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Iniciação do Basquete- 6 aos 12 anos, Manuais, Projetos, Pesquisas de Educação Física

Artigo - Artigo

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2010

Compartilhado em 28/04/2010

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graci-von-dentz-8 🇧🇷

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CARLOS HENRIQUE MOSCHEGNI
FUNDAMENTOS DA INICIAÇÃO AO BASQUETEBOL PARA
CRIANÇAS DOS 6 AOS 12 ANOS
BATATAIS
2005
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CARLOS HENRIQUE MOSCHEGNI

FUNDAMENTOS DA INICIAÇÃO AO BASQUETEBOL PARA

CRIANÇAS DOS 6 AOS 12 ANOS

BATATAIS

CARLOS HENRIQUE MOSCHEGNI

FUNDAMENTOS DA INICIAÇÃO AO BASQUETEBOL PARA

CRIANÇAS DOS 6 AOS 12 ANOS

Monografia apresentada ao Centro Universitário Claretiano como requisito parcial para obtenção do título de graduação em EducaçãoFísica. Orientador: Profº. Alex de Castro Mendonça.

BATATAIS

RESUMO

O basquetebol na infância auxilia na adaptação, coordenação e entendimento do esporte que, iniciado na faixa etária dos 6 aos 12 anos, deve ser apresentado de forma lúdica. O treinamento precoce pode causar vários problemas a criança como o estresse e o excesso de carga que poderá levar a lesões musculares. O educador deve ser capaz de trabalhar a inclusão daquela criança que tem dificuldades ou que seja discriminada pelo grupo, deve ter paciência. De forma psicológica a criança tem que sofrer um elogio, um incentivo durante os exercícios, ser valorizada pelo seu desempenho e de forma filosófica devemos ter uma visão dos valores e do comportamento da criança. Existe sempre uma preocupação com lesões que podem ocorrer no basquetebol e para tanto a preocupação com a alimentação, o condicionamento físico, a hidratação, o aquecimento, a manutenção dos equipamentos, assim surge o mini basquetebol que é trabalhado de forma pedagógica onde a criança possa aprender o basquetebol de forma que não se imponha a esforços relativos a idade.

Palavras-chave: Basquetebol. Mini-basquetebol. Fundamentos. Treinamento Precoce. Inteligência Múltipla.

Dedico a minha esposa Adriana Roberta, minha filha Jéssica e também aos meus pais João Carlos e Maria Aparecida e a todos que ajudaram direta e indiretamente, apoiando-me nesses quatro anos.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

Apresenta-se neste trabalho a importância da inicialização de um esporte, mais especificamente o basquetebol, para crianças na faixa etária entre 6 e 12 anos, cuja a prática desenvolve o controle emocional, psicológico, sentido de disciplina e trabalha a criança como um todo. Trata-se de forma generalizada os conceitos de aprendizagem e ensino, tentando questionar de forma precoce os educativos para iniciantes do basquetebol, aplicando exercícios adequados para a faixa etária. A aprendizagem deverá seguir uma progressão adequada, sendo do simples ao mais composto em ambiente apropriado. Acredita-se que com esse trabalho pode-se oferecer aos educadores físicos que se interessam pelo esporte, informações de uma metodologia menos desportiva e mais educativa, para que assim possam reduzir a obesidade infantil, o sedentarismo, prevenir doenças, etc.

OBJETIVOS

Durante o período que freqüentei o ensino fundamental, durante as aulas de educação física pouco conteúdo do basquetebol me foi transmitido, o que justifica as minhas dificuldades apresentadas durante as aulas da disciplina, assim realizo este projeto com pesquisas bibliográficas como forma de aquisição de conhecimentos específicos e complementares, bem como possibilitar a outros profissionais informações de interesse ao assunto de forma relativa demonstrando os problemas relacionados entre educação e competição. Devemos deixar que a criança aja de forma espontânea dentro de uma atividade esportiva onde se desenvolva de forma física e psicológica criando hábitos para que ela se interesse pela prática do esporte criando a consciência de um jogo limpo vendo o esporte como uma necessidade e não apenas como um luxo.

