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Estrutura e Função das Células Gliais e da Medula Ósea no Sistema Nervoso - Prof. França, Slides de Histologia

Uma detalhada descrição das células gliais, como oligodendrócitos e células de schwann, e da micróglia, que desempenham papéis fundamentais no sistema nervoso central e periférico. Além disso, aborda a organização e estruturação das camadas nos nervos, a produção de eritrócitos com baixa hemoglobina, a hematopoese ou hemopoese, os tipos de hematopoese, a medula óssea e suas funções, e a leucemia, uma doença caracterizada pela proliferação descontrolada de células precursoras dos leucócitos na medula óssea.

Tipologia: Slides

2024

À venda por 25/05/2024

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TECIDO NERVOSO:
Composição do Tecido Nervoso:
– Neurônio;
– Células de sustentação.
Estrutura do Sistema Nervoso:
-Encéfalo: neurônios localizados dentro da caixa craniana.
-Medula espinhal: conectada ao encéfalo e localizada no canal vertebral.
-Nervos: feixes de axônios.
–Nervos cranianos (12 pares) saem a partir do encéfalo.
–Nervos espinais (31 pares) saem a partir da medula espinhal.
-Gânglios: grupos de corpos celulares de neurônios localizados fora do encéfalo ou medula
espinhal.
-Plexos entéricos: redes no trato digestivo.
-Receptores sensoriais: monitores de mudanças no ambiente interno ou externo.
HISTOLOGIA DO TECIDO NERVOSO:
-Neurônios, podem responder a estímulos e converter estímulos a sinais elétricos (impulsos
nervosos) ou químicos (neurotransmissores) que são transportados ao longo dos
prolongamentos neuronais até os efetores
-Células da Neuróglia, servem de suporte, nutrição e proteção dos neurônios, possui
homeostase do fluido intersticial ao redor dos neurônios que é crucial para garantir um ambiente
adequado para o funcionamento neural.
histologia
Funções do Sistema Nervoso:
-Detectar, transmitir, analisar e utilizar as
informações geradas a partir de estímulos
sensoriais internos ou externos.
-Organizar e coordenar direta ou
indiretamente o funcionamento de quase
todas as funções do organismo (motoras,
viscerais, endócrinas e psíquicas).
• Assim, estabiliza as condições intrínsecas
do organismo e participa dos padrões
comportamentais.
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TECIDO NERVOSO:

Composição do Tecido Nervoso:

  • Neurônio;
  • Células de sustentação.

Estrutura do Sistema Nervoso:

-Encéfalo: neurônios localizados dentro da caixa craniana.

-Medula espinhal: conectada ao encéfalo e localizada no canal vertebral.

-Nervos: feixes de axônios.

–Nervos cranianos (12 pares) saem a partir do encéfalo.

–Nervos espinais (31 pares) saem a partir da medula espinhal.

-Gânglios: grupos de corpos celulares de neurônios localizados fora do encéfalo ou medula

espinhal.

-Plexos entéricos: redes no trato digestivo.

-Receptores sensoriais: monitores de mudanças no ambiente interno ou externo.

HISTOLOGIA DO TECIDO NERVOSO:

-Neurônios, podem responder a estímulos e converter estímulos a sinais elétricos (impulsos

nervosos) ou químicos (neurotransmissores) que são transportados ao longo dos

prolongamentos neuronais até os efetores

- Células da Neuróglia, servem de suporte, nutrição e proteção dos neurônios, possui

homeostase do fluido intersticial ao redor dos neurônios que é crucial para garantir um ambiente

adequado para o funcionamento neural.

histologia

Funções do Sistema Nervoso:

-Detectar, transmitir, analisar e utilizar as

informações geradas a partir de estímulos

sensoriais internos ou externos.

  • Organizar e coordenar direta ou

indiretamente o funcionamento de quase

todas as funções do organismo (motoras,

viscerais, endócrinas e psíquicas).

  • Assim, estabiliza as condições intrínsecas

do organismo e participa dos padrões

comportamentais.

NEURÔNIO

NEURÔNIO:

Estrutura geral (variável):

–Corpo celular ou pericário: centro trófico da célula, contendo núcleo e citoplasma com organelas,

sendo capaz de receber estímulos.

–Dendritos: prolongamentos altamente ramificados que recebem estímulos de outras células ou

do ambiente.

