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Guias e Dicas
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Isaias projeto, Manuais, Projetos, Pesquisas de Cultura

Projeto de mandioca para a agricultura familiar

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2013
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Compartilhado em 25/09/2013

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1. APRESENTAÇÃO
O projeto, geração de renda a partir da cultura da mandioca na fazenda
recurso III no município de Rio Sono- TO, tem como finalidade ampliar a renda
familiar e também, incentivar a permanência dos jovens no meio rural.
A mandioca tem uma grande importância pois pode ser cultivada em
qualquer local, ou seja, solos com baixo teores de acidez, por causa da
tolerância a acidez a agricultura família e a que mais produz essa cultura.
Com a obtenção da raiz, que é uma parte da planta, será fabricada a
farinha com intuito de abastecer o mercado local, suprindo a demanda
existente no município de Rio Sono.
A realização desse projeto irá incentivar muitas famílias circunvizinhas
a desenvolver a capacidade produtiva formando uma cadeia de produtores
rurais para abastecer o mercado regional melhorando assim, a renda e a
qualidade de vida da família e da comunidade.
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1. APRESENTAÇÃO

O projeto, geração de renda a partir da cultura da mandioca na fazenda recurso III no município de Rio Sono- TO, tem como finalidade ampliar a renda familiar e também, incentivar a permanência dos jovens no meio rural. A mandioca tem uma grande importância pois pode ser cultivada em qualquer local, ou seja, solos com baixo teores de acidez, por causa da tolerância a acidez a agricultura família e a que mais produz essa cultura. Com a obtenção da raiz, que é uma parte da planta, será fabricada a farinha com intuito de abastecer o mercado local, suprindo a demanda existente no município de Rio Sono. A realização desse projeto irá incentivar muitas famílias circunvizinhas a desenvolver a capacidade produtiva formando uma cadeia de produtores rurais para abastecer o mercado regional melhorando assim, a renda e a qualidade de vida da família e da comunidade.

2. CONTEXTO HISTÓRICO;

A propriedade Recurso III, possui 63 ha. É herança de família, a mesma é parte da Fazenda Recurso e foi adquirida no ano de 1960 pelo Senhor Aleixo da Silva Maciel e Saturnina Ribeiro Maciel, que nela trabalhou em forma de agricultura familiar, tirando dela sustento para criar os seus 11 filhos. Já no ano de 1997, o Senhor Aleixo juntamente com sua esposa a Dona Saturnina, no intuito de melhorar o acesso às linhas de crédito e a consolidação da propriedade de seus filhos, já casados e residentes na propriedade resolveram, em comum acordo, dividir a propriedade de 637 ha. Entre seus herdeiros, ficando destinado a cada um dos filhos um lote com 63 ha, esta divisa está feita somente em cartório, porém já existe o projeto de divisão dos lotes e os herdeiros já estão cientes da localização de sua parte. A propriedade encontra no bioma cerrado e suas fitofisionomias, está dividida em 25 ha de cerrado, 20 ha de pastagem, 5 ha que é utilizada para o cultivo de culturas anuais e 13 ha de terras de cultura. O consumo da família vem da produção de cereais como: milho, arroz, mandioca, feijão, fruticultura e hortaliças (lima, banana, melancia, laranja, tamarindo, alface e cebola). Há também uma produção em pequena escala de produtos da horticultura como: alface, coentro, cebola, rabanete, tomate, abobrinha, pimentão e quiabo, produtos estes produzidos como alternativa de geração de renda, além disso, a propriedade conta ainda com a criação de animais bovinos, aves e suínos que são utilizados para o consumo e o excedente comercializado para suprir necessidades básicas da família e a manutenção da propriedade. Para a lida com os bovinos e meio de transporte na propriedade é usado animal de carga como, equinos e muares. A propriedade conta com disponibilidade de energia elétrica desde 2005, essa é utilizada para fazer o bombeamento da água do córrego, que fica a uma distância de 450 m da sede, a bomba tem capacidade de bombear 1000 litros por horas. A energia é utilizada ainda no processamento da mandioca, do milho, sorgo, dentre outros produtos que servem de alternativa para a produção de ração para aves, além do uso doméstico. O município de Rio Sono está localizado ao Leste do estado do Tocantins, foi emancipado em 14 de maio de 1982, sua sede fica localizada na

