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Uma análise comparativa entre dois programas jornalísticos esportivos: globo esporte e sportv. O texto aborda as semelhanças e diferenças entre esses programas, analisando a programação, a equipe de produção e a audiência de cada um. Além disso, o documento discute a importância de mário filho e nelson rodrigues na história da imprensa esportiva no brasil e o papel desempenhado pelos dois canais na cobertura de eventos esportivos no país.
Tipologia: Notas de aula
Compartilhado em 07/11/2022
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André Paulo do Nascimento Silva
Rio de Janeiro
André Paulo do Nascimento Silva
Monografia apresentada como um dos requisitos para conclusão do curso de Comunicação Social da Facha – Faculdades Integradas Hélio Alonso Profª. Orientadora: Eliana Monteiro
Rio de Janeiro
André Paulo do Nascimento Silva
Monografia apresentada como um dos requisitos para conclusão do curso de Comunicação Social da Facha – Faculdades Integradas Hélio Alonso Profª. Orientadora: Eliana Monteiro
Profª. ELIANA LUCIA S. M. COELHO
____________________________________________ Profª. MAGDA LUCIA VALENTE – Examinadora
____________________________________________ Prof. GILVAN OLIVEIRA NASCIMENTO – Examinador
Data da Defesa: 22/06/
Nota da Defesa: _____________
Rio de Janeiro
Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado força e coragem para chegar até essa etapa importante da minha vida, aos meus pais por todo apoio e investimento na minha educação. Ao futebol que me despertou a paixão pelo jornalismo, aos professores da Facha, em especial a querida professora Eliana Monteiro pela orientação, apoio е confiança.
A pesquisa traz a análise de conteúdos, em termos comparativos, de dois programas jornalísticos esportivos: Globo Esporte (exibido na TV Aberta) e SporTv (exibido na TV Fechada). As diferenças e/ou semelhanças de linguagens das duas produções são investigadas sob a perspectiva da qualidade e quantidade de informação, inseridas, tanto em um, quanto no outro especificamente nas partidas de futebol. O esporte e suas representações sociais -“ópio do povo” e “paixão nacional" - são observadas tomando o torcedor/espectador como figura central. A proximidade entre os discursos de entretenimento e informação jornalística é também abordada sob a perspectiva do espetáculo e do lucro que esta modalidade esportiva rende a seus patrocinadores.
Palavras-chave : Jornalismo Esportivo. Entretenimento. Tvs Aberta e Fechada.
The research brings the content analysis, in comparative terms, of two sports news programs: Globo Esporte (shown in Open TV ) and Slav (shown in Closed TV). The differences and / or similarities of the two languages productions are investigated from the perspective of quality and quantity of information, inserted both into one, as in the other specifically at football matches. The sport and its social representations - "opium of the people "and" national passion." - Are observed taking the fan / spectator as the central figure the proximity between the entertainment speeches and journalistic information is also addressed from the perspective of the show and profit this sport render their sponsors.
Keywords : Sports Journalism, entertainment, Tvs Open and Closed
1.1. Brasil e o inicio do jornalismo esportivo.......................................................................... 11
1.2. O esporte chega á TV........................................................................................................ 14
1.3. TV Fechada: uma invenção segregacionista..................................................................... 17
CAPÍTULO II. O ESPORTE DAS MULTIDÕES E SUAS REPRESENTAÇÕES SOCIAS
2.1. Futebol: o ópio do povo................................................................................................... 21
2.2. Futebol, Paixão e Política................................................................................................. 24
2.3. Futebol um esporte de muitas faces: TV Aberta & TV .................................................. 28
CAPÍTULO III. FUTEBOL BRASILEIRO: MITOS E REPRESENTAÇÕES NARRATIVA TELEVISIVA
3.1. Programa Globo Esporte: estrutura e Linguagem............................................................. 32
3.2. Programa Redação SporTv: estrutura e Linguagem......................................................... 36
3.3. Globo Esporte e SporTv: as várias vozes de um mesmo discurso................................... 40
CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 44
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 46
Por fim abordamos s a linguagem usada na TV aberta (mais popular), e a linguagem utilizada na TV fechada (mais elaborada), e o uso da internet como ferramenta de comunicação e aproximação entre as TVs e seus espectadores.
