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INTRODUÇÃO AO ANTIGO TESTAMENTO, bloco 5 Pentateuco, Slides de Economia

Pentateuco: Principal bloco de Livros do Antigo Testamento. 5.1. As grandes “Tradições do Pentateuco” para o AT. Estamos, hoje, longe do consenso acerca da ...

Tipologia: Slides

2022

Compartilhado em 07/11/2022

jacare84
jacare84 🇧🇷

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INTRODUÇÃO AO ANTIGO TESTAMENTO, bloco 5
Pentateuco: Principal bloco de Livros do Antigo Testamento.
5.1. As grandes “Tradições do Pentateuco” para o AT.
Estamos, hoje, longe do consenso acerca da existência e do alcance das
tradições (Überlieferungs-geschichte / Traditions-geschichte) formadoras
do Pentateuco (Gn, Ex, Lv, Nm, Dt). Contudo, não podemos ignorá-las,
pelo fato de terem condicionado amplamente a leitura daquela série de
textos e pelo aprofundamento propiciado à compreensão bíblica.
As Tradições do Pentateuco
Quais são, pois, as ditas tradições ou fontes do Pentateuco? Ei-las,
resumidamente:
1. Tradição Javista Remonta aos anos de 950 a.C. Foi organizada em
Jerusalém, no tempo de Salomão, inspirando-se em Davi como rei
exemplar. Refere-se ao nome sagrado e inominável de Deus com o
tetragrama YHWH (Javé ou Jeová) e é conhecida pela sigla J.
2. Tradição Elohísta Surgiu no reino do Norte, entre 930 e 850 a.C., da
contraposição entre profetas e reis. Denomina Deus por Elohim, daí a sigla
E.
3. Tradição JehovistaTrata-se da fusão das duas tradições precedentes (J
e E), ocorrida entre 722 e 700. Com a destruição do Reino do Norte (Israel
ou Samaria), pelos assírios, o texto Elohísta foi levado a Jerusalém. Ali,
fundiu-se com o Javista, originando o JE.
4. Tradição Deuteronomista O texto original foi elaborado na Samaria,
antes de 722. Reencontrado no templo de Jerusalém, em 622, desencadeou
a reforma de Josias (cf. 2Rs 22,1 23,30). Conhecido pela sigla D. A partir
dessa obra, no retorno do exílio babilônico, fez-se a profunda reforma
deuteronomística (Dt).
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INTRODUÇÃO AO ANTIGO TESTAMENTO, bloco 5 Pentateuco : Principal bloco de Livros do Antigo Testamento. 5.1. As grandes “Tradições do Pentateuco” para o AT. Estamos, hoje, longe do consenso acerca da existência e do alcance das tradições (Überlieferungs-geschichte / Traditions-geschichte) formadoras do Pentateuco (Gn, Ex, Lv, Nm, Dt). Contudo, não podemos ignorá-las, pelo fato de terem condicionado amplamente a leitura daquela série de textos e pelo aprofundamento propiciado à compreensão bíblica. As Tradições do Pentateuco Quais são, pois, as ditas tradições ou fontes do Pentateuco? Ei-las, resumidamente:

  1. Tradição Javista – Remonta aos anos de 950 a.C. Foi organizada em Jerusalém, no tempo de Salomão, inspirando-se em Davi como rei exemplar. Refere-se ao nome sagrado e inominável de Deus com o tetragrama YHWH (Javé ou Jeová) e é conhecida pela sigla J.
  2. Tradição Elohísta – Surgiu no reino do Norte, entre 930 e 850 a.C., da contraposição entre profetas e reis. Denomina Deus por Elohim, daí a sigla E.
  3. Tradição Jehovista – Trata-se da fusão das duas tradições precedentes (J e E), ocorrida entre 722 e 700. Com a destruição do Reino do Norte (Israel ou Samaria), pelos assírios, o texto Elohísta foi levado a Jerusalém. Ali, fundiu-se com o Javista, originando o JE.
  4. Tradição Deuteronomista – O texto original foi elaborado na Samaria, antes de 722. Reencontrado no templo de Jerusalém, em 622, desencadeou a reforma de Josias (cf. 2Rs 22,1 – 23,30). Conhecido pela sigla D. A partir dessa obra, já no retorno do exílio babilônico, fez-se a profunda reforma deuteronomística (Dt).
  1. Tradição Sacerdotal – É do séc. VI a.C. ao séc. V a.C. Proveniente de ambientes sacerdotais (כהנים /Cohanim) exilados na Babilônia e do pós- exílio. Preocupa-se insistentemente com as cronologias, festas e genealogias, com o sábado, o templo e o culto. Expressivos desta tradição são os textos de Gn 1 e Lv. É conhecida pela sigla P (Priesterkodex) ou S (Relato Sacerdotal) (Cf. Carlos Mesters, Por trás das Palavras , p. 9 3 - 98). CONCLUSÃO

