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John Piper - Um Homem Chamado Jesus Cristo, Notas de estudo de Enfermagem

Jesus Cristo, filho de Deus.

Tipologia: Notas de estudo

2012
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Compartilhado em 21/08/2012

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Um homem chamado JESUS CRISTO. “JOHN PIPER Jm homem chamado JESUS CRISTO JOHN PIPER “Jesus jamais será domesticado. Mas as pessoas ainda tentam domesticá-lo. Escolhemos uma de suas características que seja capaz demostrar que ele está do nosso lado. Todo mundo sabe que é muito bom ter a companhia de Jesus, mas não a companhia do Jesus original, não-adaptado. Apenas o Jesus revisado que se encaixa em nossa religião, plataforma política ou estilo devida” (John Piper). Teólogo contemporâneo dos mais renomados, John Piper analisa com perspicácia o fato curioso de que quase ninguém fala mal de Jesus, inclusive dentre as pessoas que não o aceitam como Senhor e Deus. Mas será que podemos conhecer Jesus como ele realmente foi e & Como conhecer uma pessoa que viveu na terra há dois mil anos'€ afirmou ter ressuscitado dos mortos com vida indestrutível? Transbordando paixão pelo Inspirador dessas páginas, Piper discorre sobre o Mestre na santa esperança de que todos vejam e experimentem sua glóri Job Piper é pastor da Igreja Batista de Bthlehem, Minneapolis (EUA). ie dois milhões de Entre várias obras, é autor de God's passion for his glory A paixão de Deus porsua glória], premiada em 1999 com a Medalha eo Seus livros já venderam mais temiplare Prangelical Christian Públishers Association (Associação Evangélica das Editores Cri tãos). (q > Vida wuarwrealitoravida com br 82001, de John Piper título original Seeing and Savoring Jesus Christ edição publicada por Crossway BooK, uma divisão da Good News Publishers Wheaton, linois 60187, EUA Edição publicada de acordo com a Good News Publishers a Tódos às direizos em lingua porsuguesa reservados por Editora Vida PROIBIDA À REPRODUÇÃO POR QUAISQUR MEIOS, SALNHO BM BREVES CITAÇÕES, COM INDICAÇÃO DA FONTE “Todas as cirações bíblicas focam extraídas da Nova Versão Internacional (NV), 2001, publicada por Editora Vida, ; salvo indicação em contrário. Epirosa VIDA Rua Júlio de Castilhos, 280 CEP 03059-000 São Paulo, SP | Coordenação: Vera Villar “él: O xx 11 6618 7000 |! Edição: Nocmi Lucília Ferreira Fax: O xx 11 6618.7050 * Revisão: Josemar de Souza Pinto wrwrweditoravida. com.br Diagramação: Efanet Design Capa: Marcelo Moscheta Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Piper, John, 1946 Um homem chamado Jesus Cristo / John Piper ; tradução Maria Emília de Oliveira — São Paulo : Editora Vida, 2005. Título original: Secing and Savoring Jesus Chriss ISBN 85-7367.855-0 1. Glória de Deus 2. Jesus Cristo - Pessoa é missão 1. Titulo. 04-8338 o cun-232.8 Índices para catálogo sistemático 1. Jesus Cristo : Glória de Deus : Divindade c humanidade : Cristologia 232.8 1, Jesus Cristo : Pessoa e missão : Divindade « humanidade : Cristologia 232.8 À memória de CS. Lewis e Clyde Kilby, que me ensinaram que sempre existe algo mais para ver naquilo que eu vejo. Sumário Agradecimentos ...... ienes erereresresremrmeenerao Prefácio Como podemos estar certos a respeito de Jesus? 1, Vendo e provando a glória de Deus ......... eee 19 O objetivo supremo de Jesus Cristo 2. Jesus é a glória de Deus... ereeremeceertenerertenços 25 A divindade de Jesus Cristo 3. O Leão e o Cordeiro ... A excelência de Jesus Cristo 4. A alegria indestrutível... serasa reeraas 3 A alegria de Jesus Cristo 5. As ondas e os ventos aínda conhecem a sua voz... 43 O poder de Jesus Cristo valiosas; a Ted Griffin, que gentilmente os encaminhou para se- Tem impressos na Crossway; a Carol Steinbach, que elaborou os índices; e ainda a Nogl, que, a meu lado, também tem visto e provado o Senhor Jesus. Sou muito feliz porque, juntos, nós o podemos ver e, acima de tudo, porque você será capaz de ver neste livro aquilo que não sou capaz de ver. Eu me encanto com cada frase deste livro. Estou rodeado de pessoas carinhosas e talentosas. Oro para que