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Guias e Dicas
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História da microorganismos, Esquemas de Imunologia

Resumo direcionado a conhecimento geral da origem dos micro-organismos

Tipologia: Esquemas

2022

Compartilhado em 22/05/2025

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ESTUDOS AVANÇADOS 22 (64), 2008 171
A história da disseminação
dos microrganismos
STEFAN CUNHA UJVARI
TERMO “globalização dos microrganismos” ganhou importância nos úl-
timos anos. A população se deu conta de que, com a aviação, um doente
pode dar a volta ao redor do mundo em período curto de tempo. Com
isso, as epidemias se disseminariam pelo planeta com maior facilidade. A pneumo-
nia asiática de 2003 partiu do Sudeste Asiático e alcançou a Europa e a América.
O mundo prendeu a respiração diante do receio de uma epidemia globalizada.
As manchetes dos jornais da imprensa escrita e falada não pouparam espaços para
tal epidemia. Hoje, as notícias enfocam a “gripe aviária”. Esperamos uma nova
pandemia mundial de gripe a qualquer momento. Teríamos então uma epidemia
mundial semelhante à “gripe espanhola” de 1918. Atualmente, a velocidade de
disseminação global de uma epidemia seria surpreendente. Porém, podemos
contar outra história de globalização das epidemias que vem ocorrendo há mui-
to mais tempo e de maneira despercebida. Iniciou-se desde o nosso nascimento
na África e perdura até os dias atuais. Sua velocidade lenta e progressiva depende
da locomoção humana. No início caminhava a passos lentos, mas, nas últimas
décadas, ganhou velocidade.
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Foto Agência France Presse/Hoang Dinh Nam - 6.5.2006
Ainfluenza aviária – Agentes de saúde vestidos com roupas especiais, máscaras e óculos de
proteção inspecionam fazenda de criadores de frango na região de Da Nang, no Vietnã.
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A história da disseminação

dos microrganismos

S TEFAN C UNHA U JVARI

TERMO “globalização dos microrganismos” ganhou importância nos úl- timos anos. A população se deu conta de que, com a aviação, um doente pode dar a volta ao redor do mundo em período curto de tempo. Com isso, as epidemias se disseminariam pelo planeta com maior facilidade. A pneumo- nia asiática de 2003 partiu do Sudeste Asiático e alcançou a Europa e a América. O mundo prendeu a respiração diante do receio de uma epidemia globalizada. As manchetes dos jornais da imprensa escrita e falada não pouparam espaços para tal epidemia. Hoje, as notícias enfocam a “gripe aviária”. Esperamos uma nova pandemia mundial de gripe a qualquer momento. Teríamos então uma epidemia mundial semelhante à “gripe espanhola” de 1918. Atualmente, a velocidade de disseminação global de uma epidemia seria surpreendente. Porém, podemos contar outra história de globalização das epidemias que vem ocorrendo há mui- to mais tempo e de maneira despercebida. Iniciou-se desde o nosso nascimento na África e perdura até os dias atuais. Sua velocidade lenta e progressiva depende da locomoção humana. No início caminhava a passos lentos, mas, nas últimas décadas, ganhou velocidade.

O

Foto Agência France Presse

/Hoang Dinh Nam -

6.5.

A influenza aviária – Agentes de saúde vestidos com roupas especiais, máscaras e óculos de proteção inspecionam fazenda de criadores de frango na região de Da Nang, no Vietnã.

Os primeiros hominíneos ancestrais do homem moderno surgiram em al- gum momento há sete milhões de anos. A ciência aponta a África como local de origem desses primeiros bípedes. Separaram-se do animal ancestral que originaria a linhagem dos chimpanzés. O estudo do material genético dos microrganismos mostra que os primeiros hominíneos não estavam sós. Vírus ancestrais do herpes labial e genital humano os acompanhavam e saltaram para as próximas espécies que surgiriam enquanto as anteriores se extinguiam. Os vírus seguiam firmes nas novas espécies emergentes. Saltaram e evoluíram nos Australophitecus , nos Homo erectus , Homo ergaster , Homo habilis e assim por diante, até chegarem ao homem moderno africano (Sharp, 2002 ; Leal & Zanotto, 2000 ). A posição ereta e bípede, característica dos hominíneos, fez o herpes vírus presente nos genitais se isolar geograficamente dos labiais. As posteriores mutações diferenciaram ge- neticamente os herpes labiais e genitais encontrados hoje em dia (Gentry et al., 1988 ). Cálculos realizados nas diferenças genéticas desses dois tipos de vírus herpes chegaram a uma forma inicial de vírus há oito milhões de anos, muito próxima do surgimento dos primeiros bípedes que a transportavam (ibidem). Aquele animal ancestral comum aos chimpanzés e humanos apresentava vírus herpes que também foi transferido para a linhagem originária dos chim- panzés. Hoje, esses primatas também apresentam seus herpes em lábios e geni- tais geneticamente semelhantes aos nossos (Lacoste et al., 2005 ; Luebcke et al., 2006 ; Davison et al., 2003).

