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Princípios Básicos da Economia: Administração de Recursos Escassos, Exercícios de Introdução à Economia

Os princípios básicos da economia, que é definida como o estudo da administração de recursos escassos em uma sociedade. Ao longo do texto, são abordados conceitos como escassez, tomada de decisões, eficiência, igualdade, comércio, mercados, falha de mercado e produtividade. O texto também discute a importância dos incentivos, a mão invisível do mercado e o papel do governo.

O que você vai aprender

  • Qual é a importância da tomada de decisões na economia?
  • O que é a escassez na economia?
  • Qual é a definição de economia?
  • Qual é a função do governo na economia?
  • Como a mão invisível do mercado conduz a atividade econômica?

Tipologia: Exercícios

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Cunha10
Cunha10 🇧🇷

4.5

(324)

225 documentos

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Não perca as partes importantes!

bg1
CAPÍTULO
Dez
princípios
de
economia
A palavra
economia
vem
do
termo
grego
oikonomos
e
pode
ser
entendida como" aquele
que
administra
um
lar".
Em
princípio, essa origem
pode
parecer estranha, mas,
na
verdade, os lares e a economia
têm
muito
em
comum.
Uma
família precisa
tomar
muitas
decisões. Precisa decidir quais tarefas
cada
membro
desempenha
e
o
que
cada
um
deles recebe
em
troca:
Quem
faz o jantar?
Quem
lava a
roupa?
Quem
pode
repetir a
sobremesa?
Quem
decide
que
programa
sintonizar
na
1V?
Em
resumo,
cada
família precisa alocar
seus
recursos escassos a
seus
diversos
membros,
levando
em
consideração
as
habilidades, os esforços e desejos
de
cada
um
de
seus
membros.
Assim
como
uma
família,
uma
sociedade deve
tomar
muitas decisões. Precisa encontrar
uma
forma de
decidir
que
tarefas serão executadas e
por
quem. Precisa
de
algumas pessoas
para
produzir alimentos, outras
para
fazer roupas e
ainda
outras
para
desenvolver programas de computador.
Uma
vez
que
a sociedade tiver
alocado
as
pessoas
(assim
como
terras,
prédios
e
máquinas)
para
realizar diversas tarefas,
deverá
tam-
bém
alocar a produção
de
bens
e serviços
que
as pessoas produzem. Deve decidir
quem
comerá
caviar e
quem
comerá
batatas. Deve decidir
quem
vai
andar
de Ferrari e
quem
vai
andar
de
ônibus.
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pfd
pfe
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Baixe Princípios Básicos da Economia: Administração de Recursos Escassos e outras Exercícios em PDF para Introdução à Economia, somente na Docsity!

CAPÍTULO

Dez princípios de economia

A palavra economia vem do termo grego oikonomos e pode ser entendida como"aquele que administra um lar".

Em princípio, essa origem pode parecer estranha, mas, na verdade, os lares e a economia têm muito em comum. Uma família precisa tomar muitas decisões. Precisa decidir quais tarefas cada membro desempenha e o que cada um deles recebe em troca: Quem faz o jantar? Quem lava a roupa? Quem pode repetir a sobremesa? Quem decide que programa sintonizar na 1V? Em resumo, cada família precisa alocar seus recursos escassos a seus diversos membros, levando em consideração as habilidades, os esforços e desejos de cada um de seus membros. Assim como uma família, uma sociedade deve tomar muitas decisões. Precisa encontrar uma forma de decidir que tarefas serão executadas e por quem. Precisa de algumas pessoas para produzir alimentos, outras para fazer roupas e ainda outras para desenvolver programas de computador. Uma vez que a sociedade tiver alocado as pessoas (assim como terras, prédios e máquinas) para realizar diversas tarefas, deverá tam- bém alocar a produção de bens e serviços que as pessoas produzem. Deve decidir quem comerá caviar e quem comerá batatas. Deve decidir quem vai andar de Ferrari e quem vai andar de ônibus.

4 PARTE 1 1 NTRODUÇÃO escassez

a natureza limitada dos

recursos da sociedade

economia^ •

o estudo de como a

sociedade administra

seus recursos escassos

A gestão dos recursos da sociedade é importante porque estes são escassos. Escassez

significa que a sociedade tem recursos limitados e, portanto, não pode produzir todos os

bens e serviços que as pessoas desejam ter. Assim como cada membro de uma família

não pode ter tudo o que deseja, cada indivíduo de uma sociedade não pode ter um

padrão de vida tão alto quanto ao qual aspire.

Economia é o estudo de como a sociedade administra seus recursos escassos. Na

maioria das sociedades, os recursos são alocados não por um único planejador central,

mas pelos atos combinados de milhões de famílias e empresas. Os economistas, portan-

to, estudam como as pessoas tomam decisões: o quanto trabalham, o que compram,

quanto poupam e como investem suas economias. Estudam também como as pessoas

interagem umas com as outras. Por exemplo, eles examinam como compradores e vendedores de um bem

determinam juntos o preço pelo qual o bem será vendido e a quantidade a ser vendida. Por fim, os eco-

nomistas analisam as forças e as tendências que afetam a economia como um todo, incluindo o cresci-

mento da renda média, a parcela da população que não consegue encontrar trabalho e a taxa à qual os

preços estão subindo.

