Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Análise do Diagrama de Bode em Sistemas LTI, Notas de aula de Matlab

Este documento fornece informações sobre a construção e análise do diagrama de bode em sistemas lineares time-invariant (lti). O texto aborda as classes de termos que compõem a função resposta em frequência, como as raízes reais e complexas, e explica como obter as características da resposta em frequência para obter a função resposta em frequência do sistema. Além disso, o documento apresenta um exemplo de identificação da função de transferência a partir dos dados de magnitude e fase obtidos empregando o método da resposta em frequência.

O que você vai aprender

  • Qual é a importância do diagrama de Bode em Sistemas LTI?
  • Quais são as classes de termos que compõem a função resposta em frequência em Sistemas LTI?
  • Como se obtém a função resposta em frequência do sistema a partir dos dados de magnitude e fase?
  • Como é construído o diagrama de Bode em Sistemas LTI?

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Jacirema68
Jacirema68 🇧🇷

4.5

(122)

227 documentos

1 / 14

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
LABORATÓRIO DE SISTEMAS E SINAIS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
Professor:
Luí
s Fernando Alves Pereira
1
Lab. 4 – Laboratório de Resposta em Frequência1
Análise do Diagrama de Bode
Construção do Diagrama de Bode
Diagrama de Bode de uma Função Resposta em Frequência
Identificação Experimental da Função Resposta em Frequência
Método da Resposta em Frequência
Análise do Diagrama de Bode
Para construção do diagrama de Bode, é conveniente escrever a função resposta em frequência
G(j
) na forma fatorada , tal como:
)1j()1j)(1j(
)1j()1j)(1j(
K)j(G
n22221
m11211
o


(4.1)
Observa-se que em (4.1), no caso de não existirem raizes em zero nos polinômios do numerador e do
denominador, Ko representará diretamente o ganho de G(j
) na frequência ω=0, também conhecido como
ganho DC da função resposta em frequência. Uma vez que a metodologia estabelecida para o traçado do
diagrama de Bode baseia-se na respostas em frequência de cada um dos termos que compõe (4.1),
interessa-nos analisar o comportamento em frequência das três classes de termos dadas a seguir:
1.
jKo (4.2)
2.
1
1j

(4.3)
3.
1
r
2
r
1
j
2
j
(4.4)
Construção do Diagrama de Bode
O Matlab possui uma função denominada bode.m para construir diagramas de Bode. Como
parâmetros de entrada desta função deve-se passar um vetor contendo os coeficientes do numerador da
função resposta em frequência e um outro vetor contendo os coeficientes do denominador da função
resposta em frequência.
Exemplo: Considere LTI representado pela seguinte função resposta em frequência:
1 Este material foi reproduzido parcialmente com base nas notas de aula do curso Análise de Sistemas de
Controle, de autoria dos professores Luís Fernando Alves Pereira e José Felipe Haffner.
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Análise do Diagrama de Bode em Sistemas LTI e outras Notas de aula em PDF para Matlab, somente na Docsity!

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

Lab. 4 – Laboratório de Resposta em Frequência

1

Análise do Diagrama de Bode

Construção do Diagrama de Bode

Diagrama de Bode de uma Função Resposta em Frequência

Identificação Experimental da Função Resposta em Frequência

Método da Resposta em Frequência

Análise do Diagrama de Bode

Para construção do diagrama de Bode, é conveniente escrever a função resposta em frequência

G(j ) na forma fatorada , tal como:

(j 1 )(j 1 ) (j 1 )

(j 1 )(j 1 ) (j 1 )

G(j ) K

21 22 2 n

11 12 1 m

o   

  

  

Observa-se que em (4.1), no caso de não existirem raizes em zero nos polinômios do numerador e do

denominador, Ko representará diretamente o ganho de G(j ) na frequência ω=0 , também conhecido como

ganho DC da função resposta em frequência. Uma vez que a metodologia estabelecida para o traçado do

diagrama de Bode baseia-se na respostas em frequência de cada um dos termos que compõe (4.1),

interessa-nos analisar o comportamento em frequência das três classes de termos dadas a seguir:

  1. (^)  

 K j  o

  1. (^)  

1 j 1

  (4.3)

1

r

2

r

j 2

j

 

(4.4)

Construção do Diagrama de Bode

O Matlab possui uma função denominada bode.m para construir diagramas de Bode. Como

parâmetros de entrada desta função deve-se passar um vetor contendo os coeficientes do numerador da

função resposta em frequência e um outro vetor contendo os coeficientes do denominador da função

resposta em frequência.