Provavelmente, o papilomavírus humano (HPV) seguiu o mesmo cami- nho. Encontramos vírus semelhantes ao HPV em primatas, o que sugere a exis- tência de vírus no animal ancestral comum aos homens e chimpanzés (Ostrow et al., 1990 ; Reszka et al., 1991; Chan et al., 1997 ).

Os ancestrais humanos africanos adquiriram parasitos dos animais herbí- voros, que começaram a caçar nas savanas africanas. Adquirimos formas iniciais de tênias. A genética mostra semelhança entre nossas tênias e as presentes em felinos, canídeos e hienas africanos (Hoberg et al., 2001 ). Nesse caso, não ad- quirimos as tênias na domesticação do porco ou gado. Já havíamos nos infecta- do em solo africano e as passamos aos porcos e gados posteriormente, quando os domesticamos. Formas de bactérias causadoras de tuberculose, descobertas em Djibou- ti, revelam sua antigüidade genética e, provavelmente, foram precursoras da atual Mycobacterium tuberculosis (Fabre et al., 2004 ). Nesse caso, a tuberculose já acometia ancestrais humanos bem antes do nosso surgimento. Acometia o Homo erectus. Acreditávamos que a M. bovis presente no gado transferiu-se aos humanos com a domesticação desses animais. Porém, essa teoria caiu por terra com a descoberta das bactérias de Djibouti, e com trabalhos que comparam a seqüência genética das micobactérias e colocam a M. bovis como umas das últi- mas a evoluir (Brosch et al., 2002). Parasitos intestinais circulavam nos primeiros Homo sapiens que surgiram e eram adquiridos pela água e por alimentos contaminados.

O homem, uma vez espalhado pelo planeta, empreenderia uma grande revolução na alimentação. O nascimento da agricultura e a domesticação dos animais ocorreram nos últimos dez mil anos. O homem tornou-se sedentário e deixou a vida nômade. Áreas irrigadas e alagadas disseminaram pela agricultura. Represas e canais de irrigação surgiram nas proximidades dos vilarejos. Criaram meios sofisticados para a proliferação de mosquitos transmissores de malária e de caramujos transmissores da esquistossomose. A malária acompanhou o aumento populacional desencadeado pela maior oferta de alimento vinda da agricultura. A doença reinou pelo litoral do Mediterrâneo, da África, do Oriente Médio e da Ásia. A esquistossomose acompanhou a trajetória humana na África e na Ásia. Suas marcas permaneceram em múmias.

A domesticação nos expôs a vírus presentes nos animais. Vírus mutantes do gado originaram o vírus do sarampo, nascido na Ásia. O vírus no gado causa a peste bovina, doença letal que foi transportada para os rebanhos europeus. A peste bovina atormentou os criadores europeus durante os séculos XVII, XVIII e XIX. Durante a colonização da África, italianos ou ingleses trouxeram gado para o chifre da África, e com eles veio o vírus da peste bovina. A doença espa- lhou-se pela África e varreu antílopes, búfalos, zebras, girafas, gazelas e gado do mapa africano (DeSalle, s. d.). Somente nos dias atuais conseguimos estar a um passo de extinguir a doença desse continente.

Um vírus mutante de animal atingiu o homem e deu origem ao vírus da varíola. O camelo é um dos suspeitos por apresentar um vírus geneticamente muito semelhante ao da varíola (Gubser & Smith, 2002 ). Outro animal suspeito é o pequeno roedor asiático gerbo que se alastrava nas imediações das primeiras cidades asiáticas e que também porta um vírus semelhante ao da varíola.

