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Como se formou Portugal. como se organizou para lutar contra os Árabes que tinham invadido a Península. A expansão marítima e comercial europeia foi um dos mais importantes acontecimentos do início da Idade Moderna. Ela encontra-se intimamente ligada às grandes transformações que abalaram a fase final da Idade Média, como a formação dos Estados Modernos, o Renascimento e a Reforma Religiosa. As grandes navegações fazem parte deste contexto de mudanças: de ordem econômica, social, cultural, política, religiosa e tecnológica, na Europa.
Tipologia: Trabalhos
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Como se formou Portugal. Em 711, o povo cristão. Refugiado no norte da Península Ibérica, organizou-se para lutar contra os Árabes que tinham invadido a Península. Nesta luta contra os árabes ( mouros), os cristãos foram reconquistando o território que tinham perdido. Á medida que iam reconquistando outras terras iam-se formando novos reinos cristãos – Leão Castela e Navarra. Em 1086 D. Afonso VI, rei de Leão e Castela, para continuar as reconquistas é auxiliado na luta contra os Mouros por cavaleiros que vieram de outros reinos da Europa. Entre estes, distinguiu-se D. Henrique que, como recompensa pela bravura, recebeu o condado Portucalense e a mão de D. Teresa, filha de D. Afonso VI, ficando obrigado a prestar serviços ao rei de Leão. O conde D. Henrique procurou alargar os limites do Condado Portucalense e torna-lo um reino independente, mas morreu sem conseguir. Depois da morte do conde D. Henrique, o governo do Condado ficou nas mãos de D. Teresa que se subordinou ao Rei de leão e Castela. D. Afonso Henrique, filho de D. Teresa e D. Henrique, não gostando que a sua mãe se tenha ligado a um fidalgo galego( rei de leão e Castela), resolveu lutar contra ela, vencendo-a na Batalha de São Mamede(1128) perto de Guimarães em que D. Afonso Henrique passou a governar o condado com apenas 17 anos. Pela luta se ter travado no castelo de Guimarães se diz que Guimarães é o ‘berço da nacionalidade”. Seguindo os desejos do pai, Afonso Henrique lutou contra o rei de Castela e Leão para conseguir a independência do Condado Portucalense e alargar o território. Mas só em 1143 é assinado o tratado de Zamora, em que o rei de Leão e Castela reconheceu D. Henrique como rei. O Condado portucalense passa a se chamar Reino de Portugal e D. Afonso é o 1º rei de Portugal. A ele lhe foi atribuído a alcunha de O Conquistador por ter conquistado muitas terras dos mouros.
Não se sabe se pretendiam atravessar o Atlântico ou circunavegar a África. Após essa data, outras tentativas teriam sido feitas. Em 1348, a Peste Negra lançou a Europa em uma profunda depressão econômica-populacional e pôs fim as explorações atlânticas dos genoveses. "O modesto comércio medieval, limitado na Alta Idade Média (séc. VI ao X) às vias fluviais, ao desenvolver-se lentamente ao longo das rotas terrestre entre os séculos XI e XIV e ao aventurar-se aos mares, de Alexandria a Riga, pelas rotas do Mediterrâneo, do Atlântico do canal da Mancha, do mar do Norte e do Báltico, preparava a expansão comercial da Europa moderna". (LE GOFF, J.,op.cit.v.1,p.111.) Não foi um acaso Portugal tornar-se a grande nação dos descobrimentos marítimos. Entretanto, nos primeiros tempos de sua formação histórica, nada parecia sugerir tão distinguido destino. A situação de Portugal era medíocre, seu solo pobre, num país essencialmente rural, passava-se fome no campo e na cidade. Fora alguns centros urbanos mais ricos, entre eles Lisboa e Porto, localizados na faixa litorânea, as cidades e vilas portuguesas eram simples burgos rurais. Em 1385, após uma guerra contra a Espanha, ocorreu a ascensão de D. João I, dinastia de Avis, ao trono de Portugal. A partir desse momento, com o país internamente unificado e pacificado, a monarquia portuguesa iniciou uma política sistemática de exploração marítima. Espremidos entre a Espanha e o Oceano Atlântico, sem poderem expandir-se para o interior da península, muito cedo os portugueses se voltaram para as riquezas do litoral marítimo. Treinados na pesca costeira e de alto-mar, os lusitanos tornaram-se hábeis e arrojados marinheiros. As atividades pesqueiras facilitaram o nascimento e o desenvolvimento de uma pequena, porém muito ativa industria naval, fortalecendo uma burguesia mercantil interessada nos negócios do mar. Portugal encontrava-se a meio caminho da rota marítima que unia o Mar Mediterrâneo e no norte do Oceano Atlântico. Nos seus portos, os navios de longo curso reabasteciam- se. Cidades portuárias como Lisboa e Porto abrigavam uma variada população de aventureiros chegada de diferentes pontos da Europa marítima. A conquista portuguesa do Atlântico teve inicio em 1415, quando uma expedição de caráter comercial e religioso ocupou e saqueou a cidade de Ceuta, importante centro de comércio de ouro, marfim e outros produtos africanos e orientais. O Infante D. Henrique impulsionou ainda mais a arte náutica com a Escola de Sagres. Inicialmente as embarcações portuguesas teriam se ocupado, sobretudo de atos de pirataria nos mares e territórios mais próximos. As descobertas constituiriam atividades complementares, apoiadas por D. Henrique. A exploração e as descobertas no Atlântico africano teriam sido impulsionadas, taticamente, a partir de 1433.