O desafio de incluir os pequenos produtores: na agricultura familiar a agricultura familiar constitui o maior contingente dos produtores rurais no Brasil. São 4,2 milhões de estabelecimentos, 85,2% do total, em uma área de 107 milhões de hectares. Os dados do Censo Agropecuário do IBGE de1995/ mostram que a agricultura familiar representa 37,9% do Valor Bruto da Produção Agropecuária – VBP e 14 milhões de pessoas, 76,9% do total dos ocupados na agricultura brasileira estão vinculados a agricultura familiar. Além de ser responsável por 8 (oito) em cada 10 (dez) trabalhadores ocupados do campo, produz boa parte dos alimentos para o consumo interno do país. Sendo estes os mais significativos: 70% do feijão, 84% da mandioca, 58% da produção de suínos, 54% da bovinocultura de leite, 49% do milho , 40% de aves e ovos. A Comunidade Prata (antiga Malhador), onde a Fazenda Recurso III esta inserida tem liderado a participação nos processos de organizações política, religiosa, cultural, social e produtiva da zona rural da região. Desde de 1988 que a região sempre elegeu vereador tais como: Luiz Nogueira 1988, João de Cevero e Atalicio Maciel em 1992, Messias Buriti 2008 e atualmente elegeu o vereador Natal Maciel 2012, que é membro da família. Hoje também existem lideranças ocupando cargo de confiança no poder público municipal. Na área de organização dos trabalhadores na busca dos direitos, também foi forte a participação dos membros da comunidade e da própria família, como fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rio Sono, associações de agricultores familiares, comunidade religiosa, partido políticos e ONGs. A minha própria família é um exemplo deste envolvimento nas questões de organização, pois o Senhor Venceslau hoje e presidente da associação local e a Senhora Onedy é a Secretaria de Políticas Sociais do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rio Sono e os dois são membros da coordenação da comunidade da igreja católica, respectivamente meu pai e minha mãe.

3. REFERENCIAL TEÓRICO;

3.1 Origem e História

A mandioca ( Manihot esculenta jaçanã) é uma espécie de origem americana e tem a região amazônica como provável centro de origem. Irradiou- se por todas as regiões dos pais e após o descobrimento e a colonização do Brasil, a planta foi levada para a África e Ásia. É cultivada em todas as regiões tropicais do globo entre as latitudes de 30o^ Norte e 30o^ Sul. Está presente como planta cultivada em todos os países americanos com exceção do Canadá. (FUKUDA et al., 2006).

3.2 Importância econômica

A importância econômica da mandioca se dá pelo valor estratégico na geração de renda dentro da propriedade agrícola rural. O Brasil ocupa a segunda posição na produção mundial de mandioca (12,7% do total). Cultivada em todas as regiões, tem papel importante na alimentação humana e animal, como matéria-prima para inúmeros produtos industriais e na geração de emprego e de renda. Estima-se que, nas fases de produção primária e no processamento de farinha e fécula, são gerados um milhão de empregos diretos e que a atividade mandioqueira proporciona receita bruta anual equivalente a 2,5 bilhões de dólares e uma contribuição tributária de 150 milhões de dólares; a produção que é transformada em farinha e fécula gera, respectivamente, receitas equivalentes a 600 milhões e 150 milhões de dólares. (SOUZA. L. da. S. et. al. 2003).

O preço da mandioca, e mais especificamente da farinha, sofre alterações constantes devido à escassez do tubérculo.

A qualidade da rama e do feno depende da origem (parte apical ou média da planta) e também da idade da planta. As plantas jovens apresentam maior percentagem de folhas e, portanto maior riqueza proteica. As plantas com mais de um ciclo têm uma grande massa de caules com um mais elevado teor de fibra. Por ser uma proteína foliar apresenta grande diversificação na composição de aminoácidos o que eleva sua qualidade como ração animal. Dentre os produtos obtidos da mandioca, são destaques os amidos, dextrinas, álcool etílico, glicose, maltose, farinha de mesa, raspas, farinha de raspas, farelo para ração animal. O amido é usado na indústria de extração de petróleo.