Exemplo: Considere LTI representado pela seguinte função resposta em frequência:

1 Este material foi reproduzido parcialmente com base nas notas de aula do curso Análise de Sistemas de

Controle, de autoria dos professores Luís Fernando Alves Pereira e José Felipe Haffner.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

(j 1 )(j 100 )

j 10

G( j )

 

 

(^) (4.5)

Para construir o diagrama de Bode deste sistema utiliza-se o comando:

bode(num,den)

Onde

num = [1 10] é o vetor que contém os parâmetros do polinômio do numerador de (4.5), j 10

e

den = [1 101 100] é o vetor que contém os parâmetros do polinômio do denominador de (4.5), ou seja

( j 1 )(j 100 ) j 101 j 100

2    .

Fig. 4.1: Diagrama de Bode da função resposta em frequência apresentada em (4.5).

Pode-se observar que a função bode.m produz automaticamente a escala de frequência em

radianos por segundo. Eventualmente pode-se necessitar observar o comportamento da função resposta em

frequência em uma escala de frequência mais ampla que a gerada automaticamente pela função bode.m.

Como a escala de frequência geralmente abrange deste valores muito pequenos até valores elevados é usual

representá-la em escala logarítmica. Para gerar o vetor de frequências utiliza-se a função logspace.m , ou

seja:

w=logspace(-2, 4, 1000);

O comando anterior gera o vetor w, com 1000 elementos e com a faixa de frequência variando de

0.01 rad/s (

  • 2 ) até 10000 rad/s (

4 ). Sendo assim, os dois primeiros parâmetros da função são os

expoentes de dez e o último o número de pontos considerado.

Utilizando a função bode.m e inserindo o vetor de frequência pode-se analisar o diagrama de

Bode dentro da região especificada (0.01 rad/s até 10000 rad/s), como pode ser observado na Figura 4.2.

bode(num,den,w)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

  1. Gerar o gráfico de fase (use semilogx.m )

Construir os gráficos da magnitude e de fase na mesma figura tal como a função bode.m (use

o comando subplot )

  1. Verificar se o script funciona corretamente ( use bode.m )

i. Observar que para classe de termos (4.3), no ponto de interseção das assíntotas de baixa

e alta frequências, as assíntotas diferem da curva real de magnitude em 3.0 dB, para o

caso das frequências onde se encontram as raízes do numerador de (4.1) (zeros da função

resposta em frequência), e em – 3.0 dB para o caso das frequências onde se encontram as

raízes do denominador de (4.1) (polos da função resposta em frequência).

ii. Observar para classe de termos (4.3), que a curva assintótica tem declividade de 45

o para

  1 , e que as curvas real e assintótica diferem de +

o e – 11

o para   0. 2 e

  5 respectivamente.

iii. Observar que para esta classe de termos, frequências uma década abaixo do ponto de

quebra praticamente não exercem influência nas curvas de magnitude e fase.

Fig. 4.3a: Curva de magnitude assintótica e real considerando G( j  )10 j 1.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

Fig. 4.3b: Curva de fase assintótica e real considerando G( j  )10 j 1.

A terceira classe de termos representa as parcelas da função resposta em frequência compostas por

raízes complexas. Para análise destes termos, algumas informações serão obtidas da família de curvas

apresentadas na Figura 4.4, obtidas a partir da seguinte função de transferência de segunda ordem:

2

r r

2

2

r

(j ) 2 j

G(j )

   

 

que pode ser convenientemente rescrita na forma

j /2j /1

G(s )

r

2

r

i. Verifique que em (4.7), na freqüência r

2

G( j ) .

ii. Determinar a faixa de valores de coeficiente de amortecimento em que um sinal de

entrada do tipo u( t) Asen t 1 r

, aplicado a (4.7), resultará em um sinal de saída em

regime permanente do tipo y( t) A sen( t ) 2 r

com A /A 1 2 1

. Utilizar o esquema

em Simulink proposto na Figura (4.5).