No terceiro capítulo desenvolvemos a análise de conteúdo (semelhanças/diferenças), dos programas acima citados sob a perspectiva da relação que os programas mantêm com os clubes de futebol observando a importância e a visibilidade que alguns deles ganham nas telas da televisão em detrimento de outros. Ainda neste capítulo é analisada a forma de Poder dos anunciantes sobre os clubes, sob o ponto de vista do controle dos campeonatos capazes de determinar horários em que as partidas devem ocorrer para que possam se acomodar (comercialmente melhor) na grade de programação da emissora.
1.1. Brasil e o inicio do jornalismo esportivo
No início do século XX, a imprensa esportiva praticamente não existia e o motivo segundo Celso Unzelte^1 , é simples: o futebol que é o carro chefe das editorias esportivas atualmente não era o esporte preferido dos brasileiros. Quando as primeiras bolas de futebol chegaram ao país trazidas por Charles Miller, um brasileiro que foi estudar na Inglaterra e as trouxe na bagagem, o Brasil vivia um outro momento político, cultural e esportivo.
Era 1894, quando o presidente Prudente de Morais foi eleito pelo voto popular e se tornou o primeiro presidente civil da República Federativa do Brasil, no Rio de Janeiro então capital federal os esportes mais praticados e populares eram o Remo, praticado na Lagoa Rodrigo de Freitas e o Turfe. Do Remo veio à fundação dos maiores clubes da cidade (Clube de Regatas do Flamengo, Clube de Regatas Vasco da Gama, Club de Regatas Botafogo, que posteriormente virou o atual Botafogo de Futebol e Regatas), nessa época a cobertura esportiva era inexistente, nenhum esporte era digno das páginas dos jornais.
O futebol, ainda segundo Unzelte ganhou adeptos, principalmente entre os jovens da elite brasileira, apesar de algumas publicações reportarem um jogo parecido que se jogava no Nordeste, provavelmente trazido pelos marinheiros. O “ football” como era conhecido, era inicialmente uma prática cara. As bolas de couro, os calçados, e os uniformes, de linho e algodão, eram importados. As equipes, formadas por rapazes ricos, exibiam camisas elegantes, meias e sapatos especiais. As primeiras partidas foram realizadas nos clubes tradicionais do Rio e São Paulo. Os clubes tinham nomes importados, como São Paulo Athletic, São Paulo Railway, Sport Club Corinthians, Rio Grande Football Club e Juventus.
Neste período, ninguém poderia imaginar que o esporte mais popular, não só do Brasil, mas do mundo, ganharia as dimensões que atinge atualmente.
"Futebol não pega, tenho certeza; estrangeirices não entram facilmente na terra do espinho” (^2).
(^1) UNZELTE, Celso. Jornalismo Esportivo – Relatos de uma Paixão – Vol. 4 – Col. Introdução ao Jornalismo, Ed. Saraiva, SP, 2009, p. 32 2 Profecia feita pelo escritor alagoano Graciliano Ramos, de Vidas Secas, no início do século XX.
grandes jornais só surgiram no final dos anos 60, juntamente com as primeiras editorias voltadas exclusivamente para o esporte, porém no Rio de Janeiro no dia 13 de março de 1931 foi fundado o Jornal dos Sports , primeiro periódico brasileiro especializado em esportes.
O Jornal foi inspirado no italiano La Gazzetta dello Sport criado em 1927, e fez grande sucesso por suas páginas rosas e por alimentar um público cada vez maior e mais ávido por notícias sobre esporte, o JS fez história sendo publicado diariamente até o ano de 2010 quando o periódico encerrou as suas atividades.