CAPÍTULO 1

ASPÉCTOS TÉCNICOS DO BASQUETEBOL

1.1 – DEFINIÇÃO

Na opinião de Daiuto (1991), a aprendizagem do basquetebol só se torna eficaz e prazerosa quando a criança obtiver maturidade, motivação, vontade de aprender e quando existir um local específico para a atividade e também um ensino progressivo. Segundo Paes (1998; apud BALBINO; PAES, 2005. p27):

Oeducacional, podendo promover no praticante modificações tanto na compreensão fenômeno esporte é uma representação simbólica da vida, de natureza dedesenvolvimento individual, aproximando pessoas que tem, neste fenômeno, um valores como de costumes e modo de comportamento, interferindo no meio para estabelecer e manter um melhor relacionamento social.

1.2 – INICIAÇÃO

A dificuldade na aprendizagem do basquetebol na adolescência é devido a falta de iniciativa de uma atividade durante a infância. O basquetebol pode ser desenvolvido em diversos lugares como escolinhas infantis, escolinhas de basquetebol, clubes, etc, para tanto a melhor fase da vida onde as qualidades físicas se desenvolvem com mais facilidade é a idade entre 6 e 12 anos, classificada por Daiuto (1991), como idade de ouro.

Segundo Balbino; Paes (2005, p.17) “a iniciação na modalidade basquetebol [...] leva em conta quatro pontos fundamentais para sua sustentação: diversidade, inclusão, cooperação e autonomia”. Salienta Balbino; Paes (2005), que à respeito da diversidade a criança obtém habilidades motoras além de fazer com que seja mais fácil o seu crescimento e desenvolvimento educativo. A inclusão é importante, pois faz com que a criança participe de um esporte que possa a principio ser utilizado como brincadeira ou exercício sem que haja a exclusão, pois não importa se a criança é alta, baixa, magra, gorda, etc., a cooperação em esportes coletivos é um item que ajuda na educação da criança. A autonomia condiz simplesmente em deixar que a criança trabalhe o esporte de forma menos imposta, pois na iniciação devemos deixar com que a criança se sobressaia sozinha e não tentar fazer dela um atleta. Balbino; Paes (2005) dizem que na pedagogia do basquetebol há cinco pontos presentes na educação das crianças que todo educador deve ter conhecimento. Balbino; Paes (2005, p.20):

movimentohumano (A) (B) inteligências múltiplas

aprendizagem^ (E) social

Figura 2.1 Os cinco aspectos da pratica pedagógica

aspectos (C)psicológicos^ (D) princípiosfilosóficos

elogios verdadeiros. Com relação aos princípios filosóficos na inicialização do basquetebol é objetivar a integração e a visão principal que são os valores e o comportamento da criança. Complementa Balbino; Paes (2005, p.26):

Participação: é preciso jogar para aprender. Cooperação: é preciso “jogar com” ao invés de “jogar contra”. Co-educação: aluno e professor devem jogar juntos. Convivência: é preciso jogar respeitando as diferenças.

Ainda segundo Balbino; Paes (2005), com relação a aprendizagem social a criança consegue conquistar amizades devido a aproximação entre elas durante a realização das atividades do basquetebol. Salienta Daiuto (1991) que o basquetebol na infância auxilia no desenvolvimento do espírito de iniciativa, de equipe e no controle emocional, por tanto utilizado na educação física desenvolve o movimento e os valores da criança. Em resumo o basquetebol beneficia a “Coordenação neuro-muscular; Resistência cárdio-vascular; Ritmo; Agilidade; Força; Equilíbrio; Descontração; Flexibilidade e valores espirituais”. (DAIUTO, 1991, p.73). Para Stocker (1983) o basquetebol deve ser ensinado nas aulas de educação física para alunos na faixa etária entre 10 e 11 anos devido aos movimentos e técnicas serem um pouco difíceis. E para influenciar e facilitar o bom desempenho da criança, há a necessidade de se adaptar ou construir quadras de forma que se possa alterar a altura da tabela. Segundo Rose Junior; Tricoli (2005) o basquetebol ajuda a desenvolver na criança a força que é utilizada para na realização do movimento, a resistência que é responsável pelo estado físico e também a execução do movimento e a velocidade observada quando do deslocamento de receber ou passar a bola. O basquetebol é um esporte que ajuda nas capacidades psicomotoras e de coordenação. Conforme destaca Rose Junior; Tricoli (2005, p.05):

percepção espaço-temporal seleção imagem-campo coordenação multimembros coordenação óculo-manual destreza manual estabilidade braço-mão precisão Segundo Barbanti (1994; apud ROSE JUNIOR; TRICOLI, 2005, p.07), “a técnica é a estrutura racional de um ato motor para atingir determinado objetivo; é a seqüência de movimentos de determinado gesto esportivo.”

