Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Modulo de um número real e suas propriedades, Notas de estudo de Direito

A definição do módulo de um número real, suas propriedades e exemplos de cálculo. O módulo de um número real é a magnitude absoluta dele, definida como a valor positivo dele se for positivo, ou o negativo dele se for negativo. O texto também discute as relações entre o módulo de números diferentes e a igualdade entre eles.

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

usuário desconhecido
usuário desconhecido 🇧🇷

4.5

(402)

853 documentos

1 / 19

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
UFF/GMA - Matem´atica asica I - Parte III Notas de aula - Marlene - 2011-1 37
Sum´ario
III umeros reais - odulo e ra´ızes 38
3.1 odulo ou valor absoluto ........................................ 38
3.1.1 Deni¸c˜aoeexemplos......................................... 38
3.1.2 Exemplos de resolu¸ao de equa¸oes e inequa¸oes com odulo, usando a defini¸ao de odulo . 38
3.1.3 odulo: interpreta¸ao geom´etrica na reta num´erica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
3.1.4 Propriedadesdem´odulo ....................................... 40
3.1.5 Exemplos de resolu¸ao de equa¸oes e inequa¸oes com odulo, usando propriedades . . . . . . 43
3.1.6 Exemplos de gr´aficos de fun¸oes com odulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
3.2 Completando o quadrado ........................................ 46
3.2.1 A ecnica de completar o quadrado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
3.2.2 O gr´afico do trinˆomio de grau 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
3.3 Raiz quadrada e raiz ubica ...................................... 49
3.3.1 Raiz quadrada e raiz ubica: defini¸oes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
3.3.2 Raiz quadrada e raiz ubica: propriedades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
3.3.3 Solu¸oes da equa¸ao de segundo grau . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
3.3.4 Fatora¸ao do trinˆomio de grau 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
3.3.5 An´alise de sinal do trinˆomio de grau 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
3.4 Raiz ´ındice n................................................ 54
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Modulo de um número real e suas propriedades e outras Notas de estudo em PDF para Direito, somente na Docsity!

Sum´ario

  • UFF/GMA - Matem´atica B´asica I - Parte III Notas de aula - Marlene - 2011-1
  • III N´umeros reais - m´odulo e ra´ızes
    • 3.1 M´odulo ou valor absoluto
      • 3.1.1 Defini¸c˜ao e exemplos
      • 3.1.2 Exemplos de resolu¸c˜ao de equa¸c˜oes e inequa¸c˜oes com m´odulo, usando a defini¸c˜ao de m´odulo
      • 3.1.3 M´odulo: interpreta¸c˜ao geom´etrica na reta num´erica
      • 3.1.4 Propriedades de m´odulo
      • 3.1.5 Exemplos de resolu¸c˜ao de equa¸c˜oes e inequa¸c˜oes com m´odulo, usando propriedades
      • 3.1.6 Exemplos de gr´aficos de fun¸c˜oes com m´odulo
    • 3.2 Completando o quadrado
      • 3.2.1 A t´ecnica de completar o quadrado
      • 3.2.2 O gr´afico do trinˆomio de grau
    • 3.3 Raiz quadrada e raiz c´ubica
      • 3.3.1 Raiz quadrada e raiz c´ubica: defini¸c˜oes
      • 3.3.2 Raiz quadrada e raiz c´ubica: propriedades
      • 3.3.3 Solu¸c˜oes da equa¸c˜ao de segundo grau
      • 3.3.4 Fatora¸c˜ao do trinˆomio de grau
      • 3.3.5 An´alise de sinal do trinˆomio de grau
    • 3.4 Raiz ´ındice n

Parte III

N´umeros reais - m´odulo e ra´ızes

3.1 M´odulo ou valor absoluto

3.1.1 Defini¸c˜ao e exemplos

Defini¸c˜ao (m´odulo ou valor absoluto)

Dado um n´umero a ∈ R, o m´odulo de a ´e indicado por |a| e definido por:

|a| :=

a se a ≥ 0 −a se a < 0

Observe que: a = 0 =⇒ |a| = a =⇒ | 0 | = 0.

Logo, a defini¸c˜ao de m´odulo poderia ser assim: |a| =

a se a > 0 0 se a = 0 −a se a < 0

Observe tamb´em que: a = 0 =⇒ −a = −0 =⇒ | 0 | = −0 = 0.

Logo a defini¸c˜ao de m´odulo tamb´em poderia ser assim: |a| =

a se a > 0 −a se a ≤ 0

Lembre que dado um n´umero a, pela tricotomia da ordem, apenas uma das trˆes possibilidades da defini¸c˜ao de

m´odulo ´e verdadeira, isto ´e, apesar de que na defini¸c˜ao n˜ao aparece o conectivo ′′ ou ′′ , subentende-se que entre as

trˆes linhas h´a o conectivo ′′ ou ′′ (exclusivo).

Exemplos:

a = 8 > 0 =⇒ | 8 | = 8 a = − 3 < 0 =⇒ | − 3 | = −(−3) = 3 a = π > 0 =⇒ |π| = π

a = − 2 π < 0 =⇒ | − 2 π| = −(− 2 π) = 2π a = π − 3 > 0 =⇒ |π − 3 | = π − 3 a = 3−π < 0 =⇒ | 3 −π| = −(3−π) = −3+π = π − 3

3.1.2 Exemplos de resolu¸c˜ao de equa¸c˜oes e inequa¸c˜oes com m´odulo, usando a defini¸c˜ao de m´odulo

  1. | 3 x| = 15

Resolu¸c˜ao:

| 3 x| :=

3 x se 3 x ≥ 0 − 3 x se 3 x < 0

⇐⇒ | 3 x| :=

3 x se x ≥ 0 − 3 x se x < 0

Logo temos que encontrar: (x ≥ 0 e 3 x = 15) ou (x < 0 e − 3 x = 15)

  • para x ≥ 0, vamos ter que resolver 3 x = 15 ⇐⇒ x = 5. Como 5 > 0, conclu´ımos que x = 5 de fato ´e uma solu¸c˜ao.

ou

  • para x < 0, temos ter que resolver − 3 x = 15 ⇐⇒ x = −5. Como − 5 < 0, conclu´ımos que x = −5 de fato ´e uma solu¸c˜ao.

