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Trabalho que fiz quando estava no 1º período do curso de Enfermagem.
Tipologia: Trabalhos
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Não perca as partes importantes!
Insulina e Glucagon
Trabalho de Bioquímica
SUMÁRIO
Insulina e Glucagon
Em 23 de janeiro de 1922, na Universidade de Toronto, o Dr. Frederick Banting e seu aluno C. H. Best fizeram uma das maiores descobertas do século 20. Usaram, com sucesso, a insulina para tratar uma pessoa com diabetes, doença
que, até aquela época, era uma sentença de morte automática a qualquer pessoa que a tivesse. Antes dessa descoberta, não havia tratamento para a diabetes. Os portadores do tipo 1 morriam rapidamente, enquanto os portadores do tipo 2 morriam mais lentamente, sofrendo de complicações horríveis antes da morte. A Universidade de Toronto imediatamente deu às empresas farmacêuticas licença para produzir insulina com isenção de pagamento dos direitos. No início de 1923, aproximadamente um ano após a primeira injeção de teste, a insulina se tornou amplamente disponível, quando Eli Lilly and Company passaram a vender o Iletin, a primeira insulina comercialmente disponível, extraída do pâncreas de animais abatidos. A insulina animal funcionou bem, salvando milhões de vidas, mas não era exatamente compatível com o hormônio humano e, às vezes, provocava efeitos colaterais, como erupções na pele e reações alérgicas, que resultavam em perda de tecido nos locais da injeção. Nos 60 anos seguintes, a insulina se tornaria uma das proteínas mais estudadas no mundo. Durante esse tempo, os portadores de diabetes contavam com um hormônio purificado de animais, principalmente de bois e porcos. Em 1978, uma jovem empresa de biotecnologia chamada Genentech produziu a primeira insulina fabricada sinteticamente, que poderia ser produzida em grande quantidade. Usando bactérias ou leveduras como "fábricas" em miniatura, o gene para a insulina humana foi inserido no DNA bacteriano. O resultado foi a insulina humana, chamada de insulina de DNA recombinante, que não provocou os problemas que a insulina animal às vezes provocava. Quando se tornou largamente acessível no início dos anos 80, essa nova insulina mudou para sempre o tratamento da diabetes. Hoje, praticamente todos os portadores de diabetes que precisam de insulina usam uma forma de insulina humana recombinante em vez de insulina animal. A insulina foi extraída de forma bem sucedida do pâncreas de um cachorro, em 1922.
A era moderna tem estado cheia de avanços tecnológicos surpreendentes - viagem em alta velocidade, Internet etc. Entretanto, se você tem diabetes tipo um, com certeza você não é fã de uma inovação do século 20, em particular: terapia com insulina. Antes de existir a terapia com insulina, as pessoas, cujos
insulina de DNA recombinante, que não causa os problemas que a insulina animal às vezes causa. Diga a palavra insulina e quase todos terão uma história para contar e que, geralmente, não tem um final feliz. "Minha tia começou a tomar insulina e, logo depois, acabou ficando cega". "Conheço uma pessoa que toma insulina e está sempre doente". "Minha amiga começou a tomar insulina e ganhou 18 kg no ano passado". Além de histórias como estas, os profissionais da área da saúde também são conhecidos por ameaçarem seus pacientes com o uso da insulina como uma ferramenta de motivação. E dizem: "se você não se cuidar, tomar seus comprimidos, seguir a dieta rigorosamente, e começar a se exercitar regularmente, você precisará tomar insulina" ou "se isto não der certo, a única coisa que nos resta será a insulina".
Figura 1. Charles Herbert Best (1899 — 1978) foi um fisiologista canadense. Foi figura de destaque nas pesquisas sobre sangue e diabetes, assistente de Frederick Grant Banting na descoberta da insulina, em 1922.