–Axônio: prolongamento único; conduz informação (impulsos nervosos) para outro neurônio,

músculo ou glândula, emerge no cone de implantação do axônio

  • Terminações axônicas: contêm vesículas que podem liberar neurotransmissores

Classificação dos neurônios:

Multipolar

  • Tem vários ou muitos dendritos e um axônio
  • Tipo mais comum no encéfalo e medula

Bipolar

  • Tem um dendrito e um axônio
  • Exemplo: na retina e orelha interna

Pseudounipolar

  • Apresenta axônio e dendritos “fundidos”
  • Neurônios sensoriais de nervos espinais

Classes funcionais de neurônios:

•Sensoriais (aferentes): Transmitir informações sensoriais

dos órgãos sensoriais para o sistema nervoso central

(SNC).

•Motor (eferente): Transmitir informações do SNC para os

músculos ou glândulas, permitindo a execução de

movimentos e liberação de hormônios.

•Interneurônios (neurônios de associação): Atuar como

intermediários, conectando neurônios sensoriais e

motores e facilitando a comunicação entre eles dentro do

SNC.

Corpo Celular

- Composição e características

  • Núcleo: morfologia, cromatina e nucléolo
  • Organelas: corpúsculo de Nissl
  • Citoesqueleto: neurofilamentos e microtúbulos

-Dendritos: as células nervosas normalmente apresentam

numerosos dendritos, servem para aumentar a superfície

celular; recebem e integram impulsos nervosos trazidos de inúmeros axônios de outros neurônios;

a maioria dos impulsos é recebida pelas espinhas ou gêmulas (pequenas projeções dos dendritos).

-Axônios: cada neurônio possui 1 axônio como comprimento e diâmetro variáveis, nasce do cone de

implantação, apresenta diâmetro constante e pouca ramificação; axoplasma é pobre em organelas,

com neurofilamentos abundantes

neurônios com axônios mielinizados apresentam uma organização altamente especializada

que permite uma condução rápida e eficiente dos impulsos nervosos. O segmento inicial, rica em

canais iônicos, é fundamental para a geração do impulso nervoso, enquanto a bainha de mielina e

os nódulos de Ranvier permitem a condução saltatória do impulso ao longo do axônio.

-são células fagocitárias pequenas e alongadas com núcleos também alongados.

-podem se ativar, em resposta a lesões, infecções ou estresse, retraindo seus

prolongamentos e assumindo uma aparência semelhante à dos macrófagos,

tornando-se mais móveis e eficientes na fagocitose.

-desempenham um papel crucial na regulação do sistema imunológico no SNC.,

secretando citocinas , ajudando a modular a inflamação e a resposta imunológica

no cérebro; também são responsáveis pela remoção de restos celulares, detritos e

agentes patogênicos, ajudando na regeneração e na manutenção da integridade do

tecido nervoso.

Células Ependimárias

-é um tipo de célula epitelial (geralmente células epiteliais colunares) que reveste

os ventrículos cerebrais e o canal central da medula espinhal; em algumas áreas,

essas células podem ser ciliadas, para ajudar no movimento e na circulação do

fluido cerebrospinal

-elas regulam a composição iônica do líquido cerebrospinal, ajudando a manter

um ambiente adequado para o funcionamento adequado do SNC e

desempenham um papel na formação de uma barreira física entre o líquido

cerebrospinal e os tecidos circundantes. Elas ajudam a proteger o SNC contra

substâncias potencialmente prejudiciais e regulam a troca de substâncias entre o

CSF e os tecidos cerebrais.

PATOLOGIA

Alzheimer: uma das características patológicas distintas desta doença é a deposição anormal

de material amilóide no tecido nervoso central. Esse acumulo de material amilóide ocorre em

três localizações principais:

-Alterações Neurofibrilares: No interior dos neurônios, há uma acumulação de fibras anormais

de proteína tau, formando as chamadas alterações neurofibrilares. Essas alterações

interferem na estrutura e na função dos neurônios, levando à disfunção e à morte celular.

-Placas Senis: Entre os corpos celulares dos neurônios, no espaço conhecido como neurópilo,

ocorre a formação de placas senis, interferindo na comunicação entre os neurônios e

contribuindo para o declínio cognitivo na doença de Alzheimer.

-Angiopatia Amilóide: Além das alterações nos neurônios e no neurópilo, também há

deposição de material amilóide nos vasos sanguíneos, que pode comprometer a integridade

dos vasos sanguíneos, levando a hemorragias, isquemia e outros problemas vasculares que

contribuem para a progressão da doença.

PATOLOGIA:

Doença de Parkinson: é uma doença neurodegenerativa crônica que afeta predominantemente

o sistema motor, levando a tremores, bradicinesia (movimentos lentos) e instabilidade postural.