Logo a solu¸c˜ao S = {− 5 } ∪ { 5 } = {− 5 , 5 }

  1. | 3 x| > 15

Resolu¸c˜ao: | 3 x| :=

3 x se 3 x ≥ 0 − 3 x se 3 x < 0

⇐⇒ | 3 x| :=

3 x se x ≥ 0 − 3 x se x < 0

Logo temos que encontrar: (x ≥ 0 e 3 x > 15) ou (x < 0 e − 3 x > 15)

  • para x ≥ 0 temos que resolver 3 x > 15 ⇐⇒ x > 5. Mas x > 5 e x ≥ 0 =⇒ x > 5.

logo, uma parte da solu¸c˜ao ´e S 1 = (5, ∞)

ou

(ii) Se b < a ent˜ao o ponto b est´a `a esquerda de a e o ponto b dista a − b unidades de a.

Al´em disso, b < a =⇒ b − a < 0 =⇒ |b − a| = −(b − a) = a − b.

b

s a

s

(iii) Se b = a ent˜ao o ponto b coincide com o ponto a e o ponto b dista b − a = a − a = 0 unidades de a.

Al´em disso, b = a =⇒ b − a = 0 =⇒ |b − a| = | 0 | = 0. - b

s

≡ a

Acabamos de verificar que em qualquer caso, |b − a| representa a distˆancia do ponto b ao ponto a.

ou seja, a dintˆancia entre a e b.

Exemplos:

  1. Resolver a equa¸c˜ao |x − 3 | = 15 significa encontrar todos os pontos x cuja distˆancia ao ponto a = 3 ´e exatamente igual a 15 unidades.

s 3

s 18 = 3 + 15

s

E f´^ ´ acil concluir que o ponto que est´a `a direita de 3 e dista 15 unidades de 3 ´e o ponto x = 18, pois 3+15=18.

E f´´ acil concluir que o ponto que est´a `a esquerda de 3 e dista 15 unidades de 3 ´e o ponto x = −12, pois 3-15=-12.

Logo a solu¸c˜ao dessa equa¸c˜ao ´e S = {− 12 , 15 }

  1. Resolver a inequa¸c˜ao |x − 3 | > 15 significa encontrar todos os pontos x cuja distˆancia ao ponto a = 3 ´e maior do que 15 unidades.

∼∼∼ c

s

c∼∼∼∼∼

E preciso encontrar os pontos^ ´ x que est˜ao `a direita de 3 e distam mais do que 15 unidades de 3. S˜ao os pontos x tais que x > 3 + 15 =⇒ x > 18.

E preciso encontrar os pontos´ x que est˜ao `a esquerda de 3 e distam mais do que 15 unidades de 3. S˜ao os pontos x tais que x < 3 − 15 =⇒ x < −12.

Logo a solu¸c˜ao dessa equa¸c˜ao ´e S = {x; x < − 12 ou x > 18 } = (−∞, −12) ∪ (18, ∞),

3.1.4 Propriedades de m´odulo

Resolver uma equa¸c˜ao ou uma inequa¸c˜ao onde n˜ao aparece o m´odulo em nenhuma das express˜oes da equa¸c˜ao,

em geral, ´e mais f´acil do que resolver uma equa¸c˜ao ou uma inequa¸c˜ao onde aparece o m´odulo. Por esse motivo,

para resolver equa¸c˜oes e inequa¸c˜oes que envolvem m´odulos, muitas vezes primeiro aplica-se a defini¸c˜ao ou as pro-

priedades de m´odulo com objetivo de simplific´a-las at´e encontrar outras equa¸c˜oes ou inequa¸c˜oes onde n˜ao aparecem

o m´odulo. Abaixo est˜ao listadas algumas das principais propriedades de m´odulo.

Dados a, b ∈ R, valem as seguintes propriedades:

(i) |a| ≥ 0 , ∀a ∈ R e ainda |a| = 0 ⇐⇒ a = 0. (ii) |a| = | − a|, ∀ a ∈ R. (iii) |a| = |b| ⇐⇒ a = b ou a = −b ⇐⇒ a = ±b (iv) Quando b ≥ 0, vale a equivalˆencia: |a| = b, ⇐⇒ a = b ou a = −b ⇐⇒ a = ±b. Quando b < 0 ̸∃ a; |a| = b. (v) |ab| = |a| |b|

(vi)

a

b

|a|

|b|

, b ̸= 0

(vii) |a| < b ⇐⇒ −b < a < b

(viii) |a| > b ⇐⇒ a > b ou a < −b

(ix) |a + b| ≤ |a| + |b| (desigualdade triangular)

(x) |an| = |a|n, n ∈ N

Al´em disso, |a|

n = a n , n ∈ N, ∀n par.

Demonstra¸c˜oes de algumas das propriedades (Essas demonstra¸c˜oes aparecem nesse texto apenas para quem

tiver curiosidade de vˆe-las. Se quiser, pule essa parte e v´a direto aos exemplos, o importante ´e saber aplicar as

propriedades):

(i) Queremos provar: |a| ≥ 0 , ∀a ∈ R e ainda |a| = 0 ⇐⇒ a = 0.

Dado o ponto a ∈ R, pelo axioma da ordem, temos dois casos (excludentes):

  • Caso 1: a = 0 ⇐⇒ a coincide com a origem ⇐⇒ a distˆancia de a at´e a origem ´e nula ⇐⇒ |a| = 0.
  • Caso 2: a ̸= 0 ⇐⇒ a est´a a direita oua esquerda da origem O ⇐⇒ a distˆancia de a `a O ´e positiva

⇐⇒ |a| > 0.

(ii) Queremos provar: |a| = | − a|, ∀ a ∈ R.

| − a| :=

−a se −a ≥ 0 −(−a) se −a < 0

⇐⇒ | − a| =

−a se −a > 0 0 se −a = 0 −(−a) se −a < 0

| − a| =

−a se a < 0 0 se a = 0 a se a > 0

⇐⇒ | − a| =

−a se a < 0 a se a ≥ 0

Mas a afirma¸c˜ao entre chaves do lado direito da ´ultima igualdade acima ´e a pr´opria defini¸c˜ao de |a|.