A Insulina é o hormônio responsável pela redução da glicemia (taxa de glicose no sangue), ao promover o ingresso de glicose nas células. Ela também é essencial no consumo de carboidratos, na síntese de proteínas e no armazenamento de lipídios (gorduras). A taxa de glicose no sangue pode variar por diversos motivios, podemos citar algums que proporcionam o aumento dessa taxa como comida, estresse, menstruação, gravidez e certos medicamentos. Com a Insulina, quando os não diabéticos fazem a digestão, o nível da glicose sobe, o que desencadeia a liberação de insulina no sangue, pelo pâncreas. Esta insulina permite às células usarem glicose. Como as células usam a glicose, os níveis de glicose no sangue baixam.
Podemos entaõ entender que função metabólica da insulina no corpo humano é regular o metabolismo da glicose por todos os tecidos do corpo, com exceção do cérebro. Ela aumenta a velocidade de transporte da glicose para dentro das células musculares e do tecido adiposo. Com a captação da glicose, se ela não for imediatamente catabolizada como fonte de obtenção energética, gera-se glicogênio nos músculos e triglicerídeos no tecido adiposo. Ou seja, o efeito da insulina é hipoglicemiante, visto que reduz a glicemia sangüínea. Dentre suas funções principais, está o transporte de proteínas (aminoácidos) e carboidratos (glicose) para dentro da célula. Porém, o efeito da insulina é uma faca de dois gumes, pois ela pode evitar a quebra de gorduras e ainda aumentar a sua reserva. Podemos dizer que através da quantidade de glicose disponível no sangue. Se a taxa de glicose está baixa no sangue receptores no fígado são acionados para que ocorra a quebra de glicogênio em glicose. A insulina coloca a glicose circulante no sangue p/ dentro da célula onde ela será consumida ou armazenada (no fígado em forma de glicogênio). No aumento da síntese de glicogênio: a insulina induz à armazenagem de glicose nas células do fígado (e dos músculos) na forma de glicogênio; a diminuição dos níveis de insulina ocasiona a conversão do glicogênio de volta a glicose pelas células do fígado e a excreção da substância no sangue. É a ação clínica da insulina que reduz os níveis altos de glicemia diagnosticados na diabetes. Ela e produzida para “queimar” o açúcar em nosso organismo. A insulina tem sua atuação voltada para a absorção de glicose pelas células do fígado, músculos esqueléticos e tecido adiposo, diminuindo sua concentração devido à retirada de glicose do sangue. Quando hidratos de carbono são ingeridos e absorvidos, a glicemia aumenta; neste momento, células produtoras de insulina liberam este hormônio para a corrente sanguínea. Esta liberação reduz a glicemia, dirigindo a glicose do sangue para o fígado, músculos e tecido adiposo, a fim se ser usada mais tarde na produção de energia. Por ter sido o primeiro dos hormônios a ser purificado, cristalizado e sintetizado por técnicas de biologia molecular, a insulina é considerada como modelo de hormônio peptídico. O importante conceito de pro peptídeo advém do estudo de sua síntese. Sua importância médica é fundamental, cerca de cinco por cento da população de países desenvolvidos tem diabetes mellitus, e outros cinco por cento poderão
Figura 2. Tabela das ações da insulina no metabolismo
A palavra glucagon deriva de gluco, glucose (glicose) e agon, agonista, ou agonista para a glicose. O Glucagon é um hormônio polipeptídeo produzido nas células alfa das ilhotas de Langerhans do pâncreas e também em células espalhadas pelo trato
