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Guias e Dicas
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ITU infecção do trato Urinario, Esquemas de Enfermagem

As infecções do trato urinário (ITUs) são causadas, na maioria das vezes, por bactérias que invadem partes do sistema urinário, como uretra, bexiga, ureteres ou rins. A mais comum é a cistite, uma infecção da bexiga. Os sintomas incluem dor ou ardência ao urinar, urgência urinária, aumento da frequência urinária e, em casos mais graves, febre e dor lombar. As ITUs são mais frequentes em mulheres devido à anatomia do trato urinário. O diagnóstico é feito por exame clínico e urinálise, e o tratamento envolve o uso de antibióticos e aumento da ingestão de líquidos.

Tipologia: Esquemas

2023

À venda por 17/06/2025

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIBAN
CURSO: ENFERMAGEM / 3ª-5ª FASE
ENFERMAGEM SAUDE DA MULHER
INFECÇÃO URINARIA E PIELONEFRITE
SÃO JOSÉ
2019
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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIBAN

CURSO: ENFERMAGEM / 3ª-5ª FASE

ENFERMAGEM SAUDE DA MULHER

INFECÇÃO URINARIA E PIELONEFRITE

SÃO JOSÉ

ANA PAULA FREITAS

ANDREIA REGINA GODRI MARIANO

CLAUDINEIA MARIA BACKES MATOS

JULIANA BELKER

LETICIA MARINA SOMMER

MERILANE DOS SANTOS QUARESMA

TANIA TAMARIS MIRANDA SILVA

TATIA RUTZ CUNHA

TATIANE GOVEIA GONÇALVES

INFECÇÃO URINARIA E PIELONEFRITE

SÃO JOSÉ

1. INTRODUÇÃO

A infecção do trato urinário (ITU) é uma doença muito frequente e comum que pode ocorrer em todas as idades, são causadas por microrganismos patogênicos no trato urinário. Na vida adulta, 48% das mulheres apresentam pelo menos um episódio de ITU, sendo que a maior suscetibilidade se deve à uretra mais curta, à maior proximidade do ânus com o vestíbulo vaginal e uretra e ao início da atividade sexual. No entanto vários fatores tornam a infecção do trato urinário (ITU) uma relevante complicação do período gestacional, agravando tanto o prognóstico materno quanto o perinatal. Quando a gestante apresenta episódios de ITU a preocupação dos profissionais responsáveis pelo pré-natal aumenta, pois justamente neste período, o arsenal terapêutico antimicrobiano e as possibilidades profiláticas são restritas, considerando-se a toxicidade de alguns fármacos para o feto. Quando não tratada adequadamente a ITU pode evoluir e se tornar uma pielonefrite, a forma mais grave de ITU. De forma geral, por causa da restrição farmacológica a pielonefrite associa-se aos piores prognósticos maternos e perinatais.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1. CONCEITO

As infecções urinárias são causadas por microrganismos patogênicos no sistema urinário. Podem ser classificadas como não complicadas ou complicadas, dependendo da existência de outras condições relacionadas com o cliente. Representa a forma mais frequente de infecção bacteriana na gestação. Os agentes causais são os mesmos da microbiota perineal normal, sendo Escherichia coli responsável pela maioria das infecções. Por isso, toda gestante com evidência de bacteriúria deve ser tratada adequadamente. 2.2. FISIOPATOLOGIA Para que ocorra a infecção, os microrganismos precisam ter acesso à bexiga, fixar-se ao epitélio do trato urinário e colonizá-lo para evitar que sejam eliminados pela micção, escapar dos mecanismos de defesa do hospedeiro e iniciar a inflamação. Durante a gestação ocorre mudanças anatômicas e fisiológicas impostas ao trato urinário o que predispõem a transformação de mulheres bacteriúrias assintomáticas em gestantes com ITU sintomáticas, deixando a impressão de que o número de infecções urinárias seja maior neste período da vida Sabe-se que a redução da capacidade renal de concentrar a urina durante a gravidez reduz a atividade antibacteriana deste fluido, passando a excretar quantidades menores de potássio e maiores de glicose e aminoácidos, além de produtos de degradação hormonal, fornecendo um meio apropriado para a proliferação bacteriana. (DUARTE, 2008, P. 94) Durante a gestação, a urina apresenta um pH mais alcalino, situação favorável ao crescimento das bactérias presentes no trato urinário. Mostrando-se claro que, durante a gestação, fatores mecânicos e hormonais contribuem para provocar mudanças no trato urinário materno, deixando-a mais susceptível às formas sintomáticas de infecções graves e não graves.