Logo | − a| = |a|.

(iii) Queremos provar: |a| = |b| ⇐⇒ a = b ou a = −b ⇐⇒ a = ±b.

Primeiro vamos verificar se a implica¸c˜ao ´e verdadeira nos 2 casos poss´ıveis e excludentes:

  • Caso 1: |a| = |b| = 0 ⇐⇒ a = 0 e b = 0 =⇒ a = b.

ou

  • Caso 2: |a| = |b| > 0. Nesse caso sabemos que a ̸= 0 e b ̸= 0 e podemos dividir em 4 casos:

a > 0 e b > 0 e |a| = |b| =⇒ |a| = a e |b| = b e |a| = |b| =⇒ a = b.

ou

a < 0 e b < 0 e |a| = |b| =⇒ |a| = −a e |b| = −b e |a| = |b| =⇒ −a = −b =⇒ a = b.

ou

a > 0 e b < 0 e |a| = |b| =⇒ |a| = a e |b| = −b e |a| = |b| =⇒ a = −b.

ou

a < 0 e b > 0 e |a| = |b| =⇒ |a| = −a e |b| = b e |a| = |b| =⇒ −a = b =⇒ a = −b.

Conclus˜ao: |a| = |b| =⇒ a = b ou a = −b.

Para provar a rec´ıproca, primeiro supomos a = b, nesse caso ´e claro que |a| = |b|.

Logo no outro caso da hip´otese, temos que b = −a.

Nesse caso, ´e claro que |b| = | − a|, como j´a provamos que | − a| = |a|, conclu´ımos que |b| = |a|.

iv) Queremos provar: Quando b ≥ 0, vale a equivalˆencia: |a| = b, ⇐⇒ a = b ou a = −b ⇐⇒ a = ±b.

Quando b < 0 ̸∃ a; |a| = b.

  • Quando b ≥ 0:

|a| = b

b≥ 0 ⇐⇒ |a| = b e |b| = b

b≥ 0 ⇐⇒ |a| = |b|

(iii) ⇐⇒ a = b ou a = −b ⇐⇒ a = ±b

  • Quando b < 0:

Por (i) sabemos que ∀a, |a| ≥ 0

b< 0 =⇒ ∀a, b < 0 ≤ |a| =⇒ ∀a, b < |a| =⇏ ∃a; b = |a|.

v) Queremos provar: |ab| = |a| |b|

Separando em todos os casos poss´ıveis:

  • Caso 1: a ≥ 0 e b ≥ 0 =⇒ ab ≥ 0 =⇒ |ab| = ab (*)

a ≥ 0 e b ≥ 0 =⇒ |a| = a, |b| = b =⇒ |a| |b| = ab (**)

Por () e (*) verificamos nesse caso que |ab| = |a| |b|.

ix) Queremos provar que |a + b| ≤ |a| + |b|, ∀a, b ∈ R.

  • Primeiro vamos verificar que |a + b| = |a| + |b| ⇐⇒ ab ≥ 0 ⇐⇒ (a ≥ 0 e b ≥ 0) ou (a ≤ 0 e b ≤ 0). Verificando, |a + b| = |a| + |b| (ambos positivos, elevando ao quadrado, vale a equivalˆencia)

(|a + b|)

2 = (|a| + |b|)

provando e usando, |x|^2 = |x| |x| = |x x| = |x^2 | = x^2

(a + b) 2 = |a| 2

  • 2|a| |b| + |b| 2 ⇐⇒ a 2
  • 2ab + b 2 = a 2
  • 2|ab| + b 2 ⇐⇒ ab = |ab| ⇐⇒ ab ≥ 0.
  • Agora, supondo ab < 0, vamos provar que |a + b| < |a| + |b|.

Supondo que dois n´umeros possuem sinais contr´arios, ou seja, um ´e positivo e outro negativo, vamos chamar o

negativo de a e o positivo de b. Vamos verificar que a < 0 < b =⇒ |a + b| < |a| + |b|.

Calculando o lado direito da desigualdade: a < 0 < b =⇒ |a| = −a e |b| = b =⇒ |a| + |b| = −a + b. Agora, vamos supor os trˆes casos possiveis e excludentes:

I)

−b ≡

a

b

−a ≡

| (^) ou II) - −b

a

b

−a

ou

III)

a

−b

b

−a

I) ou II) −b ≤ a < 0 < −a ≤ b =⇒ −a ≤ b =⇒ 0 ≤ a + b =⇒ |a + b| = a + b () Mas, tamb´em temos que −b ≤ a < 0 < −a ≤ b =⇒ a < −a =⇒ a + b < −a + b = |a| + |b| () Por () e (**), |a + b| = a + b < −a + b = |a| + |b| =⇒ |a + b| < |a| + |b|

III) a < −b < 0 < b < −a =⇒ a < −b =⇒ a + b < 0 =⇒ |a + b| = −(a + b) = −a − b () Mas, tamb´em temos que a < −b < 0 < b < −a =⇒ −b < b =⇒ −a − b < −a + b = |a| + |b| () Por () e (**), |a + b| = −a − b < −a + b = |a| + |b| =⇒ |a + b| < |a| + |b|

x) Exerc´ıcio: prove a propriedade |a n | = |a| n , n ∈ N. Al´em disso, |a|

n = a n , n ∈ N, ∀n par.

3.1.5 Exemplos de resolu¸c˜ao de equa¸c˜oes e inequa¸c˜oes com m´odulo, usando propriedades

Resolva as equa¸c˜oes ou inequa¸c˜oes:

  1. | 6 x − 9 | = 12
  2. | 6 x − 9 | = 12 |x − 1 |
  3. | 6 x − 9 | = 12 (x − 1)
    1. | 6 x − 9 | ≤ 12
    2. | 6 x − 9 | > 12
    3. | 6 x − 9 | < 12 (x − 1)
      1. | 6 x − 9 | ≥ 12 (x − 1)
      2. | 6 x − 9 | < 12 |x − 1 |

Resolu¸c˜oes:

  1. | 6 x − 9 | = 12 ⇐⇒ |3(2x − 3)| = 12

(v) ⇐⇒ | 3 || 2 x − 3 | = 12 ⇐⇒ 3 | 2 x − 3 | = 12 ⇐⇒ | 2 x − 3 | = 4 = | 4 |

(iii) ⇐⇒

I) 2 x − 3 = 4 ou II) 2 x − 3 = −4.

