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Guias e Dicas
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História, Teoria e Prática do Design de Produtos - Bernhard E. Bürdek - compartilhandodesign.wordpress.com, Notas de estudo de Desenho Industrial

evolução do Design

Tipologia: Notas de estudo

2012

Compartilhado em 19/05/2012

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paty-pupila-6 🇧🇷

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Bernhard E. Bürdek
História,
Teoria
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Prática
do
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de
Produtos
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TERPHANE
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Baixe História, Teoria e Prática do Design de Produtos - Bernhard E. Bürdek - compartilhandodesign.wordpress.com e outras Notas de estudo em PDF para Desenho Industrial, somente na Docsity!

Bernhard E. Bürdek

História,

Teoria e

Prática

do

.oesign

de

Produtos

TERPHANE

MINISTêRlO DACUL11JRA

z

CJ

(f)

w

o

A publicação desta ob r a só fo i possível p e l o apoio da Terphane Ltda.

~ TERPHANE

Os Editores

Título orig i nal DES IG N - GESC H IC H TE , T HEOR IE U N O PRAX IS DE R PRODUKT- GESTALTUNG

A e diçã o em língua alem ã foi pub licada por B IR KHÃ U SER- VERLAG FÜR ARCHITEKTUR

Copyr i ght © 2005 b y Bi r kha u se r- Verlag f ü r Arch i tektu r

Direitos rese rv a do s para a lfngue portug u esa p e la Editor a Edgard Blüc h er Ltda. 2006 1 .• edição - 2006

~ p r'oibida a reproduç llo to te l ou parcia l por qu ais qu e r meios sem au ror iz aç So escrit o d o e d i tora

EDITORA ED GARO BLÜC H ER LT O A. Rua P ed r oso A lva re nga, 12 4 5 - cj. 2 2 04531 -01 2 - São Paulo. SP - B r as i l Fa x : ( 11 ) 3079 - 2707 e - mail : editora@blucher.com. br Site: www. blucher.com .b r

ISB N 85 - 212 - 0375 - 6

F ICHA CATALOGR ÁF ICA

Bü r de k. Be rn h a rd E. Hi s tória, te oria e prática do des i gn d e p r odut os /B e rnh a rd E. Bürd e k; tra d ução F reddy Van C amp. - São Paulo : Ed ga rd B l üc h er. 2006.

T itulo o ri gina l : Oe si gn: Ges chichte , T heor ie und P raxis der P r odu k t-ge sta itung.

Bib l i ogra f ia. ISB N 85 - 212 - 0375 - 6

  1. Oesign in d u str ia l 2. P rod u tos novos I. Título.

05-5807 (^) CDD - 7 45. 2

Í nd i ce s para c a t á lo g o s i stem áti c o :

  1. Des ig n d e produto s: Des ign i ndustrial 745.

CONTEÚDO

PREFÁCIO

O design vive desde o iníc io dos anos 80 um verdadeiro Boom. Com o movimento. iniciado ao final dos anos 70 dos pós-m odernos. especialmente as ati v i dades extensamen t e divu l gadas pe la im prensa do Grup o M emphis. que se f ormou e m M i lão ao final de 1 980, pode -se dizer que iniciou o v ôo alto do design. em âmbi t o mundi a l e que deverá continuar pelo sécu lo 2 1 adentro. As co r porações e as instituições no mundo todo reconheceram o va l or es t ra t égico do des ign, e o cultivam e aperfeiçoam em grande medida. Pode - se dizer que o Design está presente em todas as bocas. Uma inundação nunca vista de publicações (revistas, livros e catálogos), matérias na mídia, apresentações e exposições de produtos , feiras. galerias e até museus são dedicados atualmente ao Design. Neste