2.6. PRINCIPAIS ALTERAÇÕES

As principais alterações anátomo-fisiológicas do aparelho urinário que ocorrem durante a gravidez são: dilatação pielocalicial e ureteral. Diminuição da atividade peristáltica ureteral decorrente da atividade da progesterona. Refluxo vesico-ureteral, um dos principais fatores responsáveis pela elevada prevalência de pielonefrites na gestante. Diminuição do tónus vesical e esvaziamento incompleto da bexiga o que favorecem a estase urinária. Diminuição da atividade antibacteriana da urina subsequente a um incremento da osmolaridade urinária (por aumento da excreção renal de glicose, aminoácidos e produtos de degradação hormonal) e do pH urinário. Hiperestrogenismo que favorece a adesão ao urotélio de certas cepas de E.coli portadoras de adesinas tipo 1. Com todas essas alterações hormonais e anatômicas, a gravidez constitui um dos principais fatores de risco para ITU sintomáticas e possíveis pielonefrites. 2.7. JUSTIFICATIVA CIENTÍFICA Como justificativa podemos destacar que a infecção do trato urinário se constitui na intercorrência clínica mais comum no período gestacional, ocorrendo em torno de 17 a 20% das mulheres durante a gestação (BRASIL, 2012). Nesse período uma patologia considerada de simples tratamento, como a ITU, pode levar a complicações maternas e perinatais graves. Até 40% dos casos não tratados de infecção urinária em gestantes podem evoluir para pielonefrite, situação em que se instala o risco de trabalho de parto pré-termo e sepse neonatal precoce (REZENDE; MONTENEGRO, 2011). 2.8. DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM Eliminação urinária prejudicada relacionado a infecção do trato urinário caracterizado por disúria, frequência, nocturia. Dor aguda relacionada a agentes lesivos biológicos caracterizado por expressão facial (p, ex., olhos sem brilho, aparência abatida. Hipertermia relacionado a doença caracterizado por aumento na temperatura corporal acima dos parâmetros normais, taquicardia e taquipneia. Náusea relacionada a dor caracterizado por relato de náusea.

2.9. ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM PROFILATICA

De forma geral, a profilaxia das ITU em gestantes está indicada nas seguintes circunstâncias: mais de dois episódios de infecção na gestação atual ou um episódio de pielonefrite associada a fatores de risco. A profilaxia de ITU está indicada principalmente em mulheres com ITU recorrente, que apresentem mais do que 2 episódios de infecção na gravidez, outras doenças do trato urinário ou quando há presença de fatores que mantém a infecção como cálculos. Para que se inicie a profilaxia é necessário que a urocultura se mostre negativa para evitar o tratamento de uma eventual infecção vigente com sub-dose de antibiótico. Higiene