1.3 – CARACTERÍSTICAS

O basquetebol pode ser uma prática abordada com maior ênfase dentro da rede de ensino e que na opinião de Daiuto (1991), o basquetebol é um esporte que pode ser incluído na área da educação, pois trabalha a coordenação motora e o ritmo da criança e é um esporte que utilizada todos os músculos do corpo com uma ênfase maior para os músculos dos membros inferiores devido as ações de flexibilidade e contração. Os músculos do abdome e do dorso são utilizados em conseqüência das flexões e rotações, já os músculos dos membros superiores são menos exigidos, porém realizam trabalhos mais precisos em conjunto com os músculos dos membros inferiores, como exemplo na realização de passes e arremesso, já a condição neuro-psico-motor da criança é dividida em quatro fases: Física: até os 8 anos a criança se desenvolve de forma igual com relação a peso e estatura. Intelectual: a vontade de aprender, de saber está interligada a uma atividade motora e começa a se conscientizar em relação as noções de tempo e espaço, mas não tem noção entre o que se quer e o que se pode fazer. Emocional: a criança começa a ter domínio do seu corpo lhe causando uma maior segurança, porém segundo Daiuto (1991, p.34) “[...] a criança não apresenta maturidade

Em nível motor: desenvolve velocidade, agilidade, força, equilíbrio, coordenação,flexibilidade e capacidade cardiorrespiratória (aeróbia e anaeróbia). Em nível cognitivo: desenvolve o raciocínio, melhora a percepção espaço temporal,desenvolve a atenção e aumenta o poder de concentração. Em nível afetivo favorece: sociabilização, espírito de luta, controle da ansiedade eauto-estima.

1.7 – COMO ENSINAR

Todo profissional de Educação Física deve procurar ser descontraído e ter conhecimentos suficientes para a pratica de determinado esporte. Segundo Barbanti; Ugrinowitsch (trad.) (2000), um bom profissional é aquele que acima de tudo tenha afeição pelo que faz, ou seja, que tenha paciência e goste de criança. Uma boa maneira de demonstrar é procurar conhecer todas as crianças que treina, tratando-as como gostaria de ser tratado mostrando estar sempre animado. Ainda segundo Barbanti; Ugrinowitsch (trad.) (2000), o humor é outra virtude de um bom profissional que sabe que um sorriso ou uma boa risada ajuda e dá uma descontraída no ambiente o que auxilia há não se irritar facilmente com os movimentos errados de seus alunos. Conforme Barbanti; Ugrinowitsch (trad.) (2000, p.15):

Torne os treinos divertidos incluindo várias atividades. Mantenha todos os jogadores envolvidos nos exercícios. Considere o riso de seus jogadores um sinal de apreciação, não um ato deindisciplina. Sorria! Salienta Barbanti; Ugrinowitsch (trad.) (2000) que um bom profissional deve ser sincero, que não reclame a toda hora, mas também não finja com falsos elogios as jogadas erradas, pois as crianças sabem quando erraram, então mostre o erro e as encorajem fazendo com que tentem novamente. Fale sempre de forma clara não deixando os alunos em dúvida com seus gestos, fale alto, mas nunca gritando, os alunos podem com o tempo se sentirem desmotivados. Evite também dizer algo a seus alunos e depois dizer a mesma coisa ao

contrário, quer dizer, não desminta hoje o que falou ontem para que assim seus alunos não fiquem confusos. Diz ainda Barbanti; Ugrinowitsch (trad.) (2000), se o aluno aprendeu corretamente a técnica o elogie, pois essa troca auxiliará nos treinos e no seu rendimento. Ainda salienta Barbanti; Ugrinowitsch (trad.) (2000) alguns alunos poderão necessitar de uma ajuda, por isso o profissional deve dedicar um tempo antes ou depois da aula para dar assistência a esse aluno. Barbanti; Ugrinowitsch (trad.) (2000) salientam que o importante para o profissional é ter consciência sobre possíveis lesões no basquetebol e por isso deve estar atento e tomar medidas para evitá-la. Salienta Barbanti; Ugrinowitsch (trad.) (2000, p.52):

[...] nutrição, condicionamento físico, inspeção de instalações e equipamentos,agrupamento de atletas pela maturidade física e prevenção de riscos inerentes, supervisão apropriada e relatórios, intervalos para beber água, aquecimento erelaxamento.