caso. por exemplo. nos referimos à abe rt ur a em Munique em 2002 do

" Neue Sammlung", ("Nova Coleção" - N.T.) um dos mais importantes componentes da Pinacoteca dos Modernos, que. com aproximadamente 70 .000 produtos. é um dos maiores museus de Design do mundo. E em um fluxo global sem fi m produtos esperam por ser inc l uídos nestes museus. O que faz com que o des i gn tenha tanto significado? Pod emos assegura r que o tradicional t ermo "produto" está em muta ção. Hoje não se trata apenas do "h a rdvvare" (do objeto em si), mas mui tas vezes ta mb é m do "softvv a re", n a forma de i nterfaces ou de superfí c i es de uso que são configu rados p e lo des i gner. No exemp lo da indús tria das te l ecomun i cações fica c laro que freqüentem ente se trata dos serviços que devem ser configu r ados na forma que vem de encont ro à ac e it ação dos usuários que para os mesmos devem pagar taxas não insig n if i cantes. Mais l onge ainda a l cança o termo do design de eventos: em fe i r as, e exposições os produtos são hoj e celebrados e encenados, como , por exemplo, podemos citar o caso de novos automóv eis que são lançados no mercado com gigantescos investimentos. A empresa Daimler Chrysler embarcou em 2002 o se u modelo Maybach em um navio de luxo para Nova York e exibiu o a utomóvel de forma exclusiva, em um hotel de luxo para um público esco lhido. Algumas montadoras criam verdadeiros mundos automotiv os , co mo por exemplo. a "Cidade do Carro" da Volksvvagen em Wolfsburg ou sua " Fáb rica Envidraçada"

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Des ig n é on ipresente desde sua in sti tuci ona l i zação soci a l nos anos 50. Desde ent.ão. não h â duvidas quanto à utilidade do des i gn; tornou- se possuidor de d i scurso prôprio através da ooUtica econômica. da presença na mid i a. na cultura e n a public idéldo. __ Gert Selle , 1 997

~\f *ua68MS)! IO/* uapsa'a wo 'fO'f::>'fii011\N3 Vlln.l'f:!nN'Ifl'\l 'f

\

PREFÁ C IO

em Dresden, onde o modelo Phaeton é mont ado e entregue ao público

com to da a pompa. lá se pode cumprir um progr ama para os vis it antes

na cid ade (que pode inc l ui r uma no i te na Ópera) qu e torna a recepção do aut omóve l um event o pessoal e muito signific ati vo. Design e arte são tratad os no mesmo nív el cultu ral. A vida da maioria das pessoas não é mais imaginável sem o Des ign. O Design nos segue de manhã até a noite: na casa , no trabalho. n o laz er, na educação. na saúde, no esporte. no transporte de pessoas e bens. no ambiente público - tudo é conf igurado de forma consciente ou i nconsc iente. Design pode se r próximo da pele, (como na Moda) ou bem afasta do (como no cas o do uso espacial). Design não ape nas determina nossa existên c ia ("Das e i n", N.T.). mas neste meio tempo nosso próprio ser ("Sein", N.T.). Por m eio dos produ tos nos comuni cam os com outras pessoas. nos definimo s em gru pos sociais e marcamos cada vez nossa s ituação social. D esignou não Design - isto hoje não es t á mais em questão. Após mai s de uma década, era de fato tempo de r et rabalhar i ntegralmente este livro. o que s ignifica atualiza r e amp li ar seu conteúdo. Depois de seu l ança mento or i gina l em alemão em 1991 fo i rap idamente tradu zido: 1992 em i ta li a no, 1994 em espanh o l, 1996 em holandês e e m chinê s. Nesta edição

é l ança da a versão em a l emão e simu l taneamente em inglês, um fato que

seg uramente contribui rá para o discu rso global do Design, já que pouco s livros em alemão tivera m aceitação i nternacional , até aqu i. em função da barrei ra da lín gua. O número de traduções do alemão tem c la ro s li mites. Em uma lista divulgada na internet em 2002. com 50 livros sobre D esign (Indus trial Des i gn For um), não havia n en hum título em alemão. T emos ainda a me nc i onar os estudantes do Departamento de Des ign de Produtos, da HfG Offenb ach, que preparam diver sos sem i nários, tarefas. projetos e t r abalhos de graduaçã o, de onde tiramo s parcialment e um ou outro aspect o. Bianca Beutte l e Stephanie Dietmann nos a judaram na pesqu isa das imagen s.Com o l har jovem, observaram com lupa o mundo dos a rtefatos e fo rneceram bons conselhos sobre novos produtos. Flori an Jaeger foi uma presen ça i ndispensáv e l na manipulação das ima gens. A bibliot ecár ia da HfG Offe nb ach , Chr i sta Scheid. teve sempre grande destaque n a procura por informaçõe s. ass im como Helge Aszmoneit. a biblio tecár ia do Rat Für Formgebung ( Conselho Nacional do Design) em Frankf urt am Main merece um agradecimento especial. Os desenhos fora m e l abo rados pela Agência Pi ct e se rvem para uma m e lh or compreensão do texto. Também somos gr atos a estes ex-alunos d a HfG Offenba ch.

