Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

História da Igreja: Uma Abordagem Teológica e Prática, Manuais, Projetos, Pesquisas de Química

Esta apostila aborda a história da igreja cristã, desde os primeiros séculos até os dias atuais, com foco na defesa da fé cristã. O material explora aspectos teológicos e práticos, além de analisar a influência de fatores sociais, políticos e filosóficos na evolução da igreja. A apostila também apresenta questões polêmicas e debates teológicos, como a natureza de deus, a trindade, a predestinação e a salvação.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2024

Compartilhado em 25/03/2025

thiago-costa-ktd
thiago-costa-ktd 🇧🇷

1 documento

1 / 48

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
IGREJA BATISTA CIDADE UNIVERSITÁRIA – IBCU
HISTÓRIA DA IGREJA
CURSO “HISTÓRIA DA IGREJA”
ÍNDICE
ÍNDICE ...................................................................................................................................... 1
OBJETIVO GERAL: .................................................................................................................. 4
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA: ..................................................................................................... 4
1) ESQUEMA GERAL DA HISTÓRIA DA IGREJA ....................................................................... 5
Conceitos Importantes: ............................................................................................................. 5
Linha do Tempo: ....................................................................................................................... 6
2) A IGREJA PRIMITIVA (séc. I a III) ........................................................................................... 7
Contexto Histórico e Geográfico ............................................................................................... 7
Filosofia e cultura grega ........................................................................................................ 7
Império Romano .................................................................................................................... 7
Cultura judaica ...................................................................................................................... 7
Perseguições ............................................................................................................................ 8
Perseguições dos judeus: ..................................................................................................... 8
Perseguições dos romanos: .................................................................................................. 8
Outras acusações dos romanos contra os cristãos ............................................................... 8
Perseguições hoje? ............................................................................................................... 9
Heresias .................................................................................................................................... 9
Ebionismo .............................................................................................................................. 9
Gnosticismo ........................................................................................................................... 9
Márcion .................................................................................................................................. 9
Monarquianismo .................................................................................................................... 9
Montanismo ........................................................................................................................... 9
Maniqueísmo ....................................................................................................................... 10
Defesas da Fé ......................................................................................................................... 10
Quanto à Trindade .............................................................................................................. 10
Credo ................................................................................................................................... 10
Natureza e Governo da Igreja ................................................................................................. 11
A Igreja é Católica? ............................................................................................................. 11
O Batismo ............................................................................................................................ 11
O Culto ................................................................................................................................ 11
O Governo da Igreja ............................................................................................................ 11
3) A IGREJA IMPERIAL (SEC. IV A VI) ..................................................................................... 12
Contexto Histórico e Geográfico ............................................................................................. 12
A Divisão do Império Romano ............................................................................................. 12
Conversão de Constantino (312) ......................................................................................... 12
Edito de Tolerância (311) e Edito de Milão (313) ................................................................ 12
Os Bárbaros ........................................................................................................................ 12
A Queda de Roma e o Império Bizantino ............................................................................ 12
Influência política sobre as questões da Igreja .................................................................... 12
Reações .................................................................................................................................. 13
Otimismo ............................................................................................................................. 13
Monasticismo ...................................................................................................................... 13
Cisma .................................................................................................................................. 13
Retorno ao Paganismo ........................................................................................................ 13
Moderação .......................................................................................................................... 13
Heresias e Defesas ................................................................................................................. 13
Arianismo e Trindade .......................................................................................................... 13
Pessoa e Naturezas de Cristo ............................................................................................. 13
Controvérsia Pelagiana ....................................................................................................... 14
Cânon das Escrituras .............................................................................................................. 14
A Teologia de Agostinho de Hipona (354 – 430) .................................................................... 14
O Papa Gregório Magno (540 – 604) ...................................................................................... 15
4) A IGREJA MEDIEVAL (SEC. VII A XI) ................................................................................... 16
Apostila preparada por Guilherme Wood e Laércio Ribeiro
1
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18
pf19
pf1a
pf1b
pf1c
pf1d
pf1e
pf1f
pf20
pf21
pf22
pf23
pf24
pf25
pf26
pf27
pf28
pf29
pf2a
pf2b
pf2c
pf2d
pf2e
pf2f
pf30

Pré-visualização parcial do texto

Baixe História da Igreja: Uma Abordagem Teológica e Prática e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Química, somente na Docsity!

HISTÓRIA DA IGREJA

CURSO “HISTÓRIA DA IGREJA”

HISTÓRIA DA IGREJA

Na Igreja Contemporânea (século XX)................................................................................ 40 Compartilhando uma História Missionária – Atividade em Grupo....................................... 40 Reflexões Finais – II Timóteo 2:1-15................................................................................... 40 Anexo B – Visão Panorâmica da História da Música Cristã....................................................... 41 Cantochão........................................................................................................................... 41 Canto Gregoriano................................................................................................................ 41 Nova estética musical na Reforma Protestante:.................................................................. 41 Música sacra do período barroco (séc. XVII):..................................................................... 41 Música sacra do período iluminista (séc. XVIII)................................................................... 41 Música sacra do período do Romantismo (séc. XIX).......................................................... 41 Na América:......................................................................................................................... 41 Música Cristã no Brasil (Séc. XX):...................................................................................... 41 Anexo C – Reformas Sociais promovidas por Evangélicos........................................................ 42 Ensino................................................................................................................................. 42 Abolição da Escravatura...................................................................................................... 42 Reforma do sistema penitenciário....................................................................................... 42 Proibição do uso de Bebidas Alcoólicas.............................................................................. 42 Direito das Mulheres........................................................................................................... 42 Direitos Civis das Minorias.................................................................................................. 42 Anexo D – Visão Panorâmica da História da Adoração de Maria............................................... 43 A Reza “Ave Maria”; por que não devemos orar a Maria?!................................................. 43 Uma visão saudável de Maria............................................................................................. 44 Anexo E – Visão Panorâmica da História do Futuro (Escatologia)............................................. 45 Esquema Dispensacionalista da Escatologia.......................................................................... 49

