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Os princípios básicos da economia, que é definida como o estudo da administração de recursos escassos em uma sociedade. Ao longo do texto, são abordados conceitos como escassez, tomada de decisões, eficiência, igualdade, comércio, mercados, falha de mercado e produtividade. O texto também discute a importância dos incentivos, a mão invisível do mercado e o papel do governo.
O que você vai aprender
Tipologia: Exercícios
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Em princípio, essa origem pode parecer estranha, mas, na verdade, os lares e a economia têm muito em comum. Uma família precisa tomar muitas decisões. Precisa decidir quais tarefas cada membro desempenha e o que cada um deles recebe em troca: Quem faz o jantar? Quem lava a roupa? Quem pode repetir a sobremesa? Quem decide que programa sintonizar na 1V? Em resumo, cada família precisa alocar seus recursos escassos a seus diversos membros, levando em consideração as habilidades, os esforços e desejos de cada um de seus membros. Assim como uma família, uma sociedade deve tomar muitas decisões. Precisa encontrar uma forma de decidir que tarefas serão executadas e por quem. Precisa de algumas pessoas para produzir alimentos, outras para fazer roupas e ainda outras para desenvolver programas de computador. Uma vez que a sociedade tiver alocado as pessoas (assim como terras, prédios e máquinas) para realizar diversas tarefas, deverá tam- bém alocar a produção de bens e serviços que as pessoas produzem. Deve decidir quem comerá caviar e quem comerá batatas. Deve decidir quem vai andar de Ferrari e quem vai andar de ônibus.
4 PARTE 1 1 NTRODUÇÃO escassez
economia^ •
COMO AS PESSOAS TOMAM DECISÕES
Princípio 1: As pessoas enfrentam tradeoffs^1
(^1) Em economia, tradeoff é um termo que define uma situação de escolha conflitante, isto é, quando uma ação econô- mica que visa à resolução de determinado problema acarreta, inevitavelmente, outros. Por exemplo, em determinadas circunstâncias, a redução da taxa de desemprego apenas poderá ser obtida com o aumento da taxa de inflação, o que resultará em um tradeoff entre inflação e desemprego. (NR1)
6 PARTE 1 1 NTRODUÇÃO custo de oportunidade aquilo de que devemos abrir mão para obter algum item
Princípio 3: As pessoas racionais pensam na margem pessoa racional aquela que, sistemática eobjetivamente, faz o máximo para alcançar seus objetivos
mudança marginal um pequeno ajuste incremental em um plano de ação
CAPÍTULO 1 DEZ PR INCÍPIOS DE ECONOMIA 7 Um tomador de decisões racional executa uma ação se, e somente se, o benefício marginal exceder o custo marginal. Esse princípio explica por que as companhias ,. aéreas vendem passagens abaixo do custo médio e por que se paga mais por diamantes que por água. E necessário algum tempo para nos acostu- marmos com a lógica do raciocínio marginal, entretanto o estudo da economia oferece muitas oportuni- dades para praticar. Princípio 4: As pessoas reagem a incentivos
ou recompensa. Como as pessoas racionais tomam decisões comparando custo e benefício, elas respondem a incentivos. Você verá que os incentivos desempenham um papel importante no estudo da economia. Certo economista sugeriu que todo o incentivo algo que induz a pessoa aagir^ • conhecimento econômico poderia ser simplesmente resumido com a seguinte frase: "Pessoas reagem a incentivos. O resto são comentários". Os incentivos são cruciais para analisar o funcionamento do mercado. Por exemplo, quando o preço da maçã aumenta, as pessoas optam por comer menos maçãs. Ao mesmo tempo, os fazendeiros com pomares de macieiras decidem contratar mais trabalhadores e colher mais maçãs. Em outras palavras, o preço mais alto do mercado proporciona um incentivo para que os compradores consumam menos e um incentivo para que os vendedores produzam mais. Como veremos, o efeito do preço sobre o comportamento de consumi- dores e produtores é crucial para entender como a economia de mercado aloca recursos escassos. Os formuladores de políticas públicas nunca devem se esquecer dos incentivos: muitas políticas alteram os custos e benefícios para as pessoas e, portanto, alteram seu comportamento. O imposto sobre a gasolina é um incentivo ao uso de carros menores, que consomem menos gasolina. Esse é um dos motivos de os carros menores serem mais usados na Europa, onde os impostos sobre a gasolina são mais altos que nos Estados Unidos, onde são mais baixos. O imposto também incentiva as pessoas a revezar carros, a usar o transporte público e a morar mais perto do local de trabalho. Se os impostos fossem mais altos, mais pessoas começariam a usar carros lubridos, e, se fossem muito altos, elas os substituiriam por carros elétricos. Quando os formuladores de políticas deixam de considerar como suas políticas afetam os incentivos, eles
no trânsito. Hoje, todos os carros têm cintos de segurança, o que não ocorria há cinquenta anos. Na década
cupação pública com a segurança. O Congresso norte-americano reagiu com leis que impunham os cintos de segurança como equipamento obrigatório em todos os carros novos. Que efeito tem uma lei de cintos de segurança sobre a segurança no trânsito? O efeito direto é óbvio: quando uma pessoa usa cinto de segurança, a probabilidade de que sobreviva a um acidente grave aumenta.
