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Guias e Dicas
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Infecções do Trato Gastrintestinal: Patógenos Bacterianos e Virais, Esquemas de Microbiologia

As principais infecções do trato gastrointestinal, com foco em patógenos bacterianos e virais. Apresenta informações detalhadas sobre a etiologia, patogênese, epidemiologia, diagnóstico e tratamento de cada patógeno, incluindo helicobacter pylori, salmonella, shigella, escherichia coli (e. Coli), vibrio cholerae, rotavírus, norovírus e astrovírus. O documento também discute os diferentes tipos de diarreia e suas fisiopatologias, além de abordar a importância da prevenção e do impacto global das gastroenterites.

Tipologia: Esquemas

2024

Compartilhado em 01/12/2024

ana-julia-ayres
ana-julia-ayres 🇧🇷

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Introdução às Gastroenterites
Bactérias
Principais Patógenos Bacterianos Relacionados às Infecções do Trato Gastrintestinal
Helicobacter pylori
INFECÇÕES
GASTROINTESTINAIS
Definição: Gastroenterites são infecções do trato gastrointestinal que resultam em inflamação do
estômago e intestinos, manifestando-se como diarreia, vômito e dor abdominal
Etiologia: Causadas principalmente por bactérias e vírus, com diferentes patógenos atuando em
surtos endêmicos ou epidêmicos.
Patógenos bacterianos: Helicobacter pylori, Salmonella, Shigella, Escherichia coli (E. coli) e Vibrio
cholerae
Patógenos virais: Rotavírus, Norovírus e Astrovírus
Helicobacter pylori:
Presente em mais de 50% da população mundial, é a principal causa de gastrite, úlceras
duodenais (95% dos casos) e gástricas (70-80% dos casos).
Pode evoluir para câncer gástrico em alguns pacientes.
Salmonella spp.:
Inclui espécies como S. enteritidis e S. typhi.
S. typhi é responsável pela febre tifoide, enquanto outras causam gastroenterites.
Transmitida por alimentos contaminados ou contato com animais infectados.
Shigella spp.:
Causadora de disenteria bacilar, caracterizada por diarreia com sangue e cólicas.
Transmissão fecal-oral, principalmente em áreas com saneamento precário.
Escherichia coli (E. coli):
Diferentes patotipos causam uma ampla gama de doenças, desde diarreias leves até
complicações graves como a síndrome hemolítica urêmica (SHU).
Patotipos mais comuns: EPEC (enteropatogênica), EHEC (entero-hemorrágica), ETEC
(enterotoxigênica), entre outros.
Vibrio cholerae:
Causador da cólera, que se manifesta por uma diarreia aquosa grave.
A transmissão ocorre principalmente pela ingestão de água ou alimentos contaminados
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Introdução às Gastroenterites

Bactérias

Principais Patógenos Bacterianos Relacionados às Infecções do Trato Gastrintestinal

Helicobacter pylori

INFECÇÕES

GASTROINTESTINAIS

Definição : Gastroenterites são infecções do trato gastrointestinal que resultam em inflamação do estômago e intestinos, manifestando-se como diarreia, vômito e dor abdominal Etiologia : Causadas principalmente por bactérias e vírus , com diferentes patógenos atuando em surtos endêmicos ou epidêmicos. Patógenos bacterianos : Helicobacter pylori, Salmonella, Shigella, Escherichia coli (E. coli) e Vibrio cholerae Patógenos virais : Rotavírus, Norovírus e Astrovírus Helicobacter pylori : Presente em mais de 50% da população mundial, é a principal causa de gastrite , úlceras duodenais (95% dos casos) e gástricas (70-80% dos casos). Pode evoluir para câncer gástrico em alguns pacientes. Salmonella spp. : Inclui espécies como S. enteritidis e S. typhi. S. typhi é responsável pela febre tifoide , enquanto outras causam gastroenterites. Transmitida por alimentos contaminados ou contato com animais infectados. Shigella spp. : Causadora de disenteria bacilar , caracterizada por diarreia com sangue e cólicas. Transmissão fecal-oral, principalmente em áreas com saneamento precário. Escherichia coli (E. coli) : Diferentes patotipos causam uma ampla gama de doenças, desde diarreias leves até complicações graves como a síndrome hemolítica urêmica (SHU). Patotipos mais comuns: EPEC (enteropatogênica), EHEC (entero-hemorrágica), ETEC (enterotoxigênica), entre outros. Vibrio cholerae : Causador da cólera , que se manifesta por uma diarreia aquosa grave. A transmissão ocorre principalmente pela ingestão de água ou alimentos contaminados

Enterobactérias

Salmonella spp.

Escherichia coli (E. coli) - Diversidade Patogênica

Prevalência : Responsável por mais de 50% dos casos de gastrite mundialmente, e é o agente etiológico de 95% das úlceras duodenais e 70-80% das úlceras gástricas. Processo Inflamatório Crônico : Está associado à inflamação crônica que pode levar ao câncer gástrico. Diagnóstico Laboratorial : Teste da urease (+). Exame histopatológico de biópsias gástricas. Cultura com baixa sensibilidade Família de bacilos Gram-negativos que inclui patógenos como Salmonella , Shigella , Yersinia e alguns sorotipos de E. coli. Presentes de forma ubíqua no ambiente e como parte da microbiota comensal no trato intestinal dos animais Maior família de bacilos Gram negativos Habitantes da microbiota comensal, encontrados principalmente no intestino dos animais Patógenos obrigatórios: Salmonella spp., Shigella spp., Yersinia spp., E. coli (alguns sorotipos) Reservatórios : Animais domésticos e selvagens, sendo transmitida por ingestão de alimentos contaminados ou exposição a animais. Patogênese : Inclui desde gastroenterite até febre tifoide (causada por S. typhi ). Caso Histórico : Mary Mallon, conhecida como "Maria Tifoide", foi uma portadora assintomática de S. typhi e responsável por vários surtos nos EUA Patotipos Enteropatogênicos : EPEC (enteropatogênica): Principal causa de diarreia em países em desenvolvimento, especialmente em crianças. Adesão íntima localizada formando microcolônias na superfície das células epiteliais intestinais provocando lesão nas microvilosidades. EIEC (enteroinvasora): Causa uma doença semelhante à shigelose. ETEC (enterotoxigênica): Associada à diarreia dos viajantes.

