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Efeitos do Envelhecimento na Dentina: Alterações na Desmineralização e Forças de Adeção, Notas de estudo de Ciências da Saúde

Informações sobre as diferenças na desmineralização da dentina em diferentes grupos etários e o efeito do envelhecimento nas forças de adesão à dentina. O texto aborda a importância do conhecimento das condições médicas e farmacoterapia aplicadas aos pacientes geriátricos para contrariar a deterioração da dentina. Além disso, são discutidos os papel dos túbulos dentinários, a dentina intratubular e interna, e a dentina terciária na estrutura e mineralização da dentina.

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Nazario185
Nazario185 🇧🇷

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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
EGAS MONIZ
MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA DENTÁRIA
O EFEITO DO ENVELHECIMENTO NAS FORÇAS DE ADESÃO À
DENTINA
Trabalho submetido por
Adriana Amaral Veloso
para a obtenção do grau de Mestre em Medicina Dentária
junho de 2016
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Baixe Efeitos do Envelhecimento na Dentina: Alterações na Desmineralização e Forças de Adeção e outras Notas de estudo em PDF para Ciências da Saúde, somente na Docsity!

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

EGAS MONIZ

MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA DENTÁRIA

O EFEITO DO ENVELHECIMENTO NAS FORÇAS DE ADESÃO À

DENTINA

Trabalho submetido por

Adriana Amaral Veloso

para a obtenção do grau de Mestre em Medicina Dentária

junho de 2016

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

EGAS MONIZ

MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA DENTÁRIA

O EFEITO DO ENVELHECIMENTO NAS FORÇAS DE ADESÃO À

DENTINA

Trabalho submetido por

Adriana Amaral Veloso

para a obtenção do grau de Mestre em Medicina Dentária

Trabalho orientado por Prof. Doutor Vitor Tavares

junho de 2016

Agradecimentos

A realização deste trabalho, que representa o culminar de cinco anos de esforço, dedicação e entrega, apenas foi possível com o apoio de pessoas às quais não posso deixar de prestar os meus agradecimentos.

Assim, gostaria de agradecer em primeiro lugar ao meu orientador, Prof. Doutor Vitor Tavares, por toda a disponibilidade, paciência, por todas as dúvidas esclarecidas e por todos os conhecimentos transmitidos, que em muito enriqueceram este projeto.

À minha família, em especial aos meus pais, irmão e avó, por fazerem de mim a pessoa que sou e pelo apoio e orgulho incondicional. Para vocês as palavras nunca vão ser suficientes.

À minha parceira de box, Maria Afonso, pela amizade, pelo companheirismo e por tudo aquilo que alcançámos juntas.

Aos amigos de sempre e aos amigos que ganhei nesta Academia, em especial à Vanessa, à Beatriz, às Xanas e à Raquel, por estarem sempre comigo, por toda a força e por nunca me deixarem desistir. Vocês fazem tudo valer a pena.

Abstract

Aging is a natural process and it is transversal to all living beings. It is accompanied by a series of pathophysiological changes affecting, significantly or not, oral and general health.

In the last years, advances in oral health have enabled an increase in the permanence of natural dentition and a decrease in the prevalence of the main oral diseases that affect the elderly - periodontal disease and tooth decay - although they are still relevant.

The structural and morphological complexity of dentin makes it a substrate to which it is difficult to bond. Furthermore, over time this will suffer changes of which the most significant relates to the increase in mineralization due to the occlusion of dentinal tubules

  • the main constituents of the microstructure of the tissue - by inorganic material. This process is called physiological sclerosis and leads, without fail, to a decrease in permeability.

The adhesion to dentin is a procedure that includes the substitution of mineral material by resin monomers. For this to happen it is essential the action of an acidic agent, responsible for the demineralization of tissues, which allows the creation of micro pores that allow infiltration of the resin. In this regard, aged dentin, having higher mineral content, becomes more resistant to acid attack. However, there is no consensus on how these changes affect the effectiveness and durability of the bond, and there are variations according to the authors.

Keywords: "dentin", "aging", "dentin bonding", "adhesive systems".

Índice

  • I – Introdução..................................................................................................................
  • II – Desenvolvimento
      1. Caracterização do paciente idoso
      1. Caracterização da dentina
      • 2.1. Composição
      • 2.2. Microestrutura
      • 2.3. Propriedades mecânicas
        • 2.3.1. Resistência
        • 2.3.2. Dureza.................................................................................................
        • 2.3.3. Elasticidade.........................................................................................
      • 2.4. Tipos de dentina
        • 2.4.1. Dentina primária
        • 2.4.2. Dentina secundária
        • 2.4.3. Dentina terciária
      • 2.5. Considerações clínicas
        • 2.5.1. Permeabilidade
        • 2.5.2. Sensibilidade.......................................................................................
        • 2.5.3. Resposta a estímulos...........................................................................
      1. Alterações da dentina com o envelhecimento
      1. Princípios de adesão à dentina
      • 4.1. Conceitos básicos de adesão
      • 4.2. Particularidades de adesão à dentina
      • 4.3. Smear layer , camada híbrida e tags de resina
        • 4.3.1. Smear layer
        • 4.3.2. Camada híbrida e tags de resina
      • 4.4. Classificação dos sistemas adesivos
        • 4.4.1. Sistemas adesivos etch-and-rinse
          • 4.4.1.1. Sistemas adesivos etch-and-rinse de 3 passos
          • 4.4.1.2. Sistemas adesivos etch-and-rinse de 2 passos
        • 4.4.2. Sistemas adesivos self-etch ou e tch-and-dry
      • 4.4.2.1. Sistemas adesivos self-etch de 2 passos
      • 4.4.2.2. Sistemas adesivos self-etch de 1 passo
      1. Adesão à dentina envelhecida.............................................................................
  • III – Conclusões
  • IV – Bibliografia.............................................................................................................

