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Dimensionamento de Lagoas de Estabilização
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
1.1. Introdução
As lagoas facultativas são a variante mais simples do sistema de lagoas de estabilização. Basicamente, o processo consiste na retenção dos esgotos por um período de tempo longo o suficiente para que os processos naturais de estabilização da matéria orgânica se desenvolvam. As principais vantagens e desvantagens das lagoas facultativas estão associadas, portanto, a predominância dos fenômenos naturais.
1.2. Descrição do Processo
A DBO solúvel e finamente particulada e estabilizada aerobiamente por bactérias dispersas no meio liquido, ao passo que a DBO suspensa tende a sedimentar, sendo estabilizada anaerobiamente por bactérias no fundo da lagoa. O O 2 requerido pelas bactérias e fornecido pelas algas, através da fotossíntese.
Eficiência:
Coliformes (%) 60 – 99 Requisito de área (m^2 /hab) 20 – 50 Custos de implantação (U$/hab) 10 – 50
Vantagens:
Satisfatória remoção de DBO; Eficiente na remoção de patogenos; Construção, operação e manutenção simples; Reduzidos custos de implantação e operação; Ausência de equipamentos mecânicos; Requisitos energéticos praticamente nulos; Satisfatória resistência a variações de carga; Remoção e lodo necessária apenas após tempo > 20 anos.
Desvantagens:
Elevados requisitos de área; Dificuldade em satisfazer padrões mais restritivos de lançamento; A simplicidade operacional pode trazer o descaso com a manutenção (crescimento da vegetação); Possivel necesidade de remoção de algas do efluente para o cumprimento de padrões mais rigorosos; Performance variável com as condições climáticas (temperatura e insolação); Possibilidade de crescimento de insetos.
A taxa a ser adotada varia com as condicoes ambientais (radiação solar, temperatura e vento). Em nosso pais tem-se adotado taxas variando de:
Regioes com inverno quente e elevada insolação – 240 a 350 Regioes com inverno e insolacao moderados – 120 a 240 Regioes com inverno frio e baixa insolação – 100 a 180
Relacao entre a Taxa de Aplicacao Superficial (Ls) e Temperatura (t)
Ls = 350 * (1,107 – 0,002 * T) (T -25)
T = Temperatura media do ar no mês mais frio, oC
Obs.: A área de uma lagoa facultativa não deve ser superior a 15 ha.
b) Tempo de detenção
O volume requerido para a lagoa pode ser calculado com base no tempo de detenção e Q de projeto, sendo expresso em dias.
t = V/Q
Onde:
V = Volume requerido (m^3 ) T = Tempo de Detencao (d) Q = Vazao media afluente (m^3 /d)
Obs.: t = 15 a 45 dias (sofre forte influencia da temperatura)
c) Profundidade
A penetração da luz e fundamental para o funcionamento da lagoa.
h = V/A
Onde :
h – Profundidade (m) V = Volume (m^3 ) A = Area (m^2 )
Aspectos relacionados a profundidade da lagoa:
Rasa:
As lagoas rasas (h < 1,0 m) podem se comportar como totalmente aeróbias; Maior área superficial;
A penetração de luz ao longo da profundidade e praticamente total; Maior produção de algas, > pH, que ocasiona a precipitação de fosfatos; Maior remoção de patogenos; Devido a baixa profundidade pode se desenvolver vegetacao (h < 60 cm); Lagoas rasas são amis afetadas por variacao da temperatura ambiente.
Profunda:
Lagoas com h > 1,2 m possibilita um maior TDH para estabilização de M.O.; Performance mais estavel (menos afetada por condições ambientais); Maior volume de armazenamento do lodo; A camada inferior permanece em condições anaerobias; A decomposição anaeróbia não consome OD; As lagoas mais profundas permitem a expansão futura (inclusão de aeradores).
Condicoes ambientais:
As principais condições ambientais em uma lagoa de estabilização são a radiacao solar, a temperatura e o vento.
A radiação solar influencia na velocidade da fotossíntese;
A temperatura influencia na:
Vento:
d) Geometria
O projeto das lagoas poderá fazer um aproveitamento do terreno disponível e da sua topografia para se obter a relação mais adequada do comprimento/largura (L/B). Sistemas com L/B elevado tendem ao fluxo em pistao, enquanto lagoas com L/B proximo a 1,0 (lagoas quadradas) tendem ao regime de mistura completa. Mas frequentemente, a relação L/B das lagoas facultativas se situa na seguinte faixa:
Relacao comprimento/largura (L/B) = 2 a 4
A DBO afluente C 0 e admitida como a DBO total (solúvel + particulada). DBO solúvel e o remanescente do tratamento. DBO particulada e causada pelos sólidos em suspensão no efluente. Os S.S. são predominantemente algas que poderão ou não exercer alguma demanda no corpo receptor.