OBJETIVO GERAL:

Apresentar a história da igreja cristã (nos dois últimos milênios), do ponto de vista da defesa da fé cristã, ressaltando os aspectos teológicos e práticos, e a influência de fatores sociais, políticos e filosóficos; verificar as passagens bíblicas que sustentam, ou refutam, as diferentes posições teológicas e práticas da Igreja.

BIBLIOGRAFIA UTILIZADA:

“BÍBLIA SAGRADA”, versões NVI (Editora Vida) e Biblia Online 3.0 Módulo Avançado (SBB). GONZALEZ, JUSTO G., “Uma História Ilustrada do Cristianismo”, em 10 volumes, Edições Vida Nova, 1995. GONZALEZ, JUSTO G., “Visão Panorâmica da História da Igreja”, Vida Nova, 1998. HANNAH, J. D., “Our Legacy: The History of Christian Doctrine”, Navpress, 2001. CURTIS, A. K., LANG, J. S. & PETERSEN, R., “Os 100 Acontecimentos Mais Importantes da História do Cristianismo”, Editora Vida, 2003. WALTON, R. C., “História da Igreja em Quadros”, Editora Vida, 2000. HOUSE, H. W., “Teologia Cristã em Quadros”, Editora Vida, 1999. HUNNEX, M., “Filósofos e Correntes Filosóficas, em Gráficos e Diagramas”, Vida, 2003. ELWELL, W. A. (Editor), “Enciclopédia Histórico – Teológica da Igreja Cristã”, em 3 volumes, Edições Vida Nova, 1988. ERICKSON, M. J., “Introdução à Teologia Sistemática”, Edições Vida Nova, 1997. SAUSSURE, A. de, “Lutero”, Editora Vida, 2003. SCHAEFFER, FRANCIS, “Como Viveremos?”, Editora Cultura Cristã, 2003. ALMEIDA, RUTE S., “Uma Voz Feminina na Reforma, a Contribuição de Margardia de Navarra à Reforma Religiosa”, Editora Veredas, 2004.

HISTÓRIA DA IGREJA

1) ESQUEMA GERAL DA HISTÓRIA DA IGREJA

Conceitos Importantes:

História = Narração metódica dos ______ notáveis ocorridos na vida dos povos ou da humanidade em geral; conjunto dos conhecimentos adquiridos através de documentos, tradição, e/ou achados arqueológicos; ciência e método que permitem adquirir e transmitir estes conhecimentos. Igreja ( Εκκλησια ) = Reunião dos _________ por Deus, através do nome de Jesus Cristo. Filosofia = Sabedoria __________ em contraste com o conhecimento revelado por Deus (Cl 2.8); conjunto de estudos que buscam a compreensão mais abrangente da realidade, através de respostas às perguntas: que é conhecimento?; que é verdadeiro?; que é real?; que é belo?, etc. Algumas Divisões da Filosofia: Lógica Raciocínio formalmente correto Epistemologia Conhecimento Metafísica Realidade Ética Valores morais e sociais; de conduta Estética Valores de beleza e arte Doutrina ( διδαχε )= ________ sobre determinado tema; conjunto de princípios básicos de um sistema filosófico, teológico, político, religioso, científico, etc.; resposta da Igreja às questões colocadas por hereges (ameaça) ou fiéis. Teologia = ________ racional dos textos sagrados, dogmas e tradições do Cristianismo, sobre as questões referentes ao conhecimento da divindade, de seus atributos e relações com o mundo e com os homens; obra de um teólogo; “Fé buscando entendimento” (Anselmo). Teologia Sistemática: Doutrina Estudo de: Teologia Própria Deus Pai, e a Trindade Cristologia Jesus Cristo, Deus Filho Pneumatologia Espírito Santo Bibliologia Escrituras Angelologia Anjos Antropologia Homem Soteriologia Salvação Eclesiologia Igreja Escatologia Últimos Tempos Dogma = Conjunto de doutrinas __________ a determinado grupo, expresso na forma de Credo, Confissão ou Catecismo. Tradição ( παραδοσις )= Transmissão oral de fatos ou valores através das ____________. Sincretismo = _________ (“amálgama”) de elementos culturais diferentes, ou até antagônicos, em um só elemento. Heresia ( αιρεσις )= separação; doutrina ____ ao que foi definida pela Igreja em matéria de fé. Seita = sinônimo de Heresia ; grupo de ___________ da heresia. A _______________ afirma que apenas uma _____________ é bíblica: aquela em que a Bíblia explica os fatos e a si mesma. Muitas heresias foram criadas na busca de explicar as Escrituras através dos fatos históricos e correntes filosóficas da época. O objetivo da Teologia é expandir ou ___________ o conhecimento das Escrituras? Hermenêutica – gerações – chamados – fatos – fusão – contrária – interpretação – ensino – estudo humana – explicar – seguidores – essenciais