Mário Filho e seu irmão Nelson Rodrigues são importantes figuras para o crescimento da imprensa esportiva e para o próprio crescimento do futebol no Rio e no Brasil, cronistas aficcionados pelo esporte, colocaram a cobertura do futebol um estilo de texto apaixonado e criativo, em uma época que não havia televisão, e os jornais juntamente com o rádio que estava engatinhando nas transmissões esportivas, reinavam sozinhos na divulgação de gols surpreendentes, jogadas espetaculares, descrição endeusada dos craques da época e de partidas históricas, tudo isso gerava muita expectativa nos torcedores, acirravam rivalidades, levavam multidões aos estádios e davam ao futebol uma áurea apaixonada, mística e romântica.
A cobertura esportiva misturava opinião, sentimentos e criatividade torando difícil a separação do que era verdade ou mito, as coberturas apresentavam erros de dados, descrições incompletas e pouco compromisso jornalístico. O que na época parecia não importar tanto aos leitores.
O rádio, afirma Marcia Lemos^3 contribuiu pouco para clarear os registros históricos, situação que pode ser explicada já que o tipo de veículo demanda uma emoção maior e criatividade nas narrações para se prender a atenção do ouvinte, desde a primeira transmissão radiofônica de uma partida de futebol em 1931 com Nicolau Tuma um jogo entre Seleção de São Paulo x Seleção do Paraná, a impressão que se tem é de que as jogadas são muito mais perigosas do que a realidade no campo de jogo, para isso basta acompanharmos um jogo pela TV com o áudio de uma transmissão radiofônica, a transmissão pelo rádio é carregada de emoção e narrada com uma velocidade muito maior já que o locutor tem que descrever o maior número possível de coisas que estão acontecendo em campo já que ele não tem o apoio da imagem, e a emoção é fundamental para chamar a atenção do ouvinte. É bom lembrar que (^3) UNILESTEMG. Imprensa Esportiva. Artigo disponível em https://www.unilestemg.br/.../05artigo01_marcia_imprensa_esportiva.doc. Acessado em 25/03/2016.
mesmo no século XXI há aqueles torcedores que vão as arenas de futebol e assistem ao jogo com o radinho de pilha ainda colado aos ouvidos.
1.2. O Esporte Chega á TV
Dois meses após o football brasileiro sofrer a sua primeira grande derrota que ficou conhecida como Maracanazo (derrota na final da copa do mundo por 2 x 1 para o Uruguai em um Maracanã lotado), o empresário Assis Chateaubriand colocava no ar em 18 de Setembro de 1950 a Tv Tupi, a primeira televisão brasileira.
O jornalista Lycio Vellozo Ribas^4 lembra em seu livro, “O Mundo das Copas”, que apesar dos altos gastos de Chateaubriand para época estima-se mais de 5 milhões de dólares a transmissão não tinha um bom nível e deixava muito a desejar, era uma tecnologia cara e restrita, pois o sinal atingia um raio de somente 100 km, Assis importou o maquinário dos Estados Unidos e trouxe 200 aparelhos que foram dados de presente para amigos e financiadores já que não existiam televisores no Brasil, outros 22 receptores foram colocados em vitrines de lojas no centro de São Paulo para que as pessoas pudessem acompanhar a programação da rua.
O esporte se fez presente desde o primeiro dia da TV no Brasil com Aurélio Campos no comando do programa “Vídeo Esportivo”, que fazia uma crônica sobre o futebol nacional, em um momento em que toda a torcida brasileira ainda chorava a perda da Copa do Mundo em pleno Maracanã, para o Uruguai, foi o primeiro programa esportivo da telinha.
Ribas observa que Aurélio Campos era um nome respeitadíssimo do rádio como apresentador e animador de programas, diretor artístico e locutor de esportes. Coube a ele inaugurar uma das maiores audiências da televisão até hoje, a transmissão de jogos, mesas redondas ou qualquer tipo de programa esportivo. Programação que, até a atualidade, se mantêm com boa e alta audiência entre o público brasileiro.
