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INTRODUÇÃO À ESCATOLOGIA BÍBLICA, Provas de Teologia

Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 8ª impressão. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 168. 7 BERKOUWER, G. C. The Returno f Christ. Grand Rapids ...

Tipologia: Provas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Miguel86
Miguel86 🇧🇷

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CAPÍTULO 01
INTRODUÇÃO
À ESCATOLOGIA BÍBLICA
ANTONIO VITOR DE L. BORBA
Não conseguiríamos entender o destino final de todos sem a revelação
da Palavra Profética, também conhecida como Escatologia Bíblica. É através
dela que somos guiados pelos acontecimentos do fim, e quando estudada cor-
retamente, podemos nos livrar das ciladas impostas sobre este sensível tema.
No decorrer dos tempos, a Escatologia Bíblica nos apontou a revelação
de Deus concernentes às últimas coisas, bem como nos advertiu a estarmos
sempre preparados pois o Noivo breve vem.
Este capítulo nos encaminhará por uma introdução aos estudos escato-
lógicos presentes nesse livro. Também nos apresentará aos aspectos proféticos
bíblicos relacionados com os eventos do fim. Nosso objetivo não é esgotar o
tema para o leitor, tendo em vista a sua extensão e complexidade. Contudo,
apresentaremos, com objetividade, o caminho inicial dos assuntos referentes
à Escatologia Bíblica, constantes nesse material. Que Deus nos acompanhe no
decorrer desse maravilhoso conteúdo.
A PALAVRA PROFÉTICA
A Palavra Profética perpassa no tempo trazendo consigo a revelação
divina sobre as últimas coisas. Seu objetivo é de conduzir o leitor da Bíblia à
grata compreensão dos aspectos finais da humanidade, utilizando, assim, da
linguagem profética em sua literatura.
Em linhas gerais, a Escatologia Bíblica nos apresenta e nos direciona
dentro da vontade Soberana de Deus nos tempos do fim, porém, suas revela-
ções apresentaram, nos séculos passados, o projeto divino para com o homem.
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CAPÍTULO 01

INTRODUÇÃO

À ESCATOLOGIA BÍBLICA

ANTONIO VITOR DE L. BORBA

Não conseguiríamos entender o destino final de todos sem a revelação da Palavra Profética, também conhecida como Escatologia Bíblica. É através dela que somos guiados pelos acontecimentos do fim, e quando estudada cor- retamente, podemos nos livrar das ciladas impostas sobre este sensível tema. No decorrer dos tempos, a Escatologia Bíblica nos apontou a revelação de Deus concernentes às últimas coisas, bem como nos advertiu a estarmos sempre preparados pois o Noivo breve vem. Este capítulo nos encaminhará por uma introdução aos estudos escato- lógicos presentes nesse livro. Também nos apresentará aos aspectos proféticos bíblicos relacionados com os eventos do fim. Nosso objetivo não é esgotar o tema para o leitor, tendo em vista a sua extensão e complexidade. Contudo, apresentaremos, com objetividade, o caminho inicial dos assuntos referentes à Escatologia Bíblica, constantes nesse material. Que Deus nos acompanhe no decorrer desse maravilhoso conteúdo.

A PALAVRA PROFÉTICA

A Palavra Profética perpassa no tempo trazendo consigo a revelação divina sobre as últimas coisas. Seu objetivo é de conduzir o leitor da Bíblia à grata compreensão dos aspectos finais da humanidade, utilizando, assim, da linguagem profética em sua literatura. Em linhas gerais, a Escatologia Bíblica nos apresenta e nos direciona dentro da vontade Soberana de Deus nos tempos do fim, porém, suas revela- ções apresentaram, nos séculos passados, o projeto divino para com o homem.