HISTÓRIA DA IGREJA

2) A IGREJA PRIMITIVA (séc. I a III)

Contexto Histórico e Geográfico

Filosofia e cultura grega

No final do século IV a. C., o rei macedônio Alexandre o Grande conquistou todo o oriente até a Índia. Após sua morte o império foi dividido entre seus generais, mas a língua grega permaneceu o _______ do comércio e da cultura por muitos séculos. A filosofia teve grande influência na defesa e propaganda do cristianismo. As principais correntes filosóficas da época eram:

  • Platonismo – além deste mundo sensível e transitório há outro invisível e permanente; um ser supremo, perfeito, imutável e indescritível; de suprema bondade e beleza; imortalidade da ______; relevância da “______” sobre as coisas materiais;
  • Estoicismo (At 17.18) – doutrina de elevado caráter ________: o sábio deve fazer sua razão dominar toda __________ até o ponto de não senti-la;
  • Epicureus (At 17.18) – seguidores do filósofo Epicuro (341 - 270 a.C.), que ensinava que o maior bem na vida é a __________, entendida como a libertação do sofrimento e do medo. Cerca do ano 270 a. C., setenta estudiosos judeus traduziram o Antigo Testamento para o grego, para o acervo da Grande Biblioteca de __________. Esta tradução recebeu o nome de ______________ e era muito usada nos tempos de Jesus. Septuaginta – idéia – idioma – Alexandria – emoção – alma – moral – felicidade

Império Romano

Quando os romanos conquistaram a Grécia e o oriente, nos séculos II e I a. C., mantiveram o idioma e a cultura dos gregos, mas contribuíram para a expansão do cristianismo através de:

  • Pax romana – uniformidade administrativa com ___________ cultural;
  • Excelente sistema de ____________ que duraram séculos;
  • Facilidade de _________ aos mais diferentes países;
  • Segurança nas viagens terrestres (contra _________) e marítimas (_______);
  • Muitas formas de religiosidade, sobretudo religiões de __________. acesso – piratas – mistério – tolerância – salteadores – estradas

Cultura judaica

O cristianismo foi considerado uma seita do judaísmo durante os primeiros séculos d. C. O judaísmo contribuiu para o cristianismo com:

  • Monoteísmo – os demais povos eram politeístas;
  • Escrituras do Antigo Testamento, cujo cânon foi estabelecido por _____________ (segundo a tradição) no século V a. C., e confirmado pelo Sinédrio reunido em ________ no ano 90 d. C.;
  • Sinagogas – locais de reunião para ensino das Escrituras e culto a Deus, depois da destruição do _________ de Salomão e exílio babilônico (século VI a. C.); _____________ foi destruída por Tito no ano 70 d. C. e os judeus sofreram sua última dispersão cerca do ano 130, com a _________ de Bar Kochba. As principais divisões do Judaísmo na época de Jesus eram: Fariseus: seguiam rigorosamente as tradições dos antepassados, acima da _____ de Moisés (Mt 15.1-20; 23.25-28). Acreditavam na ressurreição e na existência de seres celestiais (At 23.6-8); Saduceus: sacerdotes e pessoas ricas e influentes, colaboravam com os romanos, baseavam seus ensinamentos principalmente no Pentateuco, exaltavam o _______ de Herodes, e negavam as tradições, a ressurreição, o juízo final e a existência de anjos e espíritos (Mt 22.23-34; At 23.6-8); Zelotes: partido nacionalista, usava de _______ na oposição ao domínio romano (Lc 6.15; Mt 10.4);

HISTÓRIA DA IGREJA

Essênios: (não mencionados na Bíblia, citados por Flávio Josefo) cerca de 4000 homens que seguiam com muito rigor a lei de Moisés, quanto à _______ cerimonial; alguns moravam em cidades, mas a maioria vivia em comunidades, no deserto de En-Gedi; autores dos Manuscritos do Mar Morto; Helenistas: judeus da _______ (∆ιασπορα) que falavam o grego, e viajavam para Jerusalém para as festas (At 6.1; 9.29); Filo, filósofo judeu de _________, defendia a tese de que a sabedoria da filosofia grega era proveniente do judaísmo, pois Moisés era mais antigo que os filósofos gregos. Alexandria – Templo – Dispersão – violência – Lei – pureza – Templo – rebelião – Esdras – Jamneel (ou Jamnia) – Jerusalém

Perseguições

Perseguições dos judeus:

As perseguições aos cristãos se iniciaram entre os judeus na Palestina. O Novo Testamento possui várias referências a estas perseguições. Além das várias prisões e espancamentos de Pedro, Paulo e de outros apóstolos, são descritos os martírios de Estevão (Atos 7) e de Tiago, irmão de João (filho de Zebedeu), em 44, sob Herodes Agripa I (At 12.2). No ano 62, Tiago, irmão de Jesus, chefe da Igreja de Jerusalém, foi morto por ordem do sumo sacerdote (espancado após ter sido atirado do pináculo do Templo). No ano 66, quando se iniciou a rebelião dos judeus contra Roma, a Igreja de Jerusalém se mudou para Pela, do outro lado do Rio Jordão. Formada por judeus convertidos, os relatos preservados sobre esta Igreja são controversos (anti-semitismo).

