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José Lemos Monteiro. Morfologia portuguesa, Fortaleza ..., Notas de estudo de Linguística

José Lemos Monteiro. Morfologia portuguesa, Fortaleza, Editora da. Universidade Federal do Ceará (EUFC), 1986, 218 pp. Este livro sobre morfologia da língua ...

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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N.º 2 – 2.º semestre de 1991 – Rio de Janeiro
José Lemos Monteiro.
Morfologia portuguesa,
Fortaleza, Editora da
Universidade Federal do Ceará (EUFC), 1986, 218
pp.
Este livro sobre morfologia da língua portuguesa veio-nos do Ceará. Compõe-se
de
umaApresentação
e mais vinte e sete capítulos, o último dos quais são as
Referências
bibliográficas.
Começa com a distinção entre semantema e morfema, ocupa-se a seguir
com as unidades específicas da Morfologia, estuda a flexão nominal e verbal, e a parte
final dedica-a
à
apreciação de estrangeirismos e hibridismos, antropônimos e hipo-
corísticos, oniônimos, classes e funções.
Na
Apresentação,
procura o A. definir a linha que
se
traçou na exposição do
tema, onde põe muita dose de ceticismo científico, se assim me posso expressar.
Contudo podemos louvar o seu antidogmatismo, embora à vezes o tenhamos um
tanto radical, como nestas palavras: "Em vez de apresentar soluções, lançamos as
dúvidas" (p.
7).
É
que, pensamos, as dúvidas existem porque pressupõem soluç6es.
Como
o faz a maioria dos autores brasileiros atraídos para
essa
parte da Gramática,
declara seguir em linhas gerais a orientação de Mattoso
Câmara
Jr, "em virtude de
sua
coerência descritiva e sólida sustentação", o que
mitiga o programático ceticismo
acima referido. Conquanto afirme que o conteúdo do livro
o mesmo que se encontra
em qualquer gramática", tal afirmação não pode ser tomada à letra, uma vez que o
espírito crítico do autor a isso constantemente se opõe. Vejamos alguns aspectos dessa
zona crítica.
Na
distinção entre
vocábulo
e
palavra,
opta o
A
por considerar
palavra
somente
a unidade lingüística dotada de significação lexical. Assim
mar
seria
uma
palavra, mas
de
(significação morfemática) não o seria (v. p. 10). Descarta em nota (n
2
4) a distinção
"menos aceita" que faz do vocábulo a base fônica da palavra. Esta seria então, néssa
perspectiva, provida de significação, quer lexical quer gramatical. Quer dizer, todo
vocábulo seria também palavra, mas
sob
perspectiva diferente.
Tomemos,
para
exemplo, um homônimo, digamos
manga
"fruto" e "parte do vestuário". Teríamos aqui
um vocábulo, mas duas palavras.
Mas
está claro que, sem a base fônica material (o
vocábulo), a palavra inexiste. Esta
é
a minha maneira de ver.
O A., na esteira de M. C. Jr., que, aliás, acompanhava a Vendryes, continua a
usar o termo "semantema" em oposição a morfema. No entanto, o termo "lexema" foi
o que logrou cunho internacional e, de fato, é melhor, porque o morfema (sentido estrito)
também possui significação, a gramatical.
Aproveito para louvar o A. quando, na p. 13, escreve: "As preposições
de
e
com
funcionam como elo entre duas palavras". O louvor está em que não usou o famigerado
"elo de ligação", pois, se não fosse de ligação, não seria elo.
No
tocante
à
classificação dos morfemas (cap. 2, p.12-16), vejo, de maneira
geral, dois tipos de classificação: um,
que
denominaria norte-americano, puramente
empírico, em que
se
arrolam diferentes tipos, sem preocupação de organicidade; outro,
que
chamaria europeu, onde, ao contrário,
se
busca organizar a classificação. Prefiro
este último.
Mattoso Câmara J r., tendeu também para o segundo, quando, em seu
Dicionário
de Filologia e Gramática,
procurou distinguir
os
morfe)TiaS
pelo significante e pelo
significado. Prefiro situá-los nos dois eixos clássicos da análise lingüística: o
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José Lemos Monteiro. Morfologia portuguesa, Fortaleza, Editora da

Universidade Federal do Ceará (EUFC), 1986, 218 pp.