  • Tomar banho de aspersão, em lugar de banho de banheira, visto que as bactérias na água do banho podem penetrar na uretra.
  • Depois de cada defecação, limpar o períneo e o meato uretral da frente pra trás. Isso ajuda a reduzir as concentrações de patógenos na abertura uretral e, nas mulheres, na vagina. Consumo de líquidos
  • Ingerir muito líquido diariamente para eliminar as bactérias.
  • Evitar o consumo de café, chá, refrigerantes do tipo cola, bebidas alcoólicas e outros líquidos que são irritantes para o sistema urinário. Hábitos de micção
  • Urinar a cada 2 a 3 horas durante o dia e esvaziar por completo a bexiga. Isso impede a distensão excessiva da bexiga e o comprometimento do suprimento sanguíneo para a parede vesical. Ambos predispõem o cliente à infecção urinária.
  • As precauções especificamente para mulheres incluem a micção imediatamente depois de uma relação sexual. Intervenções
  • Administrar os medicamentos exatamente conforme prescrito. Podem ser necessários horários especiais para sua administração.
  • Quando as bactérias continuam aparecendo na urina, pode ser necessária terapia antimicrobiana a longo prazo para evitar a colonização da área periuretral e a recidiva da infecção.
  • Para infecção recorrente, considerar a acidificação da urina por meio de ácido ascórbico (vitamina C), 1.000mg/dia, ou suco de chanberry.

3. ESTUDO DE CASO

MS 30 anos , parda, casada, ensino fundamental, dona de casa, moradora da área urbana de uma cidade de Santa Catarina.  ANTECEDENTES E FATORES DE RISCO – GIII PII, método contraceptivo ignorado, primeiro parto a termo em 05/02/2006 e segundo parto em 13/07/2013 também a termo.  DADOS DO PRÉ-NATAL – DUM 30/12/2019 DPP 22/09/2019 IG 35semanas + 4 dias hoje com 74kg, iniciou o pré-natal em 28/03/2019 com 2 meses de gestação. Fez 6 consultas na rede pública municipal sendo a última em 12/08/2019. Não identificado fatores de risco na gestação durante o pré-natal.  DADOS DA ATENÇÃO HOSPITALAR _ procurou atendimento na unidade de referência, com queixas de dor em região flanco/lombar, febre/calafrios, hematúria, disúria, oligúria e náusea.  HISTÓRIA PREGRESSA _Paciente informa que em sua gestação anterior apresentou infecção urinária.  HÁBITOS : Nega tabagismo e etilismo.

4. SOAP

M.S 30 anos SUBJETIVO OBJETIVO

  • Dor ao urinar e algumas vezes com presença de sangue,
  • Urina várias vezes e em pouca quantidade,
  • Dor nas costas,
  • Calafrios,
  • Febre e dor de cabeça,
  • Relatou tratamento prévio para ITU em gestação anterior,
  • Mal-estar.

Cabeça : Couro cabeludo íntegro, aspecto oleoso, esclera e conjuntiva coradas, pupilas isocóricas, simétricas, fotorreagentes, pavilhão auditivo sem sujidades, mucosa nasal íntegra, mucosa oral hipocorada e com sinais de desidratação, estruturas faciais simétricas. Ausência de linfonodomegalia cervical, sem dor ou limitações de movimentos. Pele: Íntegra, sem alterações ou cianose. Unhas com superfície lisa e regular, sem sujidades. Tórax: Simétrico, ausculta pulmonar dentro das normalidades sem ruídos adventícios. Abdome gravídico, flácido, com dor à apalpação. AU Teste Blumberg – e Giordano + Mamas: simétricas, mamilos protusos com presença de leite. Genitália: S em anormalidades aparentes MMSS e MMII: Edema generalizado ++ SSVV: Tax 38,1ºC FR 22mpm SpO2 98% FC 120bpm PA 150/90mmHg HGT 95mg/dl Eliminações vesicais presentes e diminuídas, eliminações intestinais presentes. Avaliação Fetal: BCF 150bpm

