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2.2.1 Divisões da Arquitetura na Antiguidade. • Arquitetura Egípcia. Os egípcios demonstram nas suas manifestações artísticas uma profunda religiosidade de ...
Tipologia: Notas de aula
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Desenho de Construção Civil - História da Arquitetura e
aberturas nas rochas, cavernas, grutas ao pé ou no alto de montanhas. Durante a Pré – história surgem os primeiros monumentos e o Homem começa a dominar a técnica de trabalhar a pedra. O abrigo, como sendo a construção predominante nas sociedades primitivas, será o elemento principal da organização espacial de diversos povos. Este tipo de construção ainda pode ser observado em sociedades não totalmente integradas na civilização ocidental, como os povos ameríndios, africanos, aborígenes, entre outros. A presença do abrigo no inconsciente coletivo dos povos primitivos é tão forte que marcará a cultura de diversas sociedades posteriores. Não se pode falar de uma arquitetura pré-histórica no sentido artístico, apesar de seu caráter funcional. Até chegar a fundar as primeiras cidades, como Catal Huyuk, na Turquia, no ano de 6500 a.C., o homem passou da intempérie para as cavernas e tendas. A cultura megalítica, que se desenvolve entre 5000 à 3000 A.C., é a primeira expressão da vontade e da necessidade das sociedades conceberem e organizarem os espaços e os lugares,não só em termos físicos, como também em termos simbólicos. Os principais tipos de monumentos megalíticos são:
Figura 2 - Stonehenge, o mais conhecido monumento pré-histórico 2.2 Civilizações antigas À medida que as comunidades humanas evoluíam e aumentavam, acometidas pelas ameaças bélicas constantes, a primeira modalidade arquitetônica a se desenvolver foi essencialmente a militar. A humanidade confrontava-se com um mundo de deuses vivos, gênios edemónios: um mundo que ainda não conhecia nenhuma objetividade científica. Com a evolução das culturas, muitos aspectos da vida cotidiana estavam baseados no respeito ou na adoração ao divino e ao sobrenatural. O poder divino, portanto, iguala-se o poder secular, fazendo com que os principais edifícios das cidades fossem os palácios e os templos. As necessidades de infra-estrutura daquelas primeiras cidades também tornaram necessário o progresso técnico das obras de engenharia. 2.2.1 Divisões da Arquitetura na Antiguidade
Figura 4 – Vistas dos muros de Nínive, Assíria
área menor que a plataforma inferior sobre a qual foi construído. As plataformas poderiam ser retangulares, ovais ou quadradas, e seu número variava de dois a sete. O centro do zirigute era feito de tijolos queimados, muito mais resistentes, enquanto o exterior da construção mostrava adornos de tijolos cozidos ao Sol, mais fáceis de serem produzidos, porém menos resistentes. Os adornos normalmente eram envidraçados em cores diferentes. O acesso ao templo, situado no topo do zirigute, se fazia por uma série de rampas construídas no flanco da construção ou por uma rampa espiralada que se estendia desde a base até o cume do edifício. Provavelmente só os sacerdotes tinham acesso à torre, que tanto podia ser um santuário, como um local de observações astronômicas. Figura 5 – Zirigutes A Torre de Babel, segundo a narrativa bíblica de Gênesis, foi uma torre construída por um povo com o objetivo que o cume chegasse ao céu, para chegarem a Deus e estarem mais perto dele. Isto era uma afronta dos homens para Deus, pois eles queriam se igualar a Deus. Parou o projeto e fez com que a torre ruísse, depois castigou os homens de maneira que estes falassem várias línguas para que os homens nunca mais se entendessem e não pudessem voltar a construir uma torre. Esta história é usada para explicar a existência de muitas línguas raças e diferentes.