Desde os primeiros momentos em que aportaram nas costas atlânticas da África, os lusitanos mostraram-se ávidos escravizadores. A captura, a compra, o transporte e a venda de homens garantiram grandes ganhos à Coroa, aos nobres e aos burgueses. O comércio africano financiara as descobertas, permitira ótimos negócios, mas não resolvera os grandes problemas mercantis portugueses e do restante da Europa continental. Sem o ouro africano, as trocas com o Oriente continuavam sendo controladas pelos mulçumanos e pelas cidades marítimas italianas, principalmente Veneza. A perda de Constantinopla para os turcos otomanos, em 1453, piorara ainda mais a situação, interrompendo totalmente o contato direto da Europa cristã com os mercados orientais. Impõe-se, com urgência descobrir um novo caminho para o Oriente. Um caminho atlântico para as Índias já era uma idéia antiga, ia ao encontro dos interesses da burguesia européia. A fim de dominar o rico mercado de especiarias e eliminar os intermediários mulçumanos, passa a ser este o grande alvo da expansão marítima portuguesa. Nos reinados de D. João II e de D. Manuel (1481 a 1521) os portugueses se empenharam em chegar até as Índias. GIL EANES – 1434 Os portugueses chegaram ao cabo Bojador, nesta expedição o comandante Gil Eanes constatou a existência de um oceano de fácil navegação ao sul. Em 1460, já se realizava um lucrativo comércio de escravos, desde o Senegal até Serra Leoa. Dois anos mais tarde, Pedro Sintra descobria o cobiçado ouro da Guiné. BARTOLOMEU DIAS - 1488 Dobrou o Cabo da Boa Esperança, no sul da África, ultrapassou o turbulento mar da região, cruzou o extremo sul africano e chegou finalmente ao oceano índico. Primeiro a contornar o cabo da Boa Esperança. O rei D. João II o colocou à frente de uma expedição para explorar a costa ocidental da África, que se organizou seguindo a experiência de Diogo Cão. Sua façanha, realizada em 1488, supôs a abertura de uma rota marítima entre Europa e as Índias, considerada essencial para a prosperidade da Europa. Sua descoberta coroou os esforços iniciados oitenta anos antes, pelo infante D. Henrique. VASCO DA GAMA – 1498 Quando Dom Manuel I, sucessor de Dom João II, sobe ao trono em 1495, está decidido a, enfim, chegar até às Índias. O reino português organiza nova expedição em 1497. Para comandá-la escolhe Vasco da Gama, a quem instrui pessoalmente sobre o que deseja: estabelecer sólidas bases comerciais no Oriente e propagar a fé cristã. Em 1498, o esforço quase secular de expansão ultramarina por parte de Portugal atinge seu clímax. A esquadra de Vasco da Gama chega a Calicute na Índia, grande empório de mercadorias do Oriente. Para se ter uma idéia da importância deste feito, basta saber,
A Holanda teve grande participação no comércio da Baixa Idade Média, e detinha, portanto, grandes capitais, o que permitiu que no inicio da Idade Moderna financiasse, em parte, a expansão da cana – de - açúcar no Nordeste brasileiro. CRISTOVÃO COLOMBO – 1492 Um mapa do florentino Toscanelli sugeria ao genovês, Colombo, a possibilidade de atingir as Índias pelo Ocidente. Acreditando nessa avaliação, apresentou seu projeto ao rei de Portugal, que lhe negou apoio. Foi então em busca da Espanha, e após insistentes solicitações, conseguiu o patrocínio de Fernando de Aragão e Isabel de Castela. Em agosto de 1492, a nau Santa Maria e as caravelas Nina e Pinta partiram de Palos rumo ao oeste, sob o comando de Colombo. Após 61 dias de navegação e uma escala nas Canárias, atingiram a ilha de Guanaani (San Salvador) nas Bahamas e, em seguida, Cuba e São Domingos. Cristóvão Colombo descobrira um novo continente, mas não se apercebera disso; acreditava ter chegado às Índias. Até 1504, realizaria mais quatro viagens na tentativa de encontrar os mercados indianos. Na verdade, completaria o descobrimento das Antilhas, do Panamá e da América do Sul. Logo os espanhóis deram inicio à conquista e à exploração do