O estudo da economia apresenta muitas facetas, porém o campo é unificado por diversas ideias centrais.

Neste capítulo, trataremos dos Dez Princípios de Economia. Não se preocupe se não entender todos eles ime-

diatamente ou se não os considerar totalmente convincentes. Nos capítulos seguintes, essas ideias serão

aprofundadas. Esses princípios nos fornecem uma noção mais ampla sobre economia. Considere este capí-

tulo como uma"prévia das próximas atrações".

COMO AS PESSOAS TOMAM DECISÕES

Não há nada de misterioso sobre o que é uma"economia", e não importa se estamos falando da economia

de Los Angeles, dos Estados Unidos ou do mundo todo. Quando abordamos aspectos relacionados à econo-

mia, referimo-nos a um grupo de pessoas que interagem umas com as outras enquanto levam sua vida. Como

o comportamento de uma economia reflete o comportamento das pessoas que a compõem, começaremos

nosso estudo com quatro princípios de tomadas de decisões individuais.

Princípio 1: As pessoas enfrentam tradeoffs^1

Certamente você conhece o provérbio:"Nada é de graça". Ele expressa uma grande verdade. Para conseguir-

mos algo que queremos, precisamos abrir mão de outra coisa de que gostamos. A tomada de decisões exige

escolher um objetivo em detrimento de outro.

Consideremos, por exemplo, uma estudante que precise decidir como alocar seu recurso mais precioso

  • o tempo. Ela pode passar todo o seu tempo estudando economia ou psicologia, ou pode dividir seu tempo

entre as duas disciplinas. Para cada hora que passa estudando uma matéria, ela abre mão de uma hora que

poderia usar para estudar a outra. E, para cada hora que passa estudando qualquer uma das duas matérias,

abre mão de uma hora que poderia gastar cochilando, andando de bicicleta, vendo TV ou trabalhando meio

período para ganhar dinheiro para alguma despesa extra.

Ou consideremos um casal envolvido com decisões sobre como gastar a renda familiar. Esse casal pode

destinar a renda para comprar comida, roupas ou pagar uma viagem para a família. Pode, ainda, poupar

parte da renda para a aposentadoria ou para a faculdade dos filhos. Quando decide gastar um dólar a mais

em qualquer uma dessas coisas, tem um dólar a menos para gastar em outras coisas.

(^1) Em economia, tradeoff é um termo que define uma situação de escolha conflitante, isto é, quando uma ação econô- mica que visa à resolução de determinado problema acarreta, inevitavelmente, outros. Por exemplo, em determinadas circunstâncias, a redução da taxa de desemprego apenas poderá ser obtida com o aumento da taxa de inflação, o que resultará em um tradeoff entre inflação e desemprego. (NR1)

6 PARTE 1 1 NTRODUÇÃO custo de oportunidade aquilo de que devemos abrir mão para obter algum item

Quando você passa um ano assistindo às aulas, lendo livros e fazendo trabalhos, não

pode dedicar esse tempo a um emprego. Para a maioria dos alunos, os salários que dei-

xam de ganhar enquanto estão na faculdade são os principais custos de sua educação.

O custo de oportunidade de um item é aquilo de que você abre mão para obtê-lo.

Quando decidem, por exemplo, cursar uma faculdade, os tomadores de decisões preci-

sam estar cientes dos custos de oportunidade que acompanham cada ação possível - de

fato, geralmente eles estão. Atletas universitários que podem ganhar milhões se aban-

donar os estudos e se dedicar ao esporte profissional estão bem cientes de que, para eles, o custo de opor-

tunidade de cursar a faculdade é muito elevado. Não é surpreendente, portanto, muitas vezes, eles chegarem

à conclusão de que o benefício de uma educação superior não compensa o custo de fazê-la.

Princípio 3: As pessoas racionais pensam na margem pessoa racional aquela que, sistemática eobjetivamente, faz o máximo para alcançar seus objetivos

Os economistas presumem que as pessoas são racionais. Uma pessoa racional faz o

melhor para alcançar seus objetivos, sistemática e objetivamente, conforme as oportuni-

dades disponíveis. Ao estudar economia, você conhecerá empresas que decidem quantas

pessoas vão contratar e a quantidade de bens que serão manufaturados e vendidos para

maximizar os lucros. Também encontrará indivíduos que decidem quanto tempo passam

trabalhando e que bens e serviços vão comprar com a renda obtida para que possam con-

seguir alto nível de satisfação.

Uma pessoa racional sabe que as decisões que tomamos durante a vida raramente são"preto no branco",

com diversos tons de cinza. Na hora do jantar, a decisão não é entre jejuar e comer até não poder mais, mas

aceitar uma colherada a mais de purê de batatas ou não. Quando chega a hora das pro-

mudança marginal um pequeno ajuste incremental em um plano de ação

vas, sua escolha não é entre não estudar mais nada e ficar estudando 24 horas por dia,

mas, sim, passar uma hora a mais revendo anotações ou ver TV. Os economistas usam a

expressão mudança marginal para descrever um pequeno ajuste incremental em um

plano de ação existente. Lembre-se de que margem pressupõe a existência de" extremi-

dades", portanto mudanças marginais são ajustes ao redor das extremidades daquilo

que você está fazendo. A pessoa racional, em geral, toma decisões comparando esses benefícios marginais

com custos marginais.

