



























Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Este documento aborda os diversos impactos do vírus sars-cov-2, causador da covid-19, em diferentes sistemas do corpo humano. Ele detalha como o vírus entra nas células através do receptor ace2, amplamente presente no corpo, e como isso afeta os sistemas respiratório, cardiovascular, renal e pancreático. Além disso, o documento discute as evidências de acometimento do sistema nervoso pela infecção, incluindo manifestações neurológicas em pacientes hospitalizados. O texto também aborda os mecanismos imunológicos envolvidos na resposta do organismo ao vírus, incluindo a produção de autoanticorpos que podem prejudicar a defesa do hospedeiro. Com informações abrangentes sobre os efeitos sistêmicos da covid-19, este documento pode ser útil para estudantes e profissionais da área da saúde que buscam compreender melhor os impactos dessa doença em diferentes sistemas corporais.
Tipologia: Slides
1 / 35
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
2º período Farmácia
COVID-19 e os sistemas do nosso corpo A infecção pelo Coronavírus agride o organismo como um todo. No entanto, as sequelas da COVID-19 para o sistema respiratório estão entre os problemas mais sérios que a doença pode causar. As complicações que levam à morte são insuficiencia respiratória, infecção generalizada, insuficiência de múltiplos órgãos (coração, fígado, rins). A COVID-19 é uma doença infecciosa causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 e tem como principais sintomas febre, cansaço, tosse seca, perda de paladar ou olfato, congestão nasal, conjuntivite, dor de garganta, dor de cabeça, dores nos músculos ou juntas, tipos de erupção cutânea, náusea ou vômito, diarreia, calafrios ou tonturas. Definição:
Afinal, o que é a ECA2? O receptor ECA2 utilizado pelo Coronavírus 2019 é tão amplamente disseminado no corpo humano, pois possui várias funções, tais como: proliferação celular, controle de pressão arterial, equilíbrio de fluidos corporais, resposta inflamatória, dentre outras. A molécula conhecida como proteína S (de “Spike” – espinho) é a que se liga a ECA2 e possibilita que o Coronavírus 2019 se torne intracelular e, possa então, replicar-se. A entrada no corpo humano do Coronavírus 2019 ocorre normalmente via respiratória, mas ele pode chegar a outros tecidos por via hematogênica (através do sangue). E desta forma, se replicar em outros tecidos causando sintomas diferentes dos respiratórios (cujos principais são tosse, falta de ar, dificuldade de respirar). O Coronavírus 2019 pode replicar-se nos rins, intestinos, coração, vasos sanguíneos e sistema nervoso central, gerando desta forma sintomas variados.
O sistema respiratório é constituído pelo nariz, pela faringe, pela laringe, pela traqueia, pelos brônquios e pelos pulmões. Estruturalmente é dividida em superior(nariz, cavidade nasal e a faringe) e inferior(laringe, traqueia, brônquios e os pulmões). Já de forma funcional se divide em zona condutora, consiste em várias cavidades e tubos interconectados e zona respiratória, que consiste em tubos e tecidos nos pulmões onde ocorrem as trocas gasosas. Na ordem, o ar passa pelo nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e, por último, os alvéolos pulmonares, onde vão realizar as trocas gasosas através dos capilares. As paredes dos alvéolos são formadas por dois tipos de células epiteliais alveolares: as células alveolares do tipo I, são os principais locais de trocas gasosas e as células alveolares do tipo II, que secretam líquido alveolar, o que mantém úmida a superfície entre as células e o ar. Sistema Respiratório
Consequências Como já dito anteriormente, a pessoa ficará com falta de ar pela ausência de oxigênio e intoxicada pelo excesso de gás carbônico. A inflamação também fragiliza os pulmões e os torna mais sensíveis para a entrada de bactérias, podendo surgir uma pneumonia bacteriana, que agrava o quadro clínico do paciente. Nesses casos mais graves, a pessoa necessita de oxigênio ou até mesmo ventilação mecânica. Também causa fibrose pulmonar, como uma cicatriz, proliferação fibroblástica, que gera acentuada deposição de matriz extracelular no interstício do pulmão, obliterando os espaços aéreos, podendo ocasionar alterações persistentes e perda progressiva da função pulmonar.
Os cinco tipos principais de vasos sanguíneos são as artérias, as arteríolas, os capilares, as vênulas e as veias. As artérias transportam o sangue do coração para outros órgãos, se dividindo em artérias médias, arteríolas, capilares. Os capilares se juntam até formar as vênulas, que vão se fundir e formar as denominadas veias. O Sistema Circulatório é responsável por transportar nutrientes, oxigênio e hormônios e remover escórias metabólicas. É composta por três camadas, ou túnicas, de tecidos diferentes: um revestimento epitelial interno, uma túnica média formada por músculo liso e tecido conjuntivo elástico, e um revestimento externo de tecido conjuntivo. As três camadas estruturais de um vaso sanguíneo qualquer, da mais interna para a mais periférica, são a túnica íntima, a túnica média e a túnica externa também. Cada vaso capilar possui espessuras de cada túnica diferentes. Sistema Circulatório
Sistema Circulatório e Covid- Os médicos começaram a observar que alguns pacientes que pegaram COVID- começaram a desenvolver a dita trombose. E a explicação para isso tem a ver com uma afinidade que existe entre o Sars-CoV-2, o patógeno que causa a covid, e as células que formam a camada interna dos vasos sanguíneos, também conhecida como endotélio. O que acontece na covid é que o vírus consegue invadir essas células e esburacar esse asfalto interno dos nossos vasos, fazendo com que o corpo crie mecanismos para cicatrizar tudo.