referido continente, que se mostrou rico em ouro e prata, criando um vasto império colonial que se estendia do México a Argentina. AMÉRICO VESPÚCIO – 1504 Navegador florentino a serviço da Espanha, afirmou que as descobertas por Colombo eram um novo continente. Em 1513, Nunes Balboa confirmou essa hipótese, atravessando por terra a América Central e chegando ao oceano Pacífico. Em homenagem a Vespúcio , deu ao novo continente o nome de América. FERNÃO DE MAGALHÃES – 1522 Entre 1519 1522, o português Fernão de Magalhães, a serviço da Espanha, iniciou a primeira viagem de circunavegação do globo. Partiu de Cádis, navegou pelo Atlântico Sul, cruzou ao sul do continente americano o estreito que hoje tem seu nome e rumou para a Ásia. Chegando às Filipinas em 1521, morreu em combate com nativos. A viagem foi completada sob chefia de Sebastião Del Cano. Com essa viagem ficava comprovada a teoria de esfericidade da Terra. No ano de 1519, os espanhóis iniciaram a ocupação do continente americano, invadindo o México numa expedição liderada pelo fidalgo espanhol, Fernão Cortez. Em 1532 foi a vez do Peru, Francisco Pizarro e Diogo Almagro, lideraram o saque das riquezas da civilização Inca. Em 1545, descobriram as minas de prata de Potosi, (na atual Bolívia).
Os franceses passaram a fazer expedições exploradoras ao novo continente e, na costa brasileira, saquearam o pau-brasil, tentando, depois, sem êxito, estabelecer-se no Rio de Janeiro e no Maranhão. Conseguiram apenas lançar os fundamentos de um império colonial na América do Norte, tomando posse do Canadá e da Luisiana (sul dos Estados Unidos). 1558 Durante o reinado de Elizabeth I, a pirataria contra a Espanha foi incentivada pela rainha; o mais famoso dos chamados corsários foi Francis Drake, que chegou a ser condecorado pela rainha e realizou a segunda viagem de circunavegação da história. Os ingleses estabeleceram-se também no importante e lucrativo negocio do trafico de escravos negros para a América, tendo fundado alguns estabelecimentos comerciais nas costas das Índias. Os holandeses estabeleceram-se na Guiana, em algumas ilhas do Caribe e na América do Norte, particularmente fundando Nova Amsterdã, depois chamada Nova Iorque. Promoveram, também, o tráfico de escravos negros. As viagens de descoberta do Renascimento se destacam como um dos fenômenos mais importantes da Historia em virtude do efeito que tiveram sobre o mundo moderno. Em dois séculos aproximadamente, de 1420 a 1620, a ânsia de descobrir novas terras determinou um aumento sem precedentes do conhecimento sobre este planeta. Havia uma qualidade especial em relação às necessidades, às técnicas e à imaginação dos europeus naquela época, que os fez sair a investigar o mundo. A Europa precisava de metais preciosos e de especiarias. Embora mercadores tivessem procurado individualmente ouro e seda, pimenta e cravo no Extremo Oriente, ainda na Idade Média, foi só no séc. XV que os governos participaram desta procura. A Europa encontrava-se necessitada de metal para fazer moeda. As suas jazidas de ouro, como as da Irlanda, estavam esgotadas, e as minas de prata da Alemanha, embora ricas, não podiam atender à demanda. Sem amplo suprimento de moeda não podia haver verdadeira expansão das transações comerciais e financeiras. Os metais preciosos não eram exatamente riqueza, mas sim o meio de obter riqueza. Por outro lado, as especiarias não eram, como são hoje, um simples meio de dar um toque de originalidade à comida. As dificuldades de transporte e a falta de refrigeração faziam com que a maior parte da carne consumida fosse salgada ou estragada. Havia necessidade das especiarias para tornar os alimentos comestíveis, e não apenas mais saborosos. Ao lado da necessidade de metais preciosos e especiarias, havia também o desejo de agradar a Deus, com a conversão dos pagãos, que acabou por ter seu lado prático; pois os indígenas convertidos tornavam-se mais dóceis e cooperativos.