Resolvendo cada equa¸c˜ao,

I) 2 x − 3 = 4 ⇐⇒ 2 x = 7 ⇐⇒ x = 7/2.

II) 2 x − 3 = − 4 ⇐⇒ 2 x = − 1 ⇐⇒ x = − 1 / 2

solu¸c˜ao S = {− 1 / 2 , 7 / 2 }

  1. | 6 x − 9 | = 12 |x − 1 |

(v) ⇐⇒ 3 | 2 x − 3 | = 12 |x − 1 | ⇐⇒ | 2 x − 3 | = 4 |x − 1 |

(iii) ⇐⇒

I) 2x − 3 = 4(x − 1) ou II) 2x − 3 = −4(x − 1).

Resolvendo cada equa¸c˜ao,

I) 2 x − 3 = 4(x − 1) ⇐⇒ 2 x − 3 = 4x − 4 ⇐⇒ − 2 x = − 1 ⇐⇒ x = 1/2.

II) 2 x − 3 = −4(x − 1) ⇐⇒ 2 x − 3 = − 4 x + 4 ⇐⇒ 6 x = 7 ⇐⇒ x = 7/ 6

Solu¸c˜ao S = { 1 / 2 , 7 / 6 }

  1. | 6 x − 9 | = 12 (x − 1)

A equa¸c˜ao tem solu¸c˜ao se e s´o se x − 1 ≥ 0 ⇐⇒ x ≥ 1,

ou seja, a equa¸c˜ao n˜ao tem solu¸c˜ao ∀x < 1, pois ̸∃ x; | 6 x − 9 | < 0.

Assim vamos supor x − 1 ≥ 0 e resolver a equa¸c˜ao.

| 6 x − 9 | = 12 (x − 1), x − 1 ≥ 0 ⇐⇒ 3 | 2 x − 3 | = 12 (x − 1), x − 1 ≥ 0 ⇐⇒ | 2 x − 3 | = 4 (x − 1), x − 1 ≥ 0

(iv) =⇒

I) 2x − 3 = 4 (x − 1) ou II) 2x − 3 = −4 (x − 1)

Resolvendo cada equa¸c˜ao,

I) 2x − 3 = 4 (x − 1) ⇐⇒ 2 x − 3 = 4x − 4 ⇐⇒ − 2 x = − 1 ⇐⇒ x = 1/ 2

II) 2x − 3 = −4 (x − 1) ⇐⇒ 2 x − 3 = − 4 x + 4 ⇐⇒ 6 x = 7 ⇐⇒ x = 7/ 6

Agora precisamos testar se cada solu¸c˜ao satisfaz a restri¸c˜ao, ou seja testar se x ≥ 1.

Como x = 1/ 2 < 1, x = 1/ 2 n˜ao ´e solu¸c˜ao.

Como x = 7/ 6 > 1, x = 7/ 6 ´e solu¸c˜ao.

Logo, a solu¸c˜ao S = { 7 / 6 }

  1. Na desigualdade podemos usar as propriedades vii) e como 12 > 0 na igualdade podemos usar a equivalˆencia

da propriedade (iv):

| 6 x − 9 | ≤ 12 ⇐⇒ − 12 ≤ 6 x − 9 ≤ 12 ⇐⇒ −12 + 9 ≤ 6 x ≤ 12 + 9 ⇐⇒ − 3 ≤ 6 x ≤ 21 ⇐⇒ − 1 / 2 ≤ x ≤ 7 / 2

Logo a solu¸c˜ao ´e o intervalo I =

[

1 2 ,^

7 2

]

  1. Podemos usar a propriedade viii):

| 6 x − 9 | > 12 ⇐⇒ I) 6 x − 9 < − 12 ou II) 6 x − 9 > 12

Resolvendo cada inequa¸c˜ao,

I) 6 x − 9 < − 12 ⇐⇒ 6 x < −12 + 9 ⇐⇒ 6 x < − 3 ⇐⇒ x < − 1 / 2

II) 6 x − 9 > 12 ⇐⇒ 6 x > 12 + 9 ⇐⇒ 6 x > 21 ⇐⇒ 2 x > 7 ⇐⇒ x > 7 /2.

Logo a solu¸c˜ao S ´e a uni˜ao de intervalos, S =

1 2

7 2

  1. Para resolver vamos aplicar a propriedade vii).

| 6 x − 9 | < 12 (x − 1) ⇐⇒ −12(x − 1) < 6 x − 9 < 12(x − 1)

Nesse caso ´e preciso separar as duas inequa¸c˜oes para ser poss´ıvel resolvˆe-las,

I) −12(x − 1) < 6 x − 9 e II) 6 x − 9 < 12(x − 1)

Resolvendo cada equa¸c˜ao,

I) −12(x − 1) < 6 x − 9 ⇐⇒ − 12 x + 12 < 6 x − 9 ⇐⇒ − 18 x < − 21 ⇐⇒ 6 x > 7 ⇐⇒ x > 7 / 6

e

II) 6 x − 9 < 12(x − 1) ⇐⇒ 6 x − 9 < 12 x − 12 ⇐⇒ − 6 x < − 3 ⇐⇒ x > 1 / 2

A solu¸c˜ao ´e a interse¸c˜ao das inequa¸c˜oes x > 7 / 6 e x > 1 /2 com x > 1.

Logo a solu¸c˜ao da inequa¸c˜ao ´e o intervalo I = (7/ 6 , ∞)

  1. Podemos aplicar a propriedade viii) para resolver a inequa¸c˜ao e a equivalˆencia da propriedade (iv), supondo

x − 1 ≥ 0. No final ´e preciso testar se a solu¸c˜ao da equa¸c˜ao encontrada no final tamb´em ´e solu¸c˜ao da equa¸c˜ao original.

| 6 x − 9 | ≥ 12 (x − 1) ⇐⇒ I) 6x − 9 ≤ −12(x − 1) ou II) 6 x − 9 ≥ 12(x − 1)

Resolvendo cada inequa¸c˜ao,

I) 6x − 9 ≤ −12(x − 1) ⇐⇒ 6 x − 9 ≤ − 12 x + 12 ⇐⇒ 18 x ≤ 21 ⇐⇒ x ≤ 7 / 6

ou

II) 6x − 9 ≥ 12(x − 1) ⇐⇒ 6 x − 9 ≥ 12 x − 12 ⇐⇒ − 6 x ≥ − 3 ⇐⇒ x ≤ 1 / 2

Logo a uni˜ao de I) e II) ´e a intervalo x ≤ 7 /6.