Índice de Tabelas

Tabela 1 - Sistemas adesivos .......................................................................................... 50

Tabela 2 - Estudos comparativos dos efeitos do envelhecimento nas forças de adesão à dentina ............................................................................................................................ 60

Lista de Abreviaturas

μm – micrómetros

10-MDP - 10- metacriloiloxidecil dihidrogeno fosfato

4-META - 4-metacriloxietil trimelitato anidro

Bis-GMA – bisfenol glicidil metacrilato

Fenil-P - 2-metacriloxietil-fenil-hidrogênio fosfato

GPa – giga pascal

HEMA – Hidroxietil metacrilato

JAD – Junção Amelo-Dentinária

Kg – quilograma

MEV – Microscopia Eletrónica de Varredura

mm – milímetros

MPa – Mega pascal

nm – nanómetros

OMS – Organização Mundial de Saúde

ONU – Organização das Nações Unidas

TEGDMA – Trietilenoglicol dimetacrilato

UDMA – Uretano dimetacrilato

δ – Delta

O efeito do envelhecimento nas forças de adesão à dentina

dimensões mais amplas e profundas, atingindo a dentina, um tecido mais fácil de se deteriorar (Chun, Choi, & Lee, 2014).

A dentina é um tecido constituído, maioritariamente, por matéria inorgânica – na qual se inclui a hidroxiapatite – e por uma menor quantidade de matéria orgânica – o colagénio

  • e água (Carvalho, Tjäderhane, Manso, Carrilho, & Carvalho, 2012). A sua estrutura é composta pelos túbulos dentinários (Montoya, Arango-Santander, Peláez-Vargas, Arola, & Ossa, 2015), cujo número e diâmetro varia consoante a profundidade, com uma maior área e diâmetro junto à polpa (Li, An, & Zhang, 2015).

O tratamento da cárie passa pela eliminação do tecido cariado, o foco da infeção, e substituição por um material restaurador. Durante cerca de 150 anos o material mais utilizado pelos profissionais foi a amálgama, que exigia e remoção de uma grande quantidade de tecido para proporcionar a retenção – essencialmente mecânica – necessária. Este material foi substituído com o surgimento das restaurações adesivas que incluíam a eliminação apenas do tecido cariado e utilização de um sistema adesivo para unir o material restaurador – a resina composta – ao tecido remanescente (Kreulen, Gerritsen, & Creugers, 2014).

A dentina é considerada o maior tecido dentário disponível para a adesão. Pela sua morfologia e fisiologia características, a adesão a este substrato é um processo desafiante, sujeito a interferências multifatoriais (Carvalho et al., 2012), contrariamente ao que se sucede no esmalte (Martins et al., 2008). Além disso, com o envelhecimento surgem alterações fisiológicas na dentina, com um aumento considerável do grau de mineralização e consequente aumento da espessura da dentina e redução da permeabilidade, o que representam ainda maiores condicionantes na estabilidade da interface adesiva (Perdigão, Sezinando, & Monteiro, 2013).

O sucesso das técnicas restauradoras empregues atualmente são dependentes das propriedades dos sistemas adesivos utilizados. Apesar dos progressos significativos que se têm verificado nos últimos anos nesta área, a interface adesiva continua a ser a zona mais débil das restaurações. Quando esta é exposta à cavidade oral fica sujeita a inúmeros agentes destrutivos ocorrendo, frequentemente, descolorações, má adaptação marginal e consequente perda de retenção da restauração. Desta forma, a durabilidade e a estabilidade da adesão alcançada por alguns sistemas adesivos permanece, ainda, contestável (Breschi et al., 2008).

Introdução

Hoje em dia, a utilização dos sistemas adesivos pode ser feita segundo duas estratégias diferentes: removendo ou mantendo a smear layer. A primeira denomina-se técnica etch- and-rinse e subdivide-se em três e dois passos e a segunda técnica self-etch , com dois ou um passo (Breschi et al., 2008).

A adesão à dentina é alcançada, essencialmente, através de um mecanismo de substituição do conteúdo mineral pelos monómeros de resina, o que resulta na formação de um bio compósito constituído por fibras de colagénio e resina polimerizada, capaz de formar uma ligação firme e permanente com o tecido remanescente (Carvalho et al., 2012)

Com esta revisão bibliográfica pretendo avaliar os efeitos do envelhecimento biológico na dentina e como estes podem alterar, ou não, as forças adesivas dos materiais dentários restauradores, comparativamente à dentina jovem.