell, i.e. ´e uma lei fundamental do eletromagnetismo. Vamos mostrar que a Lei de Coulomb para cargas pontuais implica a Lei de Gauss. Nos exemplos, ser´a trivial mostrar que a Lei de Gauss implica a Lei de Coulomb e, portanto, elas s˜ao equivalentes.
Figura 2.4: A Lei de Gauss ´e verificada para uma carga pontual usando a Lei de Cou- lomb. (Halliday)
Primeiramente, considere uma carga pontual como na Fig 2.4, cujo campo el´etrico a uma distˆancia r ´e dado pela Lei de Coulomb. Considere o fluxo ΦE atrav´es de uma superf´ıcie Gaussiana esf´erica de raio r e centro na carga. Por simetria E~ ´e paralelo a d A~, e temos
A
E^ ~ · d A~ =
A
E dA cos 0
A
dA = EA
q 4 πǫ 0 r^2
(4πr^2 ) = q ǫ 0
Portanto a Lei de Gauss ´e obtida nesse caso. Considere agora o fluxo em uma superf´ıcie qualquer. O ponto crucial ´e que o fluxo atrav´es dessa superf´ıcie ´e igual ao fluxo atrav´es da superf´ıcie esf´erica.
Figura 2.8: Fluxo por uma superf´ıcie qualquer devido a uma carga pontual. O fluxo ´e igual ao fluxo atraves de uma superf´ıcie esf´erica interna `a superf´ıcie qualquer, i.e. Φ = q/ǫ 0 , implicando a Lei de Gauss. (Young)
Materiais podem ser classificados de acordo com a facilidade com que as cargas negativas (el´etrons) se movem no interior deles. Materiais que permitem que cargas se movam livremente s˜ao chamados condutores e materias que n˜ao permitem tal movimento s˜ao chamados isolantes. Exemplos de condutores sao os metais em geral, o corpo humano, ´agua com ´acido, base ou sais. Exemplos de n˜ao-condutores incluem n˜ao-metais, borracha, pl´astico, vidro e ´agua pura. Semicondutores s˜ao intermedi´arios entre condutores e isolantes, como o silicon e germˆanio em chips de computadores. Supercondutores s˜ao condutores perfeitos. Carga em excesso em um condutor sempre se acumla na sua superf´ıcie. Para mostrar isso, considere uma superf´ıcie Gaussiana dentro do condutor. O campo no interior deve ser nulo
E^ ~ = 0 (2.7)
pois, se n˜ao fosse, as cargas estariam se movendo dentro do condutor, o que n˜ao ocorre, pois elas rapidamente entram em equil´ıbrio eletrost´atico. Para que o campo seja nulo, ´e preciso que n˜ao haja carga dentro da superf´ıcie Gaussiana. Segue que toda a carga se acumula na superf´ıcie do condutor.
A Lei de Gauss ´e ´util em situa¸c˜oes em que a simetria permite o uso de superf´ıcies gaussianas convenientes, que facilitam a determina¸c˜ao do campo el´etrico. A seguir, alguns exemplos simples.
Considere uma carga pontual e uma superf´ıcie Gaussiana esf´erica ao seu redor.
Figura 2.9: Lei de Gauss para uma carga pontual reproduz a Lei de Coulomb. (Halliday)
Por simetria E~ ´e paralelo a d A~, e temos que
∮
A
E^ ~ · d A~ =
A
E dA cos 0
A
dA = EA
q ǫ 0
o que implica
q 4 πǫ 0 r^2
Ou seja, a Lei de Gauss reproduz a Lei de Coulomb, provando que elas s˜ao equivalentes.
Com a Lei de Gauss, ´e trivial obter os teoremas de Newton sem calcular integrais. A ´unica coisa relevante ´e a carga interna `a superf´ıcie gaussiana. Para pontos fora da casca, uma superf´ıcie gaussiana esf´erica permite concluir que o campo da casca esf´erica ´e o mesmo de uma carga no seu centro. O mesmo vale para a esfera s´olida. J´a para pontos no interior da casca, como n˜ao h´a cargas dentro da superf´ıcie gaussiana, o campo ´e zero. Para a esfera s´olida, somente a carga interior contribui, e o campo cresce linearmente.
Figura 2.10: Lei de Gauss para uma linha carregada infinita. (Halliday)
Considere uma linha de carga infinita, como na Fig 2.10. Nesse caso, o problema tem simetria cil´ındrica, j´a que todos os pontos a uma distˆancia r da linha de carga s˜ao equivalentes. Considerando a superf´ıcie gaussiana mostrada na figura e aplicando a Lei de Gauss, temos ∮
A
E^ ~ · d A~ =
A
E dA = E
A
dA = EA
q ǫ 0 = λh ǫ 0
Portanto
E =
λ 2 πǫ 0 r
Note que esse ´e o mesmo resultado que obtivemos integrando o campo el´etrico na linha infinita. Note ainda que a resposta n˜ao depende da altura h da superf´ıcie gaussiana, pois essa aparece tanto no fluxo quanto na carga e ´e cancelada.