Cristo. Junto com a Tradição, a Bíblia é regra suprema da fé eclesial. É preciso que ela seja a alma da teologia, da pregação e da catequese, de toda evangelização (cf. DV 24), pois “desconhecer as Escrituras é desconhecer Cristo” (São Jerônimo, “Comm. In Is. Prol.”: PL 24,17). Autoridade da Bíblia Acontecimento (História) š Interpretação (via AT) š Relato (NT); Deus š Inspiração Bíblia š Autoridade/canonicidade š Eu; Deus Revelação Autores + Texto Igreja/Eu. Conclusão 2: Revelação: Bíblia e Tradição; Magistério Deus, de alguma forma, se revela a todos os povos. Para tanto, vale-se da palavra e dos acontecimentos que se completam mutuamente. A revelação explícita, cremos, deu-se na história do Povo de Israel, cujo ápice é o êxodo: “Muitas vezes e de modos diversos falou Deus, outrora, aos nossos Pais, pelos profetas” (Hb 1,1). A Tradição do AT, portanto, foi sendo formada a partir dos acontecimentos históricos e das orações e reflexões sobre os mesmos. A Tradição formada é também comunicada, alimenta e é alimentada, como bem o retrata o salmista: O que nós ouvimos e conhecemos, as maravilhas que o Senhor realizou porque nossos pais o contaram, nós o contaremos à geração seguinte, uma vez que ele lhes ordenou que o transmitissem a seus filhos (cf. Sl 78,3-5). Natureza e objeto da Revelação “Aprouve a Deus, na sua bondade e sabedoria, revelar-se a si mesmo e dar a conhecer o mistério da sua vontade (cf. Ef 1,9), mediante o qual os homens, por meio de Cristo, Verbo encarnado, têm acesso no Espírito Santo ao Pai e se tornam participantes da natureza divina (cf. Ef 2,18; 2Pd 1,4). Em virtude desta Revelação, Deus invisível (cf. Cl 1,15; 1Tm 1,17), no seu imenso amor, fala aos homens como a amigos (cf. Ex 33,11; Jo 15,14-15) e conversa com eles (cf. Br 3,38), para os convidar e admitir a participarem da sua comunhão... … Esta ‘economia’ da Revelação executa-se por meio de ações e palavras intimamente relacionadas entre si, de tal maneira que as obras, realizadas por Deus na história da salvação, manifestam e corroboram a doutrina e as realidades significadas pelas palavras, enquanto as palavras declaram as obras e esclarecem o mistério nelas contido… …E, a verdade profunda, tanto a respeito de Deus como a respeito da salvação dos homens, manifesta-se-nos por meio desta Revelação no Cristo, que é simultaneamente, o mediador e a plenitude de toda a Revelação” (DV 2).