3.4 Importância da mandioca como cultura alimentícia

A cultura da mandioca é muito importante para a alimentação humana e animal, pois ela tem um elevado teor de carboidratos e amido dois elementos químicos que são essenciais para o ser humano, podendo até substituir o arroz na mesa dos pequenos produtores rurais ou pessoas de baixa renda, Cultura 100 calorias/ha/dia Mandioca 250 Milho 200 Sorgo 114 Arroz 176 Trigo 110

Fonte: LC ARS 2010 Figura 2: Rendimento calórico das cultura em comparação com a mandioca Vale destacar que, com exceção da mandioca, todas as culturas listadas foram submetidas a intensivos programas de melhoramento genético. A grande vantagem da mandioca reside no fato de produzir elevado índice de colheita em relação às outras culturas. Há também a especialização na produção de carboidratos por parte da mandioca, ao contrário das outras culturas que produzem também proteína.

A mandioca apresenta grande eficiência biológica como produtora de alimento. Em geral culturas cujas raízes constituem o produto comercial apresentam grande eficiência biológica. De acordo com LC ARS 2010 Numa cultura produtora de grãos ou sementes a planta tem que desenvolver um suporte para sustentar a produção utilizando grande parte de suas reservas para este mister. Em trigo, por exemplo, 36% do peso seco total da planta são constituídos de semente e 64% são materiais não aproveitáveis, sem valor comercial. No caso da mandioca as raízes podem chegar a 60 a 70% do peso seco total da planta. A cultura não apresenta grande dependência de estação climática. Há maior flexibilidade com relação à época de plantio e maior ainda com relação à colheita. As demais culturas exigem ao contrário bem mais definidas épocas de plantio e colheita. Apresenta ainda grande adaptação ecológica sendo cultivada tanto no trópico úmido como no semiárido. Produz satisfatoriamente em solos de baixa fertilidade. Apesar de adaptada a solos de baixa fertilidade, a mandioca somente atinge seu potencial máximo de produção com adubação adequada. Dentre os macronutrientes, o fósforo permite resposta mais acentuada em termos de produtividade. Quanto às adubações nitrogenadas e potássica, têm ocorrido respostas com menor intensidade e frequência. O uso de solos com características físicas e químicas limitantes tem contribuído para o baixo rendimento. Os solos devem ser escolhidos, preparados, corrigidos e adubados conforme preferência/exigência da cultura. Há evidência que a mandioca tolera as condições de acidez do solo.

3.5 Botânica É a única espécie comestível do gênero que congrega cerca de 200 espécies. Existem algumas classificações incorretas da mandioca como: Manihot utilíssima; Manihot aipi; Manihot dulcis; Manihot flexulosa; Manihot flabellifolia; Manihot difusa; Manihot melanobasis; Manihot digitiformis e Manihot sprucei. Figura 3: Classificação botânica da cultura da mandioca.

3.6.2 Raízes

O sistema radicular é superficial, fibroso, constituído de um número reduzido de raízes e apenas algumas raízes intumescem pelo armazenamento de amido transformando-se em raízes tuberosas que são superficiais. Dados apresentado por LC ARS 2010 O número de raízes tuberosas varia de 5 a 20 com média de 5 a 12 por planta. O número de raízes é importante para definir o tamanho do dreno da planta. Uma deficiência no número de raízes pode limitar o potencial produtivo da planta por redução de dreno. A resistência à seca desta cultura deve estar associada à outra característica e não à extensão do sistema radicular da planta. Para o consumo humano a raiz constitui a parte de maior valor econômico. Este tipo e conhecido como raiz tuberosa é constituída das partes descritas a seguir:

3.6.2.1 Casca

A casca da mandioca e composta por as seguintes partes: Periderma ou película externa suberizada (felema), Esclerênquima, Parênquima cortical (látex com linamarina), Floema e Cilindro central.

3.6.2.2 Cambio

Parênquima de armazenamento. Vasos do xilema e fibras. O cilindro central branco ou amarelo (parênquima de reserva), rico em amido. Encerra no centro cambio vascular e xilema. As raízes são classificadas de acordo com o formato em: Cônica, Cilíndrica, Fusiforme, Estrangulada, Tortuosa, Globulosa.