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

Exemplo da Aplicação do Método :

Num sistema desconhecido foi levantada a resposta em freqüência, utilizando sinais de 1rad/s até

1000 rad/s. Alguns resultados do teste estão apresentados na Tabela 4.1.

Magnitude Fase (graus) Freqüência (rad/s)

Tab. 4.1: Alguns resultados armazenados no arquivo de dados.

A função teste2.m, cujo script é apresentado no Anexo B, implementa todas as etapas realizadas

no processo de identificação da função de transferência a partir dos dados de magnitude e de fase

obtidos empregando o método da resposta em freqüência.

1º Passo : Análise do diagrama de Bode do processo desconhecido.

Verificando o gráfico da fase na Figura 4.5 pode-se observar a presença de um pólo duplo ou um

pólo complexo na freqüência de 5 rad/s, pois a fase varia de 0º a 180º em uma década.

Fig. 4. 6 : Diagrama de Bode de um processo desconhecido.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

No gráfico de magnitude, o pico na curva de magnitude que ocorre na freqüência de 5.0 rad/s

determina que o polo é complexo e seu fator de amortecimento é calculado com base no valor do referido

pico, isto é

_G( j ) 12. 14

  1. 0 rad/s_

dB (4.8)

_G( j ) 18. 59

  1. 0 rad/s_

dB (4.9)

G 5. 0 G 1. 0 / 20

O pólo complexo pode ser representado pela seguinte função resposta em frequência

2

r r

2

2 r

r

(j ) 2 j

G(j )

Logo, a primeira aproximação da função resposta em frequência, sendo c = 5.0 rad/s e =0.24 , é

dada por:

(j ) 2. 4 j 25

G (j ) 2

1

 

2º Passo: Traçar o diagrama de Bode entre a diferença dos dados do processo e os dados obtidos com a

função resposta em frequência aproximada G 1 (jω).

Pela análise da Figura 4. 7 percebe-se a existência de um pólo próximo a 90 rad/s.

Logo deve-se acrecentar um pólo na função resposta em frequência aproximada. A nova função

resposta em frequência é a seguinte:

j 90

(j ) 2. 4 j 25

G (j ) 2

2

Fig. 4.7: Diagrama de Bode entre a diferença dos dados reais e os obtidos através de G 1 (jω) ..

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

Fig. 4.9: Diagrama de Bode entre a diferença do processo e G 3 (jω).

Reescrevendo (4.14) obtém-se

(j 9 )(j 90 )((j ) 2. 4 j 25 )

74. 25 (j 30 )

G (j ) 2

4

   

A Figura 4.10 mostra que o erro entre o processo e a função resposta em frequência G 4 (jω) é

relativamente pequeno. A Figura 4.11 mostra o diagrama de Bode construido com o os dados do processo

e com G 4 (jω). Observa-se que ambas as curvas são muito semelhantes e pode-se considerar G 4 (jω) uma

boa aproximação do processo.

Fig. 4.10: Diagrama de Bode do erro entre o sistema e G 4 (jω).

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

Fig. 4.11: Diagrama de Bode do sistema e da função resposta em frequência G 4 (jω).

A título de comparação e validação do método proposto para a identificação da função resposta

em frequência de sistemas LTI , é apresentado na equação (4.16) a função resposta em frequência do

sistema

(s 7 )(s 70 )(s 2 s 25 )

70 (s 20 ) G (s ) 2    

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

Anexo B

%1º passo:Gerar dados do sistema

%e plotar o diagrama de Bode

figure(1)

br1=conv([1 7],[1 70]);

br=conv(br1,[1 2 25]);

ar=[70 70*20];

[MAGr,PHASEr,Wr]=bode(ar,br,1:0.1:1000);

MAGdbr=20*log10(MAGr);

magmaxr=max(MAGdbr);

subplot(2,1,1)

semilogx(Wr,MAGdbr,'-r')

title('Diagrama de Bode')

text(10,-12.14,'<--- - 12.14')

text(0.35, - 18.59,'-18.59 --->')

ylabel('20log(M)')

grid

subplot(2,1,2)

semilogx(Wr,PHASEr,'-r',[5 7],[- 100 - 100],'-r',...

