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Ciclo de Replicação Viral: Chikungunya, Zika e Febre Amarela, Esquemas de Microbiologia

Uma análise aprofundada dos ciclos de replicação de três vírus importantes: chikungunya, zika e febre amarela. Aborda as etapas de cada ciclo, desde a entrada do vírus na célula hospedeira até a liberação de novas partículas virais. Além disso, descreve a patogenia de cada vírus, incluindo os danos celulares e a resposta imunológica do hospedeiro. Um recurso valioso para estudantes de biologia, medicina e áreas afins.

Tipologia: Esquemas

2024

Compartilhado em 02/12/2024

ana-julia-ayres
ana-julia-ayres 🇧🇷

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Chikungunya
1. Definição e Epidemiologia
Chikungunya é uma arbovirose causada pelo Chikungunya virus (CHIKV), um vírus RNA de fita
simples, pertencente à família Togaviridae e ao gênero Alphavirus. O nome "Chikungunya" vem
de uma palavra em Makonde (dialeto da Tanzânia), que significa "aqueles que se dobram",
referindo-se à postura encurvada devido à intensa dor articular que caracteriza a doença.
O ciclo de replicação viral descreve o conjunto de eventos que o vírus utiliza para se replicar
dentro de uma célula hospedeira. No caso da chikungunya, que é um Alphavirus da família
Togaviridae, o ciclo de replicação ocorre no citoplasma da célula infectada e apresenta etapas
INFECÇÕES
SISTÊMICAS
História:
Primeiro identificado em 1952-1953, em surtos na Tanzânia.
Desde então, espalhou-se por várias regiões, com surtos significativos na Ásia, África,
Caribe e América do Sul.
Chegou ao Brasil em 2014, inicialmente nas regiões Norte e Nordeste, espalhando-se
para todo o território nacional.
Impacto Global:
Afeta milhões de pessoas, especialmente em áreas tropicais e subtropicais.
Coinfecção com outras arboviroses, como dengue e zika, é um desafio epidemiológico.
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Baixe Ciclo de Replicação Viral: Chikungunya, Zika e Febre Amarela e outras Esquemas em PDF para Microbiologia, somente na Docsity!

Chikungunya

1. Definição e Epidemiologia Chikungunya é uma arbovirose causada pelo Chikungunya virus (CHIKV), um vírus RNA de fita simples, pertencente à família Togaviridae e ao gênero Alphavirus. O nome "Chikungunya" vem de uma palavra em Makonde (dialeto da Tanzânia), que significa "aqueles que se dobram", referindo-se à postura encurvada devido à intensa dor articular que caracteriza a doença. O ciclo de replicação viral descreve o conjunto de eventos que o vírus utiliza para se replicar dentro de uma célula hospedeira. No caso da chikungunya , que é um Alphavirus da família Togaviridae , o ciclo de replicação ocorre no citoplasma da célula infectada e apresenta etapas

INFECÇÕES

SISTÊMICAS

História : Primeiro identificado em 1952-1953, em surtos na Tanzânia. Desde então, espalhou-se por várias regiões, com surtos significativos na Ásia, África, Caribe e América do Sul. Chegou ao Brasil em 2014, inicialmente nas regiões Norte e Nordeste, espalhando-se para todo o território nacional. Impacto Global : Afeta milhões de pessoas, especialmente em áreas tropicais e subtropicais. Coinfecção com outras arboviroses, como dengue e zika, é um desafio epidemiológico.

características. A seguir, cada etapa do ciclo de replicação do Chikungunya virus (CHIKV) é detalhada:

1. Adesão (Adsorção)

2. Penetração

3. Desnudamento (Uncoating)

4. Tradução

5. Replicação do Genoma Viral

6. Tradução de Proteínas Estruturais

O vírus reconhece receptores específicos na membrana da célula hospedeira, como receptores de laminina e integrinas. Essa interação inicial é mediada pela glicoproteína de envelope viral E2 , que possui alta afinidade pelos receptores celulares. A especificidade dessa ligação determina o tropismo do vírus, ou seja, quais células ele consegue infectar. Após a adesão, o vírus entra na célula hospedeira por endocitose mediada por clatrina. Dentro do endossomo, a redução do pH provoca mudanças conformacionais na proteína E do envelope viral. Essas alterações permitem a fusão do envelope viral com a membrana do endossomo, liberando o capsídeo viral no citoplasma. No citoplasma, o capsídeo viral é desmontado, liberando o RNA genômico do vírus. O RNA do CHIKV é de fita simples e polaridade positiva ( ssRNA+ ), permitindo que ele seja imediatamente traduzido pelos ribossomos da célula hospedeira. O RNA viral atua diretamente como um RNA mensageiro (mRNA) e é traduzido em proteínas não estruturais ( nsP1, nsP2, nsP3, nsP4 ). Essas proteínas formam o complexo de replicação, essencial para a síntese de novos RNAs virais. O RNA genômico positivo serve como molde para a produção de uma fita complementar de RNA de polaridade negativa ( RNA− ). Esse RNA− funciona como molde para a síntese de novos genomas virais ( RNA+ ). A replicação ocorre no citoplasma, frequentemente em vesículas derivadas do retículo endoplasmático, que protegem o RNA viral de detecção pelo sistema imunológico. O RNA viral também é traduzido em proteínas estruturais, como o capsídeo ( C ), a glicoproteína E1 e a glicoproteína E. As glicoproteínas E1 e E2 são processadas no retículo endoplasmático e no aparelho de Golgi, onde se associam para formar o envelope viral.

Patogenia da Chikungunya

A patogenia do vírus Chikungunya (CHIKV) refere-se ao conjunto de eventos biológicos e imunológicos que ocorrem no hospedeiro após a infecção, culminando nas manifestações clínicas características da doença. A seguir, descrevem-se os principais aspectos envolvidos:

1. Transmissão e Entrada no Hospedeiro

2. Tropismo Viral e Disseminação

3. Resposta Imunológica Inicial

O CHIKV é transmitido para humanos pela picada de mosquitos infectados do gênero Aedes , principalmente Aedes aegypti e Aedes albopictus. Durante a picada, o vírus presente na saliva do mosquito entra na circulação sanguínea e se dissemina rapidamente para tecidos-alvo. O CHIKV possui tropismo por diferentes tipos celulares, como: Células epiteliais (no local da picada); Macrófagos e monócitos (células fagocíticas do sistema imunológico); Fibroblastos e células endoteliais ; Miócitos e condrócitos (em articulações e tecidos musculoesqueléticos). Após infectar as células no local da picada, o vírus se replica no citoplasma e utiliza o sistema linfático e a corrente sanguínea para alcançar órgãos-alvo. A replicação viral inicial provoca ativação do sistema imunológico inato: Produção de interferons tipo I (IFN-α e IFN-β) : Limitam a replicação viral, mas nem sempre conseguem eliminar o vírus. Ativação de citocinas pró-inflamatórias , como IL-6, IL-1β e TNF-α, que promovem inflamação local e sistêmica.

4. Lesões Celulares e Inflamação

5. Envolvimento Articular

6. Resposta Imunológica Adaptativa

7. Persistência Viral e Inflamação Crônica

3. Quadro Clínico Fase aguda (até 10 dias): O vírus utiliza estratégias para evadir essa resposta, como o bloqueio da sinalização de interferons. A replicação do CHIKV nas células infectadas causa danos diretos por: Lise celular : Ruptura das células infectadas, liberando o vírus para infectar outras células. Indução de apoptose : Programação de morte celular nos tecidos infectados. Esses danos desencadeiam uma inflamação exacerbada , com infiltração de linfócitos, monócitos e neutrófilos nos tecidos afetados. A inflamação é especialmente intensa em articulações, músculos e tendões, onde o CHIKV infecta diretamente: Fibroblastos sinoviais , condrócitos e miócitos. Resposta imunológica local : Leva ao acúmulo de citocinas e quimiocinas inflamatórias que perpetuam o dano tecidual. Esse processo resulta nos principais sintomas da artralgia e mialgia , frequentemente severos e debilitantes. Resposta humoral : Produção de anticorpos neutralizantes (IgM e IgG) ocorre cerca de 5 a 7 dias após o início dos sintomas, ajudando na eliminação do vírus. A imunidade adquirida é geralmente duradoura. Resposta celular : Ativação de linfócitos T citotóxicos e T-helper, que eliminam células infectadas e regulam a resposta inflamatória. Em alguns pacientes, o vírus pode persistir em tecidos musculoesqueléticos, como miócitos e condrócitos, mesmo após o controle inicial da infecção. Essa persistência viral está associada a: Artralgia crônica e mialgia prolongada; Mimetismo molecular , com ativação contínua do sistema imunológico devido à presença de componentes virais. Início abrupto de febre alta (> 38,5°C). Poliartralgia debilitante, com dor nas articulações das mãos, pés, punhos, tornozelos e joelhos. Rash cutâneo maculopapular em 40-50% dos casos.