3.7 Parte aérea

3.7.1 Caule

O caule, de altura variável entre 1 e 3 metros pode ser ou não ramificado, com o tempo torna-se suberizado com coloração cinzenta ou marrom. As cultivares ramificadas são classificadas em ramificação alta e baixa. Depois de atingir certo desenvolvimento a haste produz inflorescências na sua extremidade. Segundo (LC ARS, 2010) Em geral as três gemas situadas abaixo do ápice da planta brotam e se desenvolvem em posição inclinada (45º) em relação à horizontal e geralmente crescem vários ramos por ápice. Assim a ramificação pode ser dicotômica, tricotômica, tetracotômica e ainda apresentar tipos intermediários.

3.7.2 Folhas

As folhas são palminérveas, com longo pecíolo, lobadas, com três, cinco, sete ou mais lobos. Estes apresentam diferentes cores variando do verde claro até roxo e formatos também variados, destacando-se espatulados lanceolados e oblongos. A anatomia da folha é simples: apresenta epiderme com deposição de cutícula; há uma camada de células de tecido paliçádico seguido de 4 camadas de células de tecido lacunoso ou esponjoso. (LC ARS, 2010) ao analisar a eficiência das folhas constatou que as folha de Lobo estreito é dominante sobre lobo largo. Teoricamente há vantagem das folhas com lobo estreito em condições de plantios densos e elevado índice de área foliar. Na prática há um problema: as folhas com lobo estreito têm menor área foliar unitária.

provoca a redução do número de raízes tuberosas, inibindo o desencadeamento do processo de tuberização. Segundo ( Cock) , dias longos não afetam necessariamente a produção total da planta, mas limita a proporção da matéria seca presente nas raízes.

3.10 Radiação

Em geral a taxa de crescimento da cultura aumenta com o incremento da radiação. O sombreamento reduz o crescimento da planta de forma marcante, afeta igualmente a proporção de matéria seca destinada às raízes. Dados apresentados por (LC ARS, 2010) Na Colômbia, estudos de sombreamento artificial revelaram que um nível de 50% de sombreamento entre 5 e 10 meses após o plantio determinou uma proporção de apenas 40% de matéria seca nas raízes ao contrário das plantas não sombreadas que repartiram 58% da matéria seca com as raízes. O sombreamento também reduz a longevidade das folhas.

3.11 Necessidade hídrica

Há poucas informações quantitativas sobre as exigências hídricas da mandioca. Cultivares que crescem em regiões com um mínimo de 500 mm de chuva anual, enquanto há regiões produtivas onde a chuva excede 5000 mm durante o ano. O solo precisa estar úmido para que a estaca germine e a planta se estabeleça. Talvez essa seja a fase mais crítica com relação às exigências hídricas. Após 90 dias do plantio, caso haja um período de seca, a planta cessará seu crescimento eliminando a maioria das folhas. Culturas como o milho, o feijão e o arroz não sobreviveriam numa situação semelhante. Caso as condições hídricas satisfatórias se façam presentes novamente a mandioca mobilizará reservas presentes nas raízes e reiniciará o seu crescimento

A resistência à seca está baseada, principalmente, na capacidade da planta eliminar rapidamente a transpiração. Inicialmente, há um eficiente fechamento parcial dos estômatos. Com o desenvolvimento do estresse há redução na pressão de turgescência que afeta a expansão celular e consequentemente há redução na área foliar. A formação de novas folhas não é muito afetada pelo estresse. A redução da área foliar é consequência da diminuição do tamanho da folha (redução na expansão). Com o agravamento do estresse a planta perde suas folhas como mecanismo de defesa à desidratação. É certo que a redução da área foliar determina uma diminuição na capacidade fotossintética da planta. A presença de raízes de reserva é extremamente importante à planta, pois através da mobilização dessas reservas ela pode se recuperar de períodos adversos de estresse.