estes breves capítulos se transformem em jane- las panorâmicas, para que o leitor possa ver a perfeição de Jesus Cristo. Todas as pessoas que trabalharam neste projeto estão tam- bém orando neste sentido. Que Deus conceda a você, leitor, a graça de ver Jesus Cristo como ele é realmente c a alegria de prová-lo com todo o deleite de sua alma. Prefácio Como podemos estar certos a respeito de Jesus? Na metade do século passado, o escritor britânico C, S, Lewis apresentou uma resposta chocantemente corret; Um homem. que foi simplesmente um homem e disse as coisas que Jesus disse não poderia ser considerado um grande mestre da moral. Ou ele foi um lunático — do mesmo nível do homem que disse ser um ovo poché — ou foi o Diabo do Inferno. Você pode considerá-lo tolo, pode cuspir nele e matá-lo como sc fosse um demônio; ou prostrar-se a seus pés e chamá-lo Senhor e s idéias tolas « complacen- Deus. Mas não podemos vir com e: tes de que ele foi um eminente mestre humano. Ele não deixou brecha para isso. Ele não teve essa intenção, Em outras palavras, Jesus jamais será domesticado. Mas as pessoas ainda tentam domesticá-lo, Parece haver algo nesse ho- mem que se adapta a cada pessoa. Então, nós escolhemos uma de suas características que seja capaz de mostrar que ele está do nosso lado. Todo mundo sabe que é muito bom ter a companhia de Jesus, mas não a companhia do Jesus original, não-domestica- do, não-adaptado. Apenas o Jesus revisado que se encaixa em nossa religião, plataforma política ou estilo de vida. Quando eu cursava a universidade na Alemanha, na década de 1970, fiz a crítica literária de um livro chamado Jesus fiir Atheisten?, Você não precisa conhecer alemão para traduzi-lo. Foi uma “leitura” marxista da vida de Jesus. De acordo com aquele livro, a essência dos ensinamentos de Jesus não passou de um apelo para uma ação radical contra o regime da época. Foi um apelo para a derradeira devoção ao “reino” — a introdução da nova sociedade (marxismo). Há um fato que me causa estranheza: dentre as pessoas que não aceitam Jesus como seu Senhor e Deus, quase ninguém fala mal dele. O mesmo se aplica à cruz: é bonito usá-la como jóia, mas ninguém descja morrer numa cruz. As únicas cruzes que as pessoas desejam são as cruzes domesticadas. Faz sentido, portan- to, imaginar que um homem que, ao longo da vida, planejou morrer em uma cruz seria visto como uma pessoa perigosa; nin- guém lhe daria crédito. Será que podemos conhecer Jesus como ele realmente foi — e é! Como podemos conhecer uma pessoa que viveu na terra dois mil anos atrás — alguém que afirmou ter ressuscitado dos mor- tos com vida indestrutível e vive até hoje? Algumas pessoas dizem que isso não é possível. O verdadeiro Jesus está sepulta- do na história, elas dizem, e não temos acesso a ele. Outras não são tão céticas. Acreditam nos registros bíblicos da vida de Je- sus e acham que seus intérpretes primitivos — como o apóstolo Paulo, por exemplo — são mais dignos de confiança que os crí- ticos da atualidade. Mas como podemos ter certeza de que a descrição bíblica a respeito de Jesus é verdadeira? Há dois caminhos para aqueles que buscam um solo firme sob os pés da fé. Um é o caminho da pesquisa histórica e meticulosa para comprovar a autenticidade dos registros históricos. Eu segui esse caminho durante meus anos de estudo no seminário, na universidade e como professor de fa- culdade. Apesar de todos os desafios à minha fé naquela época, nunca duvidei de que existem bons motivos para confiarmos nos tegistros que o Novo Testamento traz acerca de Jesus. Hoje exis- tem muitos livros persuasivos — eruditos ou populares — que sustentam essa confiança. Agora, porém, sou pastor, e não professor de faculdade. Conti- nuo a dar valor ao caminho da pesquisa histórica feita pelos estu- diosos. Na verdade, quase sempre sou favorável a cla. No entanto, hoje tenho mais consciência de que a grande maioria dos habi- tantes deste planeta jamais terá o tempo ou as ferramentas ne- cessárias para rastrear todas as evidências que comprovam os registros históricos do Novo Testamento. Se Jesus é o Filho de Deus, se ele