  1. f (x) = 2 + |x| O gr´afico de f ´e uma transla¸c˜ao vertical do gr´afico de y = |x|, de 2 unidades para cima.
  2. f (x) = | 2 x − 3 | − 4 |x − 1 |

Como n˜ao h´a nenhuma propriedade de igualdade relativa a soma ou subtra¸c˜ao de m´odulos, nesse caso a ´unica op¸c˜ao ´e usar a defini¸c˜ao de m´odulo para abrir | 2 x − 3 | e |x − 1 |.

Usaremos tabela para facilitar as contas nos intervalos onde abrimos os m´odulos.

x < 1 x = 1 1 < x < 3 / 2 x = 3/ 2 x > 3 / 2 | 2 x − 3 | − 2 x + 3 1 − 2 x + 3 0 2 x − 3 4 |x − 1 | − 4 x + 4 0 4 x − 4 2 4 x − 4

| 2 x − 3 | − 4 |x − 1 | 2 x − 1 1 -6x+7 -2 − 2 x + 1

3.2 Completando o quadrado

Uma t´ecnica de simplifica¸c˜ao de express˜oes bastante ´util ´e baseada nos seguintes produtos not´aveis:

(a + b) 2 = a 2

  • 2ab + b 2 e (a − b) 2 = a 2 − 2 ab + b 2 .

3.2.1 A t´ecnica de completar o quadrado

Observe que:

E(x) = 9x 2 − 42 x + 49 = 9x 2 − 2 · (3x) · 7 + 49 ´e exatamente o quadrado de (3x − 7) e tamb´em E(x) = 1 9 x

2

4 3 x^ + 4 =^

1 9 x

2

  • 2 ·

1 3 x

2 + 4 ´e o quadrado perfeito de

1 3 x^ + 2

Agora, veja os exemplos:

Exemplo 1 E(x) = 9x 2

  • 12x n˜ao ´e o quadrado perfeito de uma express˜ao do tipo ax + b.

Qual ´e o n´umero k que devemos somar a E(x) = 9x 2

  • 12x de forma que uma nova express˜ao F (x) = E(x) + k seja o quadrado perfeito de uma express˜ao do tipo ax + b?

Para descobrir quais s˜ao os valores de a e b, vamos reescrever a express˜ao E(x):

E(x) = 9x 2

  • 12x 2 = (3x) 2
  • 2 · (3x) · 2.

Como 9 x 2 = (3x) 2 e 12 x 2 = 2 · (3x) · 2, conclu´ımos que a = 3 e b = 2.

O n´umero que devemos somar ´e k = b^2 = 2^2 = 4

e a nova express˜ao ´e F (x) = (3x)^2 + 2 · (3x) · 2 + 4 = (3x + 2)^2.

Observe que se somamos k = 4 e subtra´ımos k = 4, na expresss˜ao E(x), ela n˜ao se altera,

E(x) = 9x^2 + 12x = (3x)^2 + 2 · (3x) · 2 = (3x)^2 + 2 · (3x) · 2 + 4 − 4 = (3x + 2)^2 − 4

Exemplo 2 Considere a express˜ao E(x) = x^2 + 7x + 5.

Qual ´e o n´umero k que devemos somar a x^2 + 7x tal que x^2 + 7x + k seja o quadrado perfeito de uma express˜ao do tipo ax + b?

x^2 + 7x = x^2 + 2 · (x) ·

7 2

, assim, k =

7 2

4

Logo, x^2 + 7x + k = x^2 + 2 · (x) ·

7 2

49 4

x + 7 2

Observe que podemos somar e subtrair o n´umero 49 4 na primeira express˜ao entre parˆenteses abaixo, que ela n˜ao se altera.

E(x) = x 2

  • 7x + 5 =

x 2

  • 2 · (x) ·

7 2

x 2

  • 2 · (x) ·

7 2

49 4 −^

49 4

x + 7 2

49 (^4 + 5 = x + 7 2

29

Generalizando, encontramos o m´etodo conhecido por ′′completar o quadrado′′.

Dada uma express˜ao do tipo E(x) = ax 2

  • bx + c (trinˆomio de grau 2, a ̸= 0)

sempre podemos reescrever na forma E(x) = a(x + m) 2

  • n realizando os seguintes procedimentos:

(i) Reescrever E(x) = ax 2

  • bx + c = a

x 2

b a x

  • c

(ii) Reescrever x 2

b a x^ =^ x

2

  • 2 · (x) · b 2 a

somar e subtrair b^2 4 a^2 para obter um quadrado perfeito menos uma constante,

x 2

b a x^ =^ x

2

  • 2 · (x) · b 2 a +^

b^2 4 a^2 −^

b^2 4 a^2 =^

x + b 2 a

b^2 4 a^2.

(iii) Substituir a express˜ao encontrada em (ii) na express˜ao de E(x), mais `a direita em (i)

E(x) = a

x + b 2 a

b^2 4 a^2

  • c = a

x + b 2 a

  • a

b^2 4 a^2

  • c = a

x + b 2 a

b^2 − 4 ac 4 a

Logo encontramos m = b 2 a e^ n^ =^ −

b^2 − 4 ac 4 a

Aten¸c˜ao: o objetivo foi provar que ´e poss´ıvel encontrar m e n em termos de a, b, c. N˜ao ´e uma boa id´eia mem- orizar essas f´ormulas para completar o quadrado, ´e mais simples aplicar nos exemplos o mesmo procedimento descrito acima.