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com este trabalho tivemos a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a ITU e a Pielonefrite durante o período gestacional, infecções do sistema excretor inferior e superior, causadas principalmente pela bactéria Escherichia coli que se fixa e coloniza o trato urinário, causando vários sintomas como disúria, polaciúria, urgência urinaria, hematúria e nos casos mais graves dor lombar. São infecções de tratamento simples, no entanto durante o período gestacional as possibilidades terapêuticas antimicrobianas são bem reduzidas, pois alguns fármacos são tóxicos para o feto. Por esse e outros motivo quando não tratadas corretamente podem acarretar serias consequências maternas e fetais, que ocorrem principalmente nos quadros de pielonefrite. Esse quadro geralmente ocorre durante o início da gestação, com menos casos identificados nos segundo e terceiro trimestres. Fatores que têm sido associados a um maior risco de bacteriúria, incluem história de infecção urinária prévia, diabetes mellitus, gestações anteriores e baixo nível socioeconômico. Outro fator muito relevante que os estudos mostram é que quase metade das gestantes com bacteriúria assintomática irão desenvolver uma infecção sintomática do trato urinário, incluindo pielonefrite, durante a gravidez. Este risco é reduzido em quase 80% se a bacteriúria é tratada. A realização do pré-natal representa papel fundamental na prevenção e detecção precoce dessas e outras patologias. Permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da gestante.

6. REFERÊNCIAS

______. Ministério da Saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 193 p. ______. Secretaria de estado da saúde. Assistência à infecção do trato urinário na gestação, ago. 2018 Florianópolis: Disponível em <http://saude.sc.gov.br/index.php/documentos/informacoes- gerais/atencao-basica/notas-tecnicas-ab-aps/saude-da-mulher-2/14425-nota-tecnica-assistencia-a- infeccao-do-trato-urinario-na-gestacao/file BARROS, Simone Regina Alves de Freitas. Infecção urinária na gestação e sua correlação com a dor lombar versus intervenções de enfermagem. Rev. Dor , São Paulo, v. 14, n. 2, p. 88-93, jun. 2013. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806- 00132013000200003&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 13 de agosto de 2019. CARVALHO Geraldo Mota, Enfermagem em Obstetrícia , 3 Ed. São Paulo: EPU, 2014. DUARTE, Geraldo et al. Infecção urinária na gravidez. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. , Rio de Janeiro, v. 30, n. 2, p. 93 - 100, fev. 2008. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010072032008000200008&lng=en&nrm=i so>. acesso em 13 de agosto de 2019. FIGUEIREDO Ana, GOMES Guida, CAMPOS Ana. Infecções urinárias e gravidez - diagnóstico, terapêutica e prevenção. Acta Obstet Ginecol, Portugal, v.6, n.3, p. 124-133, 2012. Disponível em <http://www.fspog.com/fotos/editor2/1_ficheiro_608.pdf. FILHO Geraldo, Bogliolo Patologia. Ed.7th; Guanabara Koogan. Belo horizonte; 2006 GARNEZ, M.R. Diagnostico de enfermagem da NANDA Internacional : definições e classificação 2012 - 2014; Porto Alegre: Artmed,2013. HEILBERG, Ita Pfeferman; SCHOR, Nestor. Abordagem diagnóstica e terapêutica na infecção do trato urinário: ITU. Revista da Associação Médica Brasileira , São Paulo. v. 49, n. 1, p. 109-116, 2003. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 42302003000100043&lng=en&nrm=iso>. acesso em 17 de agosto de 2019. HINKLE, L.J et al. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 13. Ed. v. 3, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2018. p.157 4 - 1582. REZENDE, Jorge; MONTENEGRO, Carlos Antônio Barbosa. Obstetrícia fundamental. 12. ed. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 2011. 724 p. SMELTZER C.Suzanne. et al. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 12. Ed. v. 2, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2011. p.1364. ZANATTA, Djulie Anne de Lemos; ROSSINI, Mariane de Mello; TRAPANI JUNIOR, Alberto. Pielonefrite na gravidez: aspectos clínicos e laboratoriais e resultados perinatais. Rev. Bras. Ginecol. Obstet, Rio de Janeiro, v. 39, n. 12, p. 653 - 658, dez. 2017. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010072032017001200653&lng=en&nrm=i so>. Acesso em 13 de agosto de 2019.