morreu por nossos pecados e ressuscitou dentre os mortos, e se Deus desejou para seu povo, dois mil anos atrás, uma fé bem fundamentada, então deve haver outro caminho para co- nhecermos o verdadeiro Jesus — um caminho diferente da pesquisa histórica, acadêmica c rigorosa. Existe outro caminho. É o caminho que estou seguindo neste livro. Começa com a convicção de que a verdade divina pode ser automaticamente legitimada. Aliás, seria muito estranho se Deus se tivesse revelado em seu Filho Jesus Cristo e inspirado o regis- tro dessa revelação na Bíblia, sem ter proporcionado um meio para que as pessoas comuns o conhecessem. Em palavras mais simples, o caminho comum para conhecermos o verdadeiro Je- sus é este: Jesus, conforme é revelado na Bíblia, traz consigo uma glória — uma heleza espiritual incomparável -— que pode ser vista como uma verdade que por si só é evidenciada. É como ver o sol e saber que ele é luz, e não trevas, ou provar o mel € saber que ele é doce, e não amargo. Não existe nenhuma longa cadeia de motivos para passarmos das premissas às conclusões. Existe uma percepção direta de que a pessoa de Jesus é verdadei- ra e que sua glória é a glória de Deus. O apóstolo Paulo descreveu o caminho para conhecermos a Jesus em 2Coríntios 4.4-6: regozijamos nele, somos crucificados para o mundo. Desta ma- neira, no momento em que vemos e provamos o Senhor Jesus, os reflexos de sua presença no mundo se multiplicam. O apóstolo Paulo disse: “E todos nós, que com a face descoberta contempla- imos a glória do Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito” (2Co 3.18; grifos do autor). Contemplar é ser transformado. Ver Cristo salva e santífica. Já que tudo isso, conforme Paulo diz, “vem do [...] Espírito”, incluí orações no fim de cada capítulo. A obra do Espírito em nossa vida é essencial. Jesus disse: “Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai que está nos céus dará o Espírito Santo a quem o pedir!” (Lc 11.13). Jun- to-me aos leitores sinceros para suplicar doses maiores c mais abundantes da obra do Espírito em nossa vida. Oro para que, quando olharmos para Jesus, cle nos conceda o privilégio de ver e provar a “glória de Deus na face de Cristo”. Eu o convido a participar comigo desta busca, para encon- trarmos juntos a alegria bem fundamentada, duradoura e que gera amor. Tudo está em jogo. Nada é mais importante na vida que ver Jesus como ele realmente é e, acima de tudo, provar o que vemos. Os céus declaram a glória de Deus... Saimos 19.1 Pois Deus, que disse: “Das trevas resplandeça a luz”, ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo. 2Corínnios 4.6 Vendo e provando a glória de Deus O objetivo supremo de Jesus Cristo O Universo criado por Deus é todo envolto em glória. O mais profundo anseio do coração humano e o mais profundo significado do céu e da terra estão resumidos nesta expressão: a glória de Deus. O Universo foi feito para proclamar essa glória, e nós fomos feitos para vê-la e prová-la. Nada mais pode ser compa- rado a isso. E, porque temos trocado a glória de Deus por outras coisas (Rm 1.23), o mundo está tão desordenado e enfermo, “Os céus declaram a glória de Deus...” (SI 19.1). É por isso que todo o Universo existe. Ele é todo glória. A sonda espacial Hubble nos envia imagens infravermelhas de longínquas galá- xias, distantes talvez 12 bilhões de anos luz da Terra (12 bilhões vezes 9,6 trilhões de quilômetros). Até mesmo dentro de nossa Via-Láctea, existem estrelas grandes demais para serem descri- tas, como, por exemplo, a Eta Carinae, cujo brilho é cinco mi- lhões de vezes mais intenso que o do Sol. Às vezes, as pessoas se assustam diante dessa imensidão quan- do comparada à aparente insignificância do homem. Isso nos tor- que o Pai nos concedesse? — “Pai, quero que os que me deste estejam comigo onde eu estou e vejum a minha glória, a glória que me deste...” (Jo 17.24; grifo do autor). O evangelho cristão é o “evangelho da glória de Cristo” por- que seu objetivo final é que possamos ver, provar e mostrar a glória de Cristo, que nada mais é do que a glória de Deus. “O Filho é o resplendor da