10 | Antônio Vitor, Erberson R. Pinheiro, Melquezedeque J. Silva e Natan Teodoro CONCEITO E SIGNIFICADO A Palavra Profética, também conhecida como Escatologia, aplica-se ao estudo das coisas futuras (ou últimas coisas). É através dela que o homem com- preende a cronologia da vontade divina para os tempos do fim. A Escatologia é definida assim segundo Andrade (1996, p.162): [Do gr. escathos, últimas coisas + logia, discurso racional] Estudo sitemático e lógico das doutrinas concernentes às últimas coisas. Compreendida como um dos capítulos da dogmática cristã, a es- catologia tem por objeto os seguintes temas: Estado Intermediário, Arrebatamento da Igreja, Grande Tribulação, Milênio, Julgamento Final e estado perfeito eterno^1. No decorrer dos tempos, a Escatologia foi sendo definida e estudada de diversas formas, seguindo o conceito apresentado por cada escola escatológica. Contudo, pensadores e teólogos encaminharam os seus estudos definindo a Palavra Profética em diversos tipos. Alguns deles divergem do correto enten- dimento da Palavra Profética, são eles: Escatologia Consistente. O teólogo alemão Albert Schweitzer empregou os seus estudos teológicos conceituando assim a escatologia. Essa teoria unia o conceito dos críticos radicais da Bíblia com a escola futurista. Do liberalismo herdou o conceito de que o reino de Deus é de natureza apenas ética, e da es- catologia, que seria estabelecido de forma dramática no porvir^2. Schweitzer afirmava que tudo o que Cristo falava e ensinava tinha um aspecto escatológico em essência, e que o reino de Deus somente se efetivaria por completo no futuro, contudo, Andrade (1996, p.165) refuta essa teoria: De fato, preocupou-se o Senhor Jesus em ensinar as doutrinas das últimas coisas. Todavia, sua preocupação básica era a salvação do ser humano, a fim de que este viesse a usufruir a bem-aventurança eter- na ao seu lado. Ele também jamais deixou de referir-se à vida prática do homem. Seus ensinos, por conseguinte, não foram deformados por qualquer ênfase exagerada. Nele, cada conselho de Deus teve o seu devido lugar^3. 1 ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. Edição revista e ampliada. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 165. 2 BENTHO, Esdras Costa. A Plenitude do Reino de Deus e as visões escatológicas de Dodd e Schweitzer. CPAD News, Rio de Janeiro, 31 de outubro de 2013. Disponível em: https://www.cpadnews.com.br/blog/es- drasbentho/cultura-crista/82/a-plenitude-do-reino-de-deus-e-as-visoes-escatologicas-de-dodd-e-schweit- zer.html. Acesso em: 11 de junho de 2020. 3 ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. Edição revista e ampliada. Rio de Janeiro:

12 | Antônio Vitor, Erberson R. Pinheiro, Melquezedeque J. Silva e Natan Teodoro pela profecia bíblica, mas, sim, para ajudar o cristão a chegar ao verdadeiro entendimento sobre a doutrina das últimas coisas. Embora lide com eventos futuros, a escatologia tem suas raízes históri- cas, tanto na vida, morte e ressurreição de Cristo como em seu futuro retorno^6. Não é o desconhecimento do futuro, mas sim seu conhecimento que é funda- mental na reflexão escatológica^7. A REVELAÇÃO DE DEUS SOBRE O FUTURO A Palavra Profética foi o canal utilizado por Deus para deixar conhecido ao homem as revelações sobre os últimos dias. É através dela que a vontade Soberana de Deus para a humanidade, no fim, é revelada, bem como, o Seu propósito para Israel e para a Igreja. O agente transmissor dessa mensagem ao homem foi o Espírito Santo. É Ele quem vem comunicando as coisas que estão por vir. Segundo Bergstén (1999, p.294): O Espírito Santo tem, através dos tempos, falado pelos profetas e pelos apóstolos sobre as coisas que estão por vir. Embora nem sem- pre entendessem aquilo que profetizavam (1 Pe 1.9-12), escreveram sempre sob a inspiração do Espírito Santo (Mc 12.36; 2 Sm 23.3; Hb 3.7; At 3.21; 28.23). É por isso que temos hoje a riqueza das palavras proféticas, que constituem um código divino sobre o futuro^8. Em aspectos gerais, Deus, por intermédio do Espírito Santo, revelou à Sua Igreja, através dos apóstolos e profetas, assuntos referentes aos últimos dias. Essa revelação também abarca o passado, como foi o caso das profecias concernentes à primeira vinda e à morte de Cristo. O cristão que em atitude devocional se aplica a estudar a Palavra de Deus, e, por consequência, aos estudos das profecias bíblicas, encontra na re- velação escatológica o cuidado divino em revelar e preparar o homem para o fim dos tempos. Bergstén (199, p. 294,295) complementa: A palavra profética é a única fonte de conhecimento real sobre o futuro. O conhecimento do futuro pertence somente a Deus, que o 6 KESSINGER, Tony apud LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 8ª impressão. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 168. 7 BERKOUWER, G. C. The Returno f Christ. Grand Rapids: Eerdmans Publishing Company, 1972, p. 13. 8 BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. 18ª impressão. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 294.