Exemplos

  1. 4x^2 + 40 x − 100 = 4

x^2 + 10 x

x^2 + 2 · x · 5

x^2 + 2 · x · 5 + 25 − 25

x 2

  • 2 · x · 5 + 25

− 100 − 100 = 4 (x + 5)

2 − 100 = 4 (x + 5)

2 − 200

4 − 3 x − x^2 = 27 4

3 x + x^2

4

x^2 + 2 · x · 3 2

4

x^2 + 2 · x · 3 2

4

4

27 4

x^2 + 2 · x · 3 2

9 4

9 4

27 4

x + 3 2

9 4

x + 3 2

x + 3 2

3.2.2 O gr´afico do trinˆomio de grau 2

Um trinˆomio de grau 2 ´e uma express˜ao do tipo: E(x) = ax^2 + bx + c a, b, c ∈ R, constantes , a ̸= 0, x ∈ R

Sabemos da Geometria Anal´ıtica que a equa¸c˜ao y = ax^2 representa uma par´abola com v´ertice na origem e

o eixo da par´abola ´e coincidente com o o eixo y.

Al´em disso, quando a > 0 a concavidade da par´abola ´e voltada para cima e quando a < 0 a concavidade da par´abola ´e voltada para baixo.

Podemos completar o quadrado na express˜ao ax 2

  • bx + c, vamos encontrar valores para h e k de forma a

reescrever a express˜ao, ax 2

  • bx + c = a(x − h) 2
  • k.

Assim, y = ax 2

  • bx + c ⇐⇒ y = a(x − h) 2
  • k ⇐⇒ y − k = a(x − h) 2

A equa¸c˜ao y = ax 2

  • bx + c representa uma transla¸c˜ao da par´abola y = ax 2 , ou seja, ´e uma par´abola cujo

v´ertice ´e V = (h, k) e, al´em disso, a concavidade ´e para cima quando a > 0 e para baixo quando a < 0.

Exemplos:

  1. Vamos identificar a par´abola de equa¸c˜ao y = 4x 2 + 40 x − 100.

No exemplo 1 da se¸c˜ao anterior j´a completamos o quadrado dessa express˜ao, logo

y = 4x 2 +40 x− 100 ⇐⇒ y = 4 (x + 5)

2 − 200 ⇐⇒ y+200 = 4 (x + 5)

2 ⇐⇒ y−(−200) = 4 (x − (−5))

2 .

Essa equa¸c˜ao representa uma par´abola de v´ertice V = (− 5 , −200), com concavidade voltada para cima.

3.3 Raiz quadrada e raiz c´ubica

3.3.1 Raiz quadrada e raiz c´ubica: defini¸c˜oes

Defini¸c˜ao - Raiz quadrada ou raiz

Dado a ∈ R; a ≥ 0, a raiz quadrada de a ´e o ´unico b ∈ R, indica-se

a = b, tal que b 2 = a e b ≥ 0.

Defini¸c˜ao - Raiz c´ubica

Dado a ∈ R, a raiz c´ubica de a ´e o ´unico b ∈ R, indica-se 3

a = b, tal que b^3 = a.

Observa¸c˜oes:

  • A equa¸c˜ao x^2 = 9 tem duas solu¸c˜oes, x = ±3, pois x = 3 =⇒ x^2 = 3^2 = 9 e x = −3 =⇒ x^2 = (−3)^2 = 9. √ 9 = 3 e

9 ̸= − 3 pois 3 2 = 9 e 3 > 0, (−3) 2 = 9, mas − 3 < 0.

  • O n´umero a ´e chamado de radicando tanto na raiz quadrada quanto na raiz c´ubica.
  • Na raiz quadrada o radicando ´e necessariamente positivo ou nulo, na raiz c´ubica n˜ao h´a restri¸c˜ao.
  • O processo de encontrar a raiz quadrada ou raiz c´ubica se chama de radicia¸c˜ao.
  • Considere a = x^2. Sabemos que x^2 ≥ 0 , ∀x ∈ R, logo sempre ser´a poss´ıvel determinar

x^2 , ∀x ∈ R. √ x^2 = b ⇐⇒ b 2 = x 2 e b ≥ 0

Sabemos que b 2 = x 2 ⇐⇒ b = x ou b = −x, isto ´e, essas s˜ao as duas ´unicas candidatas a ra´ızes de x 2 .

Suponha que x ≥ 0. Nesse caso, b = x ≥ 0 e b 2 = x 2 =⇒

x^2 = x.

Suponha que x < 0. Nesse caso, b = −x > 0 e b^2 = (−x)^2 = x^2 =⇒

x^2 = b = −x.

Acabamos de provar que

x^2 = |x|

3.3.2 Raiz quadrada e raiz c´ubica: propriedades

Dados a, b ∈ R, valem as propriedades:

A1)

a^2 = |a|, ∀a ∈ R B1)

3

a^3 = a, ∀a ∈ R

A2)

ab =

a

b a ≥ 0 e b ≥ 0 B2)

3

ab = 3

a

3

b

A3) (

a)

2 = a a ≥ 0 B3) ( 3

a)

3 = a A4)

ab =

−a

−b a ≤ 0 e b ≤ 0 B4) 3

ab = 3

−a 3

−b

A5)

a

b

a √ b

a ≥ 0 e b > 0 B5) 3

a

b

3

a √ 3 b

, b ̸= 0

A6)

a

b

−a √ −b

a ≤ 0 e b < 0 B6) 3

a

b

3

−a 3

−b

, b ̸= 0

A7) 0 ≤ a = b ⇐⇒

a =

b B7) a = b ⇐⇒ 3

a =

b

OBS. a = b ̸=⇒

a =

b pois, caso a < 0 e a = b =⇏ ∃

a

A8) 0 ≤ a < b ⇐⇒

a <

b B8) a < b ⇐⇒

a <

3

b

OBS. a < b ̸=⇒

a <

b pois, caso a < 0 e a < b =⇏ ∃

a A9)

a + b <

a +

b, ∀a, b > 0 B9) 3

a + b < 3

a + 3

b, ∀a, b > 0

Exemplos de simplifica¸c˜oes de expresss˜oes:

  1. Para x ̸= 1,

3

(x − 1)^3

x − 1

x − 1

x − 1

  1. Para x ̸= 1,

(x − 1)^2

x − 1

|x − 1 |

x − 1

  1. Para x ̸= 1,

3

(x − 1)^6

x − 1

3

((x − 1)^2 )

