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Insuficiencia Respiratoria, Trabalhos de Pneumologia

artigo cientifico sobre abordagem inicial a criança com insuficiência respiratória

Tipologia: Trabalhos

2021

Compartilhado em 07/08/2021

leticiaramos70
leticiaramos70 🇧🇷

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ABORDAGEM INICIAL DA CRIANÇA COM INSUFICIÊNCIA
RESPIRATÓRIA
Letícia Geovanna Ramos Germano 1
Késsia Karina Alves de Oliveira 2
Maria Beatriz Mariz Maia de Freitas 3
Millena Maria Maciel Pinto 4
Isabela Tatiana Sales de Arruda 5
INTRODUÇÃO
A emergência é um atendimento que apresenta risco iminente de vida e exige
tratamento imediato para manter as funções vitais e evitar complicações graves. as
urgências são casos que não envolvem risco de vida iminente, mas precisam de atendimento
com brevidade para evitar agravamento. No âmbito da medicina, a sobrevivência de crianças
com ferimentos ou doenças graves é influenciada pela organização oportuna e adequada do
cuidado pediátrico de emergência. Este cuidado inclui desde a identificação precoce dos
problemas, até os cuidados pré-hospitalares e de reabilitação (GIGLIO-JACQUEMOT, 2005).
Na população pediátrica, a principal causa de mortalidade é o comprometimento do
sistema respiratório. De acordo com a OMS, cerca de 12,9 milhões de crianças menores que
cinco anos morrem por ano, sendo aproximadamente 4,3 milhões por doença respiratória. Este
fato deve-se às peculiaridades anatômicas e às características fisiológicas e imunológicas do
aparelho, que se modifica ao decorrer da idade. Identificar e manobrar apropriadamente o
comprometimento respiratório em crianças são habilidades de extrema importância para
médicos que trabalham em serviços de urgência (TOYOSHIMA et al., 2005).
1 Graduando do Curso de Medicina da Faculdade de Medicina Nova Esperança FAMENE,
leticiaramosg@outlook.com;
2 Graduando do Curso de Medicina da Faculdade de Medicina Nova Esperança - FAMENE,
kessiakarina1@gmail.com;
3 Graduando do Curso de Medicina da Faculdade de Medicina Nova Esperança FAMENE,
millenamaciel9@hotmail.com;
4 Graduando do Curso de Medicina da Faculdade de Medicina Nova Esperança FAMENE,
mariabeatrizmariz@hotmail.com;
5 Professor orientador: titulação, Faculdade Ciências - UF, isabelaarruda@yahoo.com.br.
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ABORDAGEM INICIAL DA CRIANÇA COM INSUFICIÊNCIA

RESPIRATÓRIA

Letícia Geovanna Ramos Germano 1 Késsia Karina Alves de Oliveira 2 Maria Beatriz Mariz Maia de Freitas 3 Millena Maria Maciel Pinto 4 Isabela Tatiana Sales de Arruda 5 INTRODUÇÃO A emergência é um atendimento que apresenta risco iminente de vida e exige tratamento imediato para manter as funções vitais e evitar complicações graves. Já as urgências são casos que não envolvem risco de vida iminente, mas precisam de atendimento com brevidade para evitar agravamento. No âmbito da medicina, a sobrevivência de crianças com ferimentos ou doenças graves é influenciada pela organização oportuna e adequada do cuidado pediátrico de emergência. Este cuidado inclui desde a identificação precoce dos problemas, até os cuidados pré-hospitalares e de reabilitação (GIGLIO-JACQUEMOT, 2005). Na população pediátrica, a principal causa de mortalidade é o comprometimento do sistema respiratório. De acordo com a OMS, cerca de 12,9 milhões de crianças menores que cinco anos morrem por ano, sendo aproximadamente 4,3 milhões por doença respiratória. Este fato deve-se às peculiaridades anatômicas e às características fisiológicas e imunológicas do aparelho, que se modifica ao decorrer da idade. Identificar e manobrar apropriadamente o comprometimento respiratório em crianças são habilidades de extrema importância para médicos que trabalham em serviços de urgência (TOYOSHIMA et al., 2005). (^1) Graduando do Curso de Medicina da Faculdade de Medicina Nova Esperança – FAMENE, leticiaramosg@outlook.com; (^2) Graduando do Curso de Medicina da Faculdade de Medicina Nova Esperança - FAMENE, kessiakarina1@gmail.com; (^3) Graduando do Curso de Medicina da Faculdade de Medicina Nova Esperança – FAMENE, millenamaciel9@hotmail.com; (^4) Graduando do Curso de Medicina da Faculdade de Medicina Nova Esperança – FAMENE, mariabeatrizmariz@hotmail.com; (^5) Professor orientador: titulação, Faculdade Ciências - UF, isabelaarruda@yahoo.com.br.