Por exemplo, imagine uma companhia aérea que tenha de decidir quanto cobrar de passageiros que

estejam na lista de espera. Suponhamos que o voo de um avião de 200 lugares, costa a costa, através do país,

custe à empresa $ 100 mil. Nesse caso, o custo médio de cada assento será de$ 100 mil/200, ou seja,$ 500.

Talvez alguém sugira que essa empresa não deve vender uma passagem por menos de$ 500. Na verdade,

uma empresa racional consegue encontrar formas de aumentar seus lucros pensando na margem.

Imaginemos que o avião esteja prestes a decolar com dez assentos vagos e que um passageiro na fila de

espera esteja disposto a pagar$ 300 pela passagem. A empresa deve vender a passagem a esse preço? Claro

que sim. Se o avião está com assentos vagos, o custo de acrescentar mais um passageiro é mínimo. Embora

o custo médio por passageiro seja de $ 500, o custo marginal é apenas o custo do saquinho de amendoins e

do refrigerante que o passageiro extra consumirá. Desde que o passageiro pague mais que o custo marginal,

vender a passagem para ele é lucrativo.

A tomada de decisões marginais pode ajudar a explicar outros fenômenos intrigantes da economia. Eis

uma pergunta clássica: por que a água é tão barata e os diamantes tão caros? A água é essencial para a

sobrevivência humana, os diamantes não. Contudo, por algum motivo, há pessoas que preferem desembol-

sar mais dinheiro por um diamante a fazê-lo por um copo de água. O motivo é que o desejo de pagar por

um bem baseia-se no benefício marginal que uma unidade extra deste proporcionaria. O benefício marginal,

por sua vez, depende de quantas unidades a pessoa já possui. A água é essencial, porém o benefício margi-

nal de um copo a mais é pequeno, pois a água existe em abundância. Ninguém precisa de diamantes para

sobreviver, mas, como são raros, o benefício marginal é considerado alto.

CAPÍTULO 1 DEZ PR INCÍPIOS DE ECONOMIA 7 Um tomador de decisões racional executa uma ação se, e somente se, o benefício marginal exceder o custo marginal. Esse princípio explica por que as companhias ,. aéreas vendem passagens abaixo do custo médio e por que se paga mais por diamantes que por água. E necessário algum tempo para nos acostu- marmos com a lógica do raciocínio marginal, entretanto o estudo da economia oferece muitas oportuni- dades para praticar. Princípio 4: As pessoas reagem a incentivos

Um incentivo é algo que induz uma pessoa a agir, tal como a perspectiva de uma punição

ou recompensa. Como as pessoas racionais tomam decisões comparando custo e benefício, elas respondem a incentivos. Você verá que os incentivos desempenham um papel importante no estudo da economia. Certo economista sugeriu que todo o incentivo algo que induz a pessoa aagir^ • conhecimento econômico poderia ser simplesmente resumido com a seguinte frase: "Pessoas reagem a incentivos. O resto são comentários". Os incentivos são cruciais para analisar o funcionamento do mercado. Por exemplo, quando o preço da maçã aumenta, as pessoas optam por comer menos maçãs. Ao mesmo tempo, os fazendeiros com pomares de macieiras decidem contratar mais trabalhadores e colher mais maçãs. Em outras palavras, o preço mais alto do mercado proporciona um incentivo para que os compradores consumam menos e um incentivo para que os vendedores produzam mais. Como veremos, o efeito do preço sobre o comportamento de consumi- dores e produtores é crucial para entender como a economia de mercado aloca recursos escassos. Os formuladores de políticas públicas nunca devem se esquecer dos incentivos: muitas políticas alteram os custos e benefícios para as pessoas e, portanto, alteram seu comportamento. O imposto sobre a gasolina é um incentivo ao uso de carros menores, que consomem menos gasolina. Esse é um dos motivos de os carros menores serem mais usados na Europa, onde os impostos sobre a gasolina são mais altos que nos Estados Unidos, onde são mais baixos. O imposto também incentiva as pessoas a revezar carros, a usar o transporte público e a morar mais perto do local de trabalho. Se os impostos fossem mais altos, mais pessoas começariam a usar carros lubridos, e, se fossem muito altos, elas os substituiriam por carros elétricos. Quando os formuladores de políticas deixam de considerar como suas políticas afetam os incentivos, eles

provocam consequências indesejadas. Vamos pensar, por exemplo, na política pública quanto à segurança

no trânsito. Hoje, todos os carros têm cintos de segurança, o que não ocorria há cinquenta anos. Na década

de 1 960, o livro Unsafe at any speed [Inseguro em qualquer velocidade], de Ralph Nader, gerou grande preo-

cupação pública com a segurança. O Congresso norte-americano reagiu com leis que impunham os cintos de segurança como equipamento obrigatório em todos os carros novos. Que efeito tem uma lei de cintos de segurança sobre a segurança no trânsito? O efeito direto é óbvio: quando uma pessoa usa cinto de segurança, a probabilidade de que sobreviva a um acidente grave aumenta.