Este livro sobre morfologia da língua portuguesa veio-nos do Ceará. Compõe-se

de umaApresentação e mais vinte e sete capítulos, o último dos quais são as Referências

bibliográficas. Começa com a distinção entre semantema e morfema, ocupa-se a seguir

com as unidades específicas da Morfologia, estuda a flexão nominal e verbal, e a parte final dedica-a à apreciação de estrangeirismos e hibridismos, antropônimos e hipo- corísticos, oniônimos, classes e funções.

Na Apresentação, procura o A. definir a linha quesetraçou na exposição do

tema, onde põe muita dose de ceticismo científico, se assim me posso expressar. Contudo só podemos louvar o seu antidogmatismo, embora à vezes o tenhamos um tanto radical, como nestas palavras: "Em vez de apresentar soluções, lançamos as

dúvidas" (p. 7). É que, pensamos, as dúvidas existem porque pressupõem soluç6es.

Como o faz a maioria dos autores brasileiros atraídos para essa parte da Gramática, declara seguir em linhas gerais a orientação de MattosoCâmaraJr, "em virtude de sua coerência descritiva e sólida sustentação", o quejámitiga o programático ceticismo acima referido. Conquanto afirme que o conteúdo do livro"éo mesmo que se encontra

em qualquer gramática", tal afirmação não pode ser tomada à letra, uma vez que o

espírito crítico do autor a isso constantemente se opõe. Vejamos alguns aspectos dessa zona crítica.

Na distinção entre vocábulo e palavra, opta o A por considerar palavra somente

a unidade lingüística dotada de significação lexical. Assim mar seria uma palavra, mas

de (significação morfemática) não o seria (v. p. 10). Descarta em nota (n^2 4) a distinção

"menos aceita" que faz do vocábulo a base fônica da palavra. Esta seria então, néssa perspectiva, provida de significação, quer lexical quer gramatical. Quer dizer, todo vocábulo seria também palavra, mas (^) sob perspectiva diferente. Tomemos, para

exemplo, um homônimo, digamos manga "fruto" e "parte do vestuário". Teríamos aqui

um só vocábulo, mas duas palavras. Mas está claro que, sem a base fônica material (o

vocábulo), a palavra inexiste. Esta é a minha maneira de ver.

O A., na esteira de M. C. Jr., que, aliás, acompanhava a Vendryes, continua a usar o termo "semantema" em oposição a morfema. No entanto, o termo "lexema" foi o que logrou cunho internacional e, de fato, é melhor, porque o morfema (sentido estrito) também possui significação, a gramatical.

Aproveito para louvar o A. quando, na p. 13, escreve: "As preposições de e com

funcionam como elo entre duas palavras". O louvor está em que não usou o famigerado "elo de ligação", pois, se não fosse de ligação, não seria elo. No tocante à classificação dos morfemas (cap. 2, p.12-16), vejo, de maneira geral, dois tipos de classificação: um, que denominaria norte-americano, puramente empírico, em que se arrolam diferentes tipos, sem preocupação de organicidade; outro, que chamaria europeu, onde, ao contrário, se busca organizar a classificação. Prefiro este último.