Cristo, revelação definitiva... “Depois de ter falado muitas vezes e de muitos modos pelos profetas, falou-nos Deus ultimamente, nestes nossos dias, por meio de seu Filho (Hb 1,1-2). Enviou o seu Filho, isto é, o Verbo eterno, que ilumina todos os homens, para habitar entre os homens e explicar-lhes os segredos de Deus (cf. Jo 1,1-18). Jesus Cristo, Verbo feito carne, enviado “como homem aos homens”, “fala” portanto “as palavras de Deus” (Jo 3,34) e consuma a obra de salvação que o Pai lhe mandou realizar (cf. Jo 5,36; 17,4). Por isso ele, ao qual vendo se vê também o Pai, (cf. Jo 14,9), com toda a presença e manifestação da sua pessoa, com palavras e obras, sinais e milagres, e sobretudo com a sua morte e gloriosa ressurreição dentre os mortos, enfim com o envio do Espírito de verdade, aperfeiçoa a Revelação completando- a, e confirma-a com um testemunho divino: o de termos Deus conosco para nos libertar das trevas do pecado e da morte, e para nos ressuscitar para a vida eterna. Portanto, a “economia” cristã, como nova e definitiva aliança, jamais passará, e não se há de esperar nenhuma outra Revelação pública antes da gloriosa manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo (cf. 1Tm 6,14; Tt 2,13)” (DV 4). “Pela Revelação divina quis Deus manifestar-se e comunicar-se a si mesmo e os decretos eternos da sua vontade a respeito da salvação dos homens, “para os fazer participar dos bens divinos, que superam absolutamente a capacidade da inteligência humana” (DV 6). Jesus Cristo, a plena revelação de Deus “A Lei e os Profetas até João! Daí em diante, é anunciada a Boa-Nova do Reino de Deus...” (Lc 16,16); “Muitas vezes e de muitos modos falou Deus outrora aos nossos pais, pelos profetas; nestes dias, que são os últimos, ele nos falou por meio do seu Filho” (Hb 1,1-2); “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo, ouvi-o!” (Mt 17,5); “Ao dar-nos, como nos deu, o seu Filho, que é a sua única Palavra (e não há outra), disse-nos tudo de uma vez nessa Palavra e nada mais tem a dizer” (São João da Cruz, A Subida do Monte Carmelo ). DV 7: Apóstolos e sucessores... “Deus dispôs amorosamente que permanecesse íntegro e fosse transmitido a todas as gerações tudo quanto tinha revelado para a salvação de todos os povos. Por isso, Cristo Senhor… mandou aos apóstolos que o Evangelho, objeto da promessa outrora feita pelos profetas que ele veio cumprir, e que promulgou pessoalmente, eles o pregassem a todos, como fonte de toda a verdade salutar e de toda a regra moral, e assim lhes comunicassem os dons divinos. Este mandato foi cumprido com fidelidade, quer pelos apóstolos, que na sua pregação oral, com os exemplos da vida e com as instituições, por eles criadas, transmitiram aquilo que ou tinham recebido… de Cristo, ou tinham aprendido por inspiração do Espírito Santo, quer ainda por

DV 8: a Sagrada Tradição “E assim, a pregação apostólica, que se exprime de modo especial nos livros inspirados, devia conservar-se, por uma sucessão contínua, até à consumação dos tempos. Por isso, os Apóstolos, transmitindo o que eles mesmos receberam, advertem os fiéis a que observem as tradições que tinham aprendido quer por palavras quer por escrito (cf. 2Ts 2,15), e a que lutem pela fé recebida de uma vez por todas (cf. Jd 3). Ora, o que foi transmitido pelos Apóstolos, abrange tudo quanto contribui para a vida santa do Povo de Deus e para o aumento da sua fé; e assim a Igreja, na sua doutrina, vida e culto, perpetua e transmite a todas as gerações tudo aquilo que ela é e tudo quanto acredita... ... A Tradição apostólica progride na Igreja sob a assistência do Espírito Santo. Com efeito, progride a percepção das coisas como das palavras transmitidas, pela contemplação e estudo dos crentes, que as meditam no seu coração (cf. Lc 2, 19. 51), pela íntima inteligência que experimentam das coisas espirituais, pela pregação daqueles que, com a sucessão do episcopado, receberam o carisma da verdade. Isto é, a Igreja, no decurso dos séculos, tende continuamente para a plenitude da verdade divina, até que nela se realizem as palavras de Deus. Afirmações dos santos Padres testemunham a presença vivificadora desta Tradição, cujas riquezas entram na prática e na vida da Igreja crente e orante. Mediante a mesma Tradição, conhece a Igreja o cânon inteiro dos livros sagrados, e a própria Sagrada Escritura entende-se nela mais profundamente e torna-se incessantemente operante; e assim, Deus, que outrora falou, dialoga sem interrupção com a esposa do seu amado Filho; e o Espírito Santo - por quem ressoa a voz do Evangelho na Igreja e, pela Igreja, no mundo - introduz os crentes na verdade plena e faz com que a palavra de Cristo neles habite em toda a sua riqueza (cf. Cl 3,16)”. DV 9: relação entre Escritura e Tradição “A sagrada Tradição, portanto, e a Sagrada Escritura estão intimamente unidas e compenetradas entre si. Com efeito, derivando ambas da mesma fonte divina, fazem como que uma coisa só e tendem ao mesmo fim. A Sagrada Escritura é a palavra de Deus enquanto foi escrita por inspiração do Espírito Santo; a sagrada Tradição, por sua vez, transmite integralmente aos sucessores dos Apóstolos a palavra de Deus confiada por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo aos Apóstolos, para que eles, com a luz do Espírito de verdade, a conservem, a exponham e a difundam fielmente na sua pregação; donde resulta assim que a Igreja não tira só da Sagrada Escritura a sua certeza a respeito de todas as coisas reveladas. Por isso, ambas devem ser recebidas e veneradas com igual espírito de piedade e reverência”. DV 10: Escritura e Tradição, Igreja e Magistério “A Tradição e a Escritura constituem um só depósito sagrado da palavra de Deus, confiado à Igreja; nele, todo o Povo santo persevera na doutrina dos

