Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Infecções Geniturinárias, Esquemas de Microbiologia

Este resumo aborda os principais tópicos relacionados às infecções do trato geniturinário (ITUs), abrangendo aspectos epidemiológicos, etiológicos e clínicos. Explora os agentes causadores mais frequentes, como Escherichia coli (ITU não complicada) e patógenos específicos para ITUs complicadas, como Proteus mirabilis e Klebsiella pneumoniae. Discute sinais e sintomas característicos, incluindo disúria, polaciúria, hematúria e febre, diferenciando apresentações como cistite, pielonefrite e bacteriúria assintomática. Apresenta métodos diagnósticos, como EAS (exame de urina tipo I), urocultura e testes rápidos. Descreve opções terapêuticas, com destaque para os antibióticos mais utilizados, como nitrofurantoína e fosfomicina, e aborda resistências bacterianas emergentes. Inclui ainda medidas preventivas, como higiene íntima adequada e controle de fatores predisponentes, como sondagem vesical.

Tipologia: Esquemas

2024

Compartilhado em 02/12/2024

ana-julia-ayres
ana-julia-ayres 🇧🇷

40 documentos

1 / 28

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
IST vírais
Importância Epidemiológica
As infecções virais do trato genitourinário são extremamente comuns e apresentam um impacto
substancial na saúde pública devido à sua alta prevalência, potencial de transmissão e
complicações. Cada vírus tem características específicas que influenciam sua disseminação e
carga de doença:
INFECÇÕES
GENITOURINARIAS
Papilomavírus Humano (HPV):
O HPV é a infecção viral sexualmente transmissível mais comum no mundo, com uma
alta prevalência entre jovens adultos sexualmente ativos. A infecção pode ser
assintomática, mas certos tipos de HPV, especialmente os de alto risco (como HPV 16 e
18), são oncogênicos e fortemente associados ao desenvolvimento de cânceres genitais,
particularmente o câncer cervical. Outros tipos de HPV (como 6 e 11) causam verrugas
genitais, que podem ser esteticamente desagradáveis e causar desconforto.
A vacinação contra HPV é uma importante medida preventiva e tem mostrado impacto
significativo na redução de lesões precursoras do câncer cervical.
Destrutivas ou excisionais: aplicação de agentes causticos, eletrocauterização, laser,
conização
Imunomoduladores: Interferons, Imiquimod
Histerectomia/Radioterapia/Quimioterapia
Papanicolau
Cuidados higiênicos, preservativos, mudanças no comportamento sexual da população
Vacinas (Virus-like Particles) (Villa et al, 2005; Franco, 2005)
Vacinas Liberadas:
Gardasil (tetravalente)
Cervarix (Bivalente)
Herpes Simplex Vírus (HSV):
O HSV é dividido em dois tipos principais: HSV-1 (associado principalmente a infecções
orais) e HSV-2 (associado a infecções genitais). A infecção pelo HSV-2 aumenta o risco de
transmissão e aquisição do HIV, dado que as úlceras genitais associadas ao herpes
facilitam a entrada do HIV.
A prevalência varia globalmente, com picos em determinadas populações, especialmente
em pessoas com múltiplos parceiros sexuais. A infecção é crônica, com episódios
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18
pf19
pf1a
pf1b
pf1c

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Infecções Geniturinárias e outras Esquemas em PDF para Microbiologia, somente na Docsity!

IST vírais

Importância Epidemiológica

As infecções virais do trato genitourinário são extremamente comuns e apresentam um impacto substancial na saúde pública devido à sua alta prevalência, potencial de transmissão e complicações. Cada vírus tem características específicas que influenciam sua disseminação e carga de doença:

INFECÇÕES

GENITOURINARIAS

Papilomavírus Humano (HPV) : O HPV é a infecção viral sexualmente transmissível mais comum no mundo, com uma alta prevalência entre jovens adultos sexualmente ativos. A infecção pode ser assintomática, mas certos tipos de HPV, especialmente os de alto risco (como HPV 16 e 18), são oncogênicos e fortemente associados ao desenvolvimento de cânceres genitais, particularmente o câncer cervical. Outros tipos de HPV (como 6 e 11) causam verrugas genitais, que podem ser esteticamente desagradáveis e causar desconforto. A vacinação contra HPV é uma importante medida preventiva e tem mostrado impacto significativo na redução de lesões precursoras do câncer cervical. Destrutivas ou excisionais: aplicação de agentes causticos, eletrocauterização, laser, conização Imunomoduladores: Interferons, Imiquimod Histerectomia/Radioterapia/Quimioterapia Papanicolau Cuidados higiênicos, preservativos, mudanças no comportamento sexual da população Vacinas (Virus-like Particles) (Villa et al, 2005; Franco, 2005) Vacinas Liberadas: Gardasil (tetravalente) Cervarix (Bivalente) Herpes Simplex Vírus (HSV) : O HSV é dividido em dois tipos principais: HSV-1 (associado principalmente a infecções orais) e HSV-2 (associado a infecções genitais). A infecção pelo HSV-2 aumenta o risco de transmissão e aquisição do HIV, dado que as úlceras genitais associadas ao herpes facilitam a entrada do HIV. A prevalência varia globalmente, com picos em determinadas populações, especialmente em pessoas com múltiplos parceiros sexuais. A infecção é crônica, com episódios