Mattoso Câmara J r., tendeu também para o segundo, quando, em seu Dicionário

de Filologia e Gramática, procurou distinguir os morfe)TiaS pelo significante e pelo

significado. Prefiro situá-los nos dois eixos clássicos da análise lingüística: o

paradigmático e o sintagmático. No primeiro eixo, depreendem-se as unidades da
Morfologia por comutação; no segundo, são elas distribuídas na cadeia linear da fala.
Os morfemas do eixo paradigmático podem ser segmentais, alternantes ou vocabulares,
com os seus respectivos valores: derivacionais, flexionais ou relacionais. Do ponto de
vista sintagmático, teremos afixos, infixos, prefixos, interfixos; preposições e pos-
posições, e até simplesmente posição (o morfema de posição). Quanto às vogais
temáticas, são morfemas segmentais temáticos, isto é, que servem para distinguir os
temas entre si. O morfema zero é um morfema segmentai negativo.
Em referência à separação entre raiz e radical, concordamos com o método de

segmentação do A É, aliás, o critério recomendado por Saussure, que via na raiz um

"élément irreductible et commun à tous les mots d'une même famille" (Cours: 1931,

225). A raiz é o elemento inicial, os demais são derivados em graus diversos.
No capítulo em que se ocupa da famosa dicotomia sincronia x diacronia, põe o

A. in tine a seguinte advertência, que é de ponderar: "Mas convém insistir que a adoção

de uma perspectiva estritamente sincrônica é difícil de ser levada às últimas
conseqüências. Afinal, que instrumentos podem medir com precisão a consciência
coletiva dos falantes?" (p. 31).

Na p. 37, afirma: "Seria esperável que de ridículo aparecesse ridiculizar, porém

o verbo é ridicularizar".

Foi o A. muito longe em tal asserção. Ridiculizar existe, acha-se dicionarizado,

e bons autores, como Rui Barbosa, não se pejaram de o empregar. Até, pelo contrário,

há os que condenam ridicularizar em favor de ridiculizar, como é o caso do pranteado

Rocha Lima, mestre que todos respeitamos. Em suas Anotações a textos errados (cito

pela ed. de 1943), faz o seguinte comentário a respeito da forma RIDICULARIZAR:
"É mal formada esta palavra e deve-se combater a sua intromissão na boa linguagem.

O infinitivo correto é ridiculizar, formado de ridículo (ridícul0+izar; ridícul0+aria).

E logo adiante: "Só seria aceitável o verbo ridicularizar se houvesse a palavra

"ridicular" (ridicular+izar)" (p. 94-95). Na verdade, temos aqui um caso de alargamento
de sufixo, estudado, como se sabe, por Yakov Malkiel, com o nome de interfixo.

Na mesma p. 37, deriva o A. de lua, luar e acrescenta: "e daí, luarada". Não

encontrei luarada no Aurélio nem em outros léxicos; deve-se, pois, considerar

enluarado como uma parassintético.

Na p. 43 classifica o A. como vogal de ligação o e do plural florezinhas. Trata-se,

no entanto, de um nome no plural, onde o e é vogal temática de uma forma teórica

*flore-, na interpretação de Mattoso Câmara Jr. E, mesmo que não adotemos o esquema

matosiano, teremos de partir de um plural floreszinhas, com alteração morfofonêmica

sz - z. Esse plural aparece, p. ex., em Manuel Bernardes (séc. XVII, 2ª metade), Nova

Floresta (v. Sousa da Silveira, Trechos Seletos, Introdução III). Aliás, penso, o problema

da vogal de ligação ainda não se acha suficientemente deslindado.

Veja-se, p. ex., o que ensina o A. na p. 43, onde procura justificar a sua

classificação como vogal de ligação do e em florezinhas. Em flores, o e seria vogal

temática por ser pré-desinencial; já em florezinhas seria vogal de ligação por ser

pré-sufixal. Devia-se daí inferir que a mudança de classe da vogal dependeria de vir o

tema acrescido de desinência ou sufixo. Contudo na página anterior, p. ex., o a final de

casa, em casebre (casa+ suf. -ebre) continua VT, apenas elidida. Portanto tal distinção,

além de pouco clara, complica as coisas.

Na li pess. sing. teríamos louva+i - *louvai - louvei, com a regra morfofonêmica

ai - ei. Na^ 3ª^ pess. sg., partiríamos delouva+u^ -^ *louvau^ -+^ louvou, com a regra

morfofonêmicaau^ -^ ou.