4. Diagnóstico Clínico : Laboratorial : Diagnóstico diferencial : 5. Tratamento Baseado nos sintomas característicos (febre alta, artralgia intensa e rash). Histórico de exposição em áreas endêmicas. Sorologia (ELISA) : Detecção de anticorpos IgM (indica infecção recente) e IgG (fase tardia). RT-PCR : Detecta RNA viral na fase aguda, geralmente até o 7º dia de sintomas. Hematologia : Pode mostrar leucopenia, linfocitose relativa e trombocitopenia leve. Dengue: Presença de dor retro-orbital e hemorragias são mais comuns. Zika: Envolvimento neurológico (microcefalia, síndrome de Guillain-Barré) é mais evidente. Febre Chikungunya é marcada por artralgia mais intensa e persistente. Tratamento específico : Não existe antiviral eficaz. Tratamento sintomático : Analgésicos e antipiréticos : Paracetamol ou dipirona. Evitar AINEs na fase aguda até descartar dengue. Anti-inflamatórios não esteroides e corticosteroides : Usados para artrite crônica ou subaguda.

Casos graves :

6. Prevenção e Controle Controle do vetor : Educação em saúde : Vacinas : 7. Complicações Neurológicas : Cardíacas : Artropatia crônica : 8. Mecanismos Fisiopatológicos Fisioterapia : Importante para prevenir contraturas e melhorar a mobilidade articular. Suporte hospitalar com reidratação e controle rigoroso de sinais vitais. Eliminação de criadouros ( Aedes aegypti ) em ambientes domésticos e públicos. Uso de inseticidas e larvicidas. Aplicação de repelentes, telas e mosquiteiros impregnados com inseticida. Sensibilizar a população sobre medidas preventivas. Identificação precoce de sintomas para reduzir complicações. Em desenvolvimento, mas ainda não disponíveis para uso clínico. Meningite, encefalite, síndrome de Guillain-Barré. Paralisia flácida transitória. Miocardite, arritmias, insuficiência cardíaca. Dor articular debilitante, semelhante à artrite reumatoide.

Ciclo de Replicação do Zika Vírus (ZIKV)

O Zika Vírus (ZIKV), como outros vírus da família Flaviviridae , possui um ciclo de replicação que ocorre dentro das células hospedeiras. Abaixo, está uma explicação detalhada do ciclo de replicação do vírus:

1. Adsorção (Ligação ao Receptor)

2. Penetração

3. Fusão e Liberação do Genoma Viral

4. Tradução e Processamento das Proteínas Virais

O ZIKV se liga a receptores específicos presentes na superfície das células hospedeiras. Receptores principais : Receptores AXL (encontrados em células epiteliais, imunológicas, neurais e placentárias). Outros receptores relacionados aos flavivírus, como DC-SIGN e TIM. Após a ligação, o vírus é internalizado pela célula hospedeira por meio de endocitose mediada por receptor. O vírus entra em vesículas endossômicas no citoplasma. No interior dos endossomos , a acidificação do meio desencadeia uma mudança conformacional na proteína do envelope viral (E), promovendo a fusão da membrana viral com a membrana endossomal. O RNA viral de fita simples (positivo) é liberado no citoplasma. O RNA viral funciona diretamente como mRNA, sendo traduzido pelos ribossomos da célula hospedeira. Produz-se uma poliproteína viral , que é clivada em várias proteínas funcionais, incluindo: Proteínas estruturais: C (capsídeo), prM (precursor da proteína de membrana) e E (envelope).