Nunca foi demonstrado uma infecção urinária viral! Alguns vírus podem ser encontrados na urina mas não são capazes de causar doença neste trato

2. Mecanismos de Patogênese e Correlação com Características Clínicas

Cada vírus tem um mecanismo distinto de infecção e patogênese que resulta em manifestações clínicas variadas: recorrentes que podem ser desencadeados por fatores como estresse ou imunossupressão. HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) : Continua sendo um grande problema de saúde pública, particularmente em regiões como a África Subsaariana. O HIV é transmitido principalmente por contato sexual, compartilhamento de agulhas contaminadas e de mãe para filho durante o parto ou amamentação. A infecção pelo HIV resulta em uma imunodeficiência progressiva, aumentando o risco de infecções oportunistas e certos tipos de câncer. Prevenção Sexual: Utilização de Preservativos Parenteral: Não compartilhamento de seringas, triagem de doadores do banco de sangue Vertical Utilização de Terapia antiretroviral Coquetel antiretroviral para profilaxia HPV : O vírus infecta células epiteliais da pele e mucosas, onde pode permanecer em estado latente ou causar lesões proliferativas. No caso dos tipos de HPV de alto risco, as proteínas virais (E6 e E7) inibem proteínas supressoras de tumor (como p53 e Rb), levando a alterações celulares que podem evoluir para câncer. Clinicamente, as infecções por HPV podem se apresentar como verrugas genitais, lesões precursoras do câncer cervical (neoplasia intraepitelial cervical) ou câncer genital.

HSV :

O HSV entra nas células epiteliais e, posteriormente, nos neurônios sensoriais, onde estabelece latência nos gânglios nervosos. Durante períodos de reativação, o vírus se move ao longo dos axônios para a pele ou mucosa, causando lesões vesiculares dolorosas. Essas lesões, que evoluem para úlceras, são as características clínicas mais típicas.

Pode ser adquirido em útero ou através do parto normal Desenvolvimento de doença disseminada

12 vezes maior para pessoas transexuais.

FASE AGUDA

Período onde se encontra a janela imunológica. Ocorre normalmente de 3 a 6 semanas após a aquisição do vírus É caracterizada pelo desenvolvimento de uma síndrome viral que normalmente se assemelha a infecção pelo vírus EBV causador da Mononucleose. Febre Faringite Linfoadenopatia generalizada Anorexia Outros sintomas podem estar associados FASE CRÔNICA Estado Assintomático Prolongado Subtipos: Progressores Rápidos Progressores Intermediários Progressores Lentos Diminuição progressiva do número de LTCD4 assim como aumento da carga viral (implicação no prognóstico) Dura até a queda acentuada do no. de LTCD4 ou aparecimento dos primeiros sintomas

As hepatites virais transmitidas sexualmente são inflamações do fígado causadas por vírus que podem ser transmitidos por contato sexual. Os tipos mais comuns de hepatite associada à transmissão sexual são as hepatites B (HBV) e C (HCV), e em menor grau, a hepatite A (HAV).

1. Hepatite B (HBV)

Transmissão: O vírus da hepatite B é altamente infeccioso e pode ser transmitido por contato com sangue, sêmen ou outros fluidos corporais. A transmissão sexual é uma das formas mais comuns, especialmente em casos de relações sexuais desprotegidas com múltiplos parceiros ou com pessoas infectadas. A transmissão vertical (de mãe para filho durante o parto) e o compartilhamento de agulhas contaminadas também são vias de infecção. Prevenção: A vacinação contra a hepatite B é eficaz e recomendada para todos os recém- nascidos, além de grupos de risco como profissionais de saúde e pessoas com múltiplos parceiros sexuais. O uso de preservativos também reduz o risco de transmissão.