A explicação de verbos com padrões especiais, como diz Mattoso CâmaraJr.,

à vezes se torna complicada até inassimilável. Veja-se, p.ex., o que ocorre com o verbo

ser. O Prof. Lemos Monteiro admite três radicais: se-, e- e fo- (p. 118). O rad. se-

apresenta-nos com quatro alomorfes: so-, sa-, s-, sej-. A 2ª e 3n pess. sg. do pres. ind.

terão (terá, por lapso, no texto) e- no radical. No pres. do subj. sej- é um radical ampliado,

para falar com Mattoso Câmara Jr. Sinceramente, as coisas ficam mais simples se

explicadas diacronicamente.

Em 127 e segs., discute o A. se a prefixação é um processo formador de palavras

por composição ou por derivação e opta pela derivação (p. 129). Quanto a esse ponto,

prefiro ficar com Mattoso Câmara Jr., isto é, trata-se, em princípio, de composição e

não de derivação: o prefixo é um lexema secundário.

Em^ 134, ocupa-se o A. (naturalmente para ser completo) com a chamada

derivação imprópria.^ Imprópria ela é,^ por^ não pertencer o seu estudo à Morfologia e

sim à Semântica.

Na p. 140, fala em "lei dos constituintes imediatos". Por que lei? Trata-se de um

método de análise sintática, no qual nada vemos que justifique a^ sua^ classificação como

lei.

Na p. 180 aparece o substantivo "alegativa", que no vejo dicionarizado nem

vocabularizado; e realmente é dispensável, poisjátemos "alegação". Terá caráter

regional?

O último capítulo do livro é dedicado ao espinhoso problema^ da^ classificação

de palavras e suas funções gramaticais. Critica o A. a classificação constante da

Nomenclatura Gramatical Brasileira, mas reconhece que "se há pontos falhos na

proposta da NGB, é difícil formular outra que a substitua" (p.204). Das classificações

em curso, é a de Mattoso Câmara Jr. aquela de 9ue mais se aproxima. Admite o A. duas

classes fundamentais, os nomes e os verbos, opostas pelos paradigmas flexionais

(p.212). Como adiante se refere aos conectivos (preposições e conjunções) podemos

dizer que também não está longe daquilo de Delacroix, no seu^ Le langage et^ la^ pensée,

p. 226: "Ce qui revient à dire en somme que le langage exprime la substance, l'action

et la relation." Contudo, embora o A. tenha declarado serem os nomes e os verbos

classes fundamentais, adiante afirma que os pronomes "se distinguem" dos nomes

porque adotam um significado dêitico ou anafórico.^ Se^ se^ distinguem,^ então devem

constituir categoria^ à^ parte. Nesse caso, recaímos na classificação de^ M.^ C.^ J r. O saudoso

mestre patrício separava, de um ponto de vista morfossemântico, três classes de

vocábulos formais: nome, verbo e pronome. A esses acrescentava os^ vocábulos

conectivos, preposições e conjunções (Estrutura, cap.^ IX).^ Sustenta o Prof. Lemos

Monteiro que "Substantivos, adjetivos e advérbios não são classes gramaticais. São, na

verdade, funções que os nomes ou pronomes exercem em contextos frasais" (p.213). É

igualmente a lição de M. C. Jr. que distingue, do ponto de vista da função, três espécies

de vocábulos: substantivo, adjetivo e advérbio. Há, pois, nomes substantivos, adjetivos

e adverbiais, como há pronomes substantivos, adjetivos e adverbiais. Essa classificação

me parece feliz.

