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ianni Tendencias Pensamento, Resumos de Sociologia

Fichamento/Resumo: Tendências do pensamento brasileiro/Octavio Ianni

Tipologia: Resumos

2016

Compartilhado em 23/02/2016

edson-luiz-fogo-5
edson-luiz-fogo-5 🇧🇷

4.4

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FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO
Curso: Estudos Brasileiros
Disciplina: Estudos de Sociedade e Cultura
Profa.: Cecília Turatti
Aluno: EDSON LUIZ FOGO
Fichamento: TENDÊNCIAS DO PENSAMENTO BRASILEIRO
Os estudiosos (ou interpretes) da realidade brasileira podem ser agrupados conforme os
temas abordados ou classificados conforme critérios de pioneirismo e inovação. Assim temos:
- precursores: surgem no século XIX (ou na transição para o século XX), normalmente
influenciados por autores europeus procuravam entender o Brasil a partir de uma sociedade
escravocrata. Os principais autores desse grupos são Joaquim Nabuco, Euclides da Cunha e Rui
Barbosa;
- clássicos: apresentaram obras que se consagraram como imprescindíveis para descrever,
compreender e explicar o Brasil. Autores representativos desse grupo são Gilberto Freyre, Sérgio
Buarque de Holanda, Roberto Simonsen e Caio Prado Junior;
- novos: destacam-se por apresentar análises inovadoras para explicar a realidade brasileira.
Destacam-se Florestan Fernandes, Raimundo Faoro e Celso Furtado.
Se forem agrupados conforme os temas abordados, os autores podem ser reunidos nos
seguintes grupos:
- o estado como demiurgo da sociedade: se concentra em análises da influência do Estado sobre a
sociedade. Bastante heterogêneo, se inspira principalmente no liberalismo e constitucionalismo,
mas existem autores com tendências autoritárias (Alberto Torres, Francisco Campos) e também
aqueles que dão voz a setores das classes populares (Bolivar Lamounier);
- sociedade patriarcal: analisa a formação da sociedade brasileira a partir de aspectos culturais,
relações familiares e outros aspectos que não sejam apenas políticos e econômicos. Raimundo
Faoro e Gilberto Freyre são bastante representativos desse grupo;
- uma história de tipos ideais: a história do país é tratada a partir de símbolos ficcionais ou não-
ficcionais, tais como o bandeirante, o gaúcho, macunaíma, jeca-tatu, etc. Podem ser classificados
nesse grupo de autores, como Sérgio Buarque de Holanda, Mário de Andrade e Monteiro Lobato;
- um país católico: a religião predominante do país desde a época do descobrimento sempre teve
influência sobre grande número de intelectuais que normalmente adotaram uma visão conservadora
da sociedade como Gustavo Corção, Augusto Frederico Schmitd e Jackson Figueiredo;
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FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO

Curso: Estudos Brasileiros Disciplina: Estudos de Sociedade e Cultura Profa.: Cecília Turatti Aluno: EDSON LUIZ FOGO Fichamento: TENDÊNCIAS DO PENSAMENTO BRASILEIRO Os estudiosos (ou interpretes) da realidade brasileira podem ser agrupados conforme os temas abordados ou classificados conforme critérios de pioneirismo e inovação. Assim temos:

  • precursores: surgem no século XIX (ou na transição para o século XX), normalmente influenciados por autores europeus procuravam entender o Brasil a partir de uma sociedade escravocrata. Os principais autores desse grupos são Joaquim Nabuco, Euclides da Cunha e Rui Barbosa;
  • clássicos: apresentaram obras que se consagraram como imprescindíveis para descrever, compreender e explicar o Brasil. Autores representativos desse grupo são Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda, Roberto Simonsen e Caio Prado Junior;
  • novos: destacam-se por apresentar análises inovadoras para explicar a realidade brasileira. Destacam-se Florestan Fernandes, Raimundo Faoro e Celso Furtado. Se forem agrupados conforme os temas abordados, os autores podem ser reunidos nos seguintes grupos:
  • o estado como demiurgo da sociedade: se concentra em análises da influência do Estado sobre a sociedade. Bastante heterogêneo, se inspira principalmente no liberalismo e constitucionalismo, mas existem autores com tendências autoritárias (Alberto Torres, Francisco Campos) e também aqueles que dão voz a setores das classes populares (Bolivar Lamounier);
  • sociedade patriarcal: analisa a formação da sociedade brasileira a partir de aspectos culturais, relações familiares e outros aspectos que não sejam apenas políticos e econômicos. Raimundo Faoro e Gilberto Freyre são bastante representativos desse grupo;
  • uma história de tipos ideais: a história do país é tratada a partir de símbolos ficcionais ou não- ficcionais, tais como o bandeirante, o gaúcho, macunaíma, jeca-tatu, etc. Podem ser classificados nesse grupo de autores, como Sérgio Buarque de Holanda, Mário de Andrade e Monteiro Lobato;
  • um país católico: a religião predominante do país desde a época do descobrimento sempre teve influência sobre grande número de intelectuais que normalmente adotaram uma visão conservadora da sociedade como Gustavo Corção, Augusto Frederico Schmitd e Jackson Figueiredo;
  • a formação do capitalismo nacional: trata da transição da economia agrária exportadora para a industrialização substitutiva de importações. Bastante significativa entre os anos 1930-1964, Celso Furtado, Roberto Simonsen, Francisco de Oliveira e Paul Singer são expoentes desse grupo;
  • a formação do capitalismo transnacional: simultaneamente a corrente que preconizava a “insdustrialização substitutiva das importações” surgem aqueles que acreditavam que o desenvolvimento econômico do país deveria se desenvolver associando-se ao capitalismo internacional. Eugenio Gudin, Roberto Campos e Mário Henrique Simonsen são desse grupo; - a ideia do socialismo: analisa a sociedade brasileira a partir da luta de classes. Aborda, entre outros temas, as relações entre senhores e escravos, patrões e empregados, nacionalismo e imperialismo. Destacam-se Florestan Fernandes, Caio Prado Junior e Jacob Gorander;
  • o Brasil brasilianista: estrangeiros escrevendo sobre o Brasil e abordando vários temas. Após 1964, intensificam os estudos sobre a condução do país pelos militares, principalmente por norte-americanos. Aparecem Kenneth Maxwell, Thomas Skidmore e Alain Tourine. Referência bibliográfica IANNI, Octavio. Tendências do pensamento brasileiro. Tempo Social: Revista de Sociologia da USP, São Paulo, v. 2, n. 12, p.55-74, nov. 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ts/v12n2/ v12n2a6>. Acesso em: 17 agosto 2015.