Perseguições dos romanos:

Imperador Período Observações: Nero 64 – 68 Culpou os cristãos pelo incêndio de Roma; jogou-os na arena aos cães, crucificou-os e pendurou os corpos em chamas para iluminar a cidade; (Tácito, Anais 15:44); Mártires: Pedro e Paulo. Domiciano 90 – 96 Recusa de acender incenso à inteligência do Imperador; Exílio de João; Mártir: Clemente de Roma. Trajano 98 – 117 O império não devia gastar recursos na captura de cristãos, mas eles deveriam ser obrigados pelos tribunais a prestar culto ao Imperador, caso fossem denunciados; Mártires: Inácio, Simeão, Zózimo, Rufo. Adriano 117 – 138 Prosseguiu com a política de Trajano. Marco Aurélio 161 – 180 O imperador era estóico e se opunha ao cristianismo por razões filosóficas; cristãos responsabilizados por calamidades naturais; Mártires: Justino, Plotino. Setimo Severo 202 – 211 Proibida a conversão ao cristianismo; Leônidas, Ireneu, Perpétua, Felicidade, Saturnino, Revocato, Secúndulo. Maximino Trácio 235 – 236 Represália aos cristãos que haviam apoiado o antigo Imperador, assassinado por Maximino; Mártires: Úrsula, Hipólito. Décio 249 – 251 Obrigatória a queima de incenso à inteligência do Imperador. Valeriano 257 – 260 Propriedades dos cristãos confiscadas e suas reuniões proibidas; Mártires: Orígenes, Cipriano, Sixto II. Diocleciano e Galério 303 – 311 Igrejas foram destruídas e Bíblias foram queimadas. Todos os direitos civis dos cristãos foram suspensos; exigido o sacrifício aos deuses.

Outras acusações dos romanos contra os cristãos

Incesto: casar-se com “________”; Canibalismo: comer a “______” de Cristo; Ateus: não acreditavam em _______ visíveis; Ignorantes: muitos dos __________ eram escravos, ferreiros, pedreiros, carpinteiros, etc. Traidores: os cristãos se recusavam a prestar _________ em atividades militares e artísticas. deuses – carne – juramento – convertidos – irmãos

HISTÓRIA DA IGREJA

Maniqueísmo

Mani (Pérsia, 215 – 277) e seus seguidores defendiam: uma visão dualista da criação (luz x trevas; espírito x matéria), com muitos elementos do zoroastrismo; Cristo era o representante da luz, e Satanás das ______; o ______ de Cristo era ilusório; o ________ de Jesus fora corrompido pelos apóstolos, mas Maniqueu o apresentava na forma mais pura; salvação consiste na __________ do espírito do corpo; ____________. corpo – ascetismo – trevas – ensino

Defesas da Fé

Grupo Época Ênfase Destaques Pais da Igreja Séculos I e II Edificação da Igreja Clemente de Roma, Inácio de Antioquia, Papias e Policarpo Apologistas Século II Ameaças externas: perseguições Justino Mártir, Teófilo, Aristides, Taciano, Atenágoras Polemistas Século III Ameaças internas: heresias Irineu, Tertuliano, Cipriano e Origenes Aristides: os gregos criaram seus deuses para que pudessem dar vazão aos seus piores desejos. Taciano: toda a criação foi feita por Deus, por amor a nós, e é um erro adorar a qualquer criatura. “Eu não adoro um instrumento, mas aquele que produz a música.” – Atenágoras

Quanto à Trindade

Tertuliano (160 – 225), de Cartago, escreveu: “Práxeas serviu ao Diabo em Roma de dois modos: expulsando a profecia e introduzindo a heresia, expulsando ao Espírito Santo e crucificando ao Pai.” Contra Práxeas, 1. “Em todo lugar eu percebo uma substância^1 coerente em três... Todas são uma por unidade de substância; enquanto o mistério da dispensação é guardado, o qual distribui a Unidade na Trindade, colocando em sua ordem os três, o Pai, o Filho e o Espírito Santo; três contudo... não em substância, mas em forma, não em poder, mas em aparência.” Contra Práxeas, 12.

Credo

“Crês em Deus Pai Todo-Poderoso? Crês em Jesus Cristo, Filho de Deus, que nasceu do Espírito Santo e de Maria, a virgem,... e morreu, e se levantou ao terceiro dia, vivo dentre os mortos, e ascendeu ao céu e se assentou à destra do Pai, e virá a julgar os vivos e os mortos? Crês no Espírito Santo, na santa igreja, na ressurreição da carne?” (^1) Entendida como os atributos divinos, não corporeabilidade.

HISTÓRIA DA IGREJA

Natureza e Governo da Igreja

Figura 1 - O peixe como símbolo cristão O peixe foi usado como símbolo cristão, pois ichthus (peixe em grego) é um __________ para “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”.

A Igreja é Católica?

_________ (I Co 1.2,10-17; Jo 17.21,23) Católico ( de καθολου ) = segundo o ______ (II Tm 3.16-17; II Pe 1.20-21) → Cânon (absolutamente - At 4.18)

O Batismo

O convertido era iniciado na fé através do catecumenato (Didakhe 7), um período de 3 anos de ensino teológico e prático. O Batismo era realizado uma vez por ano, no __________ da Ressurreição, através da imersão, _____ (separados homens de mulheres). Recebiam vestes brancas, bebiam água (purificação exterior e interior) e eram ungidos com óleo (sacerdócio). Onde havia escassez de água, o batismo era realizado derramando água três vezes (Trindade) sobre a cabeça. Há indícios de batismo infantil a partir do século III.