Logo na estreia, Aurélio Campos convocou o craque Baltazar, entrevistado diante de um campo de futebol em miniatura, construído às pressas nos estúdios da TV Tupi. Tudo muito simples e mesmo na base da improvisação saiu tudo como se tivessem ensaiado
(^4) RIBAS, Vellozo Lycio. O mundo das copas. Ed. Lua de Papel, SP, 2010, p. 69.
país, porém a tecnologia ainda era precária e acompanhar a Copa do Mundo pela TV seria privilégio de poucas pessoas, como descreveu Ribas^5 :
“Outra novidade era a transmissão dos jogos do Mundial. Obviamente, isto estava sujeito às tecnologias da época, de modo que apenas oito países – Alemanha, Bélgica, Dinamarca, França, Holanda, Inglaterra, Itália e Suíça – poderiam ver os jogos ao vivo. Os outros (Brasil, entre eles) tinham que se contentar com o rádio. E as imagens eram todas em preto e branco, uma vez que não havia TV a cores. Além disso, houve a preparação de um filme oficial da Copa, algo inédito até então - e igualmente em preto e branco, embora já existissem filmes coloridos nos anos 1950.”
Portanto, assistir aos jogos pela televisão era privilégio de poucos, particularmente no Brasil já que o número de aparelhos de televisão que existiam no país ainda era pequeno na época.
O panorama de mercado de venda de televisores só mudou efetivamente depois do Golpe Militar de 1964, que tirou João Goulart da presidência, o golpe representou o começo de uma nova era também na comunicação, já que os veículos de comunicação de massa, principalmente a televisão passaram a difundir a ideologia do governo militar e também a produção de bens duráveis e não duráveis, contribuindo cada vez mais com o capitalismo norte americano.
O regime autoritário tinha como linha política o Progresso (produção de bens e o consumo), e não o desenvolvimento voltado para a educação, moradia e saúde para a população.
Sérgio Mattos 6 afirma, que a editoria de esportes era uma das que mais sofriam com as mãos firmes do governo, muitos jornais foram fechados nessa época, jornalistas frequentemente sofriam retaliações, como extradição do país e até mesmo expulsão do veículo que trabalhavam.
Com o desenvolvimento da indústria brasileira, o Brasil começou a produzir televisores em larga escala e também foi criado um programa de financiamento que permitia a população ter acesso à compra de televisores, na contra partida que a população cada vez mais
(^5) Idem 4 (^6) MATOS, Sergio - O controle dos meios de comunicação: a história da censura no Brasil , ED. UFBA, BA, 1996, p. 52.
conseguia adquirir seus televisores a imprensa começava a sofrer com a censura que era imposta pelo governo militar.
Em 1970, o Brasil conquista o tri campeonato mundial no México ao derrotar a Itália por 4 x 1 na final, essa copa também é um marco nas transmissões esportivas, pois foi o primeiro mundial transmitido via satélite e em cores para todo o planeta, houve um grande avanço em tecnologia e a qualidade da imagem e a transmissão alcançou pela primeira vez um grande número de pessoas ao redor do mundo.
A Copa do México inaugurou a transmissão via satélite, em cores para todo o planeta. No Brasil, muitos dizem ter visto a Copa em cores, mas provavelmente é para contar vantagem, já que o sinal captado e os aparelhos de TV do país eram em preto e branco – as cores eram privilégio de alguns poucos. A primeira transmissão de um jogo em cores só ocorreu em 1972 e envolvia a Seleção de Caxias do Sul (RS) contra o Grêmio. Outra novidade seria o replay instantâneo dos principais lances, poucos instantes depois após eles acontecerem. (RIBAS, 2010, p. 159)
A partir do mundial de 1970 um novo panorama se criou, aonde quem tem mais recursos e investe mais consegue uma transmissão mais completa e com mais detalhes, como ocorre atualmente com a Rede Globo que consegue e possui a exclusividade dos principais campeonatos do Brasil tanto na Tv Aberta quanto na Tv Fechada (pay per view)
Com isso, a televisão, de olho no crescimento da audiência e no número de anunciantes, revestiu o futebol com uma linguagem de espetáculo. A narração das partidas, em que a figura do locutor se parece mais com a de um animador, e o aperfeiçoamento das tecnologias de transmissão, que melhoram, a cada dia, a qualidade da imagem, tiram do futebol a característica de ser apenas um esporte para passar a ocupar o lugar de um show. Nesse contexto, o esporte torna-se artigo de compra e venda.