Mas a história não acaba aí, uma vez que a lei também afeta o comportamento ao alterar incentivos. O com-

portamento em questão está relacionado ao modo como os motoristas conduzem seus carros. Dirigir devagar e com cautela é custoso porque consome tempo e energia do motorista. Ao decidirem o nível de cuidado tomado ao dirigir, as pessoas racionais comparam, talvez de forma inconsciente, o benefício marginal de dirigir com cuidado ao custo marginal. Dessa forma, elas dirigem mais devagar e com mais cuidado quando o bene- fício do aumento da segurança é elevado. Por exemplo, quando as estradas estão molhadas e escorregadias, as pessoas dirigem com mais atenção e em velocidades mais baixas que quando as pistas estão secas. Consideremos agora como uma lei sobre cintos de segurança afeta o cálculo de custo-benefício de um motorista. Os cintos de segurança reduzem o custo dos acidentes porque diminuem a probabilidade de ferimento ou morte. Em outras palavras, os cintos de segurança reduzem os benefícios de dirigir de forma lenta e cuidadosa. As pessoas reagem aos cintos de segurança da mesma maneira que reagiriam a uma melhora das condições das estradas - dirigindo com velocidade mais alta e com menos cuidado. Assim, o resultado de uma lei de cintos de segurança é um maior número de acidentes. A diminuição da condução cuidadosa tem um efeito claro e adverso sobre os pedestres, que passam a ter maiores chances de se envolver

CAPÍTULO 1 DEZ PR INCÍPIOS DE ECONOMIA 9

passageiro: Sean "Diddy" Combs, um dos artistas mais ricos do hip-hop. Atualmente,

Combs prefere as linhas comerciais aos jatos particulares, os quais representam um custo

aproximado de$ 200 mil para uma viagem de ida e volta entre Nova York e Los Angeles.

"Na verdade, estou voando comercialmente", disse Diddy antes de entrar em um avião. O

milionário ,acomodou-se na primeira classe e mostrou seu cartão de embarque para a

câmera: "E assim que os altos preços da gasolina estão".

Muitos desses desenvolvimentos provaram-se transitórios. A crise econômica que se iniciou

em 2008 e continuou em 2009 reduziu a demanda mundial por petróleo, e o preço da gasolina

diminuiu de forma substancial. Não se sabe ainda se Combs voltou a usar seu jato particular. •

· · · · · · · · · · · · · · · · · Notícias

INCENTIVO NO PAGAMENTO

Como este artigo ilustro, o modo como os pessoas são remunerados afeto os incentivos e o tomado de decisões. (0 autor do artigo, o propósito, depois disso tornou-se um dos principais conselheiros econômicos do presidente Borock Obomo.)

Onde os ônibus são pontuais

Por Austan Goolsbee Em uma tarde de verão, o trajeto da Uni- versity of Chicago até o norte da cidade deve ser um dos mais bonitos do mundo. No lado esquerdo da Lake Shore Drive, pas- samos pelo Grant Park, um dos primeiros arranha-céus do mundo, e pela Sears Tower. No lado direito, vemos o azul intenso do Lago Michigan. Mas, apesar de toda a bele- za, o trânsito pode se tornar um caos. Então, quem faz esse caminho todo dia conhece os atalhos. Sabe que, se o trânsito está para- do da Buckingham Fountain até McCormick, é melhor pegar as ruas paralelas e voltar para a Lake Shore Drive alguns quilômetros maisadiante. Muitos ônibus, contudo, ficam presos no trânsito. Sempre me pergunto por que os motoristas de ônibus não usam atalhos. t lógico que conhecem, pois seguem a mes- ma rota todo dia e, certamente, evitam o trânsito quando estão dirigindo o próprio carro. Como não há pontos de ônibus em Lake Shore Drive, ninguém ficaria para trás se eles se desviassem dos congestionamen- tos. Entretanto, quando os ônibus ficam presos no trânsito, fica difícil cumprir o Fonte: Slate.com, 16 mar. 2006. horário. Emvez de passar um ônibus a cada 10 minutos, chegam três de uma só vez, depois de meia hora. Eessa é a forma me- nos eficiente de administrar um sistema de transporte público. Portanto, por que não pegar atalhos, já que isso mantém o crono- grama e os ônibus no horário? Em princípio você pode achar que os motoristas não ganham o suficiente para elaborar estratégias. Porém, os motoristas de Chicago estão na sétima posição dos motoristas mais bem pagos do país; os que trabalham período integral ganham mais de