As casas eram retangulares, externamente amplas, com o interior dividido em muitos cômodos pequenos. Os palácios eram estruturas complexas, com diversos cômodos ligados por sinuosos corredores. As paredes eram frequentemente adornadas por representações de animais, festejos ou figuras geométricas, com ênfase em cores vivas. Figura 7 – Palácio de Cnossos (1700-1500 a. C.) em Creta
Figura 11 - Templo de Hefesto em Atenas: arquitetura clássica grega 2.3 Idade Média A tecnologia do período desenvolveu-se principalmente na construção das catedrais, estando o conhecimento tectônico sob o controle das corporações de ofícios. Durante praticamente todo o período medieval, a figura do arquiteto (como sendo o criador solitário do espaço arquitetônico e da construção) não existe. A construção das catedrais, principal esforço construtivo da época, é acompanhada por toda a população e insere-se na vida da comunidade ao seu redor. O conhecimento construtivo é guardado pelas corporações, as quais reuniam dezenas de mestres- obreiros (os arquitetos de fato) que conduziam a execução das obras, mas também as elaboravam. A Cristandade definiu uma visão de mundo nova, que não só submetia a vontade humana aos desígnios divinos como esperava que o indíviduo buscasse o divino. Em um primeiro momento, e devido às limitações técnicas, a concepção do espaço arquitetônico dos templos volta-se ao centro, segundo um eixo que incita ao percurso. Mais tarde, com o desenvolvimento daarquitetura gótica, busca-se alcançar os céus através da indução da perspectiva para o alto. 2.3.1 Estilos medievais § Arquitetura paleocristã Até à declaração de liberdade de culto, a arte cristã não tinha uma tipologia arquitetônica própria, optando por celebrar o seu culto em lugares pouco relevantes. Com o Édito de Milão, Constantino apóia a construção de templos próprios, em Roma, Milão, Ravena, de modo a divulgar a nova religião e acolher o crescente número de convertidos. Desenho de Construção Civil - História da Arquitetura e 12
§ Arquitetura visigótica Os únicos exemplares sobreviventes da arquitetura visigótica do século VI são a igreja de São Cugat do Vallés em Barcelona, a ermida e Igreja de Santa Maria de Lara, a Capela de São Frutuoso em Braga, a Igreja de São Gião na Nazaré e alguns vestígios da Igreja de Cabeza de Griego, em Cuenca. Contudo o seu estilo propagou-se nos séculos seguintes, embora os exemplos mais notáveis sejam rurais e estejam na maioria em ruínas. Algumas das características da arquitetura visigótica são: Arcos em forma de ferradura sem pedras de fecho, ábside retangular exterior, uso de colunas e pilares com capitéis coríntios de desenho particular, abóbodas com cúpulas nos cruzamentos, paredes em blocos alternando com tijolos e decoração com motivos vegetais e animais. § Arquitetura moçárabe As comunidades moçárabes mantiveram alguns templos visigóticos que eram mais antigos que a ocupação árabe para a prática de seus ritos religiosos e raramente construíram novos templos porque a autorização para sua construção era limitada. A construção mais importante é a Igreja de Santa María de Melque. Outros são: Mosteiro de San Miguel de Escalada e o Mosteiro de San Juan de la Peña. § Arquitetura bizantina Chama-se arquitetura bizantina aquela desenvolvida pelo Império Bizantino (assim chamado como referência a Bizâncio a capital do império romano no oriente) durante a Idade Média (atualmente será mais correto denominar este período Antiguidade Tardia ( a dita decadência romana) e não Idade Média) como desenvolvimento da arquitetura romana. O estilo caracteriza-se pelos mosaicos vitrificados e pelos ícones, pinturas sacras normalmente feitas sobremadeira, com disposição tríptica. A arquitetura é marcada pelo processamento das várias influências estéticas recebidas pelo Império Bizantino. Também se destacou no desenvolvimento da engenharia e de técnicas construtivas arrojadas, tendo sido responsável pela difusão de novas formas e tipologias de cúpulas. § Arquitetura mourisca Desenho de Construção Civil - História da Arquitetura e 13