O Fim dos Tempos: Entendendo a Visão Dispensacionalista da Escatologia | 13 vê como se fosse hoje, pois a Bíblia diz que “um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia” (2 Pe 3.8; Sl 90.4). Todos os homens são limitados! Nenhum de nós consegue ver nem o que sucederá no dia de amanhã, pois existe um véu impenetrável, que impede a visão do futuro. Porém, por meio da Palavra Profética, po- demos conhecer algo sobre as coisas do futuro^9. OS CUIDADOS COM AS “REVELAÇÕES ESCATOLÓGICAS” Todo estudante da Escatologia Bíblica deve ter em mente que o seu material primário é a Bíblia Sagrada. Tudo o que precisamos saber sobre as últimas coisas está revelado nela (Dt 29.29), sendo assim, fonte suficiente da revelação escatológica. Contudo, bons materiais de estudo poderão nos apontar a direção na qual devemos prosseguir nos escritos proféticos, servindo assim de fonte de orientação, e não de revelação, para a análise da Palavra Profética. Convém ainda salientar a todos sobre os cuidados que devemos ter quanto as “revelações escatológicas” e os “escatólogos das redes”. A palavra pro- fética, por ser inspirada pelo Espírito Santo, é uma revelação perfeita e comple- ta, da qual nada se pode tirar, ou à qual nada se pode acrescentar (Ap 22.18,19; Dt 4.2; 12.32; Pv 30.6)^10. Bergstén (1999, p. 295) acrescenta: Convém salientar que as mensagens por meio do dom de profecia, ou do dom de línguas trazidas à Igreja, ainda que às vezes contenham revelações sobre acontecimentos futuros, não se podem equiparar à palavra divinamente inspirada da Bíblia e nem servem de base para doutrinas, mas se destinam, de acordo com a Bíblia, à “edificação, exortação e consolação” (1 Co 14.3)^11. Por fim, cabe ressaltar que o objetivo principal daqueles que trazem suas revelações estapafúrdias, nada mais é do que conseguirem um certo nível de status no meio do povo de Deus, mesmo que para isso eles deturpem a essência do texto bíblico. Não devemos ser avessos às revelações trazidas à igreja, contudo, todas devem ser avaliadas se estão de acordo com a Palavra de Deus (Dt 13.1-3; 1 Co 14.3; Mt 7.15-18; 1 Ts 5.20-22; 1 Jo 4.1). E se tal profeta em suas palavras 9 BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. 18ª impressão. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 294, 295. 10 Ibidem, p. 295. 11 Ibidem.

O Fim dos Tempos: Entendendo a Visão Dispensacionalista da Escatologia | 15 Ele pregaria nas regiões da Galileia Is 8.23; 9.1 Mt 4.12- Ele seria desprezado Is 53.3 Jo 1. Ele entraria triunfalmente em Jerusalém Zc 9.9 Jo 12.13- Ele seria traído por um dos seus Sl 40.10 Mt 26.47- Ele seria vendido por 30 moedas de prata Zc 11.12 Mt 26. Ele seria crucificado com malfeitores Is 53.12 Mt 27. Ele seria sepultado em uma tumba de ricos Is 53.9 Mt 27.57- Ele ressuscitaria Sl 15.10 Mt 28. Ele ascenderia aos céus Sl 24.7-10;