2. Hepatite C (HCV)

Parenteral – Triagem em bancos de sangue, campanhas para não reutilização de seringas por usuários de drogas Transmissão vertical (mãe-feto) Transmissão sexual Principal forma de prevenção Vacina recombinante para HBV Transmissão: Embora o principal modo de transmissão seja o contato com sangue contaminado (como o compartilhamento de agulhas por usuários de drogas injetáveis), o HCV pode ser transmitido por contato sexual, especialmente em homens que fazem sexo com homens (HSH) e pessoas com múltiplos parceiros sexuais. Prevenção: Não existe vacina para a hepatite C, então a prevenção se baseia em evitar comportamentos de risco, como o uso compartilhado de agulhas e o uso de preservativos durante as relações sexuais. Sintomas: A hepatite C muitas vezes é assintomática em suas fases iniciais, mas pode evoluir para doença hepática crônica, cirrose e carcinoma hepatocelular. Tratamento: Os antivirais de ação direta (DAAs) são altamente eficazes para curar a hepatite C em mais de 90% dos casos, com regimes de tratamento que duram de 8 a 12 semanas.

2. Relação Entre os Patógenos e o Hospedeiro

Os patógenos bacterianos e o hospedeiro interagem de várias maneiras que podem influenciar o desenvolvimento de infecções do trato urogenital. Os fatores associados incluem:

3. Pensamento Crítico na Diferenciação dos Patógenos Durante o Diagnóstico

Diferenciar os patógenos bacterianos é essencial para o diagnóstico e tratamento eficaz das infecções do trato urogenital. O diagnóstico deve considerar:

Epidemiologia das Infecções do Trato Urinário (ITU)

Klebsiella pneumoniae: Pode causar ITU, especialmente em pacientes hospitalizados ou com uso de cateteres. Enterococcus spp.: Fatores de risco incluem hospitalização prolongada, uso de antibióticos de amplo espectro e presença de dispositivos urinários. Neisseria gonorrhoeae: Patógeno causador da gonorreia, uma infecção sexualmente transmissível (IST) que pode afetar a uretra, colo do útero, faringe e região retal. Chlamydia trachomatis: Causa infecções do trato genital, como uretrite, cervicite e doença inflamatória pélvica (DIP). Também está associada a complicações como infertilidade. Treponema pallidum: Bactéria causadora da sífilis, uma IST que pode ter manifestações tanto no trato genital quanto em outras partes do corpo. Fatores de virulência dos patógenos: Alguns microrganismos têm a capacidade de aderir às células do epitélio urogenital (por exemplo, adesinas e fímbrias em E. coli), produzirem enzimas que degradam tecidos (como urease em Proteus mirabilis) e evadirem o sistema imunológico. Fatores anatômicos e fisiológicos do hospedeiro: Diferenças anatômicas, como a uretra mais curta em mulheres, aumentam o risco de ITUs. A presença de anomalias estruturais no trato urinário ou o uso de dispositivos, como cateteres, também eleva o risco de infecções. Comportamentos sexuais: Práticas sexuais desprotegidas aumentam o risco de ISTs, como gonorreia, clamídia e sífilis. Fatores imunológicos: Pacientes imunocomprometidos ou com doenças crônicas, como diabetes, apresentam maior suscetibilidade às infecções urogenitais. Quadro clínico: Os sintomas podem variar dependendo do patógeno envolvido e do local da infecção (por exemplo, cistite versus pielonefrite). ISTs podem apresentar sintomas mais específicos, como secreção uretral ou vaginal. História epidemiológica: Fatores como histórico de relações sexuais desprotegidas, uso de dispositivos urinários e antecedentes de hospitalização são importantes para determinar o risco de infecção por diferentes patógenos. Exames laboratoriais: O exame de urina e a urocultura são fundamentais para o diagnóstico das ITUs, enquanto testes específicos, como PCR para Chlamydia trachomatis ou testes sorológicos para Treponema pallidum, são usados para ISTs. A identificação do patógeno pode ser feita por culturas microbiológicas, testes de sensibilidade a antibióticos, e técnicas moleculares.

2. Principais Patógenos Relacionados às ITUs

3. Características Clínicas

As ITUs são uma causa comum de infecção em humanos, com maior prevalência em crianças e mulheres, devido a fatores anatômicos e fisiológicos. As infecções podem ser classificadas em infecções do trato urinário baixo (cistite) e alto (pielonefrite), sintomáticas ou assintomáticas, complicadas ou não, e de origem ascendente ou descendente. A relação com atividades, como ato sexual e gestação, e fatores como higiene, obesidade, e diabetes são fatores de risco para o desenvolvimento de ITU. Escherichia coli (UPEC) : Agente etiológico mais comum, especialmente na cistite e pielonefrite, com grupos sorológicos específicos associados à maior virulência. Klebsiella spp., Proteus spp., e Pseudomonas aeruginosa : Mais prevalentes em infecções hospitalares, especialmente após procedimentos invasivos, como a inserção de cateteres. O Proteus mirabilis , em particular, está associado à formação de cálculos devido à alta produção de urease. Cistite : Apresenta sintomas como disúria, urgência miccional, dor suprapúbica e, ocasionalmente, urina turva ou com sangue. A febre não é comum.