Obertshausen. Março de 2004

,,

Ottiign é comunicação. Espert'l ller l1do. sor compreendido. Ê com um olhar em sua e nossa compreen são qu e se dá umo comun icação da com unic i'l çRo. ond9 na nhum a existe. os pociolmcnte entre os do is IG dos de uma i nt erf ace. __ OIRK BA EC K ER. 2002

DESIGN COMO CONCEITO

As inúmeras correntes e tendências do Design, até as descrições rica mente difusas espelham por si só o uso do termo Design. A l gumas destas interpretações serão apresentadas a segu ir. Em um retrospecto histórico, Leonardo da Vinci é mencionado de bom grado como o primeiro designar. Em paralelo a seus estudos científicos

de anatomia, ótica e mecânica ele é considerado como precursor do

conhecimento de máquinas, a o ed it ar, por exemplo, o "Manual de

Elementos de Máquinas". Como os a rt efatos práticos, máquinas e mecanismos têm mais um sign i ficado técnico do que uma orientação de conformação abrang id a pelo termo Design. Do mesmo modo, houve uma

representação que inf l uenciou de forma decisiva o design: o designar como criador (aqui en tendido como inventor - NT). O pintor, arquiteto e autor de texto s sobre arte do século 17, G i orgio

Vasari, é um dos primeiros a defender em seus escritos o caráte r

autônomo das obras de arte. O p ri ncíp io a que a obra de a r te deve a s u a existência, e le in tit ul a va "disegno" , o que salvo t radu ção sign if i ca apenas

desenho ou esboço. "Disegno" significa em todos os tempos a i déia

art ís t ic a e por isto hav ia na época a di f erença entre "disegno interno". o conceito para uma ob ra de arte (o esboço, o projeto ou o p l ano) e o

"disegno externo", a obra de arte comp l eta ( desen ho, quadro, plástica). Vasa ri elevou o desenho, o "disegno", a pai de três artes: pintura, plástica

e a arquitetura (veja também em B ürdek, 1996 ). Segundo o "Oxford Dictionary" foi no ano de 1588 que, pela primeira vez. o termo "Design" foi mencionado e descrito como:

-Um plano desenvolvido pelo h omem ou um esquema que possa ser rea l izado

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do la tim. O v ~r bo "' des ignare" ê tradu zido l it eralmente como determi • .,a r, me!'> ~ ign i f i ca mais ou meno s : de mon s trar de cima. O que ê determinado est.ã f ixo. Des i gn tra n sforma o vo:»go em de t crm inD do po r meio ri;:~ di tP.r P.ncinção p r ogress i va. Des 1 gn ( des tg n at io } Y cóm préa n d •dO de f orm a QêrD I "" ãbstr atà. OQtértrtin açiio por m eio da a pr ese ntação. A c iênc i êl do desig n correspon de â c •ên c ra d D de te rmin Dção. __IIOLGE ~ VAN DEN BOOM. 1994

(^14) DESIG N COMO CONCEITO

I

MIMO 32 S UBWOOFER - SISTEMA SATELITE TREMO SIS T EM A H I-F I A RT I COS Design : P hoen ix. F ilb. Loewe

16 ^ ________!::D~E~S~I:::!G::N~C;OMO^ CONCEI^ _!_T^ _:,:O:._____^ _^ _

O rcs 1 .1 h a do des:ras cons id er9çõ~~ se c h ttmo ·· Grand De sign". t ia (Jo s ch ka Fi sc h er) esc l arece. corn gro n dc pa ixão, Qu e em um "'Gra n d D cs i gn "' tudo se re laciona a t ud o ; a economio mun dial e a con juntura. o desenvolvimento demog r áfi co e os sa l ár i os. a un i ão a l emã e a E u ropa. __ D ER SPI EGEL , 6/