portamento em questão está relacionado ao modo como os motoristas conduzem seus carros. Dirigir devagar e com cautela é custoso porque consome tempo e energia do motorista. Ao decidirem o nível de cuidado tomado ao dirigir, as pessoas racionais comparam, talvez de forma inconsciente, o benefício marginal de dirigir com cuidado ao custo marginal. Dessa forma, elas dirigem mais devagar e com mais cuidado quando o bene- fício do aumento da segurança é elevado. Por exemplo, quando as estradas estão molhadas e escorregadias, as pessoas dirigem com mais atenção e em velocidades mais baixas que quando as pistas estão secas. Consideremos agora como uma lei sobre cintos de segurança afeta o cálculo de custo-benefício de um motorista. Os cintos de segurança reduzem o custo dos acidentes porque diminuem a probabilidade de ferimento ou morte. Em outras palavras, os cintos de segurança reduzem os benefícios de dirigir de forma lenta e cuidadosa. As pessoas reagem aos cintos de segurança da mesma maneira que reagiriam a uma melhora das condições das estradas - dirigindo com velocidade mais alta e com menos cuidado. Assim, o resultado de uma lei de cintos de segurança é um maior número de acidentes. A diminuição da condução cuidadosa tem um efeito claro e adverso sobre os pedestres, que passam a ter maiores chances de se envolver
CAPÍTULO 1 DEZ PR INCÍPIOS DE ECONOMIA 9
· · · · · · · · · · · · · · · · · Notícias
Como este artigo ilustro, o modo como os pessoas são remunerados afeto os incentivos e o tomado de decisões. (0 autor do artigo, o propósito, depois disso tornou-se um dos principais conselheiros econômicos do presidente Borock Obomo.)
Por Austan Goolsbee Em uma tarde de verão, o trajeto da Uni- versity of Chicago até o norte da cidade deve ser um dos mais bonitos do mundo. No lado esquerdo da Lake Shore Drive, pas- samos pelo Grant Park, um dos primeiros arranha-céus do mundo, e pela Sears Tower. No lado direito, vemos o azul intenso do Lago Michigan. Mas, apesar de toda a bele- za, o trânsito pode se tornar um caos. Então, quem faz esse caminho todo dia conhece os atalhos. Sabe que, se o trânsito está para- do da Buckingham Fountain até McCormick, é melhor pegar as ruas paralelas e voltar para a Lake Shore Drive alguns quilômetros maisadiante. Muitos ônibus, contudo, ficam presos no trânsito. Sempre me pergunto por que os motoristas de ônibus não usam atalhos. t lógico que conhecem, pois seguem a mes- ma rota todo dia e, certamente, evitam o trânsito quando estão dirigindo o próprio carro. Como não há pontos de ônibus em Lake Shore Drive, ninguém ficaria para trás se eles se desviassem dos congestionamen- tos. Entretanto, quando os ônibus ficam presos no trânsito, fica difícil cumprir o Fonte: Slate.com, 16 mar. 2006. horário. Emvez de passar um ônibus a cada 10 minutos, chegam três de uma só vez, depois de meia hora. Eessa é a forma me- nos eficiente de administrar um sistema de transporte público. Portanto, por que não pegar atalhos, já que isso mantém o crono- grama e os ônibus no horário? Em princípio você pode achar que os motoristas não ganham o suficiente para elaborar estratégias. Porém, os motoristas de Chicago estão na sétima posição dos motoristas mais bem pagos do país; os que trabalham período integral ganham mais de
em novembro de 2004. Talvez o problema não seja o valor do salário, mas como ele é pago. Pelo menos é o que sugere um novo estudo sobre os motoristas de ônibus do Chile, realizado por Ryan Johnson e David Reiley, da University of Arizona, e Juan Carlos Munoz, da Pontificia Universidad Católica de Chile. No Chile, as empresas de ônibus remu- neram os motoristas de duas formas: por hora ou por passageiro. O pagamento por passageiro provoca menos atrasos. Ao rece- berem incentivos, os motoristas começam a agir como pessoas normais e pegam ata- lhos quando o trânsito está ruim. Reduzem o horário de almoço e o tempo que passam no banheiro. Querem pegar a estrada e transportar um número maior de passagei- ros, o mais rápido possível. Em suma, a pro- dutividade aumenta... t claro que nem tudo é perfeito com relação ao pagamento de incentivo. Quando os motoristas de ônibus começam a ir mais rápido de um lugar para outro, eles se envol- vem em mais acidentes (assim como nós). Além disso, alguns passageiros reclamam que ficam enjoados porque o motorista acelera muito assim que o passageiro entra no ônibus. No entanto, quando têm opção, as pessoas preferem as empresas de ônibus que cumprem o horário. Em Santiago, mais de 95% dos motoristas de ônibus recebem incentivos no pagamento. Os incentivos no pagamento aumentam a produtividade do motorista de ônibus. Em Chicago, para evitar os constantes conges- tionamentos, os táxis pegam atalhos em Lake Shore Drive. Os ônibus não têm essa opção e, por isso, ficam muito tempo no trânsito. Como os motoristas de táxi ganham dinheiro por viagem que fazem, empe- nham-se em chegar rapidamente ao desti- no do passageiro para que possam pegar outra pessoa.