Segundo La Torre (2006), a insuficiência respiratória (IR), que é a principal causa de admissão em UTI, é a incapacidade do sistema em manter a oxigenação e/ou ventilação ocasionando falha no suprimento das demandas metabólicas do organismo. O quadro clínico da IR pode variar de acordo com as causas da doença e o intervalo etático da criança, desta maneira, é imprescindível o reconhecimento prévio e ações imediatas de tratamento para a parada cardiorrespiratória. Logo, o diagnóstico antecipado da insuficiência respiratória é de importância imprescindível, haja vista que o desfecho após a parada respiratória é bem melhor do que após a parada cardíaca (70% vs. 10% de sobrevida). Desse modo, percebe-se que quanto mais cedo os sinais desconforto respiratório ou de IR forem detectados e quanto mais prévio for o começo da terapia apropriada, evitando-se evolução para parada cardíaca, maiores serão as chances de sobrevivência (MINISTÉRIO DA SAÚDE DO BRASIL, 2001). Dessa maneira, se tem como objetivo da pesquisa descrever o principal mecanismo fisiopatológico da insuficiência respiratória na criança, e também discutir alguns aspectos do diagnóstico diferencial e do tratamento. Logo, o conhecimento da abordagem inicial da criança com insuficiência respiratória é fundamental, tendo em vista que essa por sua vez auxilia no diagnóstico e tratamento precoce da IR. REFERENCIAL TEÓRICO O aparelho respiratório é, entre todos os aparelhos e sistemas do organismo, o mais frequentemente atingido por doenças, constituindo as afecções respiratórias um dos grupos nosológicos com mais morbilidade e mortalidade nos serviços hospitalares de pediatria. Na globalidade, 80-90% das doenças respiratórias são causadas por infecções das vias aéreas superiores, 70-80% de etiologia virica e 20-30% de etiologia bacteriana (ROCHA et al., 2006). A insuficiência respiratória aguda é definida funcionalmente pela incapacidade de o sistema respiratório suprir as demandas metabólicas dos tecidos, sendo reconhecida quando ocorrer qualquer prejuízo à ventilação ou à oxigenação (SCHVARTSMAN et al., 2018).

como toda anormalidade que se manifesta por diminuição da pO2 arterial (<50 mmHg) associada ou não com aumento do pCO2 (>50 mmHg) em um paciente respirando no nível do mar e com uma fração de oxigênio inspirada (FiO2) de 21% o ar ambiente (PIVA et al, 1998). METODOLOGIA (OU MATERIAIS E MÉTODOS) Trata-se de um artigo de revisão bibliográfica, cujo tema é a abordagem inicial da criança com insuficiência respiratória. A pesquisa, de natureza básica e sistemática, foi feita em bases de material bibliográfico, como livro, artigos e revistas, recolhidas nas bases de dados: SCIELO, PUBMED e BVS. Os descritores utilizados foram: diagnóstico da insuficiência respiratória, impacto no sistema respiratório e tratamento. Como métodos, houve a seleção de obras literárias dos últimos 22 anos, nos idiomas português, inglês e espanhol. Como critério de inclusão foi considerado estudos qualitativos e, como não se aborda de uma pesquisa de ordem prática, mas sim realizada por meio do apuramento em textos científicos para revisão da literatura científica, não foi preciso da aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). RESULTADOS E DISCUSSÃO É notório que gasometria arterial é proveitosa na avaliação da oxigenação, ventilação e metabolismo celular, servindo também como auxílio na discriminação do processo agudo ou crônico na abordagem da insuficiência respiratória. Um bom parâmetro para a monitorização contínua e para avaliação da resposta imediata da oxigenoterapia é a oximetria de pulso. Os valores de pH(7,39), PCO2(37 mmHg) e PaO2(96 mmHg) estão sujeitos a modificações constantes que dependem do metabolismo, da ventilação alveolar, da perfusão tissular, do débito cardíaco, entre diversos outros (LA TORRE, 2013). Outrossim, os mecanismos fisiopatológicos que levam à insuficiência respiratória podem se dividir em falha de oxigenação e falha de ventilação. A falha de oxigenação gerada no aparelho respiratório pode ser provocada por alteração de difusão na membrana alveolocapilar ou, mais classicamente, pela relação desigual entre a ventilação alveolar e o fluxo sanguíneo alveolar (V/Q). Embora a relação V/Q no pulmão seja fisiologicamente

