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Guias e Dicas
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Diagnóstico e Tratamento da Laringite em Crianças e Adolescentes, Notas de aula de Diagnóstico

Este documento fornece informações sobre a laringite, uma doença respiratória comum na infância, caracterizada por inflamação e estreitamento da região subglótica da laringe, causada principalmente por vírus. O texto aborda os sintomas, confirmação diagnóstica, indicação de exames diagnósticos, tratamento inicial, critérios para internação e uso de diferentes medicamentos, incluindo dexametasona, budesonida, prednisolona e adrenalina. Além disso, o documento fornece informações sobre fluxograma de tratamento, indicadores de qualidade e referências.

O que você vai aprender

  • Quais sintomas indicam a presença de laringite em crianças?
  • Quais exames diagnósticos são recomendados para confirmar a presença de laringite?
  • Quais são as diferentes opções de tratamento para laringite em crianças?

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Florentino88
Florentino88 🇧🇷

4.7

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1. DIAGNÓSTICO
A laringite é uma doença respiratória comum na infância, caracterizada por inflamação e estreitamento da região subglótica da laringe,
causada principalmente por vírus. Acomete principalmente crianças de 3 meses a 6 anos, com pico aos 2 anos e maior incidência nos
meninos. É estimado que cerca de 2% das crianças pré-escolares são acometidas anualmente.
Confirmação diagnóstica (clínica e/ou laboratorial)
O diagnóstico é clínico, baseado na presença dos seguintes
sintomas: tosse estridulosa, acompanhada ou não de
rouquidão, estridor inspiratório, dispneia, salivação e
guinchos inspiratórios.
Indicação de exames diagnósticos
Não são recomendados exames etiológicos laboratoriais ou
radiológicos.
Considerar, na suspeita de complicações e diagnósticos
diferenciais (epiglotite e aspiração de corpo estranho), RX
de pescoço e broncoscopia.
Laringite em Crianças e Adolescentes
GRAVIDADE SINTOMAS
Leve
Tosse
estridulosa, sem estridor inspiratório em
repouso,
sem ou leve tiragem
intercostal/supraesternal
.
Moderada
Estridor
em repouso, pouca ou nenhuma
agitação
.
Grave
Estridor
expiratório, agitação e confusão mental.
Ameaça à
vida
Estridores
pouco audíveis, letargia, rebaixamento
do
nível de consciência, cianose.
2. ESCORE DE RISCO
Guia do Episódio de Cuidado
Laringite aguda
Leve/Moderada Grave
Dexametasona 0,6 mg/kg
(VO, IM,EV)
Alternativas:
Prednisolona VO 1 -2 mg/kg
Budesonida inalatória 2 mg
Dexametasona 0,6 mg/kg
E
Adrenalina inalatória 0,5 ml/Kg (máx 5ml)****
Melhora Piora
Alta com
orientações
Melhora Piora
Internação em UTI
Adrenalina inalatória 2 x/hora
Oxigênio (se sat O2 <92%)
Heliox*
VNI**
IOT ** *se necessário
* Heliox: mistura 30% oxigênio e 70% gás hélio
** VNI: ventilação não invasiva
*** IOT: intubação orotraqueal
**** manter observação por 4 horas.
FLUXOGRAMA TRATAMENTO LARINGITE AGUDA
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1. DIAGNÓSTICO

A laringite é uma doença respiratória comum na infância, caracterizada por inflamação e estreitamento da região subglótica da laringe, causada principalmente por vírus. Acomete principalmente crianças de 3 meses a 6 anos, com pico aos 2 anos e maior incidência nos meninos. É estimado que cerca de 2 % das crianças pré-escolares são acometidas anualmente. Confirmação diagnóstica (clínica e/ou laboratorial) O diagnóstico é clínico, baseado na presença dos seguintes sintomas: tosse estridulosa, acompanhada ou não de rouquidão, estridor inspiratório, dispneia, salivação e guinchos inspiratórios. Indicação de exames diagnósticos Não são recomendados exames etiológicos laboratoriais ou radiológicos. Considerar, na suspeita de complicações e diagnósticos diferenciais (epiglotite e aspiração de corpo estranho), RX de pescoço e broncoscopia.