1 O PARTE 1 1 NTRODUÇÃO TESTE RÁPIDO Descreva um tradeoff importante que você tenha enfrentado recentemente. • Cite um exemplo de uma ação que tenha tanto um custo de oportunidade monetário quanto não monetário. • Descreva um incen- tivo que seus pais lhe ofereceram numa tentativa de influenciar seu comportamento. COMO AS PESSOAS INTERAGEM Os quatro princípios anteriores abordaram aspectos relacionados à forma de os indivíduos tomarem decisões. Enquanto levamos nossa vida, muitas de nossas decisões não nos afetam exclusivamente, mas também outras pessoas. Os próximos três princípios dizem respeito a como as pessoas interagem u mas com as outras. Princípio 5: Ocomércio pode ser bom para todos Como pessoa bem informada, você sabe que o Japão concorre com os Estados Unidos na economia mundial. De certa forma isso é verdade, pois as empresas norte-americanas e japonesas produzem muitos bens do mesmo tipo. A Ford e a Toyota concorrem pelos mesmos clientes no mercado de carros. A Apple e a Sony concorrem , pelos mesmos clientes no mercado de equipamentos de música digital. E fácil se enganar, porém, ao pensar na competição entre países. O comércio entre os Estados Unidos e o Japão não é como uma competição esportiva, em que um lado ganha e o outro perde. De fato, o oposto é verdadeiro: o comércio entre dois países pode ser bom para ambas as partes. Para sabermos o porquê, vamos pensar em como o comércio afeta sua farm1ia. Quando um parente seu procura por emprego, está concorrendo com membros de outras famílias que também querem estar empre- gados. As famílias também competem umas com as outras quando vão às compras, uma vez que cada uma delas quer comprar os melhores bens aos menores preços. Assim, de certa forma, cada família existente na economia está concorrendo com todas as demais. Apesar dessa competição, sua farm1ia não se daria melhor isolando-se de todas as outras. Se o fizesse, precisaria , produzir sua própria comida, confeccionar suas próprias roupas e construir sua própria casa. E evidente que sua família se beneficia muito da própria habilidade de comerciar com outras pessoas. O comércio permite que as pessoas se especializem na atividade em que são melhores, agricultura, costura ou construção. Ao comerciarem com os outros, as pessoas podem comprar uma maior variedade de bens e serviços a um custo menor. Assim como as famílias, os países beneficiam-se da possibilidade de comerciar uns com os outros. O comércio permite que eles se especializem naquilo que fazem melhor e desfrutem de uma maior varie- dade de bens e serviços. Os japoneses, como os franceses, os egípcios e os brasileiros, são tanto nossos parceiros na economia mundial quanto nossos concorrentes. Princípio 6: Os mercados são geralmente uma boa maneira de organizar aatividade econômica economia de mercado uma economia^ • que aloca recursos por meio das decisões descentralizadas de muitas empresas e famílias quando estas interagem nos mercados de bens e serviços O colapso do comunismo na União Soviética e no Leste Europeu na década de 1980 pode ser a mudança mais importante que aconteceu no mundo nos últimos cinquenta anos. Os países comunistas operavam com base na premissa de que as autoridades do governo estavam na melhor posição para alocar os recursos escassos da economia. Os planejado- res centrais decidiam que bens e serviços produzir, quanto produzir de cada um deles e quem os produziria e consumiria. A teoria por trás do planejamento central era a de que apenas o governo poderia organizar a atividade econômica de maneira que promovesse o bem-estar econômico de todo o país. A maioria dos países que tiveram economias de planejamento central abandonou esse sistema e está tentando desenvolver economias de mercado. Em uma economia de mercado, as decisões do planejador central são substituídas pelas decisões de milhões