glória de Deus c a expressão exata do seu ” (Hb 1.3). “Ele é a imagem do Deus invisível...” (CI 1.15). Quando a luz do evangelho brilha em nossos corações, ela é à “Iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cris- to” (2Co 4.6). E quando “nos gloriamos na esperança da glória de Deus” (Rm 5.2), essa esperança é “a bendita esperança: a glorio- sa manifestação de nosso grande Deus c Salvador, Jesus Cristo” (Te 2.13; grifo do autor). A glória de Cristo é a glória de Deus. (Ver o capítulo dois.) Em certo sentido, Cristo afastou-se da glória de Deus quando veio ao mundo: “E agora, Paí, glorifica-me junto a ti, com a glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisso” Go 17.5; grifo do autor). Mas, por outro lado, Cristo manifestou à glória de Deus em sua vinda ao mundo: “Aguele que é a Palavra tornou-se car- ne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, elória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade” Go 1.14; grifo do au- tor). Por conseguinte, no evangelho, vemos e provamos a “elória de Deus na face de Cristo” (Co 4.6). E essa “visão” é a cura para nossa vida desordenada. “E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior.” (Co 3.18; grifos do autor). ser, UMA ORAÇÃO Pai de glória, este é o climor do nosso coração: Queremos ser transformados com glória cada vez maior até que, na res- surreição, no ressour da última trombeta, estejamos completa- mente amoldados à imagem de teu Filho, Jesus Cristo, nosso 22 Senhor. Enquanto aguardamos esse momento, desejamos cres- cer na graça e no conhecimento de nosso Senhor, principal- mente no conhecimento de sua glória. Queremos vê-la de muneira tão clara quanto vemos a hsz do Sol, e prová-la até o bonto de desfrutarmos do mais puro prazer. Deus misericor- dioso, inclina nossos corações para a tua Palavra e as maravi- lhas de tua glória. Afasta-nos de nosso apego a coisas banais. Abre os alhos de nosso coração para vermos, a cada dia, o que o Universo criado por ti está nos dizendo a respeito de tua glória. Ihumina nossa mente para vermos a glória de teu Filho no evangelho. Cremos que tu és o Deus todo-glorioso, e não existe ninguém que se assemelhe à ti. Aumenta-nos à fé. Per- doa-nos por não concentrarmos nossa afeição em ti e pela aten- ção indevida que damos a coisas menos importantes. Tem misericórdia de nós, por amor de Cristo, e incute em nós o teu grande desígnio de mostrarmos « glória de tua graça. Em nome de Jesus, oramos. Amém. 23 “.. Eu lhes afirmo que antes de Abraão nascer, Eu Sou!” JoÃo 8.58 No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus João 1.1 Pois em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da divindade. CoLossensEs 2,9 Jesus é a glória de Deus A divindade de Jesus Cristo Não é para que nos tornemos importantes que Cristo existe. Antes, nós é que existimos para que cle seja importante, e para que nos alegremos com isso. O objetivo deste livro é entender que as glórias de Cristo são um fim, não um meio. O objetivo da glória de Cristo não é nos tornar ricos ou saudáveis. Cristo é glo- rioso pata que, na riqueza ou na pobreza, na saúde ou na doença, possamos nos alegrar nele, A primeira é extraordinária glória que sustenta todas as ou- tras é a existência eterna de Cristo. Sc meditarmos nessa afirma- ção, conforme é nosso dever, a frágil embarcação de nossa alma adquirirá grande estabilidade. A existência absoluta é, talvez, o maior de todos os mistérios. Reflita sobre o caráter absoluto da realidade. Deve ter existido algo que nunca foi formado. O estu- do de eras remotas e longínquas nos leva a um ponto em que nada existia. Alguém teve a honra de ser o primeiro, o que sem- pre existiu, Ele nunca veio a ser, nunca se desenvolveu. Ele sim- plesmente era. À quem pertence essa glória absoluta e singular? Este é o grande mistério, como poderíamos prever. Mas é o que Deus revelou acerca de si mesmo. O apóstolo Paulo também conheceu a glória exclusiva per- tencente a Cristo. Ele é o “Cristo, que é Deus acima de todos, bendito para sempre! Amém” (Rm 9.5). Todavia, “embora sen- do Deus, [ele] não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo” (Pp 