Apóstolos e na comunhão, na fração do pão e na oração (cf. At 2,42), na especial concordância dos pastores e dos fiéis. Porém, o encargo de interpretar autenticamente a palavra de Deus escrita ou contida na Tradição, foi confiado só ao magistério vivo da Igreja, cuja autoridade é exercida em nome de Jesus Cristo... … O magistério não está acima da palavra de Deus, mas ao seu serviço, ensinando apenas o que foi transmitido, enquanto, por mandato divino e com a assistência do Espírito Santo, a ouve piamente, a guarda religiosamente e a expõe fielmente, haurindo deste depósito único da fé tudo quanto propõe à fé como divinamente revelado. É claro, portanto, que a sagrada Tradição, a sagrada Escritura e o magistério da Igreja, segundo o sapientíssimo desígnio de Deus, de tal maneira se unem e se associam que um sem os outros não se mantém, e todos juntos, cada um a seu modo, sob a ação do mesmo Espírito Santo, contribuem eficazmente para a salvação das almas”. Conclusão 3: O decálogo da leitura fiel da Bíblia, conforme a DV.

  1. Crer que a Bíblia é Palavra de Deus. A fé é ponto de partida para a leitura bíblica (Lc 1,45; Jo 20,29). Junto com a Tradição, a Bíblia é regra suprema para a fé. Inspirada pelo Espírito Santo, a Bíblia só pode ser entendida com a ajuda do mesmo Espírito.
  2. A Bíblia é Palavra de Deus, mas em linguagem humana. Pela encarnação Jesus assumiu a vida humana. Da mesma forma, a Palavra de Deus explicita-se através da linguagem humana: Jesus assume em tudo a vida humana, menos o pecado (cf. 2Cor 5,21; Hb 4,15); a Palavra de Deus assume em tudo a linguagem humana, menos no erro e na mentira. Hoje são usados muitos métodos de interpretação da Palavra de Deus (cf. PCB, “Interpretação da Bíblia na Igreja”: EB 1275 - 1390). Nenhum método, porém, é abrangente e todos têm seus limites.
  3. Deus se revela a si mesmo na Palavra da Escritura. “A Bíblia é a manifestação da graça, do amor e da misericórdia de Deus” (DV 2). Deus nos vê, escuta e conhece (cf. Ex 3,7-10), não nos esquece (cf. Is 44,21; 49,14-15), pois ele é Emanuel, Deus conosco (cf. Mt 1,23; 28,20). A revelação divina é progressiva: criação, êxodo, profecia e sabedoria, até chegar à plenitude em Jesus Cristo (Hb 1,1-4).
  4. Jesus é a principal chave de compreensão da Escritura. Jesus é o objetivo, o centro, a plenitude da revelação. A partir da hora em que a Palavra se fez carne, em Jesus, torna-se clara e explícita a revelação divina. A partir dessa derradeira manifestação, os cristãos passaram a ler o AT com os óculos do próprio Jesus.
  5. Aceitar a lista completa dos livros canônicos. Cremos que em todos os livros do AT e do NT Deus se revela, gradativamente. Entre os muitos “Evangelhos” que havia, a comunidade
  1. Coração livre para amar: Ler a Bíblia com sentimento, com a emoção que o texto provoca. Só quem ama a Deus e ao próximo pode entender o que Deus fala na Bíblia e na vida. Coração pronto para converter-se à vida e ao amor.
  2. Boca para anunciar e denunciar: É preciso dar voz à Palavra. Aquilo que os olhos viram, os ouvidos ouviram e o coração sentiu sobre a palavra de Deus e a vida, deve ser falado. Como posso me calar?
  3. Cabeça para pensar: É necessário usar a inteligência para meditar, estudar e buscar respostas para nossas dúvidas. É importante ler a Bíblia e ler também outros livros que nos expliquem a Bíblia.
  4. Joelhos dobrados em oração: Só com muita fé e oração dá para entender a Bíblia e a vida. Por isso, pede-se ajuda ao Espírito Santo para entender o “espírito” da Bíblia. Não podemos fazer uma leitura ao pé da letra, porque a letra mata e o espírito vivifica, como adverte Paulo (cf. 2Cor 3,6).
  5. Certamente descobriremos outras chaves, mas estas são indispensáveis: É bom unir as chaves num chaveiro forte e firme. Este chaveiro é a família, o circulo bíblico, a comunidade.