Caso as algas morram sua estabilização consumira O 2 ; Se as algas continuarem a se multiplicar poderão ter efeito benéfico na produção de O2; Caso o efluente seja usado para irrigação as algas podem também ser benéficas.
Os S.S. das lagoas facultativas são em torno de 60 a 90% algas, cada 1 mg de algas gera uma DBO de 0,45 mg. Desta forma, 1 mg/l de sólidos em suspensão no efluente e capaz de gerar uma DBO na faixa de 0,6 * 0,45 = 0,3 mg/l a 0,9 * 0,45 = 0,4 mg/l.
1 mg S.S./l = 0,3 a 0,4 mg DBO/l
Como foi visto anteriormente, o modelo de fluxo em pistão e o mais eficiente em termos de remoção de M.O., no entanto a mistura completa e a mais indicada quando se tem uma grande variabilidade de cargas. Os sistemas de fluxo em pistão estão também sujeitos a uma elevada demanda de O 2 proximo a entrada. Neste local poderão ocorrer condições anaeróbias.
O projeto de lagoas devera fazer um aproveitamento do terreno disponível.
Usualmente tem-se adotado o modelo de mistura completa no dimensionamento devido a:
Calculo mais simples; Dimensionamento leva a um posicionamento a favor da segurança.
O valor do coeficiente de remoção de DBO foi obtido por diversos pesquisadores, e o usualmente mais utilizado e:
K = 0,30 a 0,35 d-
O coeficiente de remoção de DBO (K) pode ser obtido através da seguinte relacao empírica:
K = 0,091 + 2,05 * 10 -4^ * Ls Ls = Taxa de aplicação superficial
Para diferentes temperaturas pode ser corrigida através da seguinte equação:
Kt = K20 * θ T-
θ = coeficiente de temperatura (1,05) K20 = Coef. Remoção a 20º C Kt = Coeficiente de remoção da DBO em uma temperatura qualquer.
Considera-se T a media do liquido no mês mais frio.
Outro parâmetro a ser determinado e o numero de dispersão, que pode ser obtido por:
d = (L/B)/- 0,261+ 0,254 * (L/B) + 1,014 * (L/B)^2
L = comprimento da lagoa (m) B = largura da lagoa (m) d = numero de dispersão
Valores Usuais
L/B 1 2 a 4 5 a 10 1,0 0,2 a 0,5 0,1 a 0,
Exercicio:
A taxa de acumulo médio de lodo em lagoas facultativas e de 0,03 a 0,08 m3/hab.ano.
Do lodo acumulado, apenas cerca de 5% e representado pela areia, apesar disso pode ser necessário a remoção de areia, apesar disso pode ser necessário a remoção de areia, já que esta tente a se concentrar próximo as entradas.
CARACTERISTICAS DE OPERACAO
A interpretação da cor predominante na lagoa pode esclarecer as condições do seu funcionamento.
VERDE ESCURO E PARCIALMENTE TRANSPARENTE
Presenca pouco importante de outros microorganismos no efluente; Altos valores de pH e OD; Lagoa em boas condições.
Crescimento de rotíferos, protozoários ou crustáceos que se alimentam das algas, podendo causar sua destruição em poucos dias. Caso as condições persistam haverá decréscimo de OD e eventual mal cheiro.
Sobrecarga de MO e ou tempo de detenção curto; Fermentacao na camada de lodo incompleta; A lagoa devera ser posta fora de operação.
A lagoa esta em processo de auto- floculacao decorrente da elevação de pH e da temperatura; Precipitacao de hidróxidos de magnésio e de cálcio, arrastando consigo algas e outros microorganismos.
Excessiva proliferação de algas azuis;
A floração de certas espécies formam natas que se decompõem facilmente, provocando a exalação de maus odores, reduzindo a penetração de luz e, em conseqüência diminuindo a produção de O 2.
Há varias possíveis formas de se melhorar a qualidade do efluente de lagoas, visando principalmente a remoção de SS (algas), sendo os mais comuns: filtros de areia intermitente, filtros de pedra, micropeneiras, coagulação e clarificação, flotação entre outros.
Efluentes mais restritivos precisam ser avaliados a aplicação de lagoas ou métodos mais avançados de tratamento.
Utilizacao de água pos causa polemica.
EXEMPLOD E DIMENSIONAMENTO