2.6,7; grifos do autor). Por conseguinte, “em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (CI 2.9; grifo do autor — y. 1.19). E nós, os cristãos, não cstamos aguardando a chegada de um simples homem, mas “a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo” (Tt 2.13; grifos do autor — v. também 2Pe 1.1). É por isso que o escritor de Hebreus diz, com intrepidez, que todos os anjos adoram a Cristo. Cristo não é o chefe dos anjos que adora a Deus. Ele é adorado por todos os anjos como Deus. “E ainda, quando Deus introduz o Primogênito no mundo, diz: “Todos os anjos de Deus o adorem” (Hb 1,6). Porque elc é o Criador de tudo o que existe, e é o próprio Deus: “Mas a respei- to do Filho, diz: 'O teu trono, ó Deus, subsiste para todo o sem- pre [...]. No princípio, Senhor, firmaste os fundamentos da ” (Hb 1.8,10). Portanto, o Paí testífica a divindade do Filho. Ele “é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata terra, do seu ser, sustentando todas as coisas por sua palavra podero- sa” (Hb 1.3). Jesus Cristo é o Criador do Universo. Jesus Cristo é o Alfa e o Ômega, o Primeiro é o Último. Jesus Cristo nunca teve começo. Ele é a Realidade absoluta. Ele possui a honra inigualável e a glória singular de ser o primeiro, o que sempre existiu. Ele nunca veio a ser. Ele é o Unigênito eternamente. O Pai deleita-se eter- namente no “resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser” (Hb 1.3), na Pessoa de seu Filho. Ver e provar essa plória é o objetivo de nossa salvação. “Pai, quero que os que me deste estejam comigo onde eu estou e vejam 28 a minha glória, a glória que me deste...” (Jo 17.24; grifo do autor). s palavras para sempre é o objetivo de nosso ser Regozijar-se nests que foi criado e de nosso scr que foi redimido. UMA ORAÇÃO Pai Eterno, tu nunca tiveste começo. Jamais terás fim. Es o Alfaeo Ômega. Cremos nisso, porque o revelaste a nós. Nos- so coração se alegra com gratidão porque abriste nossos olhos para verem e conhecerem que Jesus Cristo é o teu Filho eterno e divino, teu Filho Unigênito, e que tu, ó Pai, e ele, teu Filho, são um só Deus. Trememos ao colocar essas verdades gloriosas em nossos lábios com receio de ofender-te com palavras desontosas e inadequadas. Mas precisamos proferi-las porque precisamos louvar-te. O silêncio nos encheria de vergonha, por- que até mesmo as pedras clamariam. Deves ser louvado pelo que és no mundo que criuste. E devemos agradecer-te porque nos concedeste o privilégio de provar e ver a glória de Jesus Cristo, teu Filho. Oh, queremos conhecê-lo! Sim, Pai, ansia- mos por conhecê-lo. Apaga de nossa mente quaisquer pensa- mentos indignos a respeito de Cristo. Sacia nossa alma com o Espírito de Cristo e toda a sua grandeza. Aumenta nossa ca- pacidade de nos alegrar nele por tudo o que tu és para nós. Todas as vezes quê u carne e o sangue forem impotentes, reve- la-nos o Cristo é concentra nossa atenção e afeto na verdade e beleza de teu glorioso Filho. E concede-nos que, na riqueza ou pobreza, na saúde ou doença, possamos ser transformados por ele e nos tornarmos um eco de sua auspiciosa presença no mundo. Em nome de Jesus, oramos. Amém. 29 -. Vium Cordeiro, que parecia ter estado morto [...]. Ele tinha sete chifres e sete olhos... APOCALIPSE 5.6 O Leão e o Cordeiro A excelência de Jesus Cristo O leão é admirável por sua força, ferocidade e aparência de rei. O cordeiro é admirável por sua mansidão e por fornecer lã para nossas roupas, com a humildade de um servo. O mais admirável de tudo, porém, é um cordeiro semelhante a um leão e um leão seme- lhante a um cordeiro. O que torna Cristo glorioso, conforme Jonathan Edwards comentou há mais de 250 anos, é “um conjunto admirável de características excelentes e diversificadas”. Por exemplo, admiramos Cristo por sua transcendência, mas o admiramos mais ainda porque a transcendência de sua grandeza se mistura com submissão a Deus. Maravilhamo-nos nele porque sua justiça inflexível é temperada com misericórdia. Sua majesta- de é adoçada com meiguíce. Apesar de igualar-se a Deus, ele tem uma profunda reverência por Deus. Apesar de ser digno de tudo o que é bom, ele foi paciente para sofrer o que é mau. Seu domínio soberano sobre o mundo foi revestido de um espírito de obediên- cia e submissão. Ele confundiu os orgulhosos escribas com sua sabedoria, mas foi simples a ponto de ser amado pelas crianças. 