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Os medicamentos são uma das principais causas de intoxicação em animais domésticos, especialmente cães, gatos e bovinos. As intoxicações podem ocorrer devido ao uso incorreto, superdosagem ou administração acidental de fármacos destinados a outras espécies. Entre os grupos de medicamentos mais comumente associados às intoxicações estão os antiparasitários, antibióticos, anticonvulsivantes e anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs).
Tipologia: Notas de estudo
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Tema: Intoxicações por Medicamentos
Avermectinas e Abamectina............................................................................. 1 Antibióticos em Cães.......................................................................................... 2 Anticonvulsivantes: Fenobarbital..................................................................... 3 Intoxicação por Medicamentos do TDAH em Cães e Gatos......................... 4 Atomoxetina........................................................................................................ 8 Toxicologia das Lactonas Macrocíclicas........................................................... 9 Introdução: Os medicamentos são uma das principais causas de intoxicação em animais domésticos, especialmente cães, gatos e bovinos. As intoxicações podem ocorrer devido ao uso incorreto, superdosagem ou administração acidental de fármacos destinados a outras espécies. Entre os grupos de medicamentos mais comumente associados às intoxicações estão os antiparasitários, antibióticos, anticonvulsivantes e anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs).
1.1 Introdução: A abamectina é um antiparasitário utilizado em medicina veterinária e na agricultura como inseticida. Derivada da fermentação do Streptomyces avermitilis, pertence ao grupo das avermectinas, que inclui também ivermectina e doramectina. Utilizada a partir dos anos 1980, possui amplo espectro de ação contra endo e ectoparasitas. Pode causar intoxicações severas em bezerros jovens e cães com mutação MDR1. 1.2 Sinais Clínicos: Fase inicial: hiperexcitabilidade, tremores musculares.
Fase seguinte: hipotonia muscular generalizada, depressão progressiva. Em casos graves: ataxia, midríase, paresia, coma, diminuição do tônus da língua e lábios, sialorréia e morte. 1.3 Tratamento: Não há antídoto específico. Tratamento sintomático: o Controle das convulsões: diazepam (0,5-1 mg/kg, IV) ou fenobarbital (2-4 mg/kg, IV). o Fluidoterapia IV (solução fisiológica ou Ringer lactato). o Monitoramento neurológico e suporte respiratório. o Em cães com mutação MDR1, evitar avermectinas devido ao risco elevado de neurotoxicidade.
2.1 Introdução: Em medicina veterinária, os antibióticos são amplamente utilizados para tratar infecções bacterianas, mas podem causar reações adversas graves. As reações adversas a medicamentos (ADRs) podem ser imprevisíveis e variar em intensidade, podendo levar à morte em casos severos. 2.2 Sinais Clínicos: Aminoglicosídeos: nefrotoxicidade, ototoxicidade, bloqueio neuromuscular. Fluoroquinolonas: artropatia em cães jovens. Sulfonamidas: anemia não regenerativa, febre, fotossensibilidade. Penicilinas: reações alérgicas, desde erupções cutâneas até choque anafilático. 2.3 Tratamento:
o Suporte nutricional (dieta hipoproteica). o Administração de silimarina (10-15 mg/kg, VO, BID).
o Tratamento: interrupção imediata, controle da dor. Sulfonamidas: o Sinais clínicos: anemia não regenerativa, fotossensibilidade. o Tratamento: fluidoterapia, corticosteroides, transfusão se necessário. Penicilinas: o Sinais clínicos: reações alérgicas, choque anafilático. o Tratamento: epinefrina, corticosteroides, suporte respiratório. Fenobarbital: o Sinais clínicos: hepatopatia crônica, anasarca, ascite, icterícia. o Tratamento: suspensão do fenobarbital, suporte hepático com silimarina, fluidoterapia. Cães com mutação MDR1: o Sinais clínicos: depressão neurológica, ataxia, coma. o Tratamento: suporte neurológico, controle de convulsões, interrupção do medicamento.
