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Seminário sobre doação de órgãos
Tipologia: Teses (TCC)
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Não perca as partes importantes!
Hoje, com a alteração dos critérios de morte, aparecem o conceito de morte encefálica e a possibilidade de doar órgãos e tecidos. Quando não tem um bom entendimento do processo da doação, as famílias dos possíveis doadores ficam indecisos e em dúvida na hora da ocorrência, por ser um assunto pelo o qual não têm muito esclarecimento (ALENCAR, 2006).
Ao longo do tempo, aumentou-se significativamente o número de pacientes que necessitam de tratamentos para dar chance à sua saúde e esperança às famílias que esperam vê-los desfrutando da vida com qualidade e novas possibilidades de cura. Com este aumento, houve também o surgimento de diversos outros recursos e técnicas para se alcançar o resultado na formação da sua vida normal. Pessoas muitas vezes em sofrimento contínuo e que lutam a cada dia por sua sobrevivência aguardam a beneficência humana através de doações de órgãos (ESCLARECE A SOCIEDADE BENEFICENTE ISRAELITA BRASILEIRA ALBERT EISTEIN).
É evidente o avanço da medicina desde o último século e a frequente necessidade de salvar vidas utilizando-se de métodos recentes que se criou a possibilidade da execução do transplante de órgãos e tecidos "Levando à valorização do corpo humano como repositório de matéria-prima". (MALUF 2013, p.332).
“Transplante de órgãos é a retirada de um órgão ou material anatômico proveniente de um corpo, vivo ou morto, e sua utilização com fins terapêuticos em um ser humano". (PARILLI, 2010, p. 22).
O transplante de órgãos pode significar também, literalmente, um enxerto ou implante. Como alega Daisy Gogliano que sistematizou esta matéria e esclareceu que "o vocábulo transplante, no vernáculo, pode, às vezes, aparecer como sinônimo de enxerto ou de implante". (GOGLIANO, 1986, p.43).
Para ser um doador de órgão, não é preciso deixar nenhum documento por escrito, porém é necessário manter a família ciente do seu desejo de ser doador. A família é quem autoriza e documenta, a liberação de órgãos. No Brasil há uma legislação rígida para doação de órgãos e a família do possível doador pode acompanhar todo este processo. Até 1997 a lei federal estabelecia que todos os brasileiros eram, automaticamente, doadores de órgãos. Cabia, portanto, apenas à equipe médica o poder de definir se o paciente teria a possibilidade de doar seus órgãos depois de morto ou não. Em 2001 as regras mudaram, e a decisão passou para as mãos das famílias. (NEXO JORNAL, 2017)
É considerado como potencial doador, pacientes em morte cerebral ou encefálica. As principais causas deste tipo de morte são: Traumatismo Crânio Encefálico; Acidente Vascular Encefálico (hemorrágico ou isquêmico); Encefalopatia Anóxica e Tumor Cerebral Primário. No Brasil, este diagnóstico é definido por meio da Resolução CFM n° 1480/97, devendo ser registrado no prontuário do paciente um Termo de Declaração de Morte Encefálica, descrevendo todos os elementos do exame neurológico. Já o Decreto nº 9.175/ regulamenta e detalha os critérios de notificação de morte encefálica. Com ele, essa notificação deixa de ser obrigatoriamente feita por neurologistas e torna-se atribuição de outros médicos, devidamente treinados. (GOVERNO DO BRASIL, 2018).