5. Replicação do Genoma Viral

6. Montagem das Partículas Virais

7. Liberação

Aspectos Importantes

Implicações Clínicas

1. Ciclo de Transmissão

Reservatórios e Vetores Modos de Transmissão Proteínas não estruturais: NS1, NS2A, NS2B, NS3, NS4A, NS4B e NS5 (envolvidas na replicação do genoma e evasão imune). O complexo de replicação viral é formado no retículo endoplasmático. A proteína NS5 sintetiza uma fita de RNA complementar (negativa) a partir do RNA viral original (positivo). Essa fita negativa serve como molde para a síntese de novas fitas de RNA viral positivas. As proteínas estruturais e o RNA viral recém-sintetizado são montados em partículas virais imaturas no retículo endoplasmático. Essas partículas migram para o complexo de Golgi , onde sofrem maturação. A proteína prM é clivada em M, permitindo a maturação do envelope viral. As partículas virais maduras são liberadas da célula hospedeira por exocitose , prontos para infectar novas células. Tempo de replicação : O ciclo completo de replicação do ZIKV pode ocorrer em aproximadamente 8 a 12 horas. Tropismo celular : O ZIKV infecta preferencialmente células epiteliais, fibroblastos, macrófagos, células dendríticas, células da glia e células progenitoras neurais. Evasão imune : Proteínas não estruturais (NS1, NS4B, NS5) ajudam o vírus a evitar a resposta imunológica inata, bloqueando a produção de interferons. O tropismo neural do ZIKV explica complicações como microcefalia congênita e síndrome de Guillain-Barré. A infecção de células da placenta contribui para a transmissão vertical da mãe para o feto. Reservatórios principais : Humanos e primatas não humanos. Vetores : Mosquitos Aedes.

  1. Picada do mosquito infectado (principal via).
  2. Transmissão vertical (da mãe para o feto durante a gestação).
  3. Transmissão sexual (documentada em vários casos).

1. Entrada e Disseminação Inicial

2. Replicação Viral e Viremia

3. Tropismo Celular

O ZIKV possui um tropismo amplo, infectando preferencialmente:

4. Efeitos Patológicos

5. Resposta Imunológica

Transmissão: O ZIKV é transmitido principalmente pela picada do mosquito Aedes aegypti e Aedes albopictus , mas pode ser transmitido também por via sexual, transfusional e vertical (da mãe para o feto). Início da infecção: Após a picada, o vírus infecta as células da pele, como fibroblastos dérmicos , queratinócitos e células de Langerhans. Essas células atuam como reservatórios iniciais e facilitam a replicação viral. O vírus replica-se localmente e dissemina-se para a circulação sanguínea ( viremia ). A infecção atinge células do sistema imunológico, como macrófagos, células dendríticas e monócitos, o que ajuda a propagar o vírus para órgãos-alvo. Células do Sistema Nervoso Central (SNC): Células progenitoras neurais, neurônios e células da glia. Isso explica complicações como microcefalia em fetos e síndrome de Guillain-Barré em adultos. Células da Placenta: Células trofoblásticas e endoteliais, permitindo a passagem do vírus da mãe para o feto. Células Imunológicas: Monócitos e macrófagos, que ajudam na disseminação sistêmica do vírus. Infecção de Células Neurais: O ZIKV causa morte celular e inibição da proliferação das células progenitoras neurais, resultando em malformações, como microcefalia congênita. O tropismo pelo SNC também está associado a doenças autoimunes, como a síndrome de Guillain-Barré. Lesão Placental e Transmissão Vertical: O vírus infecta células da placenta, levando à inflamação, aumento de citocinas pró- inflamatórias e comprometimento da barreira placentária. Esses efeitos facilitam a transmissão vertical e contribuem para a síndrome congênita do Zika. Danos Vasculares: O ZIKV provoca disfunção endotelial e inflamação, comprometendo a integridade vascular e promovendo sintomas como rash cutâneo e conjuntivite.