12 PARTE 1 1 NTRODUÇÃO · · · · · · · · · · · · · · · · · Saiba mais sobre ... ADAM SMITH EA MÃO INVISÍVEL Pode ser mera coincidência o fato de o grande livro de Adam Smith, A riqueza dos noções, ter sido publicado em 1776, ano exato em que os revolucionários norte-americanos assinaram a sua Declaração da Independência. Entretanto, os dois documen- tos compartilham um ponto de vista predominante na época: os indivíduos tomarão melhores decisões se puderem agir por conta própria, sem a mão opressiva do governo para conduzir suas ações. Essa filosofia política proporciona a base intelectual para a economia de mercado e, de maneira mais geral, para a sociedade livre. Por que as economias descentralizadas de mercado funcionam tão bem? Isso ocorre porque as pessoas se tratam com carinho e bondade? De forma alguma. Adam Smith descreveu o modo como as pessoas interagem em uma economia de mercado da seguinte maneira:
ajudo de seus semelhantes, eseria vão esperar obtê-lo somente do benevolência. Terá maiores chances de ser bem-sucedido se puder
sua própria vantagem fazer paro ele aquilo que deles se exige. {. ..]
oferta; e dessa maneira obtemos um do outro uma parte muito maior dos ofícios de que necessitamos. Não é do benevolência do açougueiro, do cervejeiro ou do padeiro que esperamos nosso jantar, mas do consideração que eles têm pelos seus próprios interesses. Dirigimo-nos não à suo humanidade, mos ao seu amor-próprio, e nunca falamos com eles de nossas próprios necessidades, mas de suas vantagens.
benevolência dos cidadãos. {. ..]
conduzido por uma mão invisível opromover um fim que não fazia porte de sua intenção. Enem sempre épior para o sociedade que
interesse da sociedade de modo mais eficaz do que faria se real- mente se prestasse a promovê-lo. O que Smith está dizendo é que os participantes da economia são motivados por seus próprios interesses e que a "mão invisível" do mercado conduz esses interesses de maneira que seja promovi- do o bem-estar econômico geral. Muitos dos princípios de Smith permanecem no seio da econo- mia moderna. Nossa análise nos capítulos posteriores nos permitirá expressar com mais precisão as conclusões de Smith e analisar plenamente os pontos fortes e fracos da mão invisível do mercado. falha de mercado
externalidade
Consideremos primeiro o objetivo da eficiência. Embora a mão invisível leve os merca- dos a alocar os recursos de forma eficiente para maximizar o tamanho do bolo econômico, isso nem sempre acontece. Os economistas usam a expressão falha de mercado para se referirem a uma situação em que o mercado, por si só, não consegue produzir uma alocação eficiente de recursos. Como veremos, uma possível causa de falha de mercado é a extema- lidade, que é o impacto das ações de uma pessoa sobre o bem-estar dos que estão próxi- mos. Um exemplo clássico de uma extemalidade é a poluição. Outra causa possível de uma
pequeno grupo de pessoas) influenciar de forma indevida os preços de mercado. Se, por exemplo, todas as pessoas de uma cidade precisarem de água, porém houver apenas um
invisível costuma controlar os interesses particulares. Quando há extemalidades ou poder de mercado, políticas públicas bem concebidas podem aumentar a eficiência econômica. Consideremos o objetivo da igualdade. Mesmo que a mão invisível produza resultados eficientes, ela pode apresentar grandes disparidades no bem-estar econômico. Uma economia de mercado recompensa as
CAPÍTULO 1 DEZ PRINCÍPIOS DE ECONOMIA 13 pessoas de acordo com a capacidade delas de produzir coisas pelas quais outras pessoas estejam dispostas a pagar. O melhor jogador de basquete do mundo ganha mais do que o melhor jogador de xadrez simplesmente porque as pessoas estão dispostas a pagar mais para assistir a uma partida de basquete do que para assistir a um jogo de xadrez. A mão invisível não garante que todos tenham comida suficiente, roupas decentes e aten- dimento médico adequado. Essa desigualdade pode, dependendo da filosofia política, exigir a intervenção do governo. Na prática, muitas políticas públicas, como o imposto de renda e o sistema de seguridade social, têm por objetivo atingir uma distribuição mais igualitária do bem-estar econômico.