3

x − 1

(x − 1)^2

x − 1

= x − 1

  1. Para x ̸= 1,

(x − 1)^6

x − 1

((x − 1)^3 )

2

x − 1

(x − 1) 3

x − 1

(x − 1) 2 (x − 1)

x − 1

(x − 1) 2 |x − 1 |

x − 1

(x − 1) 2 |x − 1 |

x − 1

= (x − 1) |x − 1 |

  1. Para x ̸= 1,

(x − 1)^8

x − 1

((x − 1)^4 )

2

x − 1

(x − 1) 4

x − 1

(x − 1) 4

x − 1

= (x − 1)^3

  1. Para x > 1 ,

(x − 1)^7

x − 1

(x − 1)^3 )

2 (x − 1)

x − 1

(x − 1) 3

x − 1

x − 1

(x − 1)^3

x − 1

x − 1

= (x − 1)^2

x − 1

  1. Para x < 1 ,

(1 − x)^7

1 − x

(1 − x)^3 )

2 (1 − x)

1 − x

(1 − x) 3

1 − x

1 − x

−(1 − x)^3

1 − x

1 − x

= −(1 − x) 2

1 − x

3.3.3 Solu¸c˜oes da equa¸c˜ao de segundo grau

As solu¸c˜oes da equa¸c˜ao: ax 2

  • bx + c = 0, a, b, c ∈ R, constantes , a ̸= 0, x ∈ R.

De acordo com o que foi visto anteriormente, ao completar o quadrado na expresss˜ao ax 2

  • bx + c que

aparece no lado esquerdo da primeira igualdade abaixo, obtemos a express˜ao do lado esquerdo da segunda equa¸c˜ao

(sabemos que a ̸= 0),

ax 2

  • bx + c = 0 ⇐⇒

a

x +

b

2 a

b^2 − 4 ac

4 a

a

x +

b

2 a

b^2 − 4 ac

4 a

x +

b

2 a

b 2 − 4 ac

4 a^2

Para que essa equa¸c˜ao tenha solu¸c˜ao ´e preciso que

b 2 − 4 ac

4 a^2

≥ 0 porque sabemos que

x +

b

2 a

Mas, como 4 a 2

0, para que essa equa¸c˜ao tenha solu¸c˜ao ´e preciso que ∆ = b 2 − 4 ac ≥ 0.

Quando h´a solu¸c˜ao, temos dois casos a considerar: b 2 − 4 ac = 0 ou b 2 − 4 ac > 0.

  • Quando b^2 − 4 ac = 0, resolvendo a equa¸c˜ao, temos que:

(

x +

b

2 a

= 0 ⇐⇒ x +

b

2 a

= 0 ⇐⇒ x = −

b

2 a

  • Quando b^2 − 4 ac > 0, resolvendo a equa¸c˜ao, temos que:

(

x +

b

2 a

b^2 − 4 ac

4 a^2

x +

b

2 a

b^2 − 4 ac

4 a^2

x +

b

2 a

b^2 − 4 ac √ 4 a^2

x +

b

2 a

b^2 − 4 ac

2

a^2

3.3.5 An´alise de sinal do trinˆomio de grau 2

A an´alise de sinal de E(x) = ax^2 + bx + c pode ser dividida de acordo com os trˆes tipos de solu¸c˜ao da equa¸c˜ao.

  • Se a equa¸c˜ao E(x) = ax 2 + bx + c = 0 possui duas ra´ızes distintas, x =

−b ±

b^2 − 4 ac

2 a

Considerando que as ra´ızes s˜ao x 1 < x 2.

Pela afirma¸c˜ao 1 da se¸c˜ao anterior, ax^2 + bx + c = a (x − x 1 ) (x − x 2 )

Logo, para a > 0:

x x < x 1 x 1 x 1 < x < x 2 x 2 x > x 2

a + + + + + x − x 1 − 0 + + + x − x 2 − − − 0 +

ax 2

  • bx + c = a (x − x 1 ) (x − x 2 ) + 0 − 0 +

Logo, para a < 0:

x x < x 1 x 1 x 1 < x < x 2 x 2 x > x 2 a − − − − −

x − x 1 − 0 + + + x − x 2 − − − 0 +

ax 2

  • bx + c = a (x − x 1 ) (x − x 2 ) − 0 + 0 −
  • Se a equa¸c˜ao E(x) = ax 2 + bx + c = 0 possui apenas uma solu¸c˜ao x 1 =

− b

2 a

, pela afirma¸c˜ao 2 da se¸c˜ao

anterior, ax 2

  • bx + c = a(x − x 1 ) 2

Logo, para a > 0:

x x < x 1 x 1 x > x 1 a + + +

(x − x 1 )

2

  • 0 +

ax^2 + bx + c = a (x − x 1 )

2

  • 0 +

Logo, para a < 0:

x x < x 1 x 1 x > x 1 a − − −

(x − x 1 )

2

  • 0 +

ax 2

  • bx + c = a (x − x 1 )

2 − 0 −

  • Se a equa¸c˜ao E(x) = ax 2 + bx + c = 0 n˜ao possui solu¸c˜ao, pela afirma¸c˜ao 3 da se¸c˜ao anterior, o sinal de E(x) = ax 2
  • bx + c s´o depende do sinal de a.

Logo, para a > 0: x x ∈ R

a + ax 2

  • bx + c +

Logo, para a < 0: x x ∈ R

a − ax 2

  • bx + c −

EXEMPLOS

  1. Vamos encontrar o dom´ınio da express˜ao E(x) =

x^2 − 4 √ x − 2

e encontrar todos os valores de x em que a

identidade

x^2 − 4 √ x − 2

x + 2 ´e verdadeira.

D = Dom´ınio de E(x): x; x^2 − 4 ≥ 0 e x − 2 > 0.

x^2 − 4 ≥ 0 ⇐⇒ x ≥ 2 ou x ≤ −2.

x − 2 > 0 ⇐⇒ x > 2.

Logo D = (2, ∞).

Usando propriedades de raiz,

x^2 − 4 √ x − 2

(x − 2)(x + 2) √ x − 2

x − 2

x + 2 √ x − 2

x + 2.

Mas para que a identidade seja verdadeira ´e preciso que todas as express˜oes da identidade sejam definidas.