$ 23 por hora, conforme uma pesquisa feita

em novembro de 2004. Talvez o problema não seja o valor do salário, mas como ele é pago. Pelo menos é o que sugere um novo estudo sobre os motoristas de ônibus do Chile, realizado por Ryan Johnson e David Reiley, da University of Arizona, e Juan Carlos Munoz, da Pontificia Universidad Católica de Chile. No Chile, as empresas de ônibus remu- neram os motoristas de duas formas: por hora ou por passageiro. O pagamento por passageiro provoca menos atrasos. Ao rece- berem incentivos, os motoristas começam a agir como pessoas normais e pegam ata- lhos quando o trânsito está ruim. Reduzem o horário de almoço e o tempo que passam no banheiro. Querem pegar a estrada e transportar um número maior de passagei- ros, o mais rápido possível. Em suma, a pro- dutividade aumenta... t claro que nem tudo é perfeito com relação ao pagamento de incentivo. Quando os motoristas de ônibus começam a ir mais rápido de um lugar para outro, eles se envol- vem em mais acidentes (assim como nós). Além disso, alguns passageiros reclamam que ficam enjoados porque o motorista acelera muito assim que o passageiro entra no ônibus. No entanto, quando têm opção, as pessoas preferem as empresas de ônibus que cumprem o horário. Em Santiago, mais de 95% dos motoristas de ônibus recebem incentivos no pagamento. Os incentivos no pagamento aumentam a produtividade do motorista de ônibus. Em Chicago, para evitar os constantes conges- tionamentos, os táxis pegam atalhos em Lake Shore Drive. Os ônibus não têm essa opção e, por isso, ficam muito tempo no trânsito. Como os motoristas de táxi ganham dinheiro por viagem que fazem, empe- nham-se em chegar rapidamente ao desti- no do passageiro para que possam pegar outra pessoa.

1 O PARTE 1 1 NTRODUÇÃO TESTE RÁPIDO Descreva um tradeoff importante que você tenha enfrentado recentemente. • Cite um exemplo de uma ação que tenha tanto um custo de oportunidade monetário quanto não monetário. • Descreva um incen- tivo que seus pais lhe ofereceram numa tentativa de influenciar seu comportamento. COMO AS PESSOAS INTERAGEM Os quatro princípios anteriores abordaram aspectos relacionados à forma de os indivíduos tomarem decisões. Enquanto levamos nossa vida, muitas de nossas decisões não nos afetam exclusivamente, mas também outras pessoas. Os próximos três princípios dizem respeito a como as pessoas interagem u mas com as outras. Princípio 5: Ocomércio pode ser bom para todos Como pessoa bem informada, você sabe que o Japão concorre com os Estados Unidos na economia mundial. De certa forma isso é verdade, pois as empresas norte-americanas e japonesas produzem muitos bens do mesmo tipo. A Ford e a Toyota concorrem pelos mesmos clientes no mercado de carros. A Apple e a Sony concorrem , pelos mesmos clientes no mercado de equipamentos de música digital. E fácil se enganar, porém, ao pensar na competição entre países. O comércio entre os Estados Unidos e o Japão não é como uma competição esportiva, em que um lado ganha e o outro perde. De fato, o oposto é verdadeiro: o comércio entre dois países pode ser bom para ambas as partes. Para sabermos o porquê, vamos pensar em como o comércio afeta sua farm1ia. Quando um parente seu procura por emprego, está concorrendo com membros de outras famílias que também querem estar empre- gados. As famílias também competem umas com as outras quando vão às compras, uma vez que cada uma delas quer comprar os melhores bens aos menores preços. Assim, de certa forma, cada família existente na economia está concorrendo com todas as demais. Apesar dessa competição, sua farm1ia não se daria melhor isolando-se de todas as outras. Se o fizesse, precisaria , produzir sua própria comida, confeccionar suas próprias roupas e construir sua própria casa. E evidente que sua família se beneficia muito da própria habilidade de comerciar com outras pessoas. O comércio permite que as pessoas se especializem na atividade em que são melhores, agricultura, costura ou construção. Ao comerciarem com os outros, as pessoas podem comprar uma maior variedade de bens e serviços a um custo menor. Assim como as famílias, os países beneficiam-se da possibilidade de comerciar uns com os outros. O comércio permite que eles se especializem naquilo que fazem melhor e desfrutem de uma maior varie- dade de bens e serviços. Os japoneses, como os franceses, os egípcios e os brasileiros, são tanto nossos parceiros na economia mundial quanto nossos concorrentes. Princípio 6: Os mercados são geralmente uma boa maneira de organizar aatividade econômica economia de mercado uma economia^ • que aloca recursos por meio das decisões descentralizadas de muitas empresas e famílias quando estas interagem nos mercados de bens e serviços O colapso do comunismo na União Soviética e no Leste Europeu na década de 1980 pode ser a mudança mais importante que aconteceu no mundo nos últimos cinquenta anos. Os países comunistas operavam com base na premissa de que as autoridades do governo estavam na melhor posição para alocar os recursos escassos da economia. Os planejado- res centrais decidiam que bens e serviços produzir, quanto produzir de cada um deles e quem os produziria e consumiria. A teoria por trás do planejamento central era a de que apenas o governo poderia organizar a atividade econômica de maneira que promovesse o bem-estar econômico de todo o país. A maioria dos países que tiveram economias de planejamento central abandonou esse sistema e está tentando desenvolver economias de mercado. Em uma economia de mercado, as decisões do planejador central são substituídas pelas decisões de milhões

12 PARTE 1 1 NTRODUÇÃO · · · · · · · · · · · · · · · · · Saiba mais sobre ... ADAM SMITH EA MÃO INVISÍVEL Pode ser mera coincidência o fato de o grande livro de Adam Smith, A riqueza dos noções, ter sido publicado em 1776, ano exato em que os revolucionários norte-americanos assinaram a sua Declaração da Independência. Entretanto, os dois documen- tos compartilham um ponto de vista predominante na época: os indivíduos tomarão melhores decisões se puderem agir por conta própria, sem a mão opressiva do governo para conduzir suas ações. Essa filosofia política proporciona a base intelectual para a economia de mercado e, de maneira mais geral, para a sociedade livre. Por que as economias descentralizadas de mercado funcionam tão bem? Isso ocorre porque as pessoas se tratam com carinho e bondade? De forma alguma. Adam Smith descreveu o modo como as pessoas interagem em uma economia de mercado da seguinte maneira:

O homem tem quase que constantes oportunidades paro esperar

ajudo de seus semelhantes, eseria vão esperar obtê-lo somente do benevolência. Terá maiores chances de ser bem-sucedido se puder

interessar o amor-próprio deles a seu favor emostrar-lhe que éparo

sua própria vantagem fazer paro ele aquilo que deles se exige. {. ..]

