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Um estudo sobre a contribuição dos jogos cooperativos nas aulas de educação física, baseado na perspectiva de professores da rede pública de ensino de formosa-go. O objetivo é verificar como e por que essas práticas são utilizadas para alcançar os objetivos pedagógicos da área de ensino/série. O texto discute a importância de trabalhar com jogos cooperativos para desenvolver habilidades, promover interação entre alunos e professores, e motivar a participação na educação física.
Tipologia: Slides
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Universidade de Brasília
Trabalho Monográfico apresentado como requisito final para aprovação na disciplina Trabalho de Conclusão de Curso II do Curso de Licenciatura em Educação Física do Programa Pró-Licenciatura da Universidade de Brasília – UNB Pólo Brasília – DF.
Orientador (a): CLEBER DOS SANTOS FERREIRA.
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Dedico esse trabalho e cada minuto de aprendizagem e conhecimento adquirido com muita força de vontade de sempre ir mais longe. Aos meus filhos, pelo apoio e fonte de força todo esse tempo dedicado a esse estudo que é tão importante para mim.
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À Deus que é meu mestre supremo. Aos meus familiares, principalmente aos meus filhos que souberam compreender os meus momentos de ausência e sempre estiveram ao meu lado apoiando-me. Aos meus mestres, principalmente ao meu orientador CLEBER DOS SANTOS FERREIRA por todo o ensinamento e incentivo, que sem essa ajuda eu não teria conseguido mais essa etapa em minha vida.
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LISTA DE FIGURAS E TABELAS
FIGURA 01 - Modelo de ensino dos jogos para a compreensão...................................... 19 FIGURA 02 - O Ensino do Esporte Coletivo..................................................................... 20 FIGURA 03 - Categorização dos Jogos Cooperativos...................................................... 24 TABELA 01- Sexo............................................................................................................ 30 TABELA 02- Idade............................................................................................................ 31
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O jogo, historicamente vem sendo utilizado como recurso pedagógico por educadores, nas mais diversas áreas de ensino, devido a sua importância por oportunizar aprendizagens e interações por meio de atividades lúdicas. Na área da Educação Física escolar a sua relevância, deve-se a possibilidade de explorar as práticas esportivas, pedagogicamente trabalhadas. Os jogos coletivos, modelo de atividades que ganha uma nova proposta a partir da Pedagogia do Esporte, vem trazendo possibilidades significativas, dentre elas, pode-se destacar os Jogos Cooperativos. O esporte ao assumir aspecto pedagógico tem objetivo de promover o desenvolvimento de habilidades, socialização e formação. Um novo olhar sobre os jogos de equipe que priorize a cooperação possibilita ao educador o trabalho interdisciplinar e a formação global do aluno. O objetivo de verificar se e como ocorre a inserção dos jogos cooperativos no contexto das aulas de Educação Física traçou a proposta e o norte para a pesquisa envolvendo professores de Educação Física da rede pública de ensino de Formosa-GO, a partir da fala dos envolvidos sobre a contribuição de tal prática para os objetivos previstos para área de ensino/ série. Os resultados da pesquisa trouxeram para a discussão questões que podem contribuir para a área da Educação Física e a práxis do professor.
Palavras-chave : Jogos; Jogos Cooperativos, Educação Física.
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Os jogos constituem um dos mais significativos recursos lúdicos de aprendizagem que o professor de Educação Física tem para oferecer nas praticas esportivas pedagogicamente transformadas, ou seja, cujos objetivos vão muito além do desenvolvimento cognitivo e psicomotor, como também um importante recurso lúdico.
Destaca-se também outro aspecto relevante do jogo para a educação: o social. É essa interação que além do aspecto lúdico desenvolve inúmeras outras habilidades, tais como a elaboração de estratégias e a resolução de situações problemas, característica de todas as atividades de jogos.
A oportunidade de voltar a prática pedagógica do professor de Educação Física para as práticas esportivas, tendo os jogos como principal recurso, leva-os a reflexão acerca de como desenvolver atividades com jogos, tendo como proposta, além do desenvolvimento psicomotor desenvolver também os aspectos de formação e como elemento motivacional o lúdico dos jogos coletivos. Assim, podem ter duas vertentes conhecidas; uma que exercita a competição e a consequente exclusão, outra a qual tem o respaldo da ludicidade para desenvolver o cognitivo, o psicomotor e as relações socioafetivas.
Os jogos coletivos já fazem parte da vida dos alunos desde a mais tenra idade. Na infância eles têm a proposta lúdica de socialização e formação de hábitos, na escola eles assumem aspectos de jogos transformados pedagogicamente e ainda assim serem lúdicos e motivadores.
Dentro desta perspectiva e nas várias ramificações do conceito de jogo, encontram-se os jogos cooperativos, que são uma proposta metodológica que tem por finalidade verificar as possibilidades de desenvolver atividades em que os alunos possam experimentar e vivenciar novas maneiras de jogar, desvencilhando dos objetivos únicos de ganhar ou perder, mas sim de cooperar.
