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As principais infecções do trato gastrointestinal, com foco em patógenos bacterianos e virais. Apresenta informações detalhadas sobre a etiologia, patogênese, epidemiologia, diagnóstico e tratamento de cada patógeno, incluindo helicobacter pylori, salmonella, shigella, escherichia coli (e. Coli), vibrio cholerae, rotavírus, norovírus e astrovírus. O documento também discute os diferentes tipos de diarreia e suas fisiopatologias, além de abordar a importância da prevenção e do impacto global das gastroenterites.
Tipologia: Esquemas
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Bactérias
Definição : Gastroenterites são infecções do trato gastrointestinal que resultam em inflamação do estômago e intestinos, manifestando-se como diarreia, vômito e dor abdominal Etiologia : Causadas principalmente por bactérias e vírus , com diferentes patógenos atuando em surtos endêmicos ou epidêmicos. Patógenos bacterianos : Helicobacter pylori, Salmonella, Shigella, Escherichia coli (E. coli) e Vibrio cholerae Patógenos virais : Rotavírus, Norovírus e Astrovírus Helicobacter pylori : Presente em mais de 50% da população mundial, é a principal causa de gastrite , úlceras duodenais (95% dos casos) e gástricas (70-80% dos casos). Pode evoluir para câncer gástrico em alguns pacientes. Salmonella spp. : Inclui espécies como S. enteritidis e S. typhi. S. typhi é responsável pela febre tifoide , enquanto outras causam gastroenterites. Transmitida por alimentos contaminados ou contato com animais infectados. Shigella spp. : Causadora de disenteria bacilar , caracterizada por diarreia com sangue e cólicas. Transmissão fecal-oral, principalmente em áreas com saneamento precário. Escherichia coli (E. coli) : Diferentes patotipos causam uma ampla gama de doenças, desde diarreias leves até complicações graves como a síndrome hemolítica urêmica (SHU). Patotipos mais comuns: EPEC (enteropatogênica), EHEC (entero-hemorrágica), ETEC (enterotoxigênica), entre outros. Vibrio cholerae : Causador da cólera , que se manifesta por uma diarreia aquosa grave. A transmissão ocorre principalmente pela ingestão de água ou alimentos contaminados
Prevalência : Responsável por mais de 50% dos casos de gastrite mundialmente, e é o agente etiológico de 95% das úlceras duodenais e 70-80% das úlceras gástricas. Processo Inflamatório Crônico : Está associado à inflamação crônica que pode levar ao câncer gástrico. Diagnóstico Laboratorial : Teste da urease (+). Exame histopatológico de biópsias gástricas. Cultura com baixa sensibilidade Família de bacilos Gram-negativos que inclui patógenos como Salmonella , Shigella , Yersinia e alguns sorotipos de E. coli. Presentes de forma ubíqua no ambiente e como parte da microbiota comensal no trato intestinal dos animais Maior família de bacilos Gram negativos Habitantes da microbiota comensal, encontrados principalmente no intestino dos animais Patógenos obrigatórios: Salmonella spp., Shigella spp., Yersinia spp., E. coli (alguns sorotipos) Reservatórios : Animais domésticos e selvagens, sendo transmitida por ingestão de alimentos contaminados ou exposição a animais. Patogênese : Inclui desde gastroenterite até febre tifoide (causada por S. typhi ). Caso Histórico : Mary Mallon, conhecida como "Maria Tifoide", foi uma portadora assintomática de S. typhi e responsável por vários surtos nos EUA Patotipos Enteropatogênicos : EPEC (enteropatogênica): Principal causa de diarreia em países em desenvolvimento, especialmente em crianças. Adesão íntima localizada formando microcolônias na superfície das células epiteliais intestinais provocando lesão nas microvilosidades. EIEC (enteroinvasora): Causa uma doença semelhante à shigelose. ETEC (enterotoxigênica): Associada à diarreia dos viajantes.
Vírus
Testes sorológicos e moleculares (PCR) ajudam a identificar patógenos específicos e suas toxinas, como a toxina Shiga de E. coli Rotavírus : Epidemiologia : Principal causa de diarreia grave em crianças menores de 5 anos, especialmente em países em desenvolvimento Patogênese : Infecção dos enterócitos, causando perda da capacidade absortiva e diarreia osmótica e secretória Prevenção : Vacinação oral (RotaTeq, Rotarix, entre outras), reidratação oral e educação em higiene sanitária Norovírus : Epidemiologia : Associado a surtos epidêmicos, frequentemente em locais como cruzeiros e hospitais. Patogênese : A infecção pode causar vômitos intensos e diarreia, com alta liberação de partículas virais nas fezes Prevenção : Boas práticas de higiene e isolamento de casos durante surtos. Astrovírus : Epidemiologia : Causa comum de diarreia em crianças e idosos, menos severo que o rotavírus e o norovírus Patogênese : Destruição dos enterócitos e redução da capacidade de absorção intestinal. Vias de Transmissão : Fecal-oral, através de alimentos e água contaminados. Fômites e contato pessoa-pessoa em surtos virais Fatores de Risco : Má higiene pessoal e saneamento inadequado aumentam o risco de infecções, especialmente em áreas subdesenvolvidas Clínico : Baseado nos sintomas, como diarreia, vômito, febre e desidratação. Laboratorial : Para bactérias : Cultura, exames sorológicos e PCR para identificação de patógenos específicos Para vírus : Testes de aglutinação em látex para rotavírus e diagnósticos moleculares avançados como PCR e NGS (sequenciamento de nova geração) para norovírus e astrovírus Tratamento : Reidratação oral (TRO) é o tratamento padrão para prevenir a desidratação grave. Uso de antibióticos para infecções bacterianas graves, como as causadas por Shigella e Salmonella typhi
Diarreias
Probióticos podem ser úteis para restaurar a microbiota intestinal após infecções Prevenção : Vacinação contra rotavírus é amplamente recomendada pela OMS e disponível em mais de 100 países Melhorias no saneamento básico e práticas de higiene pessoal ajudam a reduzir a incidência de gastroenterites As gastroenterites virais, especialmente causadas por rotavírus, continuam a ser uma das principais causas de mortalidade infantil em países subdesenvolvidos Programas de vacinação têm sido eficazes na redução das mortes associadas a gastroenterites virais, especialmente em crianças
Para a discussão de um caso clínico, considere um paciente que apresenta diarreia aguda. Avalie a história clínica, incluindo a duração da diarreia, a presença de sangue nas fezes, a relação com a alimentação, sintomas associados (febre, dor abdominal) e possíveis exposições recentes (viagens, ingestão de alimentos suspeitos). Com base nessas informações, você pode diferenciar o tipo de diarreia e investigar mais sobre as possíveis causas, visando um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.