Dê-me aquilo que desejo eterá o que desejo, eis o significado de tal

oferta; e dessa maneira obtemos um do outro uma parte muito maior dos ofícios de que necessitamos. Não é do benevolência do açougueiro, do cervejeiro ou do padeiro que esperamos nosso jantar, mas do consideração que eles têm pelos seus próprios interesses. Dirigimo-nos não à suo humanidade, mos ao seu amor-próprio, e nunca falamos com eles de nossas próprios necessidades, mas de suas vantagens.

Ninguém, exceto o mendigo, escolhe depender principalmente do

benevolência dos cidadãos. {. ..]

Cada indivíduo{. ..] não tem o intenção de promover o interesse

público, nem sobe o quanto o está promovendo. {. ..] Não penso

senão no próprio ganho, e, nesse caso, como em muitos outros, é

conduzido por uma mão invisível opromover um fim que não fazia porte de sua intenção. Enem sempre épior para o sociedade que

não fizesse parte. Ao perseguir seu próprio interesse, ele promove o

interesse da sociedade de modo mais eficaz do que faria se real- mente se prestasse a promovê-lo. O que Smith está dizendo é que os participantes da economia são motivados por seus próprios interesses e que a "mão invisível" do mercado conduz esses interesses de maneira que seja promovi- do o bem-estar econômico geral. Muitos dos princípios de Smith permanecem no seio da econo- mia moderna. Nossa análise nos capítulos posteriores nos permitirá expressar com mais precisão as conclusões de Smith e analisar plenamente os pontos fortes e fracos da mão invisível do mercado. falha de mercado

uma situação em que o

mercado, por si só,

fracassa ao alocar

recursos eficientemente

externalidade

o impacto das ações

de uma pessoa sobre o

bem-estar de outras

que não tomam parte

da ação

Consideremos primeiro o objetivo da eficiência. Embora a mão invisível leve os merca- dos a alocar os recursos de forma eficiente para maximizar o tamanho do bolo econômico, isso nem sempre acontece. Os economistas usam a expressão falha de mercado para se referirem a uma situação em que o mercado, por si só, não consegue produzir uma alocação eficiente de recursos. Como veremos, uma possível causa de falha de mercado é a extema- lidade, que é o impacto das ações de uma pessoa sobre o bem-estar dos que estão próxi- mos. Um exemplo clássico de uma extemalidade é a poluição. Outra causa possível de uma

falha de mercado é o poder de mercado, que se refere à capacidade de uma pessoa (ou um

pequeno grupo de pessoas) influenciar de forma indevida os preços de mercado. Se, por exemplo, todas as pessoas de uma cidade precisarem de água, porém houver apenas um

poço, o proprietário do poço não estará sujeito à forte competição por meio da qual a mão

invisível costuma controlar os interesses particulares. Quando há extemalidades ou poder de mercado, políticas públicas bem concebidas podem aumentar a eficiência econômica. Consideremos o objetivo da igualdade. Mesmo que a mão invisível produza resultados eficientes, ela pode apresentar grandes disparidades no bem-estar econômico. Uma economia de mercado recompensa as

CAPÍTULO 1 DEZ PRINCÍPIOS DE ECONOMIA 13 pessoas de acordo com a capacidade delas de produzir coisas pelas quais outras pessoas estejam dispostas a pagar. O melhor jogador de basquete do mundo ganha mais do que o melhor jogador de xadrez simplesmente porque as pessoas estão dispostas a pagar mais para assistir a uma partida de basquete do que para assistir a um jogo de xadrez. A mão invisível não garante que todos tenham comida suficiente, roupas decentes e aten- dimento médico adequado. Essa desigualdade pode, dependendo da filosofia política, exigir a intervenção do governo. Na prática, muitas políticas públicas, como o imposto de renda e o sistema de seguridade social, têm por objetivo atingir uma distribuição mais igualitária do bem-estar econômico.

Dizer que o governo pode, por vezes, melhorar os resultados do mercado não signi-

fica que ele sempre o fará. A política pública não é feita por anjos, mas por um processo

poder de mercado acapacidade que um único agente econômico (ou um pequeno grupo de agentes) tem de influenciar de forma significativa os preços do mercado político que está longe de ser perfeito. As^ ' vezes, as políticas são concebidas somente para recompensar os politicamente poderosos. Outras vezes, são feitas por líderes bem-intencionados, mas mal-informados. A^ ' medida que estudar economia, você se tornará um melhor juiz de quando uma política de governo é justificável pelo fato de ela promover eficiência ou igualdade e quando não é. TESTE RÁPIDO Por que um país fica em melhor situação quando não se isola dos outros países? • Por que exis-

tem mercados e, segundo os economistas, qual é o papel do governo sobre eles?