poder de mercado acapacidade que um único agente econômico (ou um pequeno grupo de agentes) tem de influenciar de forma significativa os preços do mercado político que está longe de ser perfeito. As^ ' vezes, as políticas são concebidas somente para recompensar os politicamente poderosos. Outras vezes, são feitas por líderes bem-intencionados, mas mal-informados. A^ ' medida que estudar economia, você se tornará um melhor juiz de quando uma política de governo é justificável pelo fato de ela promover eficiência ou igualdade e quando não é. TESTE RÁPIDO Por que um país fica em melhor situação quando não se isola dos outros países? • Por que exis-
COMO A ECONOMIA FUNCIONA Começamos por uma discussão sobre como as pessoas tomam decisões e depois vimos como elas interagem umas com as outras. Juntas, todas essas decisões e interações formam" a economia". Os três últimos princí- pios referem-se ao funcionamento da economia. Princípio 8: Opadrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir bense serviços Em todo o mundo, as diferenças de padrão de vida são assustadoras. Em 2008, o norte-americano médio tinha
médio, apenas$ 1.400. Essa grande variação do nível de rendimento se reflete em diversos indicadores de qualidade de vida. Os cidadãos de países de renda elevada têm mais televisores e carros, melhor nutrição, melhor assistência médica e uma expectativa de vida mais longa que os cidadãos de países de baixa renda. As mudanças do padrão de vida ao longo do tempo também são grandes. Nos Estados Unidos, as rendas cresceram historicamente cerca de 2% ao ano (após ajustes que ocorreram por causa de alterações no custo de vida). A essa taxa, a renda média dobra a cada 35 anos. No último século, a renda média dos Estados Unidos aumentou aproximadamente oito vezes. O que explica essas grandes diferenças de padrão de vida entre países e ao longo do tempo? A resposta é surpreendentemente simples. Quase todas as variações de padrão
quantidade de bens e serviços produzidos por unidade de insumo de mão de obra. Em países onde os trabalhadores podem produzir uma grande quantidade de bens e servi- ços por unidade de tempo, a maioria das pessoas desfruta de padrões de vida elevados; em nações onde os trabalhadores são menos produtivos, a maioria das pessoas precisa produtividade a quantidade de bens e serviços produzidos por unidade de insumo de mão de obra enfrentar uma existência com maior escassez e, portanto, menos confortável. De forma semelhante, a taxa de crescimento da produtividade de um país determina a taxa de crescimento de sua renda média. A relação fundamental entre produtividade e padrões de vida é simples, mas suas implicações são pro- fundas. Se a produtividade é o determinante principal do padrão de vida, outras explicações devem ser de
CAPÍTULO 1 DEZ PRINCÍPIOS DE ECONOMIA 15
Princípio 9: Os preços sobem quando o governo emite moeda demais
um aumento do nível geral de preços da econom^ • ia
Princípio 1 O: Asociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo entre inflação e desemprego
16 PARTE 1 1 NTRODUÇÃO ciclo de negócios flutuações da atividade econômica, medidas pelo número de pessoas empregadas ou pela produção de bens e serviços
ca, medidas pela produção de bens e serviços ou pelo número de pessoas empregadas.
e desemprego usando diversos instrumentos de política econômica. Ao mudarem os montantes referentes aos gastos do governo, ao total arrecadado de impostos e às emissões de moeda, os formuladores de políticas poderão influenciar a demanda global por bens e serviços. As mudanças na demanda, por sua vez, influenciam a combinação · · · · · · · · · · · · · · · · · Saiba mais sobre ... COMO LER ESTE LIVRO A economia é divertida, mas também pode ser difícil de aprender. Meu objetivo, ao escrever este livro, é torná-lo o mais agradável e fácil possível. Entretanto, você, estudante, também tem um papel a cumprir. A experiência prova que, se você realmente se envolver ao estudar por este livro, obterá melhores resultados tanto nos exames quanto nos anos que se seguirem. Eisalgumas dicas sobre como ler melhor este livro:
mais facilidade a aula, e suas perguntas vão se concentrar realmente nos aspectos de que precisa de ajuda.
aprender como a economia é aplicada ao mundo real, colo- que a mão na massa! Você pode usar a análise econômica
sua volta e os eventos divulgados nas mídias. Você verá o mundo de outra forma.