[7 10],[- 100 - 50],'-r')

text(10,-50,'5 rad/s')

ylabel('Fase (graus)')

xlabel('Freqüência (rad/s)')

grid

%2º passo 1º aproximação da FT

figure(2)

b1=[1 2.4 25];

a1=25;

[MAG1,PHASE1,W1]=bode(a1,b1,Wr);

MAGdb1=20*log10(MAG1);

%magmaxr=max(MAGdbr);

subplot(2,1,1)

semilogx(W1,MAGdbr-MAGdb1,....

'-r',[90 900],[- 30 - 50],'-r')

text(120,-30,'<--- 20 db/década')

title('Diagrama de Bode')

ylabel('20log(M)')

grid

subplot(2,1,2)

semilogx(W1,PHASEr-PHASE1,'-r',...

[30 300],[- 40 - 85],'-r',[10 30],[- 40 - 40],'-r',...

[300 1000],[- 85 - 85],'-r',90,-60,'ok')

text(120,-60,'<--- 45º/década')

ylabel('Fase (graus)')

xlabel('Freqüência (rad/s)')

grid

%3º passo 2º aproximação da FT

figure(3)

b2=conv([1 90],b1);

a2=90*a1;

[MAG2,PHASE2,W2]=bode(a2,b2,Wr);

MAGdb2=20*log10(MAG2);

%magmaxr=max(MAGdbr);

subplot(2,1,1)

semilogx(W2,MAGdbr-MAGdb2,'-r',...

[1 9 30 1000],[-18.90 - 18.90 - 30 - 30],'-r')

text(10,-18.9,'<--- 9 rad/s')

text(8,-30,'30 rad/s --->')

text(30,-25,'<--- 20db/década')

title('Diagrama de Bode')

ylabel('20log(M)')

grid

subplot(2,1,2)

semilogx(W2,PHASEr-PHASE2,'-r')

ylabel('Fase (graus)')

xlabel('Freqüência (rad/s)')

grid

%4º passo: 3º aproximação da FT

figure(4)

b3=conv([1 9],b2);

a3=a20.3[1 30];

[MAG3,PHASE3,W3]=bode(a3,b3,Wr);

MAGdb3=20*log10(MAG3);

%magmaxr=max(MAGdbr);

subplot(2,1,1)

semilogx(W3,MAGdbr-MAGdb3,'-r')

title('Diagrama de Bode')

ylabel('20log(M)')

grid

subplot(2,1,2)

semilogx(W3,PHASEr-PHASE3,'-r')

ylabel('Fase (graus)')

xlabel('Freqüência (rad/s)')

grid

%5º passo: Ajuste do Ganho DC da FT

figure(5)

b3=conv([1 9],b2);

a3=a20.30.11*[1 30];

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

[MAG3,PHASE3,W3]=bode(a3,b3,Wr);

MAGdb3=20*log10(MAG3);

%magmaxr=max(MAGdbr);

subplot(2,1,1)

semilogx(W3,MAGdbr-MAGdb3,'-r')

title('Diagrama de Bode')

ylabel('20log(M)')

grid

subplot(2,1,2)

semilogx(W3,PHASEr-PHASE3,'-r')

ylabel('Fase (graus)')

xlabel('Freqüência (rad/s)')

grid

%6º passo: Comparação dos resultados obtidos

figure(6)

[MAGr,PHASEr,Wr]=bode(ar,br,1:0.1:1000);

[MAG4,PHASE4,W4]=bode(a3,b3,1:0.1:1000);

MAGdbr=20*log10(MAGr);

MAGdb4=20*log10(MAG4);

subplot(2,1,1)

semilogx(Wr,MAGdbr,'-r',W4,MAGdb4,':b')

title('Diagrama de Bode')

ylabel('20log(M)')

grid

subplot(2,1,2)

semilogx(Wr,PHASEr,'-r',W4,PHASE4,':b')

ylabel('Fase (graus)')

xlabel('Freqüência (rad/s)')

grid