3.12 Potencial de produtividade

Segundo dados apresentado por (LC ARS, 2010) a produtividade da mandioca (raízes tuberosas frescas) no mundo varia entre 10 a 20 t/ha. Considerando uma taxa de crescimento máxima em condições moderadas de radiação solar de 1,2 t/ha/semana (matéria seca). Essas taxas só acontecem durante um intervalo de tempo em que a área foliar atinge e mantém um tamanho ótimo. Após o quinto mês, nas condições do CIAT (clima, temperatura, umidade, esteja favorável para o cultivo), ela começa a cair por causa do processo de abscisão em resposta às condições climáticas (escassez de água). Algumas cultivares conseguem manter sua área foliar elevada durante um maior período e, portanto, são mais produtivas. Há cultivares que alocam 70% da matéria seca nas raízes. (LC ARS, 2010) ao analisar o potencial de produtividade da mandioca fez a seguinte simulação: Que se uma planta demore 6 semanas para formar sua área foliar ótima e que durante 46 semanas

NUTRIENTES SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA

N

(Nitrogênio)

Crescimento reduzido da planta; em algumas cultivares ocorre amarelecimento uniforme e generalizado das folhas, iniciando nas folhas inferiores e atingindo toda a planta. P (Fosforo)

Crescimento reduzido da planta, folhas pequenas, estreitas e com poucos lóbulos, hastes finas; em condições severas ocorre o amarelecimento das folhas inferiores, que se tornam flácidas e necróticas e caem; diferentemente da deficiência de N, as folhas superiores mantêm sua cor verde escura, mas podem ser pequenas e pendentes. K (Potássio)

Crescimento e vigor reduzido da planta, entrenós curtos, pecíolos curtos e folhas pequenas; em deficiência muito severa ocorrem manchas avermelhadas, amarelecimento e necrose dos ápices e bordas das folhas inferiores, que envelhecem prematuramente e caem; necrose e ranhuras finas nos pecíolos e na parte superior das hastes. Ca (Cálcio)

Crescimento reduzido da planta; folhas superiores pequenas, com amarelecimento, queima e deformação dos ápices foliares; escassa formação de raízes. Mg (Magnésio)

Clorose internerval marcante nas folhas inferiores, iniciando nos ápices ou bordas das folhas e avançando até o centro; em deficiência severa as margens foliares podem tornar-se necróticas; pequena redução na altura da planta. S (Enxofre)

Amarelecimento uniforme das folhas superiores, similar ao produzido pela deficiência de N; algumas vezes são observados sintomas similares nas folhas inferiores. B (Boro)

Altura reduzida da planta, entrenós e pecíolos curtos, folhas jovens verdes escuras, pequenas e disformes, com pecíolos curtos; manchas cinza, marrons ou avermelhadas nas folhas completamente desenvolvidas; exsudação gomosa cor de café nas hastes e pecíolos; redução do desenvolvimento lateral da raiz. Cu (Cobre)

Deformação e clorose uniforme das folhas superiores; ápices foliares tornam-se necróticos e as margens das folhas dobram-se para cima ou para baixo; pecíolos largos e pendentes nas folhas completamente desenvolvidas; crescimento reduzido da raiz. Fe (Ferro)

Clorose uniforme das folhas superiores e dos pecíolos, os quais se tornam brancos em deficiência severa; inicialmente as nervuras e os pecíolos permanecem verdes, tornando-se de cor amarela-pálida, quase branca; crescimento reduzido da planta; folhas jovens pequenas, porém em formato normal. Mn (Manganês)

Clorose entre as nervuras nas folhas superiores ou intermediárias completamente expandidas; clorose uniforme em deficiência severa; crescimento reduzido da planta; folhas jovens pequenas, porém em formato normal. Zn Manchas amarelas ou brancas entre as nervuras nas folhas jovens, as quais com o tempo tornam-se cloróticas, com

(Zinco) lóbulos muito pequenos e estreitos, podendo crescer agrupadas em roseta; manchas necróticas nas folhas inferiores; crescimento reduzido da planta.

SINTOMAS DE TOXIDEZ Al (Alumínio)

Redução da altura da planta e do crescimento da raiz; amarelecimento entre as nervuras das folhas velhas sob condições severas. B (Boro)

Manchas brancas ou marrons nas folhas velhas, especialmente ao longo dos bordos foliares, que posteriormente podem tornar-se necróticas. Mn (Manganês)

Amarelecimento das folhas velhas, com manchas pequenas escuras de cor marrom ou avermelhada ao longo das nervuras; as folhas tornam-se flácidas e pendentes e caem no solo. Fonte: Howeler (1981) É entretanto, cultivada em solos pobres, marginais a outras culturas. A grande adaptação à seca permite que esta planta se desenvolva em solos com pequena capacidade de retenção de água. A planta não tolera solos alcalinos, salinos e sódicos. Principais solos brasileiros adaptados ao plantio da mandioca: Areias quartzosas, Argissolo vermelho amarelo e lactosolo vermelho amarelo.