Paim relata ainda que, em 2016 e 2017, o Brasil não teve a metade das notificações de morte encefálica que poderia ter tido. Nos últimos dez anos, segundo ele, esse foi considerado o principal problema da doação de órgãos. “Boa parte dele [da dificuldade de doação] ocorre por não haver neurologistas suficientes. Agora, outros médicos, adequadamente qualificados, podem atestar morte encefálica”, explica. Após o diagnóstico de morte cerebral, a equipe médica deve consultar a família do paciente e orienta-la sobre o processo de doação de órgãos. Esta entrevista é bem objetiva, informando que o paciente está em óbito, porém esta situação permite que os órgãos sejam doados para os transplantes. Cabe ao hospital informar as Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDOs) o nome, a idade, causa da morte e hospital onde o paciente se encontra internado. Atualmente, o Brasil tem 41.266 pacientes aguardando por um transplante. Segundo os dados do ministério, o número é menor que em 2017, quando havia 44 mil pacientes na espera. (G1, 2018)
No espiritismo, de acordo com os pensamentos de Chico Xavier, é considerada como uma benção e uma ação de fraternidade. Todos podem doar com o consenso positivo do doador. Não é permitida a doação sem que o doador autorize, pois a morte, nesta religião é tratada como de cada um. (INSTITUTO CHICO XAVIER, 2017)
E as testemunhas de Jeová são contrários apenas à transfusão de sangue, pois o consideram sagrado. Quaisquer transplantes de órgãos ou tecidos que haja transfusão de sangue são proibidos para os Testemunhas de Jeová. (EXTRA CLASSE, 2016)
A falta de informação dos familiares que perdem um parente é um dos principais motivos para a diminuição de doadores as famílias que compreendem bem o diagnóstico de morte encefálica são mais favoráveis à doação de órgãos em comparação com as famílias que acreditam que a morte só ocorre após a parada cardíaca. Estas geralmente manifestam dificuldades em aceitar a condição de morte do ente querido (SMIRNOFF; MERCER; ARNOLD, 2003).
A divulgação e o esclarecimento são de fundamental importância para que a população possa criar uma consciência sobre a doação de órgãos, e os meios de comunicação têm um papel relevante nesse processo (MORAES; GALLANI; MENEGHIN, 2006).
Os meios de comunicação de massa (televisão, rádio, jornais, revistas) são os principais veiculadores de informações acerca do transplante e da doação de órgãos para a população. Além disso, uma parcela da sociedade é influenciada por indivíduos com os quais se relaciona e por campanhas que incentivam o aumento da doação de órgãos (CONESA etal, 2004).
A literatura é pródiga em referências, demonstrando que os meios massivos de comunicação, apesar de sua grande penetração em âmbito nacional e mundial, não são os mais adequados para promover esclarecimento suficiente sobre temas polêmicos, como é o caso da doação de órgãos. Ao contrário, muitas vezes, a forma, a simbologia e o repertório
utilizados pelos meios de comunicação de massa causam mais celeuma e confusão que esclarecimentos (MORAES; GALLANI; MENEGHIN, 2006).
Estudo realizado na Espanha constatou que muitas informações provenientes da mídia, que poderiam ser um caminho para o esclarecimento de dúvidas, por vezes, reproduzem informações distorcidas, superficiais e preconceituosas, sendo, desta forma, incapazes de modificar comportamentos negativos relacionados à doação de órgãos. Foi observado que a negativa de consentimento à doação de órgãos pode ser mais facilmente modificada através da implementação de encontros específicos, campanhas escolares e orientações pelos profissionais de saúde (CONESA etal, 2005).
O indivíduo contrário à doação de órgãos aparece em estudos como sendo: homem ou mulher com idade acima de 45 anos, com baixo nível educacional, que não entende ou não conhece o conceito de morte encefálica, que tem parceiro contra a doação de órgãos, que não é favorável à doação de sangue e tem medo da manipulação do corpo (cadáver) após a morte. As razões principais para não ser doador foram o desconhecimento de como ser doador e o medo de diagnóstico errado de morte (MARTINEZ; MARTI; LOPEZ, 1995).
Quando falamos sobre educação como forma de incentivo em doação de órgãos, não devemos nos prender somente que a população. Os profissionais da saúde têm completo fundamento e relevância, pois estes estão mais próximos da população e também acabam passando mais segurança aos pacientes, melhorando assim o índice de captação de órgãos. Existe na literatura médica evidências que mostram que os profissionais da saúde brasileiros são insuficientes e quase que incapacitados e relação ao transplante de órgãos, o que espelha para o baixo índice de doações (AMARAL, 2002).