COMO A ECONOMIA FUNCIONA Começamos por uma discussão sobre como as pessoas tomam decisões e depois vimos como elas interagem umas com as outras. Juntas, todas essas decisões e interações formam" a economia". Os três últimos princí- pios referem-se ao funcionamento da economia. Princípio 8: Opadrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir bense serviços Em todo o mundo, as diferenças de padrão de vida são assustadoras. Em 2008, o norte-americano médio tinha

uma renda de cerca de$ 47 mil. No mesmo ano, o mexicano médio ganhava cerca de $10 mil, e o nigeriano

médio, apenas$ 1.400. Essa grande variação do nível de rendimento se reflete em diversos indicadores de qualidade de vida. Os cidadãos de países de renda elevada têm mais televisores e carros, melhor nutrição, melhor assistência médica e uma expectativa de vida mais longa que os cidadãos de países de baixa renda. As mudanças do padrão de vida ao longo do tempo também são grandes. Nos Estados Unidos, as rendas cresceram historicamente cerca de 2% ao ano (após ajustes que ocorreram por causa de alterações no custo de vida). A essa taxa, a renda média dobra a cada 35 anos. No último século, a renda média dos Estados Unidos aumentou aproximadamente oito vezes. O que explica essas grandes diferenças de padrão de vida entre países e ao longo do tempo? A resposta é surpreendentemente simples. Quase todas as variações de padrão

de vida podem ser atribuídas a diferenças de produtividade entre países, ou seja, a

quantidade de bens e serviços produzidos por unidade de insumo de mão de obra. Em países onde os trabalhadores podem produzir uma grande quantidade de bens e servi- ços por unidade de tempo, a maioria das pessoas desfruta de padrões de vida elevados; em nações onde os trabalhadores são menos produtivos, a maioria das pessoas precisa produtividade a quantidade de bens e serviços produzidos por unidade de insumo de mão de obra enfrentar uma existência com maior escassez e, portanto, menos confortável. De forma semelhante, a taxa de crescimento da produtividade de um país determina a taxa de crescimento de sua renda média. A relação fundamental entre produtividade e padrões de vida é simples, mas suas implicações são pro- fundas. Se a produtividade é o determinante principal do padrão de vida, outras explicações devem ser de

CAPÍTULO 1 DEZ PRINCÍPIOS DE ECONOMIA 15

A relação entre produtividade e padrão de vida também traz implicações profundas para a política públi-

ca. Quando se pensa sobre como alguma política afetará os padrões de vida, a questão-chave é como ela

afetará nossa capacidade de produzir bens e serviços. Para elevar os padrões de vida, os formuladores de

políticas precisam elevar a produtividade, de forma a garantir que os trabalhadores tenham uma boa edu-

cação, disponham das ferramentas de que precisam para produzir bens e serviços e tenham acesso à melhor

tecnologia disponível.

Princípio 9: Os preços sobem quando o governo emite moeda demais

Na Alemanha, em janeiro de 1921, um jornal custava 30 centavos de marco. Menos de dois anos depois,

em novembro de 1922, o mesmo jornal custava 70.000.000 de marcos. Todos os outros preços da economia

subiram na mesma medida. Esse episódio é um dos exemplos mais espetaculares de

inflação, um aumento no nível geral de preços da economia.

Embora os Estados Unidos nunca tenham conhecido uma inflação próxima da que

houve na Alemanha na década de 1920, a inflação tem sido, por vezes, um problema

econômico. Durante os anos de 1970, por exemplo, quando o nível geral de preços mais

do que dobrou, o presidente Gerald Ford referiu-se à inflação como o"inimigo público

inflação

um aumento do nível geral de preços da econom^ • ia

número 1 ". No entanto, na primeira década do século XXI, a inflação ficou em tomo de 2,5% ao ano; a essa

taxa, seriam necessários quase 30 anos para que os preços dobrassem. Como uma inflação elevada impõe

diversos custos à sociedade, mantê-la em níveis baixos é um objetivo dos formuladores de políticas econô-

micas de todo o mundo.

O que causa a inflação? Em quase todos os casos de inflação elevada ou persistente, o culpado é o

aumento na quantidade de moeda. Quando um governo emite grandes quantidades de moeda, o valor

desta cai. Na Alemanha, no início da década de 1 920, quando os preços estavam, em média, triplicando a

cada mês, a quantidade de moeda também triplicava mensalmente. Embora menos dramática, a história

econômica dos Estados Unidos aponta para uma conclusão semelhante: a inflação elevada da década de

1970 estava associada a um rápido crescimento da quantidade de moeda, e a baixa inflação do período mais

recente, a um lento crescimento da quantidade de moeda.

Princípio 1 O: Asociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo entre inflação e desemprego

Embora o nível mais alto de preços seja, no longo prazo, o primeiro efeito do aumento da quantidade de

moeda, no curto prazo, a situação é mais complexa e mais controversa. Muitos economistas descrevem os

efeitos de curto prazo da injeção monetária como:

  • O aumento da quantidade de moeda na economia estimula o nível geral de consumo e, portanto, a

demanda por bens e serviços.