São pragas de tamanho muito pequeno que vivem, em grande numero, na face inferior das folhas, principalmente na época seca do ano. Prejuízos – atacam brotos, gemas e folhas novas. As folhas ficam deformadas, com o encurtamento dos entrenós, podendo haver morte do ápice dos ramos. Folhas e talos infestados morrem de cima para baixo.

Controle – as medidas que devem ser tomadas para reduzir a infestação da praga são a destruição dos restos culturais e a adoção de plantios consorciados e rotação de culturas. A retirada de folhas que caem na lavoura pode reduzir a população de praga em pequenas áreas.

3.14.4 Cochonilha ( Phenacoccus herreni ) Insetos pequenos (cerca de 8 mm), de forma arredondada, sem asas, que vivem em grandes colônias sobre as raízes, mas que podem colonizar também a parte aérea da planta. Prejuízos: Sugam as plantas desde o inicio do desenvolvimento, causando atraso no crescimento, redução na produção de raízes e, em altas populações, causam a morte das plantas mais jovens.

Controle: A principal recomendação é a aquisição e plantio de manivas isenta da cochonilha. Em áreas com histórico de ataque, deve-se eliminar todas as plantas e manter a área sem plantas daninhas e sem tigueras de mandioca ate o próximo plantio.

3.14.4 Mosca-do-broto Pequenas larvas brancas e sem pernas que ocorrem dentro das brotações, geralmente no inicio do período chuvoso. Prejuízos – bloqueiam as brotações, causando a murcha e a seca dos brotos, com a morte do ponteiro e atraso no desenvolvimento da planta.

Controle – deve-se quebrar o broto da planta que contem a larva do inseto e elimina-lo, para reduzir a população no mandiocal. E importante atentar para a retirada dos brotos da área de plantio, considerando que o descarte dos brotos na área do cultivo favorece a reinfestação das plantas.

3.14.5 Formigas cortadeiras (Saúva e quenquém).

Pequeno inseto, que andam pelo chão, que se reproduz na próprio formigueiro em que ela reside.

Prejuízos – causam desfolha nas plantas ainda jovens durante os primeiros meses de desenvolvimento.

Controle – identificar os ninhos da praga e utilizar inseticidas liquida (formicidas), na época chuvosa, ou em pó ou iscas, na época seca, observando as recomendações técnicas por profissional legalmente habilitado. A eficiência de controle de formigas esta diretamente associada o uso correto do agrotóxico. Da mesma forma, os aspectos de segurança do aplicador devem ser seguidos, considerando as orientações estabelecidas no rotulo do produto.

3.14.6 Cupins

Insetos que apresentam corpo delicado de coloração branco-leitoso; não apresentam asas (exceto durante a revoada no inicio da estação chuvosa) e vivem em colônias no solo.

Prejuízos: Os ataques acorrem principalmente em períodos prolongados de seca. Danificam as manivas recém-plantadas, penetrando pela parte seca e destruindo-as completamente. Podem atacar plantas jovens, fazendo galerias no caule e impedindo o transporte de agua e nutrientes, causando a seca e morte da planta.

Controle: Manter a área limpa eliminando os restos culturais. Aplicar inseticida próximo as manivas, no sulco ou na cova, durante o plantio.

3.14.7 Brocas do caule

As larvas são encontradas no interior das hastes, sendo o ataque detectado pela presença de excrementos e serragem que saem das galerias feitas pelo inseto. Durante os períodos secos, as plantas atacadas podem perder suas folhas e secar, reduzindo assim a qualidade do material para plantio. Quando a infestação é severa, as plantas podem morrer.

Não é aconselhável o controle com inseticidas, pois as larvas se alimentam no interior das hastes limpo e ficam protegidas contra as pulverizações. Recomenda-se observar periodicamente a cultura, especialmente durante o verão, removendo e queimando as partes ou plantas infestadas, mantendo-se o mandiocal. Recomenda-se também a utilização de manivas sadias para o plantio, procurando sempre utilizar material proveniente de plantações onde não houve ataque da praga, e usar ainda cultivares menos preferida pela broca.