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Fornecer elementos de prova ou uma opinião especializada sobre o verdadeiro estado do objeto examinado, visando contribuir com uma decisão. Construção do laudo com as restrições da edificação e se a mesma é segura para utilização. Apresentar os danos encontrados e também os possíveis reparos e como realiza-los.
Tipologia: Trabalhos
Compartilhado em 13/10/2021
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Não perca as partes importantes!
Engenheiro Civil Alex Sandro Cordeiro - Engenheiro Civil Engenheiro Civil Diego Luiz Jacobowski - Engenheiro Civil Engenheiro Civil João Arthur Pacheco Thibes - Engenheiro Civil Engenheiro Civil Kassio Felipe Lotici - Engenheiro Civil Engenheiro Civil Marcos V. Shultz - Engenheiro Civil Engenheiros de perícia devidamente nomeados vêm trazer aos Autos o presente Laudo Pericial. CASCAVEL - PR 2018
Figura 01: Localização do Imóvel. Fonte: Geoportal Cascavel. 1.4 DESCRIÇÃO DO OBJETO DA PERICIA O edifício (Figura 02) possui 3705,54 m² com 5 (cinco) pavimentos, sendo um subsolo contendo 22 (vinte e duas) vagas de garagem, um pavimento térreo contendo 2 (duas) salas comerciais e 5 (cinco) apartamentos, 3 (três) pavimentos tipo com 11 (onze) apartamentos e a cobertura contendo o salão de festas da edificação, totalizando 38 (trinta e oito) apartamentos e 2 (duas) salas comerciais. Figura 02: Edificação Laudada Fonte: Autores, 2018.
1.4.1 Características Construtivas Áreas comuns:
2.1.2 Equipamentos Foram utilizados na averiguação uma câmera fotográfica Canon t5i com número de série 1235-5BR (Figura 04) e um martelo de metal para ensaio de percussão (Figura 05). Figura 04: Câmera fotográfica Fonte: Autores, 2018. Figura 05: Martelo de percussão Fonte: Autores, 2018. 2.1.3 Ensaios Na edificação laudada foi realizado o processo de percussão com martelo metálico que consiste na realização de batidas com o martelo metálico na estrutura e o sinal da ocorrência patológica consiste na constatação de um som cavo (oco) nas áreas submetidas à percussão.
De acordo com Perez (1985) um dos problemas mais complexos de se corrigir na Construção Civil é a umidade. O autor relaciona essa complexidade tanto aos fatores que causam as infiltrações quanto a falta de pesquisas e estudos direcionados a esta área, sejam eles para evitar ou corrigir as infiltrações nas edificações. Estes graves problemas consequentes de possíveis falhas durante a construção, que se resumem, segundo Lonzetti (2010), na degradação da estrutura, decomposição de pinturas e nos estragos causados no revestimento, além de contribuir para o aparecimento de 11 fungos e bactérias que se proliferam em ambientes úmidos, e podem ser prejudiciais à saúde. As patologias consequentes da falha ou ausência da impermeabilização são resultado do excesso de umidade no edifício, e essas, segundo Lersch (2003), podem ser: Umidade de infiltração, que é a passagem de umidade da parte externa para a parte interna, através de trincas ou da própria capacidade de absorção do material; Umidade ascensional, que é a umidade originada do solo, e sua presença pode ser notada em paredes e solos; Umidade por condensação, que é consequência do encontro do ar com alta umidade, com superfícies apresentando baixas temperaturas, o que causa a precipitação da umidade; Umidade de obra, que é basicamente a umidade presente na execução da obra, como em argamassas e concreto; Umidade acidental, que é o fluido gerado por falhas nos sistemas de tubulações, e que acabam ocasionando infiltração. 2.2.1 Vesículas A presença dos materiais dispersos na argamassa que manifestam posterior variação volumétrica, originam as vesículas nos revestimentos (Figura 06). Segundo Bauer (1977) as causas estão atreladas a presença de pedras de cal parcialmente extintas, matéria orgânica, torrões de argila na areia, entre outras impurezas. Cincotto (1988) relaciona os aspectos observados no interior das vesículas com a anomalia ou tipo de impureza existente nos agregados. Quando o empolamento da pintura apresenta as partes internas empolada na cor branca, indica a ocorrência de hidratação retardada
2.2.3 Bolor Conforme ALUCCI & FLAUZINO & MILANO (1985), o crescimento de bolor está diretamente ligado, conforme os autores citados acima, à existência de umidade. É comum o emboloramento em paredes umedecidas por infiltração de água ou vazamento de tubulações (Figura 08 ). O emboloramento nada mais é do que uma alteração que pode ser constatada macroscopicamente na superfície de diferentes materiais, sendo consequência do desenvolvimento de microrganismos pertencentes ao grupo dos fungos. Assim como todos os organismos vivos, estes possuem seus desenvolvimentos afetados com as condições ambientais, sendo a umidade um fator essencial. Os fungos precisam sempre de um teor de umidade elevado no material onde se desenvolvem ou uma umidade relativamente bastante elevada no ambiente. As formas dessa presença de água nos componentes internos e externos da edificação já foram citadas nos itens anteriores, tais como, por exemplo, umidade proveniente de vazamentos, da obra, do solo, etc. Figura 08: Bolor. Fonte: Reforma fácil, 2008.