Campanhas de esclarecimento deveriam acontecer nas instituições de saúde desde básicas até as mais complexas como hospitais com a participação de médicos, enfermeiros,
Segundo o site Brasil, 2018 em 2016, foram feitos aproximadamente 25 mil transplantes, já em 2017 foram 27 mil, logo o país bateu recorde em quantidade de doadores de órgãos, o número desse recorde histórico foi de 16,6 doadores para cada milhão de habitantes, e a qualidade desse número de doadores está crescendo durante sete trimestres consecutivos. Já em 2018 cresceram 7% a mais do que em 2017, foram contabilizados 1. doadores.
O Brasil acrescentou muito aos treinamentos das equipes que trabalham com a doação de órgãos, além disso foram assinados dois decretos pelo ex-presidente Michel Temer em 2016 e outro em 2017, em um dos decretos é determinado que uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) fique em solo apenas para transportes de órgãos. (SITE BRASIL, 2017)
No ano de 2016 a Força Aérea Brasileira transportou 512 órgãos dentre eles: 235 fígados; 143 corações; 76 rins; 21 pâncreas; 27 pulmões; 6 tecidos ósseos e 4 braços. (SITE BRASIL, 2017)
Porém além dos avanços que ocorreram com as equipes de transplantes, ainda possui dois estados Amapá e Roraima que não possuem equipes nem centros de transplantes. (NOTÍCIAS UOL, 2018)
Os órgãos mais comuns transplantados são coração, fígado, pâncreas, pulmões e rins, o tempo entre a retirada do órgão até o receptor do mesmo chama-se tempo de isquemia e ele é variado de acordo com cada órgão, o tempo máximo deles são: coração 4 horas, fígado 12 horas, pâncreas 20 horas, pulmão 6 horas e rim 48 horas (PORTAL BRASIL, 2017)
Após a alta, o transplantado faz exames clínicos e laboratoriais semanalmente, durante os primeiros 30 dias, e depois disso duas vezes por mês. Os três primeiros meses são os mais difíceis e perigosos, porque é quando ocorre o maior número de rejeições e de complicações infecciosas. A partir do terceiro mês, iniciam-se os exames mensais por um período de seis meses. E assim o controle vai se espaçando, conforme a sua evolução. (SITE ABTO)
Um dos principais problemas após o transplante é a rejeição. O sistema imunológico protege o organismo de infecções e de tudo que lhe for estranho identificando o órgão transplantado como sendo algo diferente do resto do corpo e ameaçam destruí-lo. Para evitar a rejeição é necessário usar a medicação imunossupressora por toda a vida. É ela que ajudará o sistema imunológico para que este não rejeite o órgão transplantado. (QUINTELA ELOIZA)
O uso de medicamentos imunossupressores torna o receptor mais suscetível ao aparecimento de infecções. Estes quadros infecciosos podem ser de origem bacteriana, viral, fúngica (micoses) ou de outros micro-organismos menos frequentes. Para prevenir as infecções utilizam-se antibióticos de amplo espectro (por via endovenosa ou oral), imediatamente antes e depois da cirurgia e pelo tempo que for necessário. (MANUAL DE TRANSPLANTE RENAL)
É mais do que uma boa saúde física ou mental. É estar de bem com você mesmo, com a vida, ter hábitos saudáveis, cuidados com o corpo e mente, conviver bem com familiares, ser amigo, sentir-se pleno e desfrutar ao máximo da existência, enfim, estar em equilíbrio. Após o transplante, apesar das recomendações e exigências médicas, o transplantado pode levar uma vida normal. A cada mês que passa, diminuem as restrições e os cuidados são menores, possibilitando um convívio social pleno e saudável. Recomendações que devem ser seguidas em casa:
Contudo, vemos que com o avanço da medicina e suas tecnologias, a expectativa de vida normal vem aumentando cada vez mais. Percebemos que o paciente pode sim ter uma vida normal, porém sempre acompanhado do Seu especialista e tomando os seus devidos cuidados. O órgão, seja ele qual for, pode ser qualquer momento da vida, rejeitado pelo corpo. Mesmo seguindo o tratamento com disciplina, o fato de terem passado pelo transplante não os diferencia em nada das demais pessoas quando o assunto é seguir em frente. (VIDA URBANA – JORNAL DO PARANÁ, 2015)
A doação de órgãos é um ato que pode salvar ou melhorar a vida inúmeras pessoas, porém ainda há um grande TABU em relação a este assunto, pois é cercado de muitos mitos. Grande parte dessa dúvida entre “doar ou não doar”, vem da falta de conhecimento. E devido a isso, a fila pela espera de órgãos está cada vez maior e a maioria precisa esperar por longos anos até encontrar um doador (MORAIS1; MORAIS 2, 2012)
Alguns Mitos e Verdades sobre Doação de Órgãos:
RECORDE DE TRANSPLANTES. G1. Disponível em: <https://g1.globo.com/bemestar/ noticia/2018/09/28/brasil-tem-aumento-no-numero-de-doacao-de-orgaos-e-projeta-recorde- de-transplantes.ghtml> Acesso em: 26 abr. 2019.