gastrointestinal. São conhecidas inúmeras formas de glucagon, sendo que a forma biologicamente ativa tem 29 aminoácidos. É um hormônio muito importante no metabolismo dos carboidratos. Sua ação mais conhecida é aumentar a glicemia (nível de glicose no sangue), contrapondo-se aos efeitos da insulina. O glucagon age na conversão do ATP (trifosfato de adenosina) a AMP-cíclico, composto importante na iniciação da glicogenólise, com imediata produção e liberação de glicose pelo fígado. O glucagon ajuda a manter os níveis de glicose no sangue ao se ligar aos receptores do glucagon nos hepatócitos (células do fígado), fazendo com que o fígado libere glicose - armazenada na forma de glicogênio - através de um processo chamado glicogenólise. Assim que estas reservas acabam, o glucagon faz com que o fígado sintetize glicose adicional através da gliconeogênese. Esta glicose é então lançada na corrente sanguínea. Estes dois mecanismos levam à liberação de glicose pelo fígado, prevenindo o desenvolvimento de uma hipoglicemia. O glucagon é secretado pelas células alfa das ilhotas de Langerhans, é muito importante principalmente para evitar que ocorra uma hipoglicemia acentuada no organismo de uma pessoa. Quando a concentração de glicose no sangue atinge valores baixos, as células alfa das ilhotas de Langerhans liberam uma maior quantidade de glucagon. O glucagon, então, faz com que a glicose sanguínea aumente e retorne aos valores aceitáveis como normal. Os principais mecanismos através dos quais o glucagon faz aumentar a glicemia são: Aumento na glicogenólise (despolimerização do glicogênio armazenado nos tecidos, liberando glicose para a circulação) e o aumento na gliconeogênese, através da qual elementos que não são carboidratos (proteínas e glicerol) transformam-se em glicose. O glucagon age nas mesmas células que a insulina, mas tem efeitos opostos, ele estimula o fígado e os músculos a quebrarem o glicogênio armazenado (glicogenólise) e liberar glicose e estimula a gliconeogênese no fígado e rins. Diferente da insulina, o glucagon mobiliza glicose das reservas de dentro do corpo e aumenta as concentrações de glicose na corrente sangüínea; caso contrário, a glicose do seu sangue cairia para níveis perigosamente baixos. Então como acabamos de ver o glucagon tem como principal função
Cada Ilhota de Langerhans é constituída por diversos tipos de células. Destacam-se as células alfa, que produzem o hormônio glucagon e as células beta, que produzem a insulina. Ambos os hormônios, insulina e glucagon, são bastante importantes devido aos seus efeitos no metabolismo dos carboidratos, proteínas e gorduras. A Insulina é produzida pelas células beta das ilhotas de Langerhans, atua no metabolismo dos carboidratos, proteínas e gorduras. O Glucagon é secretado pelas células alfa das ilhotas de Langerhans, é muito importante principalmente para evitar que ocorra uma hipoglicemia acentuada no organismo de uma pessoa. A partir de agora daremos maior atenção nas ações ligadas á Insulina. A Insulina é um hormônio polipeptídico produzido pelas células betas das ilhotas de Langerhans – grupos de células que fazem parte da porção endócrina do pâncreas (Figura 3.2). Seus efeitos metabólicos são anabólicos, favorecendo por exemplo, a síntese de glicogênio, de triacilgliceróis e de proteínas.
Figura 3. Ilhotas de Langerhans
A insulina é composta de 51 aminoácidos arranjados em duas cadeias polipeptídicas, designadas A e B, as quais estão unidas por duas pontes dissulfeto (Figura 3.3A). A molécula de insulina também contém uma ligação dissulfeto intramolecular entre resíduos de aminoácidos da cadeia A. A insulina bovina difere da humana em três posições de aminoácidos, enquanto a insulina porcina varia em apenas uma posição.
B. SÍNTESE DA INSULINA O processamento e o transporte de intermediários que ocorrem durante a síntese de insulina são mostrados nas Figuras 3.3B e 3.4. Note que a biossíntese envolve dois precursores inativos, a pré-pró-insulina e a pró-insulina, que são clivados seqüencialmente para formar o hormônio ativo mais o peptídeo C (Veja a Figura 3.4). O peptídeo C é essencial para a organização correta da molécula de insulina, além disso, devido
a sua meia-vida mais longa no plasma, o peptídeo C é um bom indicador da produção e da secreção de insulina no diabetes juvenil. A insulina é estocada em grânulos de citosol que, com o estímulo apropriado é liberada por exocitose, A insulina é degradada pela enzima insulinase, presente no fígado e, em menor quantidade, nos rins. A insulina possui uma meia-vida plasmática de aproximadamente seis minutos. Essa curta duração de ação permite alterações rápidas nos níveis circulantes desse hormônio.