Portanto, acredita-se que se o professor reconhece nos jogos cooperativos a possibilidade de desenvolver as habilidades necessárias, incluindo conceitos e conteúdos, previstos no currículo para a série e, dessa forma associar as
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Verificar se e como ocorre a inserção dos jogos cooperativos no contexto das aulas de Educação Física, possibilitando assim uma discussão acerca de tal prática.
Analisar o destaque dado ao jogo nas aulas de Educação Física; Verificar se e como os jogos cooperativos são trabalhados durante as aulas; Identificar na fala dos envolvidos as contribuições de tal prática.
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2.1 Conceito de Jogo
Inicialmente a compreensão de jogo dentro das práticas pedagógicas, independente de área da educação, torna-se fundamental, portanto buscou-se em diversos autores determinada definição.
Huizinga (2000, p. 33) destaca a seguinte definição: [...] o jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e de espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias dotadas de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentido de tensão e de alegria e de uma consciência de ser diferente da vida cotidiana. O autor acredita que o jogo é essencial na vida da criança e quando jogam assimilam e podem transformar a realidade, sendo uma atividade poderosa para estimular a vida social. Piaget apud Freire (1996, p. 48) da mesma forma relata que “o conhecimento não pode ser concebido como algo pré-determinado nas estruturas internas do sujeito por quanto esse resultam de uma construção efetiva e contínua...”
O mesmo divide o jogo em três categorias: o jogo de exercícios, onde o objetivo é exercitar a função em si; o jogo simbólico, em torno dos 2 anos a 6 anos que satisfazem a necessidade da criança de não somente relembrar mentalmente o acontecido, mas de executar a representação colocando-se independente das características do objeto, funcionando em esquema de assimilação; o jogo de regras, no qual está implícita uma relação inter-individual que exige a resignação por parte do sujeito, sendo estes transmitidos socialmente de criança para criança e vão aumentando o grau de dificuldade de acordo com seu desenvolvimento social. Cita ainda outra modalidade, o jogo de construção, em que a criança cria o jogo.
Marcelino (1999) ainda comenta que o jogo pode ser utilizado, como recurso didático, em várias áreas do conhecimento, pois é uma ferramenta que oferece inúmeras possibilidades para enriquecer o processo de ensino-aprendizagem, principalmente para motivar o aluno, pois por meio do manuseio de materiais
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2.2 A Pedagogia do Esporte: o jogo como proposta pedagógica
Os avanços tecnológicos e a mídia transformaram o esporte em um fenômeno mundial, despertando nas crianças de todas as idades a motivação para buscar desenvolver práticas esportivas. E isso repercute de forma positiva na vontade de participar nas aulas de Educação Física, que tem buscado redimensionar sua prática trabalhando pedagogicamente os jogos, nas suas mais variadas modalidades que possam ser adaptadas para a realidade de tempo e espaço das escolas. (JUNIOR e DARIDO, 2010).
Ao longo do processo histórico da Educação Física brasileira as ações pedagógicas foram voltadas para quebrar paradigmas do modelo tradicional- higienista, militar e eugenista, defendida tradicionalmente na metodologia trabalhada até os fins dos anos 70. A partir da década de 1980 a área começava, libertando-se do ensino tecnicista vivenciado na ditadura militar e realizando uma reflexão radical do conjunto, com um enfoque crítico para uma nova identidade de Educação Física no meio educacional. (ARAUJO, 2008).
A Pedagogia do Esporte é uma proposta nova, que promete uma nova dinâmica para a Educação Física escolar. É vista como uma reflexão a cerca da ação educativa, coadunando numa efetiva prática de intervenção. (BRASIL, 2006, p. 9). Retornar na história e analisar o modelo tradicional do professor desenvolver suas atividades pedagógicas, nas aulas de educação física, envolvendo jogos e práticas esportivas. Mudanças significativas transformaram a forma de o professor inserir nas aulas novas possibilidades de ensinar e aprender principalmente através de jogos.
De acordo com Duckur (2004, p. 40): Na renovação da educação física brasileira, a ampliação do quadro teórico sustentou, no final dos anos de 1980 e de 1990, o desenvolvimento de algumas novas propostas cujo ponto de identidade foi à intencionalidade em superar o paradigma da aptidão física e inaugurar uma prática baseada em valores humanísticos que promovesse a melhoria da qualidade de vida, a formação para cidadania e o alcance da consciência crítica.
O esporte é um elemento da cultura construído historicamente e instrumento importante para a sociedade. É uma peça fundamental, utilizada, às
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vezes, como interesse de dominação da elite política e burguesa e como atividades, as quais têm na sua essência elementos constitutivos que interagem e se materializam em práticas corporais. O esporte é institucionalizado e formado por técnicas, táticas, estratégias, regras, competições e concretizado pelos aspectos biológico, psicológico, social e humano. (ARAUJO, 2008).
Ao encontrar obstáculos na realidade concreta alguns fatores podem prejudicar a ação pedagógica do professor, como a desconsideração ou a falta de conhecimento das propostas da Pedagogia do Esporte; a confusão estabelecida pela herança progressista da educação física no tratamento metodológico do esporte; o atual esporte escolar é ainda restrito a crianças e adolescentes consideradas talentos esportivos.