Nesta descrição complexa encontramos expl icit ad os novamente ao lado dos aspectos funcionais (funç ões práticas). especialmente os de linguagem do produto e os, cada ve z mais importantes, aspectos ecológicos do design. Neste m es m o se n ti do. porém mais sintéticamente. foi formu l ada por Michael Erlhoff. por ocasi ão da Documenta 8 em Kassel. clara e atua l definição do design: "Design que- dif erentemente da arte

  • precisa de fundamen tação prática. a cha-se pr incipa l mente em quatro afirm ações: como ser soc ia l , funcional. sign i ficat i vo e objet iv o". Com um a definição tão ampla do d es i gn consegu imos sobre v i ver be m até o final dos anos 80.0 te m po em que uma definiç ão comu m- e ideo l ogicamente fixada- do des i gn dominou, é coisa do passado.Por meio dos argumento s dos pós - modernos. o conceito gera l foi promovido e di l uido em diversas dis c i pl ina s. Se co nsiderarmos i sto como uma perda, encontrar-nos -em as ainda em um senti do "Lyotárdico", em estado de d i scussão dos. neste meio tempo. tornados historicamente modernos. (Welsch, 1987) A diversidade de definições e de de sc rições não se valida por uma vontade dos pós-modernos. mas s im por um necessário e justificável pluralismo. Na virada do século 20 para o 21 sugeri que em vez de uma nova definição ou descrição do design fossem nomeados alguns problemas que o des ign deverá semp re aten der ( B ürdek. 1999). Como por exemplo:
    • V isualizar prog r essos tecnológicos, -Pr iori za r a uti l ização e o f ácil manejo de produto s (não import a se "h a rdw are " ou "software"). -Tornar transpa r ente o con t exto d a produção , do co n s umo e da reuti li zação, -Promover serviç os e a comunicação. mas ta mbém, quando necessário, exerce r com energia a ta refa de evitar produtos sem sentido.

D E SIGN E HISTÓRIA

UM OLHAR PARA TRÁS

Este capítulo não pretende substituir uma História do Design, m uito antes deve, em poucas linhas dar a base da história do desenvo l vimento em alguns países onde o design industrial se estabe l eceu. As menções a produtos, e mpresas e designers estão

li gadas à sua participação em desenvolvimentos significativos e em

suas repercussões. Para um aprofundamento ou detalhamento são recomendadas com ênfase algumas obras de referência em História do Design. En tre elas podemos citar, por exemp lo: .John Heskett (1980), Guy .Julier (2000), Pe n ny Sparke (1 986 ), Gert Sel le (1978, 1987, 1994), .John A. Walker (1992) ou .Jonathan M. Woodham (1997).

O início do design A origem de produtos config urados com função otimizada pode ser encontrada até nos tempos ancestrais. Desta forma podemos encontrar nos te mpos do artista e engenhe ir o/const rutor romano Vi truviu s ( ce r ca de 80 - 1 O AC) uma série de escritos que estão entre os m a is ant i gos registros sobre arquitetura. Seus "Dez livro s so bre a arte da const rução" são um dos primei ros e mais comp l etos t ra balho s sobre regras do projeto e da configura ção. El e descreve assim a est r eita ligação entre teoria e p rát ica : Um arquiteto deve ter i nteresse pela arte e pela ciência, se r h áb il na l inguagem, além de ter conhecimentos históricos e filosófico s. No terceiro capítulo de seu p r i meiro livro formulou Vitruvius uma frase que também se inseriu na hi stória do design: " Toda construçã o deve obedecer a três categorias: a solidez (firmitas), a utilidade ( ut i litas ) e a beleza (venustas)" (Bürdek, 1 997). Com isto, Vitruvius lanç ~u as bases para um conceito do f uncionalismo, que somente no sécu lo 20 foi retomado pelo mundo e que determinou o moderno no design.

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Afin~l não er a a históriD do des ig n mais f Dntóslic<l ê chei é de avcntu rDS do q uê a a rt~ liv r A? _ ED U ARD BEA UCA M P. 2002