Figura 3. A. Estrutura da insulina. B. Formação da insulina a partir da pré-pró-insulina.
Figura 3. Movimentos intracelulares da Insulina e seus precursores. RER= Retículo endoplasmático rugoso
C. REGULAÇÃO E SECREÇÃO DA INSULINA
situações de emergência, o sistema nervoso simpático substitui em grande parte a concentração plasmática de glicose como influência controlada da secreção das células beta. A regulação da secreção de insulina está resumida na Figura 3.6.
Figura 3. Alterações dos níveis sangüíneos de glicose, insulina e glucagon após a ingestão de uma refeição rica em carboidratos.
Figura 3.6 Regulação e liberação da insulina pelas células beta pancreáticas.
d. EFEITOS METABÓLICOS DA INSULINA
a. Diminuição na degradação de triacilgliceróis. A insulina diminui os níveis de ácidos graxos circulantes por inibir a atividade da lípase sensível a hormônio no tecido adiposo. A insulina provavelmente age por promover a desfosforilação e, portanto, a inativação da enzima.
b. Aumento na síntese de triacilgliceróis. A insulina aumenta o transporte e o metabolismo da glicose nos adipócitos, fornecendo o substrato glicerol-3-fosfato para a síntese de triacilglirecróis. A insulina também aumenta a atividade da lípase lipoprotéica no tecido adiposo, por aumentar a síntese da enzima, fornecendo assim, ácidos graxos para a esterificação.
e. MECANISMO DE AÇÃO DA INSULINA A insulina liga-se a receptores específicos de alta afinidade na membrana celular da maioria dos tecidos, incluindo o fígado, o músculo e o tecido adiposo. Esse é o primeiro passo em uma cascata de reações, levando finalmente a um conjunto de ações biológicas diversas.
atividade enzimática induzidas pela insulina em muitos tipos de células ocorrem dentro de minutos a horas e refletem alterações no estado de fosforilação de proteínas existentes. A insulina também desencadeia um aumento na quantidade de muitas enzimas, como a glicocinase, a fosfofrutocinase e a piruvato-cinase, que requerem horas e dias. Essas alterações refletem um aumento na transcrição gênica, no RNAm e na síntese enzimática. Abordaremos agora alguns pontos importantes sobre o Glucagon.
O glucagon é um hormônio polipeptídico secretado pelas células alfa das ilhotas de Langerhans pancreáticas. O glucagon, juntamente com a adrenalina, c cortisol e o hormônio do crescimento (os hormônios contra- reguladores), se opõe a muitas das ações da insulina. Em especial, o glucagon age na manutenção dos níveis de glicose sangüínea, pela ativação da glicogenólise e da gliconeogênese hepáticas. O glucagon é composto por 29 aminoácidos arranjados em uma única cadeia polipeptídica. Ao contrário da insulina, a seqüência de aminoácidos no glucagon é a mesma em todas as espécies de mamíferos, examinadas até o momento. O glucagon é sintetizado como uma grande molécula precursora, que é convertida no glucagon através de uma série de clivagens proteolíticas seletivas, similares àquelas descritas na biossíntese da insulina.
A. ESTÍMULO DA SECREÇÃO DE GLUCAGON A célula alfa é responsiva um uma variedade de estímulos que sinalizam uma hipoglicemia real ou potencial. Especialmente a secreção do glucagon é aumentada por:
Uma diminuição na concentração plasmática de glicose é o principal estímulo para a liberação de glucagon. Durante um jejum noturno ou prolongado, os níveis elevados de glucagon previnem a hipoglicemia.
A secreção de glucagon diminui significamente com o aumento de glicose e de insulina no sangue. Essas substâncias estão aumentas após a ingestão de glicose ou de uma refeição rica em carboidratos. A regulação da secreção do glucagon está resumida na Figura 3.9.
Figura 3.