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Muito provavelmente de nada adiantaria uma maior extensibilidade do músculo peitoral menor, que permitiria maior amplitude de movimento escapular se os ...
Tipologia: Slides
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Influência do alongamento da musculatura do aspecto anterior do ombro na cinemática escapular
Dissertação apresentada ao Programa de Pós- graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Mestre.
Área de Concentração: Fisioterapia
Orientadora: Profa. Dra. Anamaria Siriani de Oliveira
Paula Maria Ferreira Camarini
Influência do alongamento do aspecto da musculatura anterior do ombro na cinemática escapular
Aprovado em:
Banca examinadora:
Profa. Dra. Anamaria Siriani de Oliveira Instituição: Curso de Fisioterapia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP Julgamento: Assinatura:
Profa. Dra. Lilian Ramiro Felicio Instituição: Centro Universitário Augusto Motta - UNISUAM Julgamento: Assinatura:
Prof. Dr. Renato de Moraes Instituição: Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto – USP Julgamento: Assinatura:
Dissertação apresentada ao Programa de Pós- graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Mestre.
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período fosse muito fácil, alegre e divertido! Obrigada por estar ao meu lado também nos momentos difíceis. Vou sentir imensas saudades...
Agradeço ao meu noivo Fabio Leme , que deixei em São Paulo para poder cursar o mestrado. Obrigada pela compreensão da minha ausência, por todo amor, carinho e por estar sempre ao meu lado, principalmente quando mais precisei.
Agradeço à minha família que com muito amor sempre apóia, investe, ajuda para que eu consiga atingir meus objetivos e que esteve ao meu lado durante toda essa fase profissional da minha vida. Sem vocês todo esse esforço não teria tanta graça.
Por fim, agradeço a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo ( FAPESP ) pela concessão da bolsa de mestrado (Processo nº2010/13103-4) e auxílio à pesquisa (Processo nº2011/22822-7).
CAMARINI, P. M. F. Influência do alongamento da musculatura do aspecto anterior do ombro na cinemática escapular. 2012. 88 f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, 2012.
A movimentação escapular é de grande importância para o funcionamento adequado do ombro. Indivíduos com disfunção no ombro apresentam uma diminuição da rotação superior e da inclinação posterior e um aumento da rotação interna da escápula durante a elevação do braço. Vários fatores estão envolvidos na alteração da cinemática escapular. Um deles é o encurtamento do músculo peitoral menor, sendo que indivíduos com comprimento de repouso reduzido desse músculo apresentaram diminuição da inclinação posterior e aumento da rotação interna da escápula durante o movimento do braço. Tal alteração cinemática é similar à apresentada por sujeitos com disfunção do ombro e pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de sintomas. Portanto, o objetivo desse estudo foi avaliar a influência de um programa de alongamento da musculatura do aspecto anterior do ombro na cinemática escapular. O sistema eletromagnético de aquisição de dados foi utilizado para avaliar a cinemática escapular pré e pós um programa de alongamento da musculatura do aspecto anterior do ombro. Esse programa foi composto por três repetições de três exercícios de 30 segundos e teve duração de quatro semanas. O modelo linear de efeitos mistos foi utilizado para análise estatística das comparações entre as avaliações pré e pós- programa de alongamento. Não houve diferença estatisticamente significativa entre as avaliações antes e após a intervenção do estudo. Tal resultado sugere que o alongamento sozinho não é capaz de alterar a movimentação escapular, mas pode ser que contribua para o aumento da inclinação posterior se associado com outras intervenções.
Palavras Chave: Reabilitação, Ombro, Exercícios de alongamento muscular.
Figura 12. Exemplo da Interface do software e marcação dos eventos de 30°, 60°, 90° e 120° de elevação úmero-torácica... ............................................................................ 51
Figura 13. Fluxograma... .............................................................................................................. 55
Figura 14. Medidas angulares do movimento de rotação interna/externa da escápula em relação ao tronco durante o movimento de elevação umeral no plano sagital ........................................................................................................................ 59
Figura 15. Medidas angulares do movimento de rotação interna/externa da escápula em relação ao tronco durante o movimento de elevação umeral no plano frontal .......... 62
Figura 16. Medidas angulares do movimento de rotação interna/externa da escápula em relação ao tronco durante o movimento de elevação umeral no plano escapular..................................................................................................................... 65
SCG – Sistema de Coordenadas Global
SCL – Sistema de Coordenadas Local
ISB – International Society of Biomechanics
ACSM – American College of Sports Medicine
Introdução
A posição da escápula sobre o tórax e a sua movimentação adequada são fundamentais para o funcionamento do complexo do ombro, sendo foco importante dos estudos biomecânicos. A escápula precisa se manter como uma plataforma estável de forma a suportar a cabeça umeral durante os movimentos do braço, permitindo congruência entre a cabeça do úmero e a fossa glenóide e proporcionando manutenção da relação comprimento- tensão ótima dos músculos do manguito rotador (VOIGHT, THOMSON, 2000; KIBLER, MCMULLEN 2003; COOLS et al., 2007; REINOLD, ESCAMILLA, WILK, 2009). Além disso, a cinemática escapular adequada contribui para a preservação do espaço subacromial, evitando pinçamento dos tecidos moles contidos nesse local (VOIGHT, THOMSON 2000; LUDEWIG, REYNOLDS, 2009).