O livro do Prof. Lemos Monteiro alinha-se^ com^ outros trabalhos^ de^ colegas^ de sua geração voltados de novo aos^ estudos^ gramaticais,^ após^ o longo estágio das investigações diacrônicas (na verdade^ não^ esgotadas), mas agora à luz das aquisições trazidas pelo movimento estruturalista,^ umavezque^ do gerativismo^ chomskyano^ até o momento^ nada ou quase nada se tirou de útil para aplicações na descrição científica^ das línguas históricas.^ O^ que^ se^ deve, certamente ao^ pouco^ interesse devotado pelos gerativistas ao que chamaram "estruturas^ de^ superfície".^ No^ entanto são estas o objeto

próprio da ciência da linguagem.Ascogitações respeitantes às relações entre linguagem

e estrutura profunda (que^ são^ mentais e não sintáticas) pertencem a outro^ domínio^ do saber, a Filosofia da Linguagem. Estudos,comoo do Prof.^ Lemos^ Monteiro, que buscam dar base lingüística às descrições gramaticais,^ são^ um fato auspicioso nessa área^ de conhecimentos tão necessitada de bons e capacitados pesquisadores.

Sílvio Elia

ADENDO

~ propósito {la cqnceitu~ção de rnor,fema^ cumulativo,vou^ transc"ever~^ çonse.r-

vando na^ língμa^ original,^ p~ra^ sua^ maior^ ~utenticidade,,^ mn.tre,çho^ do^ lipgüista^ P. H.

Matthews,^ em^ seu^ livr:oMorpbology,^ 198;2,^ reimpressão da^ P^ ed.de^ 1974:

The sarne distinétion can^ be^ illustre-d^ with the^ -o^ ofSpanish^ compro^ "I buy"^ or

como "I eai". This is the only^ "1"^ form in^ which^ a^ temiination^ -o^ ap'pears: compare, for

example, the Subjunctivcs compre^ or^ coma,^ the Imperfect Indicativc^ compraba^ or

comía,^ and,^ the Future^ c9mpraré^ or^ comeré.^ lt^ is \hereforc as^ much^ an exponentof

Prcsent ao9 .Indicati~e as it i~ ofthc Pcrson^ properties^ ·u1n.^ aut^ this_does^ n9tfopn^ part

ofa regular pa,ttcrn. Irj general, 'the terininations^ teng^ t9^ be^ constarirfor^ ç:liff~reTll^ l'yf9ods

and Tenses: ,çompare, for instance,^ thé^ -mos^ of^ comprámos^ "we^ buy";^ Subjtihctive

compremos, Iinperfect lndicative^ comprábamos^ "we^ were^ buying", and so on.^ At^ the

sarne time, Tense and Mood are rcgularly markcd by indcpcndent fcatures: Imperfect

lndicative,Jor exarnJ:11~, by t_he ~ba^ of^ compraba^ and^ comprába,rios^ or^ ~h<:,^ -ía^ 9.f,~~'!lía

orthe^ "we"^ fo_r~comíamos.^ Wé^ wiH^ not, thcrefore,^ speak^ ·or^ ~ó^ as^ thé^ cumüliitíVe

exponen(or"_füe - ,,~1,- J?X~IJ'.Ci1f~i^ ~nc!^ of^ Ptesent^ Índicaii~~·c11?^ tlJ~~~^ r~fticuíifr^ -forms

(compro, como,^ etc.)^ 1t^ ts^ true that^ Mood^ and^ Tense^ are w1thout^ addit1onal^ exponents.

But this is merely a spccial^ caseof^ overlapping exponence^ -^ aswe^ may^ reasonably

cal!it-in rel~~iop to tQe^ p!lradjgm^ as^ a^ whole. (p. 148-149)

: Convém^ escfai-eêerque^ Màtthew's-^ cfiamq^ eiponent^ ,;expoenteº^ "âo^ qúe^ cos~

tumamos 'dêslgnar Cóitfó^ rr1oi:féma^ grari1atical^ ou^ giàmeina.^ Quanto^ à^ -expressão

overlapping expbnenc'e; talvez^ se^ possa traduzi-la^ como^ exponência sobreposta,^ ou

antes, morfema sobreposto (lembrei "cumulação acidental").

S.E.