6. Manifestações Clínicas

As alterações patológicas geradas pelo ZIKV resultam em diferentes apresentações clínicas:

Resumo da Patogenia

4. Manifestações Clínicas

Fase Aguda (3-7 dias após infecção): Complicações Associadas Resposta Inata: A infecção ativa a produção de interferons tipo I (IFN-α e IFN-β), mas o vírus utiliza proteínas não estruturais (NS) para inibir essa resposta. Resposta Adaptativa: Há ativação de linfócitos T e B, com produção de anticorpos neutralizantes. Entretanto, a imunidade cruzada com outros flavivírus (como o dengue) pode levar à facilitação dependente de anticorpos (ADE) , agravando a infecção. Infecção em Adultos: Sintomas leves a moderados, como febre, rash cutâneo, mialgia, artralgia e conjuntivite. Em casos graves, pode causar síndrome de Guillain-Barré e encefalite. Infecção em Gestantes: Pode ser assintomática ou com sintomas leves, mas o vírus atravessa a barreira placentária e infecta o feto. Síndrome Congênita do Zika: Inclui microcefalia, calcificações intracranianas, artrogripose, déficits auditivos e visuais, e retardo do desenvolvimento neuropsicomotor.

  1. Invasão: Infecção inicial em células da pele.
  2. Replicação: Disseminação para a corrente sanguínea e órgãos-alvo.
  3. Efeitos diretos: Lesões neurais, placentárias e vasculares.
  4. Resposta imunológica: Produção de interferons e anticorpos.
  5. Desfechos clínicos: Infecção leve a moderada, complicações neurológicas e síndromes congênitas. Sintomas gerais : Febre baixa. Exantema maculopapular. Conjuntivite não purulenta. Mialgia e artralgia. Cefaleia. Outras manifestações : Edema em extremidades. Dor retro-orbital.
  6. Neurológicas :

5. Diagnóstico

Clínico Laboratorial Baseado em sintomas e histórico epidemiológico (viagem para áreas endêmicas).

  1. RT-PCR : Padrão-ouro; detecta RNA viral no sangue, urina ou líquido amniótico.
  2. Sorologia (IgM e IgG) : Detecta anticorpos específicos; possibilidade de reatividade cruzada com outros flavivírus (ex.: dengue).
  3. Exames de imagem (em casos congênitos) : Ultrassom e ressonância magnética detectam alterações cerebrais no feto.

6. Epidemiologia

7. Tratamento

8. Prevenção e Controle

Distribuição geográfica : Presente em regiões tropicais e subtropicais, especialmente na América Latina, Sudeste Asiático e África. Grupos de risco : Gestantes e recém-nascidos. Pacientes com doenças autoimunes ou imunossuprimidos. Não há tratamento antiviral específico. Terapia de suporte : Controle de febre (paracetamol). Hidratação adequada. Antialérgicos para o exantema e prurido.

Febre Amarela

A febre amarela é uma doença viral aguda causada pelo vírus da febre amarela , pertencente ao gênero Flavivirus da família Flaviviridae. É transmitida por mosquitos e apresenta um espectro clínico variável, desde infecções assintomáticas até formas graves com alta mortalidade.

Epidemiologia

Distribuição geográfica: Áreas tropicais da África e da América do Sul. Não há transmissão documentada na Ásia. Transmissão: Ciclo silvestre: Transmissão entre mosquitos silvestres (principalmente Haemagogus e Sabethes ) e primatas não humanos. Humanos podem ser infectados quando entram em áreas de floresta. Ciclo urbano: O mosquito Aedes aegypti é o principal vetor, transmitindo o vírus entre humanos.

Etiologia e Agente Causal

Ciclo de Transmissão

Fisiopatologia

O vírus da febre amarela é um flavivírus de RNA simples, envelopado, que se replica no citoplasma das células hospedeiras.

  1. Ciclo Silvestre: Ocorre entre mosquitos e primatas não humanos. Humanos são hospedeiros acidentais.
  2. Ciclo Urbano: O mosquito Aedes aegypti transmite o vírus de humano para humano em áreas urbanas.
  3. Ciclo Intermediário (Savanas): Transmissão entre mosquitos e humanos em áreas próximas a florestas.
  4. Entrada do vírus: O vírus entra no organismo através da picada do mosquito infectado.