GOVERNO DO BRASIL. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/noticias/saude/2018/06/ doacao-de-orgaos-brasil-salva-numero-recorde-de-vidas> Acesso em: 26 abr. 2019.
RECORDES EM TRANSPLANTES. FOLHA DE SÃO PAULO. Disponível em: < https:// www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/09/doacao-de-orgaos-cresce-7-no-pais-e-governo- preve-recorde-em-transplantes.shtml> Acesso em: 20 abr. 2019.
RIBEIRO MORAIS, MARCELMA RIBEIRO MORAIS. Disponível em <http:// www.scielo.br/pdf/sdeb/v36n95/a15v36n95.pdf> Acesso em: 17 abr. 2019.
DOAÇÃO DE ORGÃOS: MITOS E VERDADES. LAÍS MARTINS. Disponível em: < https://www.vix.com/pt/bdm/medicina-alternativa/1565/doacao-de-orgaos-mitos-e-verdades
Acesso em: 15 de mai. 2019.
CATARINA. OCP. Disponível em: < https://ocp.news/geral/hospital-sao-jose-e-o-primeiro- na-doacao-de-orgaos-em-santa-catarina> Acesso em: 18 mai. 2019.
Disponível em: http://www.abto.org.br/estendaamao/files/0_abto_casada_alta.pdf Acesso em: 20 abr. 2019.
SANTA CATARINA. A NOTÍCIA, NSC. Disponível em: < http://anoticia.clicrbs.com.br/sc/
geral/joinville/noticia/2018/09/joinville-e-a-cidade-que-mais-realiza-doacao-de-orgaos-em- santa-catarina-10592584.html> Acesso em: 18 mai. 2019.
MARIA CRISTINA RIBEIRO DE CASTRO. Disponível em: < http://www.abto.org.br/ abtov03/Upload/file/manual_transplante_pos.pdf> Acesso em: 18 de mai.
SOCIEDADE BENIFICIENTE ISRAELITA BRASILEIRA. Disponível em: <https:// www.einstein.br/especialidades/transplantes/transplante-orgaos/mitos-verdades> Acesso em: 15 de mai. 2019
MOVIMENTO A VIDA COM VIDA. NSC TV. Disponível em: <https:// redeglobo.globo.com/sc/nsctv/noticia/nsc-lanca-movimento-a-vida-com-vida.ghtml> Acesso em: 14 mai. 2019.
ISABELLE KATHERINNE FERNANDES COSTA. Disponível em: <http://www.scielo.br/ pdf/ape/v27n3/1982-0194-ape-027-003-0287.pdf> Acesso em: 18 de mai. 2019.
DOAÇÃO DE ORGÃOS. NEXO JORNAL. Disponível em: <https://www.nexojornal.com.br/ expresso/2017/10/30/O-que-impede-o-Brasil-de-melhorar-ainda-mais-seu-%C3%ADndice- de-doa%C3%A7%C3%A3o-de-%C3%B3rg%C3%A3os> Acesso em: 26 abr. 2019.
DE TRANSPLANTES DE ORGÃOS. Disponível em: < http://www.abto.org.br/abtov03/ default.aspx?c=1053> Acesso em: 18 de mai. 2019.