O Culto

O culto cristão era voltado para a Ceia, como uma _________ festiva da ressurreição de Cristo. Além da pregação e de hinos, o presidente orava pelo pão e vinho que seriam consumidos. Só os batizados podiam participar da Ceia (Didakhe 9). Era realizado no 1º dia da semana (domingo – cf At 20.7; Didakhe 15), em casas. A capela mais antiga que se conhece, em Dura Europos (Síria), cidade destruída em 256, era uma pequena habitação, com pinturas de trechos das Escrituras.

O Governo da Igreja

Inicialmente, não havia distinção entre os presbíteros e bispos, que eram escolhidos pela congregação sob a ____________ dos apóstolos (At 14.23; Didakhe 14) e formavam colegiados (Hermas, “Pastor”, “Visão” 2.4). No final do século II, um bispo __________ supervisionava várias congregações e era considerado sucessor dos apóstolos. Os presbíteros passaram a ser vistos como ___________ de sacrifício em meados do século III (Cipriano). Domingo – sacerdotes – acróstico – nus – todo – supervisão – universal – celebração – diocesano

HISTÓRIA DA IGREJA

Reações

Otimismo

Eusébio de Cesaréia, autor de “História Eclesiástica”, obra que preservou muitos dos ensinos dos Pais Apostólicos e Apologistas, e outros de sua época acreditavam que Constantino inauguraria o Reino de Deus, como previsto nas Escrituras, por designação divina, e celebravam sua conversão. Eusébio chegou a questionar a autenticidade do Apocalipse de João, devido a suas crenças.

Monasticismo

Ver próximo capítulo.

Cisma

Ainda no período das Perseguições (cerca de 250), uma divisão da Igreja coorreu em Roma e Cartago, devido à questão do retorno à Igreja daqueles que tivessem se submetido a oferecer sacrifícios aos deuses romanos.Novaciano e os “confessores” se opunham a Cipriano, bispo de Cartago, e Cornélio, bispo de Roma, que eram mais tolerantes ao retorno daqueles que compraram certificados de sacrifícios para escapar das perseguições, e depois se arrependeram. No início do século IV, Donato e seus seguidores na África (Cartago) questionaram a validade dos sacramentos realizados por bispos “indignos”, e desprezavam as decisões da Igreja oficial. Existiam outras causas de caráter social e político para o cisma, e os donatistas permaneceram separados da Igreja Católica até a invasão muçulmana (século VII).

Retorno ao Paganismo

Juliano, neto de Constâncio Cloro, assumiu o Império após a morte dos filhos de Constantino, que não deixaram herdeiros. Embora tenha recebido educação cristã, voltou-se para o paganismo durante seu reinado, destruindo algumas obras de seus antecessores.

Moderação

Muitos cristãos da época não tiveram a reação otimista de Eusébio, nem desejaram deixar a Igreja, mas toleraram a presença e influência dos descrentes.

Heresias e Defesas

Arianismo e Trindade

Ário, presbítero em Alexandria, ensinou que cristo era o primeiro e mais elevado ser criado, subordinado ao Pai, e não plenamente divino. Macedônio, no fim do século IV, ensinou algo semelhante sobre o Espírito Santo. A defesa da ortodoxia da trindade partiu de Atanásio de Alexandria e Hilário de Poitiers, e foi incluída no Credo dos Concílios de Nicéia (325) e de Constantinopla (381): “Cristo e o Espírito Santo são co-eternos e consubstanciais com o Pai”.

Pessoa e Naturezas de Cristo

Além do docetismo, pregado pelos gnósticos, que negava a natureza humana de Cristo, e do ebionismo e arianismo, que negavam sua natureza divina, três importantes movimentos surgiram nos séculos IV e V:

  • Apolinário, bispo de Laodicéia, ensinou que o Logos divino tomou o lugar da mente humana de Cristo, que assim não era plenamente humano;
  • Nestório, bispo de Constantinopla, negou a união das duas naturezas em uma só pessoa;
  • Eutíquio negou a distinção entre as naturezas, com a natureza humana absorvida pela divina (monofisismo). Embora tenham sido condenados nos Concílios de Éfeso (431) e Calcedônia (451), igrejas nestorianas e monofisitas (armênios, coptas, jacobinos) continuam a existir na Ásia e África. Os principais defensores da ortodoxia cristológica foram Basílio, Gregório de Nazianzo, Gregório de Nissa e Cirilo de Alexandria.

HISTÓRIA DA IGREJA

Controvérsia Pelagiana

Posição Pelagiana Semi-pelagiana Semi-agostiniana Agostiniana Principais Defensores Pelágio Julião de Eclano Celéstio João Cassiano Cesário de Arles Agostinho de Hipona Síntese O homem nasce ___ e é capaz de fazer o necessário para a salvação. A graça de Deus e a vontade do homem (por sua ___________) trabalham juntas na salvação. A graça de Deus se estende a ______ e capacita o homem para escolher e fazer o necessário para a salvação. O homem está ______ no pecado; a salvação é totalmente pela graça de Deus, que é dada apenas aos eleitos. morto – bom – todos – iniciativa

Cânon das Escrituras

Melito de Sardes (c. 170) estabeleceu para os cristãos a primeira lista de livros do Antigo Testamento, idêntica ao cânon judaico de Esdras e de Jamnia (ano 90), com exceção de Ester. Várias listas de livros do Novo Testamento foram produzidas ao longo dos primeiros séculos, e o cânon foi estabelecido por Atanásio, em 367, ratificada pelos Sínodos de Roma (382) e de Cartago (397). Jerônimo (345 – 420) traduziu a Bíblia para o latim, versão conhecida como Vulgata, a partir da Septuaginta e do hebraico, e viveu seus últimos 25 anos em Belém. Em suas notas, os livros apócrifos do Antigo Testamento receberam a expressão “líber ecclesiastici” (que não deveriam ser empregados em doutrina, mas poderiam ser estudados como históricos), e não “líber canonici”.