1.3. TV Fechada: uma invenção segregacionista
A TV por Assinatura começou a se desenvolver no Brasil a partir da década de 60, ela chegou para corrigir uma deficiência no sinal das emissoras de TV localizadas no Rio de Janeiro, especificamente nas cidades Serranas que tinham dificuldades para captar o sinal gerado na capital fluminense e para resolver esse problema foram instaladas no alto da serra, antenas que captavam os sinais e retransmitiam por uma rede de cabos coaxiais até as
A TV aberta e a TV por assinatura apresentam características de programação muito diferentes uma da outra. A TV por assinatura tem seu ponto forte no grande número de programas oferecidos simultaneamente (grande quantidade de canais) e na veiculação de seriados semanais. Já na TV aberta os programas mais importantes para cativar o telespectador são as novelas, os telejornais tradicionais e os programas que tratam dos problemas da comunidade. Nessa última classe, há programas locais, em várias cidades brasileiras, que conquistam, diariamente, audiências surpreendentemente elevadas. Tudo isso faz que o produto “TV por assinatura” caracterize-se, muito mais, como um produto concorrente da TV aberta e não como um “produto substituto”.
Acreditamos que, ano a ano, a TV por assinatura vai ampliar sua participação no mercado, abocanhando, cada vez mais, verbas publicitárias. Um indicativo dessa tendência são os números de crescimento desse faturamento em 2015. Segundo o Ibope, a TV por assinatura apresentou um crescimento da receita de publicidade da ordem de 12,26% enquanto a TV aberta cresceu somente 8,33%. Dizemos “apenas”, mas esse número ainda é superior à inflação oficial do período. A TV aberta, com o passar do tempo, afirma Luiz Gurgel^8 vai perder, para a TV por assinatura, uma parcela significativa de seus usuários (telespectadores). Na realidade, não somente para a TV por assinatura, mas também para outras mídias eletrônicas. Apesar disso, vai sobrar ainda uma fatia de mercado considerável para a TV aberta. O problema é que ela está perdendo telespectadores das faixas econômicas de maior poder aquisitivo, assim, tudo leva a crer, que a redução de faturamento poderá ser mais significativa do que a redução do número de telespectadores.
A perda de audiência da TV aberta tem sido explicada, pela maioria dos observadores entre eles Samuel Possebon, como consequência do surgimento das novas mídias, com novas opções de informação e entretenimento para o telespectador. É bem provável que essa seja uma das razões, mas certamente não é a única. E mesmo que fosse já deveria ser o suficiente para alertar as emissoras quanto à necessidade de se reinventarem, de investigarem mais os hábitos e desejos dos seus consumidores, enfim, de investirem mais na busca de adequação das suas programações ao gosto do telespectador.
(^8) SET. TV por Assinatura VS TV Aberta. Artigo disponível em http://www.set.org.br/artigos/ed134/ed134_pag78.asp. Acessado em 01/04/2016.
O telespectador de hoje é o telespectador de amanhã, nisso a TV por assinatura leva vantagem em relação à TV Aberta, visto que suas produções tem mais qualidade, a programação é feita de acordo com o gosto do assinante, o usuário paga para assistir o que ele gosta, seja um canal de esporte aonde as notícias são muito mais aprofundadas que na TV aberta, em um seriado, um show musical, enfim o assinante paga para assistir o que gosta.
Ao que parece, toda essa revolução vai atingir desigualmente as emissoras. Aquelas que melhor entenderem o processo todo, e de forma mais inteligente se posicionarem, retardarão os impactos negativos e consequentemente manterão os seus telespectadores.