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JOGOS MUSICAIS culturais um leque de jogos musicais e sonoros destinados a grupos de qualquer condição
Tipologia: Exercícios
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Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós – Graduação em Música, da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do titulo de Mestre em Música.
Orientadora: Doutora Regina Meirelles Linha de pesquisa: Educação Musical
A minha querida mãe Roselaine pelo seu apoio e incentivo desde o inicio da minha caminhada na música. Obrigada pela sua amizade, carinho e confiança no meu trabalho. Ao meu pai Gilberto e minha irmã Jéssica, pelo constante incentivo. Ao meu marido David pelo carinho e compreensão nos momentos mais difíceis dessa jornada, suas palavras de incentivo, foram muito importante. A todos que já foram ou ainda são meus alunos.
“Eu só quero formar bons cidadãos. Se uma criança ouve boa música desde o dia de seu nascimento e também aprende a tocar, desenvolve sensibilidade, disciplina e perseverança. Conquista, assim, um bom coração”. (Suzuki, 1994, p.93).
MIRANDA, Liliany Assunção de. Procedimentos de ensino: jogos e atividades lúdicas baseadas em métodos de Educação Musical, Rio de Janeiro, 2013. Dissertação de Mestrado em Educação Musical. Escola de Música, Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ.
A proposta desta pesquisa foi a construção de procedimentos de ensino, jogos e atividades lúdicas para as aulas de Educação musical, mais especificamente no segmento da Educação Infantil. Como recurso pedagógico, utilizamos e selecionamos as competências e estratégias de educadores musicais como: Dalcroze, Orff, Willens e Suzuki. Daremos maior destaque em nossa pesquisa ao educador Schinichi Suzuki, pelo fato de nos identificarmos com sua metodologia e com a experiência por mim adquirida desenvolvendo suas estratégias de ensino. As atividades foram aplicadas em um Colégio particular, na cidade do Rio de Janeiro, onde utilizamos uma metodologia especifica.
PALAVRA CHAVE: Métodos ativos de Educação Musical, Educação Infantil, Método Suzuki, Procedimentos de ensino.
Entrevista 1 Professora Thalita Resende ................................................................................... 97 Entrevista 2 Professor Marcelo Araújo ..................................................................................... 98
A inspiração para esta pesquisa surgiu a partir da atuação como professora no curso de Iniciação Musical da Escola de Musica da UFRJ no período de 2008 a 2010. O curso tinha duração de três anos e para ingressar no mesmo a criança não passava por nenhum processo seletivo, apenas efetuava sua inscrição. O único requisito necessário era estar alfabetizada e frequentar as aulas regularmente. No primeiro ano, desenvolvemos atividades de forma lúdica tomando como base os parâmetros do som, que são: altura, timbre, intensidade e duração. Como recurso utilizávamos instrumentos de percussão disponíveis em sala como: pandeiro, tambor, clava, triangulo, chocalho e outros. No segundo ano, continuávamos trabalhando com os parâmetros do som, porém de forma mais sistemática. Os instrumentos de percussão foram substituídos pela flauta-doce e de início desenvolvíamos um repertório facilitado. No último ano do curso, o trabalho com a flauta doce era mais explorado, começando a leitura no pentagrama e introduzindo-se algumas bases teóricas iniciais. A partir da experiência vivida neste curso, o problema que verificamos foi a falta de material criativo que proporcionasse aos alunos momentos e experiências lúdicas nas aulas de Educação Musical. Decidimos então, dedicar nosso tempo na construção de atividades e na elaboração de canções, que foram aplicadas e abordadas nesta pesquisa. Se proporcionarmos um processo musical lúdico estruturado para os alunos, a leitura musical convencional, bem como o conhecimento de figuras e outras bases teóricas, acontecerão de forma natural. Para trabalharmos e desenvolvermos procedimentos lúdicos de ensino em sala, devemos elaborá-los de forma objetiva e prazerosa, podendo ser aplicados individualmente ou em grupo. Nosso primeiro objetivo é demonstrar, através das atividades propostas nesta pesquisa baseado nas competências e estratégias de alguns educadores musicais, que é possível ensinar de maneira agradável e afetiva, despertando o interesse dos alunos. O educador deve ter a preocupação de envolver os alunos em cada momento no processo de ensino- aprendizagem, pois assim as propostas farão sentido para os mesmos. Ressaltamos que os jogos e as atividades possuem sentido e objetivo a serem alcançados, não sendo somente uma distração ou simplesmente brincadeira. Os métodos selecionados para a construção destes procedimentos foram: Dalcroze, Orff, Wilems e Suzuki. A escolha deles, em parte, justifica-se pelo fato de já utilizarmos algumas de suas competências de ensino em sala de aula. Nosso segundo objetivo é destacar o