Laringite em Crianças e Adolescentes

GRAVIDADE SINTOMAS

Leve Tosse estridulosa, sem estridor inspiratório em repouso, sem ou leve tiragem intercostal/supraesternal. Moderada Estridor em repouso, pouca ou nenhuma agitação. Grave Estridor expiratório, agitação e confusão mental. Ameaça à vida Estridores pouco audíveis, letargia, rebaixamento do nível de consciência, cianose.

2. ESCORE DE RISCO

Guia do Episódio de Cuidado

Laringite aguda Leve/Moderada Grave Dexametasona 0,6 mg/kg (VO, IM,EV) Alternativas: Prednisolona VO 1 - 2 mg/kg Budesonida inalatória 2 mg Dexametasona 0,6 mg/kg E Adrenalina inalatória 0,5 ml/Kg (máx 5ml)**** Melhora Piora Alta com orientações Melhora Piora

  • Internação em UTI
  • Adrenalina inalatória 2 x/hora
  • Oxigênio (se sat O2 <92%)
  • Heliox*
  • VNI**
  • IOT ** se necessário *** Heliox: mistura 30% oxigênio e 70% gás hélio ** VNI: ventilação não invasiva *** IOT: intubação orotraqueal **** manter observação por 4 horas.*

FLUXOGRAMA TRATAMENTO LARINGITE AGUDA

Laringite grave

  • Inalação com adrenalina: seu efeito é imediato com duração máxima de 2 horas. Usar na forma L – epinefrina na diluição 1 : 1000 , inalatória ( 0 , 5 ml/kg máximo 5 ml), com no máximo 2 doses na primeira hora.
  • Oxigênio umidificado: para pacientes hipoxêmicos (saturação < 92 %).
  • O heliox: é uma alternativa para os pacientes com risco de falência respiratória e pequena resposta ao tratamento inicial. Indicação de exames de controle durante o tratamento De acordo com a presença de complicações: RX de pescoço, broncoscopia. DROGA APRESENTAÇÃO DOSE VIA Dexametasona Comprimido de 4 mg (diluir em água ou líquidos adocicados) 0,6 mg/kg (máximo 10 mg) Oral Dexametasona Ampola 4 mg/ml 0,6 mg/kg (máximo 10 mg) Intravenosa Intramuscular Dose única Budesonida inalatória Flaconete 0, mg/ml 2 mg (8ml) Inalatória Dose única Prednisolona Solução 3mg/ml 1 - 2 mg/kg/dia Oral 3 dias Adrenalina Ampola 1: 0,5 ml/kg (máximo 5 ml) Inalatória Pode ser repetida até 2x/hora

DROGAS UTILIZADAS NO MANEJO DA LARINGITE

Indicação de retorno ambulatorial

  • Piora da tosse rouca.
  • Falta de ar.
  • Prostração.
  • Piora do estado geral.
  • Persistência da febre maior que 72 horas. Critérios de alta
  • Ausência de desconforto respiratório e hipoxemia.

4. TRATAMENTO

3. EXAMES

Tratamento inicial

  • O tratamento inicial é feito com corticosteroide VO em dose única. A droga de escolha é a DEXAMETASONA na dose 0 , 6 mg/kg (máximo 10 mg); - Se a criança estiver vomitando considerar via intramuscular; - Se a criança já estiver com acesso venoso considerar via intravenosa; - A budesonida inalatória ( 2 mg) é uma opção se a criança estiver vomitando e recusando a dexametasona oral.
  • Na indisponibilidade de dexametasona oral considerar a prednisolona por 3 dias ( 1 - 2 mg/kg/dia). Critérios para internação
    • Laringite moderada com pequena resposta ou que não respondeu às medidas iniciais.
    • Laringite grave com melhora parcial após medidas iniciais.
    • Laringite grave com melhora parcial após 4 horas de observação no pronto socorro. Critérios para internação em UTI
    • Laringite grave sem resposta às medidas iniciais.
    • Laringite grave que retornou ao estado anterior após conduta inicial e/ou 2 horas de observação no pronto socorro.
    • Desconforto respiratório grave: uso de musculatura acessória, rebaixamento do nível de consciência, hipoxemia. Indicadores de Qualidade
      • Uso de corticosteroide na laringite moderada/grave.
      • Não uso de inalação com adrenalina na laringite leve.