2.2.4 Bolhas As bolhas (Figura 09 ) ocorrem devido a presença de água sob a película. Isto acontece principalmente quando se aplica tintas impermeáveis em substratos mal curados ou com umidade ou quando se utiliza tinta com baixa resistência a tinta a óleo em substratos de elevada alcalinidade. A formação de bolhas também pode acontecer quando uma nova tinta aplicada umedece a película de tinta anterior, causando sua expansão. No caso de texturas, a formação de bolhas acontece, principalmente, devido à baixa permeabilidade da camada de proteção e acabamento e na falta do aditivo antiespumante. Figura 09 : Bolhas. Fonte: Reforma fácil, 2008. 2.3 TRINCAS E FISSURAS Estas patologias aparecem por causa da perda de integridade da superfície da placa cerâmica, que pode ficar limitada a um defeito estético, ou pode evoluir para um destacamento. As trincas são rupturas no corpo da placa cerâmica provocadas por esforços mecânicos, que causam a separação das placas em partes, com aberturas superiores a 1 mm. As fissuras são rompimentos nas placas cerâmicas, com aberturas inferiores a 1 mm e que não causam a ruptura total das placas.
No decorrer da vistoria foram adotados os seguintes procedimentos técnicos:
O Deslocamento ocorre em revestimentos argamassados, sendo ele com empolamento, quando as vesículas se descolam do emboço (Figura 12 ). Devido a isso o reboco apresenta som cavo sob percussão. As possíveis causas são a hidratação tardia da cal e o excesso de umidade. O reparo consiste na substituição do reboco. Figura 12 : Deslocamento. Fonte: Autores, 2018. Obtendo uma visão geral do processo degradante da estrutura, nota-se que as patologias que surgem do excesso de umidade estão em grande número presente na construção. As infiltrações não só prejudicam a aparência do edifício, como também contribuem para a desvalorização do imóvel, devido a deterioração das argamassas e da pintura, além do aspecto visual desagradável, pode causar também problemas que comprometam a estrutura dos imóveis devido ao contato com as armaduras, auxiliando assim no processo de oxidação, provocando corrosão das mesmas e consequentemente danos estruturais. O desenvolvimento de bolor em edificações pode ser considerado como um grande problema com grandeza econômica. Essa patologia (Figura 13 ) provoca alteração na superfície, exigindo na maioria das vezes a recuperação ou até mesmo a necessidade de se refazer revestimentos, gerando gastos dispendiosos. O crescimento de bolor está diretamente ligado, à existência de umidade, é comum o emboloramento em paredes umedecidas por infiltração de água ou vazamento de tubulações.
como cordão de polietileno ou espuma de poliuretano e preencher com um material elástico que acompanhe sua movimentação. Figura 15 : Fissura. Fonte: Autores, 2018. Assim como a parede de alvenaria, o gesso precisa ser “amarrado” às suas bordas, onde geralmente se localizam paredes e vigas, elementos sujeitos a deformações. As movimentações do conjunto causam, com o tempo, o descolamento do gesso nas bordas (Figura 16), revelado por uma fissura contínua. Para prevenir esta patologia devem ser previstos mecanismos que permitam maior movimentação do conjunto, ou até mesmo formas de esconder as fissuras – geralmente é feito o rebaixamento do forro. O reparo neste caso consiste em refazer a alvenaria de gesso. Figura 16: Fissura no gesso. Fonte: Autores, 2018.