método Suzuki como uma proposta atual no processo de ensino em sala de aula, apesar de ser um método voltado para o ensino do instrumento. Sua metodologia e seus valores são para nós são importantes contribuições para a educação nos dias de hoje. Em um primeiro momento, descreveremos sobre estes educadores destacando suas ideias e as principais competências. Posteriormente, relataremos os jogos e atividades lúdicas aplicadas em sala de aula. Descreveremos a seguir, de forma resumida os métodos, para que possamos apresentá- los, priorizando suas principais competências. O primeiro método é o do pedagogo suíço Emile Jaques- Dalcroze^1 (1865-1950), que desenvolveu um trabalho voltado para a aprendizagem do ritmo musical, utilizando elementos da música em geral. Pretendemos construir atividades que trabalhem o corpo em movimento e o ritmo em sala, tomando como base as competências desenvolvidas por este educador. O segundo método que vamos abordar em nossa pesquisa é o do compositor alemão Carl Orff^2 (1895- 1982), que segundo Violeta Gainza^3 (1988), realizou decisivas contribuições no campo da rítmica, da criatividade musical dos instrumentos didáticos e da integração das diferentes manifestações artísticas e expressivas. A partir do método de Orff, pretendemos criar atividades em sala de aula utilizando como base o ritmo das palavras, a palavra cantada e, também, canções folclóricas e do cotidiano das crianças, aproveitando sempre as contribuições que as mesmas trazem para as aulas. A priori, algumas atividades propostas podem unir estes dois métodos. O terceiro método que pretendemos utilizar será do psicopedagogo musical Edgar Willems^4 (1890 – 1978) que, segundo Gainza (1988), desenvolveu na Suiça suas bases psicológicas da educação musical, hoje amplamente difundidas no mundo e bem conhecidas particularmente na América Latina. Willems valorizava a música no processo do desenvolvimento da criança, pois a mesma tinha uma participação importante na vida do individuo de forma afetiva, sensorial, mental e também espiritual. Pretendemos utilizar como competências para a criação das
(^1) Emile Jacques Dalcroze, foi jornalista; ator; professor de harmonia, de solfejo e história da música; regente de orquestra; diretor teatral; e não deixando de observar que possivelmente foi coreografo. 2 Carl Orff nasceu em Munique, Alemanha. Desenvolveu suas atividades na linguagem artística, no ritmo, movimento e improvisação. 3 Violeta Hemsy de Gainza é considerada uma figura importante para a educação musical. Bacharel em música ( piano), especializada em educação musical na Escola de Professores, da Universidade de Columbia (EUA). Possui um acervo de mais de 40 títulos referentes a pedagogia musical em geral. 4 Edgar Willems nascido na Bélgica e radicado na Suiça,Foi aluno de Dalcroze. Atuou como músico, regente de coral e desenhista. Desenvolveu seu método baseado na audição.
Na pesquisa presente, o foco será o domínio afetivo que aborda os aspectos da sensibilização e da gradação de valores, sendo dividido em níveis diferentes de receptividade afetiva, como: recepção, resposta, valorização, organização e internalização de valores. No Capítulo II, trataremos a respeito do planejamento e das estratégias de ensino, que, em nossa pesquisa, são as propostas lúdicas. Segundo Menegolla e Sant’anna (2001, p. 10) “A educação, a escola e o ensino são grandes meios que o homem busca para poder realizar o seu projeto de vida. Portanto, cabe à escola e aos professores, o dever de planejar a sua ação educativa para construir o seu bem- viver”. O planejamento é responsabilidade da escola e do professor, que devem traçar juntos, um plano educativo para que os alunos possam se desenvolver satisfatoriamente. Afinal, “É preciso planejar uma educação que, pelo seu processo dinâmico, possa ser criadora e libertadora do homem”. (Menegolla e Sant’anna, 2001, p.25). A música, no processo educativo, pode desenvolver os alunos no campo da criação e da improvisação e, segundo Gainza (1998) tornar um indivíduo sensível e receptivo ao fenômeno sonoro, promovendo nele, ao mesmo tempo, respostas de índole musical. Mas, para isso, é necessário um planejamento, que proporcione novas experiências em sala de aula. Neste tópico, abordaremos, ainda, o que é ensinar e aprender, segundo Bordenave e Matero (2011) autores referenciais no campo metodológico. Através da educação musical acreditamos que a criança possa abrir seus horizontes musicais. As aulas devem ter como base a construção musical e as atividades que façam sentido para os alunos, para que assim, o educador possa se aproximar dos seus alunos. O brincar, as atividades e os jogos contribuem para a aproximação de professores e alunos, envolvendo-os nas atividades propostas. Ainda no Capítulo II, faremos um panorama histórico resumido da Educação Musical nos séculos XX e XXI, descrevendo a trajetória dela através dos tempos e a contribuição de outros educadores para o ensino da música. Destacaremos os seguintes autores: Jonh Paynter, Murray Schafer, Keith Swanick, Violeta Hemsy de Gainza e Lucas Ciavatta. Neste mesmo capítulo, abordaremos a Educação Musical no Brasil, relatando de forma sucinta desde o momento do descobrimento até o século XX, demonstrando suas principais transformações durante os séculos. Apresentaremos o atual ensino de música no sistema brasileiro e a música especificamente na Educação Infantil, tendo como base o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil. (Brasil\Mec, 1998).
Apresentamos nossa hipótese de que estes procedimentos de ensino, jogos e experiências lúdicas, podem proporcionar uma aprendizagem efetiva, de forma agradável e construtiva para as aulas de educação musical. No capítulo III descreveremos as atividades que foram construídas durante todo processo e, consequentemente, aplicadas em sala. Pretendemos realizar entrevistas com professores que utilizam ou não estes procedimentos de ensino em sala e também com os alunos. A partir do levantamento de dados, fizemos projeções e previsões, analisando e colocando em discussões os dados obtidos durante a pesquisa. Aplicamos as atividades em uma escola particular na cidade do Rio de Janeiro, onde lecionamos música para crianças do maternal ao primeiro ano do ensino fundamental. Acreditamos que, com este trabalho, poderemos oferecer subsídios para que educadores musicais utilizem esses procedimentos de ensino, em suas aulas como um recurso pedagógico eficiente e atrativo, proporcionando momentos agradáveis no processo de aprendizagem.