A Teologia de Agostinho de Hipona (354 – 430)

Tópico Posição Passagem Deus Auto-existência Cidade de Deus XI, 5 Absoluta imutabilidade Cidade de Deus XI, 10 Trindade de pessoas Cartas 169, 2, 5 Onipresença Cidade de Deus VII, 30 Onipotência Cidade de Deus V, 10 Imaterial (espiritual) Cidade de Deus VIII, 6 Eterno Trindade XIV, 25, 21 Não está dentro do tempo, mas é seu criador. Confissões XI, 4 Criação Não é eterna. Confissões XI, 13, 15 É ex nihilo (do nada) Confissões XII, 7, 7 Os dias do Gênesis podem ser longos períodos. Cidade de Deus XI, 6- Bíblia Divina Enquirídio 1, Inerrante Cartas 28, 3 Infalível Cidade de Deus XI, 6 Exclusiva autoridade suprema Cidade de Deus XI, 3 Não há contradições. Doutrina Cristã VII, 6, 8 Erros só possíveis nas cópias, não nos originais. Cartas 82, 3 Incluiu os apócrifos do AT no cânon por estarem na LXX; Doutrina Cristã II, 8, 12 E por conterem histórias maravilhosas de mártires. Cidade de Deus XVIII, 42 Reconheceu que os judeus não aceitam estes livros. Cidade de Deus XIV, 14 O cânon foi encerrado com os apóstolos do NT. Cidade de Deus XXIX, 38 Pecado Ato voluntário TR XIV, 27 Não compulsório Das duas almas X, 12 Determinado pela própria pessoa Livre Arbítrio III, 17, 49 Origem no livre arbítrio, um bem criado TR XIV, 11 Entendido como a capacidade de praticar o mal. Cidade de Deus XII, 6 O homem não pode praticar o bem sem a graça de Deus. Enquirídio 106

HISTÓRIA DA IGREJA

4) A IGREJA MEDIEVAL (SEC. VII A XI)

Contexto Histórico e Geográfico

Feudalismo

As ondas de invasões bárbaras ______________ politicamente a Europa ocidental. Nos séculos V a XI os senhores de terras (conhecidas por feudos) possuíam inclusive sua população, em estado de ___________. A cultura e o comércio estagnaram. Muitos senhores feudais lutavam entre si, em uma forma de ____________. Como a Igreja possuía vastas áreas de terra, o cargo de bispo, e também de prior de mosteiro, passou a ser muito importante, __________ por pessoas que não conheciam a Cristo (prática conhecida por simonia ). Esta situação trouxe graves problemas para a Igreja.

Expansão do Islamismo

Maomé fundou a religião muçulmana no ano de 632, quando realizou sua viagem de Meca a Medina. Seu livro sagrado é o ________. As tribos árabes rapidamente se unificaram sob a nova religião, e iniciaram um período de cem anos de expansão, em que conquistaram quase todo o Oriente Médio, o norte da África e a Península Ibérica. A derrota na batalha de Tours, na França, em 732, foi decisiva na defesa da Europa às invasões muçulmanas. As cidades de Antioquia, Alexandria, Cartago, e outras, com as principais igrejas cristãs do Oriente, foram conquistadas. Os pagãos foram obrigados a se converter sob pena de morte. Os cristãos e judeus eram tolerados (como _________________), mas obrigados a pagar tributos e não pregar para muçulmanos.

O Sacro Império Romano Germânico

Nos séculos VII e VIII o reino dos _____ se fortaleceu na Europa Central. Em 774 o rei Carlos Magno defendeu os territórios do papa Adriano, contra os lombardos. Seu sucessor, o papa Leão III coroou Carlos Magno como imperador, sem a autorização do imperador bizantino. Este novo império foi importante na política papal até o período da Reforma Protestante. Alcorão – fragmentaram – francos – comprado – monoteístas – banditismo – servidão

O Monasticismo

Os primeiros monges (de μοναχος, solitário), como Antônio (Egito, c. 250 – 356), viviam isolados em regiões desérticas, no período da Igreja Primitiva. Pacômio (Egito, c. 287 – 347) foi o primeiro a formar um grupo de monges que viviam juntos. Eles eram adeptos do ____________ (moral filosófica baseada no desprezo do corpo e das sensações corporais - Michaelis), talvez sob influência do Estoicismo. O monasticismo foi uma das reações de cristãos à conversão de Constantino (Igreja Imperial). Benedito (ou Bento) de Núrsia (c. 480 - 547) criou um mosteiro no Monte Cassino (em 529, destruído na II Guerra Mundial), onde estabeleceu a Regra que definiu o Monasticismo na Igreja Medieval: ______ de pobreza, castidade e obediência; leitura semanal de todos os salmos; oito orações e oito cultos diários; trabalho distribuído entre os monges para o sustento do mosteiro. Com o Feudalismo, a Europa se fechou para o comércio e o intercâmbio cultural e a taxa de _______________ se elevou. As invasões e o banditismo a tornaram muito insegura. Os Mosteiros foram uma espécie de oásis, provendo um refúgio seguro, onde as pessoas eram alfabetizadas e as Escrituras eram estudadas, e o preço era o isolamento. Analfabetismo – votos – ascetismo

Viver afastado é bíblico?