Estudos biomecânicos observaram que indivíduos saudáveis apresentam um padrão de movimentação de rotação superior e inclinação posterior progressivas durante a elevação do braço em qualquer plano de movimento umeral. O movimento de rotação interna/externa apresentou maior variabilidade entre os estudos, entretanto, parece haver movimento de rotação externa da escápula no final da amplitude de elevação umeral (LUDEWIG et al., 2009; BRAMAN et al., 2009; MCCLURE et al., 2001).
Acredita-se que alterações desse padrão de movimentação escapular podem diminuir dinamicamente o tamanho do espaço subacromial, aproximando os tendões do manguito rotador e cabeça longa do bíceps do arco coracoacromial, contribuindo para o aparecimento de sintomas de pinçamento subacromial. Tais alterações são, portanto, indesejadas (LUDEWIG, REYNOLDS, 2009).
Introdução
Muitos autores que se propuseram avaliar a efetividade de protocolos de reabilitação para o ombro incluíram o alongamento do músculo peitoral menor como parte dos exercícios (WANG et al., 1999; BANG, DEYLE, 2000; MCCLURE et al., 2004). Entretanto, não existe um estudo que quantifique o efeito isolado do exercício de alongamento do peitoral menor na cinemática escapular. A compreensão de tal efeito proporcionaria maior respaldo científico para a inclusão do exercício de alongamento da musculatura anterior do ombro em programas de reabilitação. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar a influência de um protocolo de alongamento da musculatura do aspecto anterior do ombro na cinemática escapular de indivíduos saudáveis com encurtamento dessa musculatura. Os autores acreditam que após o treino de flexibilidade, os participantes apresentariam maior inclinação posterior e menor rotação interna da escápula.
Cinemática é a ciência que estuda o movimento, preocupando-se com sua descrição e quantificação, sem considerar o que o causa e modifica (ROBERTSON, 1997). Para a descrição dos movimentos, são utilizados sistemas de referência. O sistema de coordenadas global (SCG) é externo ao corpo e fixo no laboratório, tem a finalidade de localizar um corpo no espaço. O sistema de coordenadas local (SCL) é embutido em cada segmento articular a ser analisado, de forma que o movimento é definido por meio da rotação do sistema de eixos de um segmento móvel da articulação em relação a um segmento fixo (ROBERTSON, 1997; WU et al., 2005).
Introdução
A International Society of Biomechanics (ISB) padronizou o SCG para análise dos movimentos do membro superior, de forma que o eixo X é ântero-posterior, o eixo Y, vertical e o eixo Z tem direção látero-lateral. A disposição do SCL também foi padronizada para o membro superior. Com essa padronização, os pesquisadores passariam a utilizar os mesmos sistemas de eixos locais, a descrição do movimento seria a mesma, facilitando a comunicação entre eles e, além disso, tal padronização foi pensada de forma a evitar erros nas análises biomecânicas (WU et al., 2005).
A rotação entre os segmentos analisados é representada por uma sucessão de três rotações dos SCL de um segmento em relação aos eixos de outro segmento. O uso da sequência de rotação dos ângulos de Euler e Cardan permitem a descrição do movimento com significado clínico e, atualmente é a maneira de descrever os movimentos tridimensionais na área da pesquisa. A ISB padronizou o uso das sequências de rotação dos ângulos Cardan ou Euler para cada segmento do membro superior de forma a se obter valores de rotações anatomicamente coerentes e de forma a evitar incidência da indeterminação matemática gimbal lock (WU et al., 2005).
A avaliação cinemática pode ser feita com diferentes métodos, como o eletrogoniômetro, acelerômetro e técnicas de imagem (NEUMANN et al., 2006). O sistema de câmeras utiliza marcadores nos segmentos a serem analisados. Outro método é o sistema eletromagnético de aquisição de dados, utilizado nesta pesquisa. Esse sistema requer o uso de sensores fixos sobre a pele nos segmentos analisados (NEUMANN et al., 2006). Estudos recentes associaram os sensores desse sistema a pinos ósseos fixados na escápula e úmero e compararam com a fixação não invasiva dos sensores sobre a pele para determinar o efeito do deslizamento da pele e tecidos moles em relação ao osso. Ambos os métodos apresentaram resultados similares (BRAMAN et al., 2009).