A principal característica patológica desta doença é a degeneração progressiva de neurônios

dopaminérgicos na substância negra do cérebro, o putâmen e o núcleo caudado (degeneração

dessas regiões compromete a comunicação entre o cérebro e os músculos).

-Desbalanço de Neurotransmissores: O desequilíbrio entre os neurotransmissores dopamina e

acetilcolina desempenha um papel central na fisiopatologia da doença de Parkinson. A

diminuição dos níveis de dopamina, devido à degeneração dos neurônios dopaminérgicos, e o

aumento dos níveis de acetilcolina resultam em um desequilíbrio entre esses

neurotransmissores, contribuindo para os sintomas motores característicos da doença.

-Corpúsculos de Lewy: Além da degeneração neuronal, outra característica patológica da doença

de Parkinson é a presença de corpúsculos de Lewy nos neurônios afetados. Estes são inclusões

intracelulares compostas por filamentos finos e densamente empacotados, que são compostos

principalmente por proteínas como a-sinucleína, neurofilamentos e ubiquitina. A formação

desses corpúsculos de Lewy está associada à disfunção neuronal e à morte celular, contribuindo

para a progressão da doença.

PATOLOGIA:

Esclerose lateral amiotrófica: é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta os

neurônios motores, tanto os superiores quanto os inferiores. Estes neurônios são responsáveis

pela transmissão de sinais do cérebro para os músculos, permitindo o movimento voluntário

dos membros e a manutenção da postura.

-Neurônios Motores Superiores: Os neurônios motores superiores, localizados no córtex motor,

são conhecidos como células de Betz, são responsáveis por transmitir os comandos motores do

cérebro para os neurônios motores inferiores na medula espinhal e no tronco encefálico, a

degeneração desses neurônios motores superiores resulta na interrupção da comunicação

eficaz entre o cérebro e os músculos, levando a fraqueza e espasticidade.

Neurônios Motores Inferiores: Os neurônios motores inferiores, localizados na medula espinhal

e no tronco encefálico, são responsáveis pela inervação direta dos músculos, permitindo o

movimento voluntário. A degeneração destes neurônios resulta na incapacidade de transmitir

sinais motores para os músculos, levando à atrofia muscular, fraqueza e eventual paralisia.

SISTEMA NERVOSO CENTRAL:

-o SNC é composto por estruturas vitais como o cérebro, o cerebelo e a medula espinhal.

-principais componentes: a substância branca e a substância cinzenta.

Substância Branca:

Composta principalmente por axônios mielinizados.

Contém neuróglia, que são células de suporte neural, mas não possui corpos celulares de

neurônios.

Função primária: transmissão rápida e eficiente de informações entre diferentes regiões do

SNC.

Substância Cinzenta:

Composta por corpos celulares de neurônios, dendritos, axônios amielínicos, terminais

axônicos e neuróglia.

É o local onde ocorrem as sinapses, ou seja, as conexões funcionais entre os neurônios.

Função primária: processamento e integração das informações neurais.

Localização das Substâncias Branca e Cinzenta:

Medula Espinhal: A organização da medula espinal apresenta a substância branca envolvendo

a substância cinzenta central em uma forma que se assemelha a um "H" ou a uma "borboleta".

Encéfalo: No encéfalo, como o cérebro, a substância cinzenta é encontrada no córtex, que é a

região mais externa. Já a substância branca está localizada de forma mais central, contendo

também alguns núcleos de substância cinzenta.

MEDULA

CAMADA GRANULOSA

CAMADA DE PURKINJE

CAMADA

MOLECULAR

MENINGES

Membranas de tecido conjuntivo: Dura-mater, Aracnoide e Pia-mater

-Dura Mater: desempenha um papel vital na proteção do sistema nervoso central contra lesões e

fornece um ambiente estável para o funcionamento adequado do cérebro e da medula espinhal.

Localização: É a camada mais externa das meninges.

Composição: É composta principalmente por tecido conjuntivo denso.

Se funde com o periósteo (a camada externa que cobre o osso).

Espaço Peridural: Entre a dura-máter e o periósteo, existe um espaço chamado espaço

epidural. É importante notar que não há espaço real entre a dura-máter e o periósteo.

Conteúdo do Espaço Peridural:

Veias: Veias de parede delgada estão presentes neste espaço.

Tecido: É preenchido com tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo.

Revestimento Interno: A dura-máter é revestida internamente por um epitélio simples.