Alguns problemas podem ser destacados: a) o oferecimento do esporte de maneira desvinculada do projeto pedagógico da escola; b) conteúdos repetitivos do esporte em diferentes níveis do sistema escolar; c) ensino fragmentado do conteúdo esportivo. (PAES, 2006, p.220). A pedagogia do esporte é defendida pelos estudiosos da área da Educação Física, pois trabalha o aspecto pedagógico associado ao desenvolvimento dos alunos, de forma a contribuir para o aprendizado, rendimento dos alunos, bem como aprimorar a própria atuação profissional do agente pedagógico do movimento, o professor de Educação Física (JUNIOR, 2009).
A pedagogia do esporte pode ser definida como: [...] um campo do conhecimento que trata do relacionamento entre o Esporte e a Educação. A Pedagogia do Esporte é direcionada para dar os fundamentos teóricos para a prática dos esportes com o objetivo de melhorar o desenvolvimento do homem e enriquecer a qualidade de vida. Área acadêmica de estudo que focaliza as intervenções educacionais no domínio do Esporte e do movimento humano (BARBANTI, 2003, p. 222). O professor de Educação Física, como qualquer educador de outra área da educação, tem como objetivo e responsabilidade a transmissão de conhecimentos, dando um tratamento, uma direção pedagógica que pode ser intencional, consciente ou organizada. Com efeito, é correto afirmar que “para se ensinar um determinado conteúdo não basta que o professor seja um especialista em determinada área do conhecimento”. E preciso ir além, não basta apenas “transmitir conhecimento; o professor deve ir além e pensar no "como ensinar", "para quem ensinar" e "por que
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O currículo e toda a proposta da Educação Física contemporânea dá ênfase para mudar a concepção de que o ambiente de aula não deve ser convertido em um centro de “batalha” (treinamento), reforçando a pedagogia de que os jogos devem enfatizar a ideia de cooperação, formação de hábitos saudáveis.
Dessa forma, a pedagogia do Esporte tem o compromisso de: [...] analisar, interpretar e compreender as diferentes formas esportivas à luz de perspectivas pedagógicas. Obriga-se, de certa forma, a refletir sobre o sentido do esporte como prático de formação e educação, de realização da humanidade e da condição humana no homem. (BENTO, 2006, p. 26). O esporte ao assumir o aspecto pedagógico e, portanto, educativo, tem capacidade e a possibilidade de proporcionar por meio de jogos e brincadeiras que a escola possa exercer sua função social de oportunizar que o aluno experimente as regras e aprenda, possa ser capaz de interagir com o objeto da aprendizagem e ao mesmo tempo de sujeito dessa aprendizagem. O esporte torna-se educativo quando a sua prática não for uma obrigação, mas um prazer para o aluno.
O modelo de ensino dos jogos pela/para compreensão (teaching games for understanding - TGFU) foi sistematizado nos seus traços fundamentais por Bunker e Thorpe em 1982. Este modelo pretende que a atenção tradicionalmente dedicada ao desenvolvimento das habilidades se desloque para o desenvolvimento da capacidade de jogo, subordinando o ensino da técnica à compreensão tática do jogo. A premissa é a de que as situações ou circunstâncias de jogo devem ser introduzidas antes e que a partir daí se possa assegurar que as habilidades sejam ensinadas de uma forma contextualizada. (ARAUJO, 2008).
O mesmo enfoca o ensino de conceitos, táticas e processos de decisão associados, movimentos e habilidades do esporte em nível básico (para iniciantes do ensino fundamental). Apresenta as seguintes características: Expansão no formato do ensino de jogos; Organização por categorias de jogos ao invés de jogos individuais; Teorização sobre a transferência de aprendizagem na abordagem temática; Discussão sobre a eficácia do ensino e construção curricular.
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Figura 1 - Modelo de ensino dos jogos para a compreensão. Fonte: GRAÇA, Amândio; MUSCH, Eliane; et.al (2003) apud ARAUJO (2008, p. 44).
A proposta baseada no TGFU envolve a organização/sistematização das aulas de esporte por meio da compreensão do jogo. A categorização dos jogos por semelhanças estruturais e tácticas envolve quatro categorias: jogos de invasão, jogos de rede\parede, jogos de rebatida e jogos de alvo. (ARAUJO, 2008). Reforça ainda que haja várias curiosidades e novidades para os brasileiros, desde o formato de aulas, às justificativas, dicas, tarefas práticas e questões avaliativas. Por se tratar de um livro de caráter acentuadamente prático- metodológico, o leitor verá que as dinâmicas dos jogos podem ser perfeitamente adaptadas à realidade brasileira e aos alunos independentes da série e da modalidade de ensino.
2.3 Os Jogos Coletivos
No cotidiano da nossa infância, das brincadeiras de rua, na escola e mesmo nas atividades de práticas esportivas desenvolvidas na escola, jogos como: basquetebol, voleibol, handebol, futsal e futebol são exemplos de jogos coletivos conhecidos mundialmente.