Agora sim, com o aumento populacional desencadeado pela agricultura, nasciam epidemias ferozes e vírus com alta letalidade entre os primeiros huma- nos.

A globalização continuou pelas mãos dos romanos. O Império Romano estendeu suas fronteiras até o norte da África, Oriente Médio e Inglaterra. To- dos os caminhos levavam a Roma. Circulavam comerciantes e legionários pelas embarcações do Mediterrâneo e estradas pavimentadas. Trouxeram a varíola e o sarampo do Oriente Médio e da África para a Europa. Precipitaram as grandes pestes de Roma. O comércio da Idade Média manteve a globalização dos agentes infeccio- sos. A bactéria da peste negra foi trazida pelas embarcações genovesas do Mar Negro para a Europa em 1348. Bastaram dois anos para a doença se alastrar por todo continente e matar um terço de toda população européia. A bactéria permaneceu no solo europeu e epidemias explodiam de tempos em tempos nas cidades. As cruzadas e, posteriormente, o comércio com as cidades do Oriente Médio intensificaram a chegada da lepra à Europa. O material genético dessa bactéria revela sua origem no Oriente Médio, na Índia ou nas proximidades do Egito. As bactérias européias seriam descendentes dessas primeiras.

Foto Agência France Presse

/^ Alex Alevroyiannis -

27.2.

O surto de aftosa na Grã-Bretanha – Para conter a disseminação da doença, os animais são abatidos e depois queimados na Fazenda Prestwick Hall, na região de Newcastle, Inglatera.

Outro continente veio em auxílio da Europa na colonização americana. A África iniciou sua oferta de mão-de-obra barata à América. As embarcações negreiras do tráfico de escravos iniciaram de maneira tímida a transferência de negros cativos africanos para as Américas, ainda no século XVI. O fluxo de es- cravos negros se elevaria nos séculos posteriores e, com ele, chegariam novos microrganismos à América.

Tonéis de água das embarcações negreiras são os prováveis responsáveis por trazer mosquitos portadores do vírus da febre amarela. A doença surgiu pela pri- meira vez na colônia inglesa da ilha de Barbados no século XVII. As embarcações caribenhas levaram o vírus para outras ilhas da região e para as nações da atual América Central. O vírus encontrou mosquitos para se reproduzir e a doença ins- talou-se pela América Central com incursões pelo sul dos Estados Unidos e norte da América do Sul. O homem globalizava a febre amarela, até então africana.

Verão após verão, suas epidemias incomodariam os colonos e nativos das ilhas caribenhas e aportariam em Nova Orléans. O homem daria continuidade à globalização do vírus da febre amarela. Uma embarcação trouxe o vírus das cidades do sul dos Estados Unidos da América para Salvador e Rio de Janeiro no final do ano de 1849. A epidemia carioca foi devastadora. Algumas teorias surgi- ram para justificar o surgimento da nova epidemia brasileira. Seria um castigo de Deus pelo fato de o Império brasileiro não pôr fim ao tráfico negreiro? Isso faria sentido, uma vez que a maioria dos adoentados eram descendentes europeus, enquanto a maioria dos negros era poupada da doença. O castigo divino se di- recionava aos culpados e poupava os inocentes. O motivo estava no fato de essa maioria escrava ter nascido e crescido em solo africano antes de ser trazida ao Brasil, e, portanto, já havia adquirido a febre amarela na infância e estava imuni- zada. Rival da teoria do castigo divino era o alerta de médicos brasileiros quanto ao perigo de essas embarcações negreiras trazerem doenças ao Brasil. Ambos os receios contribuíram para que finalmente o tráfico negreiro fosse proibido; porém, dessa vez respeitada a vedação.

O vírus da febre amarela encontrou aglomerado humano e mosquitos proliferando nas áreas alagadas das cidades brasileiras. O Rio de Janeiro foi um local ideal para o vírus permanecer pelo resto do século XIX. A doença foi com- batida somente no início do século XX, época das campanhas empreendidas para terminar com focos de reprodução do mosquito, pois, agora, se sabia que mosquitos transmitiam a febre amarela. Essa história vivida nas cidades litorâneas brasileiras soa conhecida. Há pouco mais de um século, um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti causava epidemias de febre amarela durante os ve- rões. Os órgãos sanitários empreenderam uma propaganda anual para combater as coleções de água responsáveis pela proliferação dos ovos do mosquito.