Jo 17.14-19; Rm 12.1-2; Cl 2.16- Ef 4.1-16; Mt 28.19-20; At 1.

HISTÓRIA DA IGREJA

Heresias e Defesas

Supremacia Papal

Interpretação errada de Mateus 16.17- Ministério e Martírio de Pedro e Paulo em Roma Doutrina de Sucessão Apostólica Capital do Império, População Localização e Alcance Missionário Invasões Bárbaras e Muçulmanas A Pedra Angular e Cabeça da Igreja é Cristo! (Cl 1.18; I Co 3.10-16; 11.3; I Pe 2.4-10)

Monotelismo

Doutrina de que Cristo não tinha _________ humana, apenas a divina, defendida por Honório de Roma (papa), Sérgio de Constantinopla, etc., condenada pelo III Concílio de Constantinopla (681).

A Questão das Imagens

O uso de figuras começou na Igreja Primitiva, como ferramenta de ensino (como usamos hoje na EBI), sobretudo devido ao analfabetismo. A adoração de imagens está associada ao __________ proporcionado pela Igreja Imperial. As estátuas eram freqüentes em Roma e nas Igrejas do Ocidente, mas proibidas nas Igrejas do Oriente, em que as figuras (ícones) estavam em pinturas ou vitrais. O imperador Constantino V convocou em 754 um Concílio que condenou a adoração de imagens, defendida pelo patriarca Germano de Constantinopla e pelo teólogo João de Damasco, talvez devido à acusação de _________ recebida dos muçulmanos pelos cristãos do oriente. A Igreja se dividiu entre iconoclastas e iconódulos. O II Concílio de Nicéia, em 787, convocado pela imperatriz Irene, patriarca Tarásio e papa Adriano, declarou exclusiva a adoração ( latria ) a Deus, e legítima a adoração ( dulia ) de imagens de “santos”. Passagens como Ex 20.3-5a e I Tm 2.5 são claras quanto à proibição da adoração de imagens, ou de qualquer pessoa, exceto Cristo. Uma visão legalista entre judeus ortodoxos e muçulmanos proíbe qualquer tipo de imagem.

O Celibato Sacerdotal

Interpretações erradas de textos como Mt 19.12 e I Co 7 serviram de fundamento para uma doutrina criada para evitar problemas econômicos e jurídicos da Igreja (como instituição humana) em relação à __________ dos bispos e presbíteros. O auge da controvérsia ocorreu durante o papado de Gregório VII (1073 – 1085), que tentava executar uma reforma da Igreja através dos critérios de escolha dos bispos, combatendo a simonia. Entretanto, por defender o ideal monástico do ascetismo, levou o povo da Alemanha e Itália a perseguir centenas de famílias de clérigos casados, cujas esposas foram tratadas como prostitutas, enquanto muitos bispos mantinham suas amantes. As orientações de I Tm 3 são claras em relação ao casamento de bispos e diáconos. Vontade – herança – idolatria – sincretismo

O Cisma da Igreja do Oriente (1054)

CAUSA OCIDENTE ORIENTE

Rivalidade Política Sacro Império Romano Germânico Império Bizantino Língua Latim Grego Cultura Ocidental Oriental Pressões Externas Bárbaros Muçulmanos Supremacia Reivindicada pelo Bispo de Roma Primazia do Patriarca de Constantinopla Celibato Sacerdotal Para todo o clero Para os bispos Controvérsia do “Filioque” O Espírito procede de Pai e Filho. O Espírito Santo procede do Pai. Controvérsia Iconoclasta Estátuas permitidas. Estátuas proibidas. Excomunhão Mútua Papa Leão IX e o patriarca Miguel Cerulário se excomungam mutuamente

HISTÓRIA DA IGREJA

As Ordens Monásticas Medievais

Tipo ORDEM Fundador(es) Data Origem^ Observações Beneditinos Beneditinos Bento de Núrsia 529 Montecassino (Itália) Regra de São Bento. Beda e Bonifácio. Cluniacenses Guilherme de Aquitânia 909 Cluny (França) Reforma dos beneditinos. Diversos papas (Gregório VII, Urbano II,...) Cistercienses Robert de Molesme 1098 Citeaux (França) Papas, Bernardo de Claraval Militares Hospitalários^ Raimundo de Puy 1113 Jerusalém Cuidavam dos peregrinos e lutaram nas Cruzadas. Templários Hugo de Payens 1119 – 1312 Jerusalém^ Tornou-se rica e poderosa ao defender os peregrinos. Teutônicos Peregrinos alemães 1190 – 1523 Acre Hospitais na Terra Santa; Missões na Alemanha. Agostinianos?? Regra de Agostinho; Gregório de Rimini Tomás Kempis Geraldo Groote, Lutero. Carmelitas Bertoldo 1156 Monte Carmelo Origem em Elias (?). Tereza d’Ávila Mendicantes Dominicanos Domingos Gusmão 1216 Espanha Regra de Agostinho; Tomás de Aquino, Eckhart, Torquemada, Savonarola Franciscanos Francisco de Assis 1223 Itália Pobreza absoluta; Boaventura, Guilherme de Occam, John Duns Scott

A Decadência do Papado (séc. XIII a XV)