  • O aumento da demanda pode, com o tempo, levar as empresas a elevar os preços, porém, nesse

ínterim, esse aumento também incentiva as empresas a contratar mais mão de obra e a aumentar a

quantidade de bens e serviços produzidos.

  • Maior contratação significa menor desemprego.

Essa linha de raciocínio leva a um amplo tradeoff final na economia: um tradeoff de curto prazo entre a

inflação e o desemprego.

Embora alguns economistas ainda questionem essas ideias, a maioria aceita que a sociedade enfrenta um

tradeoff de curto prazo entre inflação e desemprego. Isso significa que, em um período de um ou dois anos,

muitas políticas econômicas empurram a inflação e o desemprego em direções opostas. Os formuladores de

políticas enfrentam esse tradeoff sem considerar se tanto a inflação quanto o desemprego se apresentam em

níveis elevados (como ocorreu no início da década de 1980), em níveis baixos (como na década de 1990) ou

16 PARTE 1 1 NTRODUÇÃO ciclo de negócios flutuações da atividade econômica, medidas pelo número de pessoas empregadas ou pela produção de bens e serviços

em níveis intermediários. Esse tradeoff de curto prazo é de grande importância para a aná-

lise do ciclo de negócios-as flutuações irregulares e imprevisíveis na atividade econômi-

ca, medidas pela produção de bens e serviços ou pelo número de pessoas empregadas.

Os formuladores de políticas podem explorar o tradeoff de curto prazo entre inflação

e desemprego usando diversos instrumentos de política econômica. Ao mudarem os montantes referentes aos gastos do governo, ao total arrecadado de impostos e às emissões de moeda, os formuladores de políticas poderão influenciar a demanda global por bens e serviços. As mudanças na demanda, por sua vez, influenciam a combinação · · · · · · · · · · · · · · · · · Saiba mais sobre ... COMO LER ESTE LIVRO A economia é divertida, mas também pode ser difícil de aprender. Meu objetivo, ao escrever este livro, é torná-lo o mais agradável e fácil possível. Entretanto, você, estudante, também tem um papel a cumprir. A experiência prova que, se você realmente se envolver ao estudar por este livro, obterá melhores resultados tanto nos exames quanto nos anos que se seguirem. Eisalgumas dicas sobre como ler melhor este livro:

  1. Leia antes da aula. O aluno se sai melhor quando lê o res-

pectivo capítulo antes de assistir à aula.Você entenderácom

mais facilidade a aula, e suas perguntas vão se concentrar realmente nos aspectos de que precisa de ajuda.

  1. Resuma, não marque. Passar um marca-texto amarelo sobre estas pág inas é uma atividade passiva demais para manter sua mente concentrada. Em vez disso, quando chegar ao fim de uma seção, resuma com suas próprias palavras o que acabou de aprender. Ao terminar o capítulo, compare seu resumo com o que consta do final do capítulo. Será que você entendeu os pontos principais?
  2. Teste a si mesmo. No decorrer do livro, os "Testes rápidos" proporcionam um feedback instantâneo para revelar se você aprendeu o que deveria. Aproveite essa oportunida- de para escrever suas respostas e conferi-las com as que são apresentadas na página deste livro, no site da ed itora: www.cengage.com.br. Esses testes servem para avaliar sua compreensão básica. Se sua resposta não estiver correta, você provavelmente precisará rever a seção.
  3. Pratique, pratique epratique. No fi nal de cada capítulo, há "Questões para revisão'; que testam seu entendimento, e "Problemas" e "aplicações'; para você aplicar e ampliar o material. Provavelmente, seu professor pedirá que alguns desses exercícios sejam feitos em casa. Nesse caso, faça-os. Se ele não ped ir, faça-os do mesmo jeito. Quanto mais você usar seus novos conhecimentos, mais sólidos eles se tornarão.
  4. Use ainternet. Aeditoradeste livro mantém extenso site, em inglês, para ajudá-lo a estudar economia, com exemplos, aplicações, problemas adicionais e testes de autoavaliação. O endereço é: www.cengage.com/international.
  5. Estude em grupos. Após ler o livro e resolver sozinho os pro- blemas, reúna-se com os colegas para discutir o conteúdo do material. Vocês aprenderão uns com os outros - um exemplo dos ganhos do comércio.
  6. Ensine alguém. Como todos os professores sabem, a melhor maneira de aprender é ensinar. Aproveite aoportunidade de ensinar novos conceitos econômicos a um parceiro de estu- do, um amigo, seu pai ou sua mãe, ou até mesmo um animal de estimação.
  7. Não ignore os exemplos do mundo real. Em meio atodos os números, gráficos e estranhas palavras novas, é fácil perder de vista o foco sobre o que é realmente economia. As seções "Estudos de caso" e "Notícias" que aparecem em todos os capítulos ajudarão você a manter o foco, pois mostram como a teoria está ligada a eventos do nosso cotidiano.

9. Aplique o pensamento econômico à vida diária. Depois de

aprender como a economia é aplicada ao mundo real, colo- que a mão na massa! Você pode usar a análise econômica

para entender melhor suas próprias decisões, a economia à

sua volta e os eventos divulgados nas mídias. Você verá o mundo de outra forma.