O estilo gótico ficou marcado em muitas catedrais europeias, entre elas a de Notre- Dame,Chartres, Colônia e Amiens, a maioria classificada como Patrimônio Mundial da UNESCO. Muitas catedrais góticas caracterizam-se pelo verticalismo e majestade, denominando-se durante a Idade Média, como supremacia e influência para a população. 2.4 Idade Moderna Com o fim da Idade Média a estrutura de poder européia modifica-se radicalmente. Começam a surgir os estados-nacionais e, apesar da ainda forte influência da Igreja Católica, o poder secular volta a subjugá-la, especialmente com as crises decorrentes da Reforma Protestante. Antigos tratatos arquitetônicos romanos são redescobertos pelos novos arquitetos, influenciando profundamente a nova arquitetura. A relativa liberdade de pesquisa científica que se obteve permitiu algum avanço nas técnicas construtivas, permitindo novas experiências e a concepção de novos espaços. Algumas regiões italianas, e Florença em especial, devido ao controle das rotas comerciais que levavam a Constantinopla, tornam-se as grandes potências mundiais e é nelas que se desenvolveram as condições para o desenvolvimento das artes e das ciências. 2.4.1 Renascimento O Renascimento iniciou-se na Itália, particularmente em Florença. Os principais traços do renascimento foram a imitação das formas clássicas. Caracteriza-se por um momento de ruptura na História da Arquitetura. Apoia-se em dois pilares essenciais: classicismo e humanismo. Os homens do renascimento encaravam o mundo greco-romano como um modelo. Nesse sentido a arquitetura passou a tentar concretizar conceitos clássicos como a Beleza. Sabendo que os valores clássicos eram considerados pagãos, integra mundo cristão com mundo clássico. O fiorentino Filippo Brunelleschi foi que apresentou a nova concepção renascentista na arquitetura. É comum atribuir o momento de gênese da arquitetura do Renascimento à construção da cúpula da Catedral de Santa Maria Dei Fiore. Porém não foi nem na época de Brunelleschi nem em Florença que a Arquitetura Renascentista atingiu seu ponto culminante. Em Roma, Giuliano de Sangallo e Rafael Sanzio dirigirem os trabalhos da Basílica de São Pedro. No espaço renascentista não mais o edifício domina o indivíduo como era no gótico. Não se desejava que a arquitetura do Renascimento, fosse mera reprodução das ruínas greco-romanas. Passaram a Desenho de Construção Civil - História da Arquitetura e 15
propor os cânones e o ordenamento do Classicismo. A preservação dos “Dez livros da arquitetura“, de Vitúvrio teve papel fundamental. Leon Battista Alberti publica o primeiro tratado de arquitetura do Renascimento. Durante os séculos 15 e 16, outros tratados de arquitetura tiveram repercussão. Podemos citar SebastianoSerlio e Andrea Palladio. Os tratados passaram a abordar apenas os edifícios. Autores procuravam posicionar o arquiteto, como pertencente à elite e fundamental. Alberti expressa: "o arquiteto é o braço do Príncipe". Brunelleschi ficará conhecido como o responsável por traçar o caminho em que os arquitetos do Renascimento trilharão suas obras. O domínio do Classicismo ao longo do século XIV e terá na pessoa de Donato Bramante uma figura paradigmática. Bramante prova, que não só conhece e domina a linguagem clássica como também entende as características e o espírito de sua época. A principal imagem deste "estilo bramantiano" é a tríade de aberturas enfeitadas com arcos de volta inteira. Elementos como as abóbadas e cúpulas são usados de uma nova forma, porem as ordens são seguidas. O módulo de construção utilizado era o quadrado. As obras da arquitetura profana, os palácios particulares ou comunais, também foram construídas com base no quadrado. No Renascimento que se deu pela primeira vez uma proposta de reestruturação da idéia vigente de cidade. Baseada em uma busca de racionalidade do espaço urbano, teve a representação em perspectiva, o instrumento fundamental para sua concretização. Os literatos e os pintores descreveram ou pintam a nova cidade que não se pode construir, e que permanece, justamente um objetivo teórico, a cidade ideal. Assim toda apequena cidade é organizada, de modo hierárquico, em torno da igreja e o palácio papal. A Perspectiva de uma praça , quadro atribuído a Piero della Francesca, pintado por volta de 1470, se constitui em uma representação do tipo de cidade que o pensamento renascentista contemplava –as proporções matemáticas da praça, a forma perfeita circular apresentada na igreja central, a regularidade dos pequenos palácios nas margens. Desenho de Construção Civil - História da Arquitetura e 16