Para isso, ´e preciso que x 2 − 4 ≥ 0 , x − 2 > 0 , x + 2 ≥ 0.

Fazendo as interse¸c˜oes das solu¸c˜oes das trˆes inequa¸c˜oes, conclu´ımos que x > 2.

  1. Observe que a simplifica¸c˜ao do item (a) est´a correta e a do item (b) est´a errada.

(a)

x^4 − 2 x^2

x

x^2 (x^2 − 2)

x

x^2

x^2 − 2

x

|x|

x^2 − 2

x

. Logo,

Quando x > 0 ,

x^4 − 2 x^2

x

x

x^2 − 2

x

x^2 − 2

Quando x < 0 ,

x^4 − 2 x^2

x

−x

x^2 − 2

x

x^2 − 2

(b)

12 x^8 + 4x^6

x^3

4 x^6 (3x^2 + 1)

x^3

4 x^6

3 x^2 + 1

x^3

3 x^2 + 1

O erro nessa simplifica¸c˜ao ocorreu quando x 6 dentro da raiz do numerador foi cancelado com x 3 do denominador. N˜ao ´e poss´ıvel fazer isso porque

x^6 = x 3 apenas no caso em que x ≥ 0, mas no caso em

que x < 0, temos que

x^6 =

(x^3 )

2 = x 3 = −x 3 .

  1. Vamos resolver a equa¸c˜ao (x − 3) 2 = 5 sem elevar ao quadrado, usando propriedades de raiz.

Como (x − 3) 2

0 e 5 > 0, pela propriedade A7), temos

(x − 3) 2 = 5 ⇐⇒

(x − 3)^2 =

5 ⇐⇒ |x − 3 | =

5 ⇐⇒ x − 3 =

5 ou x − 3 = −

x = 3 +

5 ou x = 3 −

Resolvendo a mesma equa¸c˜ao de outra forma, elevando ao quadrado o termo (x − 3), encontraremos

x^2 − 6 x + 4 = 0, resolvendo, x =

Naturalmente as solu¸c˜oes s˜ao as mesmas, n˜ao importa como a equa¸c˜ao foi resolvida.

  1. A partir do produto not´avel a n − b n = (a − b)(a n− 1 + a n− 2 b + · · · + ab n− 2 + b n− 1 ) podemos obter novas identidades, por exemplo:

(a) (a − b)(a + b) = a^2 − b^2 , a =

x, b =

y =⇒

x −

y

x +

y

x)

2 −

y

Logo, como (

x)

2 = x e

y

= y, conclu´ımos que

x −

y

x +

y

= x − y

(b) (a − b)(a 2

  • ab + b 2 ) = a 3 − b 3 , a = 3

x, b = 3

y =⇒

3

x − 3

y

x)

2

  • 3

x 3

y +

3

y

x)

3 −

3

y

. Conclu´ımos que

3

x − 3

y

x)

2

  • 3

x 3

y +

3

y

= x − y.

(c) (a − b)(a 2

  • ab + b 2 ) = a 3 − b 3 , a = 3

1 − 2 x, b =

3

x^2 =⇒ ( 3

1 − 2 x −

3

x^2

3

1 − 2 x

3

1 − 2 x

3

x^2 +

3

x^2

= 1 − 2 x − x 2

  1. Vamos resolver a inequa¸c˜ao:

−x

2 + 3

x

x^2 − 2

2 + 3

x

O dom´ınio da inequa¸c˜ao ´e a interse¸c˜ao das solu¸c˜oes de: I) −x ≥ 0; II) x^2 − 2 ≥ 0; III) 2 + 3

x ̸= 0.

I) −x ≥ 0 ⇐⇒ x ≤ 0

II) x^2 − 2 ≥ 0 ⇐⇒ x^2 ≥ 2 ⇐⇒

x^2 ≥

2 ⇐⇒ |x| ≥

2 ⇐⇒ x ≥

2 ou x ≤ −

III) 2 + 3

x ̸= 0 ⇐⇒ 3

x ̸= − 2 ⇐⇒ ( 3

x)

3 ̸ = (−2) 3 ⇐⇒ x ̸= −8.

Assim, o dom´ınio D = (−∞, −8) ∪ (− 8 , −

2 ].

Resolvendo a inequa¸c˜ao,

−x

2 + 3

x

x^2 − 2

2 + 3

x

−x −

x^2 − 2

2 + 3

x

Vamos usar tabela de sinais, para isso precisamos encontrar primeiro os valores de x ∈ D onde a expresss˜ao do numerador e a express˜ao do denominador se anulam e onde s˜ao positivas.

  1. Resolver a equa¸c˜ao:

x^50 +

x^27

x^5

Primeiro vamos simplificar a express˜ao,

x^50 +

x^27

x^5

10

(x^5 )

10

9

(x^3 )

9

x^5

16 |x^5 | + x^3

x^5

Sabemos que x 5

0 ⇐⇒ x > 0 =⇒ x 5 = x 5 e x 5 < 0 =⇒ x < 0 =⇒ x 5 = −x 5 .

Caso x > 0

16 |x 5 | + x 3

x^5

16 x 5

  • x 3

x^5

x^3

16 x^2 + 1

x^5

16 x 2

  • 1

x^2

. Resolvendo a equa¸c˜ao,

16 x 2

  • 1

x^2

= 0 ⇐⇒ 16 x^2 + 1 = 0 ⇐⇒ 16 x^2 = −1. Essa equa¸c˜ao n˜ao tem solu¸c˜ao em R.

Caso x < 0

16 |x^5 | + x^3

x^5

− 16 x^5 + x^3

x^5

x 3

− 16 x 2

  • 1

x^5

− 16 x^2 + 1

x^2

. Resolvendo a equa¸c˜ao,

− 16 x 2

  • 1

x^2

= 0 ⇐⇒ − 16 x 2

  • 1 = 0 ⇐⇒ 16 x 2 = 1 ⇐⇒ x = ± 1

1 4 <^ 0 =⇒^ x^ =^ −^

1 4 ´e solu¸c˜ao da equa¸c˜ao.^

1 4 >^ 0 =⇒^ x^ =^

1 4 n˜ao ´e solu¸c˜ao da equa¸c˜ao.