“Exílio” em Avignon

Em 7/9/1303 o papa Bonifácio VIII foi seqüestrado e preso a mando de Filipe, rei da França, que seria excomungado no dia seguinte, por insubordinação nos processos de paz com a Inglaterra. Um mês depois, ele morreu em Roma. Seu sucessor, Benedito XI reinou poucos meses. O rei e os cardeais franceses intervieram nas eleições dos novos papas, que se submeteram à sua autoridade nas relações internacionais e escolha de cardeais, e permaneceram na cidade de Avignon: Papa Clemente V João XXII Benedito XII Clemente VI Inocêncio VI Urbano V Gregório XI Período 1305–1314 1316–1334 1334–1342 1342–1352 1352–1362 1362–1370 1370–

O Grande Cisma do Ocidente e o Cisma dos Concílios

Data 1378 1390 1400 1410 1420 Papas em Avignon Clemente VII (1378 – 1394) Benedito XIII (1394 – 1417) Papas em Roma Urbano VI (1378 – 1389) Bonifácio IX (1389 – 1404)

+ Gregório XII

Papas

Conciliares *^

João XXIII 1410- Martinho V (1417 – 1431) Concílios Pisa 1409 Constança 1414-

  • Papa Inocêncio VI (1404 – 1406)
  • Papa Alexandre V (1409 – 1410; nomeado pelo Concílio de Pisa) O Concílio de Basiléia (1431 – 1449) se dividiu; alguns bispos foram para Ferrara e Florença.

HISTÓRIA DA IGREJA

O Escolasticismo

O papa determinou que cada Catedral tivesse um teólogo para ensinar as Escrituras para seus clérigos. Com as Universidades (séc. XIII) o estudo de Teologia se disseminou, com grande influência da filosofia de Aristóteles, traduzida pelo filósofo muçulmano espanhol Averróis (séc. XII). Os principais teólogos deste período foram: Anselmo de Cantuária (1033 – 1109), Pedro Abelardo (1079 – 1142), Pedro Lombardo (1095 – 1159), João Boaventura de Fidanza (1221 - 1274), Tomás de Aquino (1224 – 1274) e Guilherme de Occam (1280 – 1349).

Questões Polêmicas

Deus existe?

Agostinho, Anselmo de Cantuária, Tomás de Aquino e outros teólogos e filósofos apresentaram vários argumentos para provar a existência de Deus: Autor(es) Argumento Descrição Aristóteles Finitude Humana O homem é consciente de sua finitude. Como? Deus está continuamente impressionando o homem com sua infinitude. Portanto, o senso de finitude é uma prova de que existe um ser infinito, Deus. Agostinho AH Strong Verdade Todos crêem que algo é verdadeiro. Se Deus é o Deus da verdade e Deus verdadeiro, então Deus é a Verdade (contexto de qualquer outra verdade). Agostinho Tomás de Aquino Bem- Aventurança O ser humano é inquieto e tem um vago desejo de bem-aventurança. Esse desejo foi dado por Deus, pois o homem está inquieto até que descanse em Deus. A existência do desejo é prova indireta da existência de Deus. Agostinho Calvino Idéia Inata Toda pessoa nasce com a idéia de Deus implantada em sua mente, embora suprimida pela injustiça (Rm 1.18). Essa idéia torna-se mais clara à medida que ela cresce, e pode ser despertada por experiências críticas. Anselmo de Cantuária Ontológico O ser humano tem uma idéia de um ser infinito e perfeito. A existência é uma parte necessária da perfeição. Portanto, existe um ser infinito e perfeito, que é Deus, pois o conceito de perfeição requer a existência. Tomás de Aquino Movimento^ Algo não pode mover-se por si só; é necessário um agente externo (força). Uma cadeia infinita de forças é impossível. A Causa Motriz imóvel é Deus. Tomás de Aquino Cosmológico (Causa) Todo efeito tem uma causa. Não pode haver uma cadeia infinita de causas finitas. Logo, deve existir a Primeira Causa, não causada, que é Deus. Tomás de Aquino Possibilidade As coisas são transitórias e derivadas; possíveis, mas não necessárias. Uma cadeia de existências contingentes não pode ser infinita, e deve encontrar sua fonte em um ser imprescindível, auto-existente, que é Deus. Tomás de Aquino Perfeição^ Julgamos que certa coisa é melhor que outra. Avaliações por comparação exigem um padrão absoluto de perfeição, que é Deus. Tomás de Aquino Teleológico (Desígnio) Objetos inanimados cooperam entre si para um fim bem ajustado, que não pode ocorrer por acaso, mas existe um Projetista inteligente, que é Deus. Kant Moral Todo ser humano possui um impulso moral. Como a moralidade nem sempre é recompensada nesta vida, deve haver alguma razão para o comportamento moral, além desta vida, o que implica na imortalidade, no juízo final e na existência de um Deus que sustenta a moralidade recompensando o bem e punindo o mal. Todos estes argumentos podem ser defendidos e refutados no campo da Filosofia (sabedoria humana). A Bíblia nos apresenta a Deus plenamente, pois é sua revelação (Rm 1.16-23; Sl 14).

Grupos Heréticos Medievais

Os paulicianos (séc. VII a XII, no Oriente), bogomilos (séc. XI e XII, Bulgária) e cátaros (séc. XII a XIV, em toda a Europa, sobretudo no sul da França, os albigenses) defendiam o dualismo, docetismo e ascetismo, rejeitavam as autoridades eclesiásticas e os sacramentos. Foram perseguidos pelas Igrejas Ortodoxa e Católica.