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Fala sobre tudo de imunologia de forma basica
Tipologia: Notas de aula
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Universidade Estadual do Tocantins Aluna: Auryelle Azevedo Professor: Nádia Curso: Medicina Matéria: Imunologia A tolerância imunológica é expressa como a ausência de resposta ao contato com um antígeno, haja vista exposição anterior ao mesmo antígeno. Na circunstância do contato do organismo com um antígeno, linfócitos específicos podem ser ativados, induzindo resposta imune inata e adaptativa. O pesquisador Macfarlane Burnet (Abbas, A. (2015) propôs a hipótese da seleção clonal, na qual o sistema imune teria a capacidade de eliminar linfócitos específicos para autoantígenos, prevenindo reações ao próprio organismo. Compreender esses mecanismos é a chave para entender a patogênese da autoimunidade. As células que respondem aos antígenos se ativam e proliferam no intuito de destruir o mesmo. Já os antígenos tolerogênicos podem induzir uma não-resposta a esse antígeno funcional (anergia: a célula não foi sinalizada e não responde imunologicamente) ou causar morte dos linfócitos específicos por apoptose, tornando estas células incapazes de responder contra este antígeno (tolerância). Alguns antígenos provocam a não-resposta (ignorância), mas os linfócitos são capazes de responder a um seguinte encontro com o antígeno. Antígenos que têm a capacidade de induzir tolerância são chamados de tolerógenos, ou antígenos tolerogênicos. A tolerância aos antígenos próprios (auto- tolerância), é uma propriedade fundamental do sistema imune normal. O objetivo da tolerância imunológica é manter o sistema imune em homesotasia: não é viável que este responda altamente, assim como, é maléfico a não-resposta desse sistema contra agentes invasivos. As células responsáveis por regular esta intolerância são os chamados linfócitos T reguladores (LTr CD4CD25+). Além destas células, outros mecanismos são importantes por manter um equilíbrio no processo de tolerância: a seleção negativa do timo (tolerância central) e a inativação periférica. Existem diversas características da tolerância ao próprio nas populações de linfócitos T e B, e algumas destas são também características da tolerância aos antígenos não-próprios. A tolerância é imunologicamente específica e resultante do reconhecimento ao antígeno por linfócitos específicos. A tolerância ao próprio pode ser induzida nos órgãos linfoides primários como consequência de uma reação de linfócitos imaturos que reconhecem aos antígenos próprios, chamada de tolerância central, ou nos sítios periféricos como resultado de uma reação de linfócitos maduros que podem encontrar os antígenos próprios sob condições especiais, chamada de tolerância periférica. Esse é o mecanismo responsável pela eliminação dos linfócitos auto- reativos, do repertório de linfócitos maduros, que podem causar auto-reatividade através da discriminação do próprio e não-próprio A tolerância central (auto-tolerância) ocorre porque, durante a maturação nos órgãos linfoides primários, todos os linfócitos passam por um estágio em que o encontro com o antígeno induz preferencialmente a tolerância em vez da ativação. O confinamento anatômico dos linfócitos T e B no timo e na medula óssea, é o estágio crucial para a maturação destas células com relação à toler ância. Geralmente, apenas antígenos próprios estão presentes nestes sítios em altas concentrações (uma vez que os antígenos exógenos são diretamente encaminhados para órgãos linfoides secundários). Dessa forma, linfócitos
imaturos são obrigados a encontrar apenas antígenos próprios onde os receptores que reconhecem estes antígenos serão eliminados. Este processo é chamado de seleção negativa. Alguns linfócitos T que encontram antígenos próprios no timo podem se diferenciar em células regulatórias, com a função de inibir a resposta imune. A tolerância periférica é induzida quando linfócitos maduros reconhecem os antígenos sem o nível adequado de co-estimulação que são necessários para a ativação ou é resultado de persistente e repetida estimulação pelos antígenos próprios nos tecidos periféricos. Os principais mecanismos da tolerância de linfócitos são: indução de morte celular por apoptose, chamada eliminação clonal (deleção); inativação funcional sem a morte da célula, chamada de anergia; e a supressão da ativação e função efetora dos linfócitos por linfócitos regulatórios. Alguns antígenos próprios podem ser ignorados pelo sistema imune, assim os linfócitos que encontram o antígeno próprio falham em responder; mas continuam viáveis e funcionais. [ ABBAS , 2015] TIPOS E MECANISMOS DE TOLERÂNCIA Os tipos de tolerância que os linfócitos serão submetidos são: (1)tolerância central (que acontece nos órgãos linfóides primários), (2) e tolerância periférica. Tolerância central dos linfócitos T: o mecanismo acontece no timo e as células T imaturas que reconhecem antígenos com alta avidez sofrem deleção clonal (apoptose). A tolerância central das células T é a capacidade de um LT Imaturo (do timo) sofrer deleção clonal quando reconhece antígenos neste órgão por meio da chamada seleção negativa. Este mecanismo ocorre no órgão linfoide primário onde as células T são amadurecidas, o timo. Os linfócitos que reconhecem antígenos próprios são eliminados pela da seleção negativa. Tolerância periférica dos linfócitos T: mecanismo que acontece nos órgãos linfoides secundários pelo qual as células T maduras que eventualmente reconheçam antígenos próprios, tornam-se incapazes de responder contra esses antígenos por meio dequatro mecanismos de inativação: deleção clonal, anergia clonal, regulação e ignorância clonal. Tolerância central dos linfócitos B: o mecanismo acontece na medula óssea e as células B imaturas que reconhecem antígenos próprios com alta avidez sofrem deleção clonal, anergia clonal ou a chamada edição de receptor. Tolerância periférica dos linfócitos B: mecanismo que acontece nos órgãos linfóides secundários pelo qual os linfócitos B que eventualmente reconheceram antígenos próprios são inativados pelos seguintes mecanismos: deleção clonal e anergia clonal. Referências: ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILAI, S. Imunologia celular e molecular. Rio de Janeiro: Elsevier, 8 edição, 2015.