3.1.1 Quesitos formulados pelo Juiz. QUESITO 1: QUAIS OS DANOS PRESENTES NA EDIFICAÇÃO? Resposta: Foi constatado na edificação diversos danos, causados pela infiltração, vazamentos, bolor, fissuras, trincas. QUESITO 2: OS DANOS PRESENTES NA EDIFICAÇÃO ACONTECERAM POR QUAL MOTIVO? Resposta: As manifestações patológicas tiveram suas origens em qualquer uma das etapas do processo de construção principalmente nas ações de impermeabilização. Devido aos fatores das manutenções preventivas, do controle tecnológico dos materiais empregados, de uma padronização e qualidade na execução dos projetos e da qualidade dos serviços de execução que constituem o processo como um todo. QUESITO 3: OS PROBLEMAS IDENTIFICADOS TÊM RELAÇÃO COM OS MATERIAIS UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO? Resposta: Os problemas patológicos foram não originados pela baixa qualidade dos materiais. A escolha dos materiais e as técnicas de construção devem estar em concordância com o projeto a fim de atender às necessidades dos usuários e garantir a manutenção de suas propriedades e características iniciais. Sendo assim essencial que a obra apresente um sistema de controle de qualidade atuando na seleção, aquisição, recebimento e aplicação dos materiais. Assim, a comprovação da conformidade no decorrer da obra pode ser tomada como base para a garantia da qualidade dos materiais empregados.
Resposta: A olho nu não apresenta nenhum dano aparente referente à desplacamento, sendo necessário realizar mais testes de percussão em altura que no caso não foi executado, apenas foi constatado algumas eflorescências causadas por infiltrações e algumas juntas deterioradas. QUESITO 3: PODE SE CONSIDERAR QUE OS DANOS CAUSADOS FORAM PROVOCADOS PELA MÁ INSTALAÇÃO OU FALTA DE MANUTENÇÃO DAS CALHAS, RUFOS E SAÍDAS DE AGUAS PLUVIAIS? Resposta: Não, os danos causados estão apenas nas partes internas da edificação. QUESITO 04: AS TIPOLOGIAS DAS EVENTUAIS FISSURAS NOTICIADAS SÃO EXCLUSIVAS DAS ALVENARIAS DE BLOCO DE CONCRETO CELULAR, OU APARECEM EM ALVENARIAS DE BLOCOS CERÂMICOS, CONCRETO E ETC? RESPOSTA: As fissuras observadas não ocorrem nos blocos de concreto. Apenas fissuras em situações de blocos cerâmicos. 3.2 CONCLUSÃO Após a constatação e observação na edificação das patologias existentes, foi possível determinar os prováveis causadores das mesmas. Trata-se de patologias decorrentes de falhas técnicas construtivas em virtude de anomalias referentes ao direcionamento correto das aguas pluviais, na falta de manutenção das mesmas, e a falta ou mau processo de impermeabilização em algumas áreas da edificação. Em relação às infiltrações encontradas na edificação, as quais causaram as patologias de: bolhas, deslocamento da pintura, infiltração, bolor, fissuras e vesículas, e assim determinadas suas possíveis causas. O requerido em questão pode ser considerado responsável por não realizar as devidas manutenções na edificação, assim ocasionando as anomalias encontradas. Pois na vistoria visual, relatos dos autos e conclusões obtidas em bibliografias constatou-se que o requerente procurou por inúmeras vezes para a reparação da estrutura e mesmo assim não foi atendido.
Tendo encerrado os trabalhos periciais, lavramos o presente laudo técnico que contém 2 6 páginas numeradas sequencialmente, impressas e rubricada, colocando-nos a disposição para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários. Firmando presentes. Cascavel, 19 de abril de 2018
Perito Judicial Engenheiro Civil Alex Sandro Cordeiro ART 20170000000 CREA PR 20.130/D
Assistente Técnico Defesa Engenheiro Diego Luiz Jacobowski ART 2017071273890 CREA PR 20.140/D
Assistente Técnico Defesa Engenheira Civil João Arthur Pacheco Thibes ART 201700378120 CREA PR 38.999/D