Fonte principal: Stern & Schell (2012)
1. Definição e Classificação ADD/ADHD: Transtorno comportamental neurodesenvolvimental com padrões de desatenção e/ou hiperatividade, afetando funções sociais, emocionais, cognitivas, comportamentais e acadêmicas. Tratamento humano: Uso de estimulantes (anfetaminas, metilfenidato) e não-estimulantes (atomoxetina). 2. Medicamentos Envolvidos Tabela com nomes comerciais, princípios ativos e formulações disponíveis (vide documento para detalhes completos).
o Hiperatividade: 0,09 mg/kg o Tremores e convulsões: 0,3–0,5 mg/kg Metilfenidato: o Hiperatividade: 0,56 mg/kg o Convulsões: 13,7 mg/kg
4. Diagnóstico Histórico de exposição, pílulas no vômito Testes de urina humana: sensível para cães Cromatografia e espectrometria de massa (em casos legais) 5. Diagnóstico Diferencial Pseudoefedrina, cocaína, metanfetamina, metilxantinas, serotonérgicos, etc. 6. Tratamento Objetivos: Prevenir absorção do fármaco Controlar sinais de estimulação do SNC Corrigir hipertermia Corrigir alterações cardiovasculares Preservar a função renal 6.1 Ações imediatas (descontaminação) Emese (vômito induzido): Indicada se ingestão há <30 min (produtos de liberação imediata) ou até 2h se liberação prolongada e sem sinais clínicos Contraindicada se houver sinais de excitação (hiperatividade, tremores) Indutores: o Apomorfina (cães)
o Peróxido de hidrogênio a 3% VO (cães) Carvão ativado: Dose: 1–4 g/kg VO Pode repetir meia dose 8 horas após a primeira, se sinais persistirem Monitorar risco de hipernatremia e vômito Lavagem gástrica: Indicada para superdoses elevadas Realizar com anestesia geral e tubo endotraqueal com balonete Instilar carvão ativado via sonda antes de reverter anestesia 6.2 Controle dos sinais clínicos Sedação / controle de sinais do SNC (fenotiazinas): Acepromazina: 0,05 mg/kg IV; pode aumentar gradualmente até 1, mg/kg conforme resposta Clorpromazina: 0,5 mg/kg IV, também titulável Benefícios adicionais: efeito antiarrítmico (Clorpromazina), hipotensor e antipirético Controle de tremores e convulsões: Fenobarbital: 3–4 mg/kg IV Propofol ou anestesia inalatória se refratários Metocarbamol: 50–220 mg/kg IV, lentamente (máx. 2 mL/min) Controle de taquicardia: Propranolol: 0,02–0,06 mg/kg IV lentamente Esmolol: 25–200 μg/kg/min IV contínuo (se refratário) Contraindicar betabloqueadores em hipertensos graves Acidificação urinária: Ácido ascórbico: 20–30 mg/kg (VO, IV, SC ou IM) Cloreto de amônio: 100–200 mg/kg/dia VO, dividido em 4 doses
3. Tratamento Não há antídoto específico Aplicam-se medidas gerais e suporte como para as anfetaminas
Fonte principal: Merola & Eubig (2012)
1. Substâncias Envolvidas Avermetinas: ivermectina, abamectina, doramectina, eprinomectina, selamectina Milbemicinas: milbemicina oxime, moxidectina, nemadectina 2. Mecanismo de Toxicidade Ligação a canais de cloro (GABA-A em mamíferos) Atravessam a barreira hematoencefálica quando P-gp é deficiente ou saturada Efeitos iniciais excitatórios (tremores) e posteriormente inibitórios (ataxia, coma) 3. Papel da P-Glicoproteína (P-gp) Expulsa xenobióticos da barreira hematoencefálica Gene ABCB1: mutações levam à deficiência de P-gp →acúmulo de MLs no SNC Raças mais afetadas: Collies, Pastores Australianos, Shelties, Whippets, entre outros 4. Sinais Clínicos Ataxia, letargia, coma, tremores, convulsões, midríase, cegueira Sinais podem durar dias a semanas devido à meia-vida longa 5. Tratamento Sem antídoto específico — baseia-se em descontaminação e suporte intensivo:
Emese: até 30–60 min da ingestão se animal estiver assintomático Carvão ativado: dose única nas primeiras 4h; considerar doses repetidas a cada 8h por 2 dias Cuidados com aspiração: não induzir vômito nem administrar carvão ativado em pacientes sintomáticos ou com reflexo de deglutição ausente Fluidos IV: manter hidratação e função renal Suporte intensivo: ventilação mecânica, controle de temperatura, controle de convulsões (fenobarbital, propofol) Monitoramento: ECG, eletrólitos, função hepática e renal, sinais de DIC
6. Prognóstico Com tratamento agressivo, mesmo animais gravemente afetados podem se recuperar totalmente Prognóstico reservado em casos com convulsões prolongadas, coma profundo ou falência múltipla