Lc 24.50,51; At 1. O Novo Testamento apresenta uma longa lista de cumprimentos das profecias relacionadas à primeira vinda do Messias. Ainda existem outras que terão a sua realização no futuro, juntamente com a segunda aparição de Cristo, dessa vez com Poder e Grande Glória. Ainda podemos relacionar outras profecias que já tiveram seu cumpri- mento no passado, como por exemplo, o início da Igreja (Mt 16.18), que teve o seu cumprimento com a descida do Espírito Santo em Atos 2. Também pode- mos inserir Israel no contexto das profecias que já tiveram seu cumprimento no passado: Existem centenas de profecias sobre Israel, que abrangem todos os acontecimentos principais de sua história. Há profecias sobre o país do seu nascimento, sobre a saída do Egito e a entrada em Canaã, sobre as vitórias e derrotas, sobre o exílio para a Assíria e para a Babilônia, sobre a dispersão do povo entre as nações e sobre o seu retorno à Palestina […] E o cumprimento das profecias sobre Israel até o presente constitui uma das provas incontestáveis da veracidade da Bíblia e da sua inspiração divina^13. Uma profecia sobre Israel, que aqui devemos destacar, é a da destruição do Templo profetizada pelo próprio Cristo no sermão do monte das oliveiras (Mt 24.2). Essa profecia em particular, teve o seu cumprimento no ano 70 d.C., quando as tropas romanas, sob o comando do general Tito, invadiram a Jeru- salém realizando um grande massacre na cidade santa. Vidas foram ceifadas, o 13 BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. 18ª impressão. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 296.

16 | Antônio Vitor, Erberson R. Pinheiro, Melquezedeque J. Silva e Natan Teodoro templo foi saqueado e destruído, restando apenas uma parede, conhecida hoje como o muro das lamentações, local onde os judeus frequentemente realizam as suas orações. PROFECIAS QUE ESTÃO SE CUMPRINDO Esse segundo grupo de profecias tem relação aos sinais que antecedem ao Arrebatamento da Igreja. Elas são chamadas dentro do estudo da Escatolo- gia Bíblica de “os Sinais dos Tempos”. São eles que revelam a vinda de Cristo e o fim do mundo (Mt 24.3), e que servem de aviso para que os povos da Terra estejam preparados para o encontro com Deus (Am 4.12). Sobre os sinais dos tempos, Kessinger (in Lahaye e Hindson, 2017, p.

  1. destacam que: O próprio Jesus mencionou sinais que marcariam o fim dos tempos, como lemos em Mateus 24.1-14: (1) falsos Cristos, (2) guerras e ru- mores de guerras, (3) nações levantando-se contra outras nações, (4) fomes e pestes, (5) terremotos e distúrbios cósmicos, (6) tribulações, (7) apostasia e (8) a disseminação mundial do evangelho^14. Sobre o assunto “Sinais dos Tempos” trataremos melhor no capítulo 05 deste livro. Contudo, ressaltamos que o objetivo principal das profecias que estão se cumprindo, é alertar ao mundo da brevidade da volta de Cristo. PROFECIAS QUE BREVE HÃO DE SE CUMPRIR As profecias que breve hão de se cumprir, apontam para acontecimentos futuros, para aquilo que ainda não vimos revelados. Elas terão o seu cumpri- mento iminente, por isso é importante que estejamos preparados para o que está por vir. “A Bíblia prediz os principais eventos futuros, e nos dá a visão geral do que virá no tempo do fim. Os detalhes específicos nem sempre são claros, e devemos ser cautelosos quanto a tentar especular além do que a própria Bíblia revela^15 .” 14 KESSINGER, Tony apud LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 8ª impressão. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 168. 15 HINDSON, Ed apud LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 8ª im- pressão. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 433.