Sistema Circulatório e Covid- Quando uma pessoa se contamina com o coronavírus e desenvolve sintomas, o primeiro órgão afetado costuma ser o pulmão. O vírus ingressa no corpo pela respiração e chega até lá pelas vias aéreas ocorrendo a tempestade inflamatória que afetam o outros sistemas do corpo, pois libera inúmeras substâncias inflamatórias na corrente sanguínea, levando a lesão no endotélio ou coagulação disseminada dentro do vaso (levando a trombose). As células endoteliais possuem os receptores aos quais o coronavírus se conecta para dar início à infecção. Na prática, isso significa que ele também é capaz de causar estragos nessa estrutura do sistema circulatório. O organismo, na tentativa de estancar esse problema, inicia uma série de processos e um deles envolve justamente a coagulação do sangue. A ideia é criar uma barreira protetora na região lesionada, de modo que o tal do endotélio consiga se recuperar.
Os rins são um par de órgãos avermelhados em forma de feijão, localizados logo acima da cintura, entre o peritônio e a parede posterior do abdome. Por causa de sua posição posterior ao peritônio da cavidade abdominal, são considerados retroperitoneais (Figura 26.2). Os rins estão localizados entre os níveis das últimas vértebras torácicas e a terceira vértebra lombar (L III), uma posição em que estão parcialmente protegidos pelas costelas XI e XII. Três camadas de tecido circundam cada ri. A camada mais profunda, a cápsula fibrosa, é uma lâmina lisa e transparente de tecido conjuntivo, serve como uma barreira contra traumatismos e ajuda a manter a forma do rim. A camada intermediária, a cápsula adiposa, é uma massa de tecido adiposo que circunda a cápsula fibrosa. Ela também protege o rim.A camada superficial, a fáscia renal, é outra camada fina de tecido conjuntivo denso não modelado que ancora o rim às estruturas vizinhas e à parede abdominal. Sistema Renal
Funcões dos rins Regulação da composição iônica do sangue. Os rins ajudam a regular os níveis sanguíneos de vários íons (sódio, potássio, cálcio,cloreto e fosfato) Regulação do pH do sangue. Os rins excretam uma quantidade variável de íons hidrogênio (H+) para a urina e preservam os íons bicarbonato (HCO3–) Regulação do volume de sangue. Os rins ajustam o volume do sangue por meio da conservação ou eliminação de água na urina. Regulação pressão arterial. Os rins também ajudam a regular a pressão arterial por meio da secreção da enzima renina, que ativa o sistema renina-angiotensina- aldosterona. Osmolaridade do sangue. Ao regular separadamente a perda de água e a perda de solutos na urina, os rins mantêm uma osmolaridade do sangue relativamente constante. Produção de dois hormônios: calcitriol eritropoetina.
COVID-19 e rins Os mecanismos diretos da lesão renal provocada pelo vírus envolvem a sua ação direta em receptores muito presentes nos rins, como o ACE2 (receptor da enzima conversora deangiotensina), ocasionando lesão renal provocada pelas citocinas inflamatórias que são liberadas durante a infecção e também pela trombose microvascular que provoca uma diminuição da chegada de sangue nos glomérulos, os quais são responsáveis pela produção de urina. É bom lembrar que a infecção por COVID-19 leva a um estado de hipercoagulabilidade, ou seja, aumento da produção de trombos e, por isso, muitos pacientes têm que utilizar anticoagulantes em doses altas durante o tratamento. Além disso, com o aumento da contração dos vasos sanguíneos (vasoconstrição), há uma sobrecarga e comprometimento da função renal. Segundo o estudo, a incidência de lesão renal aguda pode variar de 20% a 40% dos pacientes com a Covid-19.
Consequências A incidência de lesão renal aguda, levando à insuficiência renal aguda em pacientes com COVID-19, é muito variável de acordo com as publicações analisadas neste artigo, porém fica em torno de 11% com oscilações entre 8 e 17%. O que chama atenção é que essa incidência aumenta muito nos casos de pacientes graves, ou seja, aqueles que necessitam de unidades de terapia intensiva, intubação orotraqueal e ventilação mecânica. Nesses casos de maior gravidade, a incidência aumenta para 23% com oscilações entre 14 e 35%. Dentro do conjunto desses pacientes graves, 5% necessitaram de terapia com diálise, por decorrência de uma condição de falência total da função renal.
Cada ilhota pancreática apresenta quatro tipos de células secretoras de hormônio:
COVID-19 e diabetes Depois de ajustar estatisticamente fatores como sexo, idade, etnia, região geográfica e situação econômico-financeira, foi demonstrado que pacientes com diabetes do tipo 1 correm risco de morte 3,5 vezes mais alto do que aqueles com covid, mas sem diabetes. No caso dos que sofrem de diabetes do tipo 2, esse risco foi duas vezes mais alto. O mecanismo provavelmente envolve a enzima conversora da angiotensina (ACE2), na qual o vírus ancora para entrar nas células, causando a síndrome respiratória aguda. Como essa enzima está presente nas células beta do pâncreas, o coronavírus pode destruí-las comprometendo a produção de insulina, causa de hiperglicemia e cetoacidose. Mesmo os que apresentaram formas leves da covid tiveram risco mais alto de diabetes, no decorrer de um ano. Pacientes com índice de massa corpórea (IMC) na faixa da obesidade tiveram mais do que o dobro de risco, nesse período.