A malária foi outra doença globalizada pelo homem. O parasito reinava pelo litoral do Mediterrâneo e pela África. Embarcações européias ou mesmo africanas trouxeram mosquitos portadores do parasita ou até mesmo pessoas

portadoras da doença para a América. A doença acometeu as cidades litorâneas americanas. Seu parasito progrediu pelas matas americanas. A malária se assen- tava em solo americano. Seria rechaçada pelas futuras campanhas sanitárias e encontraria refúgio nas matas brasileiras, para então nunca mais sair. As embarcações negreiras da África trouxeram um novo colonizador ame- ricano, o parasito da esquistossomose. O Schistossoma mansoni brasileiro teve sua origem no solo africano. O DNA revela que ancestrais do parasita evoluíram na Ásia (Lockyer et al., 2003). Migraram para a África e acometeram humanos da Antigüidade. Os canais de irrigação e represas construídas pelo homem au- xiliaram a proliferação dos caramujos transmissores da doença nos grandes rios da Ásia e da África. Espécies do parasito que acomete o sistema urinário perma- necem incrustadas em múmias do Egito Antigo. Os agricultores da Antigüidade mergulhavam seus pés em alagados repletos de formas do parasito.

Acredita-se que escravos cativos africanos, portadores da esquistossomose, tenham trazido a doença ao Brasil. Suas fezes continham ovos do parasito que, eliminados nas lagoas, rios e represas, encontraram o caramujo americano para iniciar o ciclo na natureza. A doença entrou pela principal porta de entrada da escravidão, a Região Nordeste. Nos séculos seguintes, a locomoção humana le- vou o parasito para as demais áreas alagadas do solo brasileiro.

O período de industrialização européia fez emergir vários agentes infeccio- sos, até então esparsos na humanidade. Os séculos XVIII e XIX conheceram o período da Revolução Industrial. Milhares de camponeses migraram para cida- des européias e americanas em busca de empregos nas fábricas. Um exército de pessoas depauperadas ficou vulnerável aos microrganismos. Crianças e mulheres submetidas a longas jornadas de trabalho exaustivo expunham sua imunidade mi- nada às bactérias e aos vírus. Os baixos salários impossibilitavam alimentação ade- quada e eficaz para a imunidade. Desnutrição espreitava a população européia. Aluguéis caros induziram famílias a morar aglomeradas em um mesmo cômodo.

Pessoas aglomeradas e depauperadas forneceram terreno ideal para as do- enças contagiosas transmitidas pelas vias respiratórias. Os séculos XVIII e XIX foram dominados por tuberculose, coqueluche, difteria e escarlatina. Mais da metade das crianças não ultrapassava os cinco anos de idade. As cidades indus- triais forneciam um caldeirão produtor de microrganismos.

O pelotão de microrganismos transmitidos pelas vias respiratórias era auxi- liado por um novo pelotão. Bactérias e vírus transmitidos por alimentos e água contaminados também reinaram na Europa e na América industriais. As cidades não dispunham de oferta de água tratada e limpa. Latrinas e sistemas de esgoto eram ausentes nesses redutos industriais. Lixo e dejetos acumulavam-se em fossas, tonéis ou terrenos. Todos os caminhos levavam esses dejetos para os rios que, por sua vez, em muitos casos, eram os fornecedores da água ingerida pela população. As epidemias de diarréias também reinaram nesses séculos com um agravante: a globalização da bactéria da cólera propiciada apenas com a Revolução Industrial.

vírus da Aids ainda na década de 1930 (Korber et al., 2000 ; Salemi et al., 2001 ). Na década de 1960, o vírus apanhou carona entre africanos. A África viveu pe- ríodos propícios para o alastramento viral, época em que não faltaram guerras de independências das nações, guerras civis, ditaduras militares com guerrilhas e suas conseqüências: miséria, prostituição, migrações de refugiados, estupros, além de crescimento urbano. O vírus aportou na ilha do Haiti, disseminou-se e invadiu os Estados Uni- dos da América. Globalizou-se pelas migrações humanas para todos os conti- nentes do planeta.

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