18 | Antônio Vitor, Erberson R. Pinheiro, Melquezedeque J. Silva e Natan Teodoro Seu alerta grita aos nossos ouvidos como a sirene de aviso de catástro- fes naturais. Suas palavras encaminham-nos a todos os dias iluminar a nossa mente, renovando-a e transformando-nos purificação do nosso entendimento (Rm 12.2). Quando isso acontece, ela nos mostra o quanto é iminente a vinda de Jesus. Assim como nos aeroportos se acendem luzes na pista de aterrissagem para o avião que está chegando, assim também a luz da profecia ilumina o futuro, mostrando que tudo está pronto para Jesus descer nas nuvens. Na luz dessa palavra profética, nós dizemos: “Ora, vem, Senhor Jesus! ” (Ap 22.20)^17. ELA NOS CONSOLA A revelação profética também nos consola. No tempo presente, muitas adversidades têm chegado aos cristãos, seja desemprego, fome, perseguição, injustiças. Contudo, a Escatologia vem como luz de consolação para o aflito e cansado andarilho. Estamos debaixo da promessa da plena paz com Deus que receberemos em Cristo, pois todos estarão literalmente unidos a Ele (1 Ts 4.16,17). Seremos levados à casa do Pai, no céu, e reunidos aos queridos que tinham morrido (Jo 14.1-3; 1 Ts 4.13-18). Estaremos livres de todas as aflições (2 Co 5.2,4; Fp 3.21), de toda perseguição e opressão, de todo domínio do pecado e da morte (1 Co 15.51-56)^18 , isso é só um pouco da nossa herança que virá. O apóstolo Paulo comentou sobre isso dizendo: “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam” (1 Co 2.9). É por meio da promessa do encontro com o Senhor que todos nós so- mos consolados, e, independente do que aconteça, esse conforto nos dará a esperança de estarmos eternamente com o Senhor (1 Ts 4.17,18). ELA NOS ENCHE DE ESPERANÇA Mediante as profecias futuras, o nosso coração se enche de toda a espe- rança. Quando estamos seguros em Cristo da promessa que ele nos fez, toda a tribulação enfrentada neste século, será vencida com base na Glória futura a que nos será revelada. 17 Ibidem, p. 299. 18 STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1849.

O Fim dos Tempos: Entendendo a Visão Dispensacionalista da Escatologia | 19 Falando acerca dessa promessa, Horton (2016, p. 610) comenta que: O único motivo por que a promessa da nossa ressurreição, do nos- so corpo glorificado, do nosso reinar com Cristo, e do nosso futuro eterno é chamada “esperança” é porque ainda não os alcançamos (Rm 8.24,25). Essa esperança, porém, nunca nos decepcionará, nem nos envergonhará por termos confiado nela, porque ela é mantida viva e demonstrada como verdadeira pelo amor de Deus que o Espí- rito Santo derramou em nosso coração (Rm 5.5)^19. A maior confirmação dessa esperança foi Cristo ter morrido “por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8). Estamos diante da promessa do Deus que é perfeito, e que mantém a Sua fidelidade, mesmo quando somos infiéis ( Tm 2.11-13). Muitas religiões têm se agarrado a falsas expectações sobre o futuro. Umas pregando a reencarnação. Outras o purgatório. Mas nós somos diferen- tes, pois a firmeza da nossa esperança está em Cristo. Horton (2016, p. 610) completa: Os crentes têm uma melhor esperança, em e através de Cristo, que é pessoalmente a nossa esperança (Cl 1.27; 1 Tm 1.1). A Bíblia apre- senta um conceito da História que é basicamente linear, que espera no presente um futuro glorioso. A epístola aos Hebreus conclama os que “pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta” a ficar- mos grandemente encorajados: “retenhamos firmes a confissão da nossa esperança, porque fiel é o que prometeu” (Hb 6.18; 10.23)^20.

CONCLUSÃO

A Escatologia Bíblica, quando corretamente estudada, nos conduzirá à compreensão espiritual das coisas que nos foram reveladas. Sem ela, estaría- mos como um avião sem a torre de comando para poder aterrissar; como um barco sem o farol para navegar a noite; como um navegante sem a bússola mostrando o destino final. Estudar e entender a Palavra Profética nos livrará das ciladas oferecidas pe- las “revelações” desacertadas, dos intitulados “profetas escatológicos”, bem como nos livrará da escatomania (Interesse exagerado e doentio pelas últimas coisas). 19 HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática, uma perspectiva pentecostal. 18ª impressão. Rio de Janei- ro: CPAD, 2016, p. 610. 20 HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática, uma perspectiva pentecostal. 18ª impressão. Rio de Janei- ro: CPAD, 2016, p. 610.