-Aracnoide: desempenha um papel essencial na proteção e no funcionamento adequado do

sistema nervoso central, especialmente através da circulação e absorção do líquido

cefalorraquidiano.

Duas Partes:

a. Membrana em contato direto com a dura-máter.

b. Traves: São expansões da aracnóide que conectam-se à pia-máter.

Espaço Subaracnóideo:

Formado pelas cavidades entre as traves da aracnóide, se comunica com os ventrículos

cerebrais

Contém o líquido cefalorraquidiano (LCR), que é crucial para proteção e nutrição do

sistema nervoso central.

Composição:

Tecido conjuntivo revestido por um epitélio simples.

Vilosidades da Aracnóide:

São projeções ou expansões da aracnóide que atravessam a dura-máter,se projetam nos

seios venosos do crânio, como o seio sagital superior.

Elas facilitam a transferência do LCR do espaço subaracnóideo para o sistema venoso,

auxiliando na absorção e na regulação da pressão intracraniana.

-Pia Mater: desempenha um papel fundamental na proteção e no fornecimento de nutrientes ao

sistema nervoso central, garantindo que ele receba o fluxo sanguíneo e os nutrientes necessários

para funcionar corretamente.

Vascularização e Aderência ao Tecido Nervoso:

É uma meninge altamente vascularizada.

Está aderente ao tecido nervoso, mas não se encontra com as células ou fibras nervosas,

entre a pia-máter e as células ou fibras do tecido nervoso, encontramos prolongamentos

de astrócitos,que são células gliais que desempenham funções de suporte e regulação

para os neurônios.

Revestimento Externo:

A superfície externa da pia-máter é revestida por epitélio simples, proporcionando uma

camada protetora adicional.

Espaços Perivasculares:

Os vasos sanguíneos penetram no tecido nervoso através de túneis específicos revestidos

pela pia-máter, conhecidos como espaços perivasculares, que ajuda na circulação e

nutrição adequadas do tecido nervoso.

FIBRAS NERVOSAS:

-Responsáveis pela transmissão de impulsos elétricos entre neurônios e outras células.

-Cada fibra nervosa é composta por um axônio e suas bainhas envoltórias.

Feixes ou Tratos: Conjuntos de fibras nervosas que fazem parte do Sistema Nervoso Central.

Nervos: Conjuntos de fibras nervosas que pertencem ao Sistema Nervoso Periférico.

-Todos os axônios do tecido nervoso do adulto são envolvidas por dobras únicas ou múltiplas

formadas por uma célula envoltória

SNC: as células envoltórias responsáveis por envolver os axônios são os oligodendrócitos.

SNP: as células responsáveis por envolver os axônios são as células de Schwann.

Tipos de Fibras Nervosas com Base na Mielinização:

Fibra Amielínica:

  • Axônios de pequeno calibre envoltos por uma única camada de células envoltórias.

-Função: Conduzem impulsos elétricos de forma mais lenta.

Fibra Mielínica:

  • Axônios de maior calibre envoltos por várias camadas de células envoltórias em forma de dobra

espiralada.

-Função: Conduzem impulsos elétricos de forma mais rápida e eficiente devido à presença da

mielina, que atua como isolante elétrico.

Importância da Mielinização:

-A mielina é essencial para a eficiente transmissão dos impulsos elétricos ao longo dos axônios,

permitindo uma comunicação rápida e precisa entre as células nervosas.

Mielinização

-formada por múltiplas camadas de lipídios e proteínas.

-é um processo no sistema nervoso, no qual os axônios são envoltos por uma bainha de mielina.

-durante seu desenvolvimento, a membrana da célula glia se enrola em torno do axônio,

fundindo-se para formar a bainha.

-a presença da mielina ao redor dos axônios permite uma condução mais rápida e eficiente dos

impulsos nervosos.

-Nódulos de Ranvier: São pequenas lacunas presentes na bainha de mielina, responsáveis por

acelerar a condução do impulso nervoso.

Localização no SNC: Podem ser recobertos por prolongamentos de outras células da glia

ou permanecerem descobertos.

Localização no SNP: São envoltos por expansões laterais das células de Schwann,

mantendo sua funcionalidade na rápida condução do impulso.

Termos Associados à Mielinização:

Internódulo: Refere-se ao segmento do axônio entre dois nódulos de Ranvier.

Doenças Relacionadas à Destruição da Bainha de Mielina:

Esclerose Múltipla: Uma doença autoimune que resulta na desmielinização do SNC,

comprometendo a comunicação entre os neurônios e causando diversos sintomas

neurológicos, o organismo cria anticorpos contra a bainha e passa a não reconhecê-la.