heterogênea, é bem regulada e, por esse motivo, a PaO ₂nos indivíduos normais varia no acanhado limite entre 85 e 100 mmHg. Condições patológicas, entretanto, podem oscilar essa relação levando ao extremo as áreas perfundidas, contudo não ventiladas, em que o ar entra desoxigenado e sai desoxigenado; no outro extremo as áreas ventiladas, porém não perfundidas, situação em que a ventilação está sendo perdida. Já a falha de ventilação ocorre quando o volume-minuto - produto da frequência respiratória pelo volume corrente - está diminuído. Na vigência de respiração superficial e/ou bradipnéia o CO ₂não é removido corretamente, resultando em hipercapnia (SCHVARTSMAN, 2018). Assim, as metas terapêuticas têm como dever garantir ventilação e oxigenação reduzidas para a manutenção da homeostase do paciente. Com o foco nas vias aéreas, respiração e circulação tem como intuito a permeabilização das vias superiores com posicionamento adequado do segmento, fornecendo suplementação de O2, de acordo com o estado clínico da criança, aperfeiçoar o suporte cardiovascular e o recurso terapêutico para a doença base que determinou a insuficiência (CARVALHO, 2017). Sob esse viés, a intervenção inicial baseia-se na anamnese pediátrica ágil e dirigida, com o objetivo de classificar o tipo e a gravidade do problema respiratório, e posteriormente, a cada intervenção, deve-se reavaliar o paciente. O intuito primordial do tratamento é reparar a oxigenação e a ventilação adequadas. Ainda, notabiliza-se que a apuração prévia dos sinais de insuficiência respiratória e o começo rápido do tratamento permitem uma melhor evolução do doente. O tratamento varia dependendo do caso do paciente, ele compreende a permeabilização das vias aéreas, a ventilação assistida e a oxigenoterapia, a manutenção da circulação adequada pela fluidoterapia e uso de drogas vasoativas. Quando necessário, a otimização do transporte de oxigênio pela transfusão de concentrado de hemácia, antibioticoterapia para as causas infecciosas, correção dos distúrbios hidroeletrolíticos e metabólicos, a fisioterapia e o suporte nutricional (MATSUNO, 2012). CONSIDERAÇÕES FINAIS Como foi exposto no decorrer do trabalho, a insuficiência respiratória aguda não seria a principal causa da parada cardíaca na população pediátrica, logo, o reconhecimento prévio de tal condição como também o seu tratamento de forma adequada, devem ser encarados

PIVA, Jefferson Pedro; GARCIA, Pedro Celiny Ramos; SANTANA, João Carlos Batista; BARRETO, Sérgio Saldanha Menna. Insuficiência respiratória na criança. Rio de Janeiro, RJ: Jornal de Pediatria, 1998. GIGLIO-JACQUEMOT, A. Definições de urgência e emergência: critérios e limitações. Rio de Janeiro, RJ: Editora FIOCRUZ, 2005. MINISTÉRIO DA SAÚDE DO BRASIL. Doenças relacionadas ao trabalho. Brasília, DF: Editora MS, 2001.