Vírus

Patógenos Virais Gastrointestinais

4. Mecanismos de Transmissão

5. Diagnóstico Clínico e Laboratorial

6. Tratamento e Prevenção

Testes sorológicos e moleculares (PCR) ajudam a identificar patógenos específicos e suas toxinas, como a toxina Shiga de E. coli Rotavírus : Epidemiologia : Principal causa de diarreia grave em crianças menores de 5 anos, especialmente em países em desenvolvimento Patogênese : Infecção dos enterócitos, causando perda da capacidade absortiva e diarreia osmótica e secretória Prevenção : Vacinação oral (RotaTeq, Rotarix, entre outras), reidratação oral e educação em higiene sanitária Norovírus : Epidemiologia : Associado a surtos epidêmicos, frequentemente em locais como cruzeiros e hospitais. Patogênese : A infecção pode causar vômitos intensos e diarreia, com alta liberação de partículas virais nas fezes Prevenção : Boas práticas de higiene e isolamento de casos durante surtos. Astrovírus : Epidemiologia : Causa comum de diarreia em crianças e idosos, menos severo que o rotavírus e o norovírus Patogênese : Destruição dos enterócitos e redução da capacidade de absorção intestinal. Vias de Transmissão : Fecal-oral, através de alimentos e água contaminados. Fômites e contato pessoa-pessoa em surtos virais Fatores de Risco : Má higiene pessoal e saneamento inadequado aumentam o risco de infecções, especialmente em áreas subdesenvolvidas Clínico : Baseado nos sintomas, como diarreia, vômito, febre e desidratação. Laboratorial : Para bactérias : Cultura, exames sorológicos e PCR para identificação de patógenos específicos Para vírus : Testes de aglutinação em látex para rotavírus e diagnósticos moleculares avançados como PCR e NGS (sequenciamento de nova geração) para norovírus e astrovírus Tratamento : Reidratação oral (TRO) é o tratamento padrão para prevenir a desidratação grave. Uso de antibióticos para infecções bacterianas graves, como as causadas por Shigella e Salmonella typhi

7. Impacto Global e Mortalidade

Diarreias

I. Tipos de Diarreia pelas Características Clínicas

Probióticos podem ser úteis para restaurar a microbiota intestinal após infecções Prevenção : Vacinação contra rotavírus é amplamente recomendada pela OMS e disponível em mais de 100 países Melhorias no saneamento básico e práticas de higiene pessoal ajudam a reduzir a incidência de gastroenterites As gastroenterites virais, especialmente causadas por rotavírus, continuam a ser uma das principais causas de mortalidade infantil em países subdesenvolvidos Programas de vacinação têm sido eficazes na redução das mortes associadas a gastroenterites virais, especialmente em crianças

  1. Diarreia Aguda: Definição: Dura menos de duas semanas. Causas Comuns: Infecções virais (ex: norovírus), bacterianas (ex: Salmonella, E. coli) ou parasitárias (ex: Giardia). Características Clínicas: Fezes aquosas, dor abdominal, febre e, às vezes, vômitos. Pode haver desidratação.
  2. Diarreia Crônica: Definição: Persiste por mais de quatro semanas. Causas Comuns: Doenças inflamatórias intestinais (ex: Doença de Crohn, colite ulcerativa), síndrome do intestino irritável (SII), intolerâncias alimentares (ex: lactose, glúten). Características Clínicas: Fezes moles ou líquidas, dor abdominal recorrente, perda de peso, fadiga.
  3. Diarreia Secretora: Definição: Resulta de secreção excessiva de água e eletrólitos pelas células intestinais. Causas Comuns: Infecções, intoxicações alimentares e algumas neoplasias. Características Clínicas: Fezes aquosas, sem sangue, grande volume, geralmente sem dor abdominal intensa.
  4. Diarreia Osmótica: Definição: Resulta da presença de substâncias não absorvíveis que atraem água para o intestino. Causas Comuns: Intolerância à lactose, uso excessivo de sorbitol. Características Clínicas: Fezes líquidas, melhoram com o jejum.
  5. Diarreia Inflamatória: Definição: Resulta de danos à mucosa intestinal, levando à perda de sangue e muco. Causas Comuns: Infecções bacterianas, colites. Características Clínicas: Fezes com sangue e muco, dor abdominal, febre.

Discussão de Caso Clínico (DCC)

Para a discussão de um caso clínico, considere um paciente que apresenta diarreia aguda. Avalie a história clínica, incluindo a duração da diarreia, a presença de sangue nas fezes, a relação com a alimentação, sintomas associados (febre, dor abdominal) e possíveis exposições recentes (viagens, ingestão de alimentos suspeitos). Com base nessas informações, você pode diferenciar o tipo de diarreia e investigar mais sobre as possíveis causas, visando um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.

  1. Diarreia Inflamatória: Fisiopatologia: Danos à mucosa intestinal levam à inflamação, resultando em secreção de muco, sangue e aumento da permeabilidade intestinal.
  2. Diarreia Motora: Fisiopatologia: Alterações na motilidade intestinal que podem resultar em trânsito intestinal acelerado, levando à incapacidade de absorver água e eletrólitos adequadamente.