31 líder invencível. Também a nós, simples mortais, não é fácil com- preender. Somos dignos de piedade, mas temos paixões arreba- tadoras. Somos fracos, mas sonhamos realizar maravilhas, Nossa vida é transitória, mas a eternidade está escrita em nosso cora- ção. A glória de Cristo brilha com todo o seu esplendor porque o conjunto de suas características excelentes e diversificadas se harmoniza perfeitamente com nossa complexidade. Certa vez, esse Lcão semelhante a um cordeiro sofreu opres- são e aflição. Ele foi levado ao matadouro. Como uma ovelha que permanece em silêncio diante de seus tosquiadores, ele não abriu a sua boca (Is 53.7). Mas no dia final não será assim. O Leão se- melhante a um cordeiro se transformará em Cordeiro semelhante a um leão e, com a serenidade de um rei, tomará seu lugar à beira do lago de fogo, onde seus inimigos impenitentes serão ator- mentados “com enxofre ardente na presença dos santos anjos e do Cordeiro [...; para todo o sempre” (Ap 14.10,11). UMA ORAÇÃO Deus Todo-Poderoso e compassivo, nós exultamos quando refletimos em teu poderoso e misericordioso Filho, nosso Se- nhor, Jesus Cristo. Regozijjamo-nos na força do seu poder semelhante ao de um leão e na ternura de sua mansidão seme- lhante à de um cordeiro. Somos fortalecidos pelo incomparável conjunto de suas qualidades excelentes, o que nos dá a certeza de que não existe ninguém como ele, e que ele não é um simples homem como tuntos outros. Concede-nos, em nossa atitude arrogante de indiferença, « bênção de tremermos diante do Leão de Judá e de nos humilharmos sob sua santidade arreba- tadora. E concede-nos, em nossa fragilidade e medo, a bênção de adquirimos a coragem do Cordeiro semelhante a um leão. Oh, como necessitamos de Cristo! Abre-nos os olhos para que possamos ver a plenitude de suas qualidades excelentes. Elimi- na as imagens falsas e distorcidas de teu Filho que enfraquecem nossos momentos de adoração e prejudicam nossa obediência. 3, Que o poder do Leão e o amor do Cordeiro mem nossa fé em Cristo inabalável. Afasta de nós sonhos insignificantes, aven- turas tímidas e planos vacilntes. Incentiva-nos. Fortalece-nos. Que possamos «mar com ardor e humildade. Que possamos compartilhar com outras pessoas à confiança do Leão de Judá por meio da qual o teu Filho se dispôs a morrer como um Cordeiro e vessuscitar com júbilo eternamente. Concede-nos também que possamos ver a glória de Cristo e que tu sejas honrado por intermédio dele. Em nome de Jesus, oramos. Amém. 35 “. Deus, o teu Deus, escolheu-te dentre os teus companheiros, ungindo-te com óleo de alegria”. Hepreus 1.9 “Muito bem, servo bom e fiel! [...] Venha e participe da alegria do seu senhor!” Mateus 25.21 A alegria indestrutível A alegria de Jesus Cristo Sc você for resgatado por um salva-vidas das águas turbulentas do Oceano Atlântico, não vai querer saber se ele se sente ou não triste. Quando estiver abraçando sua família na praia, não vai se preocupar com a saúde mental daquele que o salvou de um afoga- mento. Mas com a salvação que nos é concedida por Jesus, as coi- sas são bem diferentes. Jesus não nos salva para nossa família, mas para cle mesmo. E se ele estiver entristecido, nossa salvação não nos trará alegria. Não será para nós uma grande salvação. O próprio Jesus — e tudo o que Deus representa para nós por meio dele — é nossa grande recompensa, e ponto final, “Eu sou o pão da vida...” [...] ... Se alguém tem sede, venha a mim e beba” To 6.35; 7.37). A salvação não significa apenas perdão de peca- dos, mas, acima de tudo, comunhão com Jesus (1Co 1.9). O per- dão tira todos os empecilhos do caminho para que isso possa acontecer. Se essa comunhão não for plenamente prazerosa, não haverá grande salvação. Se Cristo estiver triste, ou até mesmo indiferente, a eternidade não passará de um longo, longo suspiro. 3?