Síndrome de Guillain-Barré: Uma doença autoimune em que o sistema imunológico ataca as

células de Schwann do SNP, levando à desmielinização e consequente fraqueza muscular e

outros sintomas.

fibras mielínicas X fibras amielínicas

-As fibras mielínicas são aquelas que possuem uma

bainha de mielina densa envolvendo o axônio. Esta

bainha é composta por múltiplas camadas de lipídios e

proteínas, produzidas pelas células especializadas

chamadas oligodendrócitos no sistema nervoso central

(SNC) e células de Schwann no sistema nervoso periférico

(SNP). Ela permite uma condução extremamente rápida

dos impulsos elétricos.

-As fibras amielínicas não possuem esta bainha de mielina.

Em vez disso, elas são envoltas por uma única camada de

células, como células de Schwann ou oligodendrócitos.Como

resultado, a condução dos impulsos através das fibras

amielínicas é geralmente mais lenta em comparação com as

fibras mielínicas.Sob o microscópio, essas fibras podem

parecer mais transparentes ou ter uma coloração mais clara,

sem a aparência esbranquiçada característica da mielina.

Nervos

  • Agrupamentos de fibras nervosas (SNP)

Tecido de sustentação:

Epineuro: Camada fibrosa mais externa de tecido

conjuntivo denso que envolve o nervo como um todo.

Perineuro: Cada feixe de fibras nervosas dentro do nervo

é revestido por uma bainha composta por várias células

achatadas e justapostas.

Endoneuro: Cada axônio e sua bainha de mielina são

envoltos por uma bainha de tecido conjuntivo reticular

secretado pelas células de Schwann.

  • Essa organização e estruturação das camadas nos nervos

proporcionam proteção, isolamento e suporte para as fibras

nervosas, permitindo a transmissão eficiente de sinais

elétricos ao longo dos axônios.

Gânglios

-Acúmulos de neurônios localizados fora do Sistema

Nervoso Central (SNC).

-São, em geral, órgãos esféricos,associados aos nervos

-Protegidos por cápsulas de tecido conjuntivo.

-Presença de células satélite, que oferecem suporte e

nutrição aos neurônios.

Tipos de Gânglios:

Gânglios Sensoriais (Aferentes):

  • Podem ser cranianos ou espinais (associados às raízes

dorsais).

-Com neurônios pseudounipolares (exceto gânglio do nervo acústico, com neurônios bipolares)

Gânglios do Sistema Nervoso Autônomo (Eferentes):

-Com neurônios normalmente multipolares.

  • Gânglios Intramurais: pequenos grupos de neurônios localizados na parede de certos órgãos,

especialmente no trato digestivo. Normalmente não possuem cápsula.

EPIMÍSIO

PERIMÍSIO

ENDOMÍSIO

MÚSCULO ESQUELÉTICO

-Feixes de células longas, cilíndricas e multinucleadas, contendo muitos núcleos na periferia e ricas em

miofibrilas.

-Crescimento deste músculo ocorre principalmente por hipertrofia, que é o aumento do volume celular, e

não por hiperplasia, que é o aumento do número de células, característico do músculo liso.

-Cada fibra muscular (célula), possui várias miofibrilas. e cada uma é organizada em sarcômeros.

-Estriações transversais da célula muscular se devem à repetição de unidades chamadas SARCÔMEROS,

“Sarcômero é limitado por duas linhas Z consecutivas”

-Nos sarcômeros existem as proteínas contráteis organizadas. Essa proteínas estão organizadas em forma

de filamentos (finos e grossos).

TECIDO MUSCULAR:

- Formado por células alongadas com proteínas contráteis filamentosas, originadas do mesoderma.

-Existem três tipos principais de tecido muscular: estriado esquelético, estriado cardíaco e liso.

-Em relação à nomenclatura específica:

membrana plasmática- sarcolema ,

citoplasma- sarcoplasma

retículo endoplasmático liso- retículo sarcoplasmático.

Organização das fibras musculares esqueléticas:

-Filamentos finos: actina, troponina e tropomiosina.

-Filamentos grossos: miosina.

-Essas proteínas filamentosas se encontram organizadas nas estruturas denominadas sarcômeros.

Essa organização é mantida por diversas proteínas:

Filamentos intermediários de desmina: ligam uma miofibrila à outra.

Distrofina : liga as miofibrilas à membrana plasmática da célula muscular. Isso é particularmente

importante para que a célula se contraia como um todo, puxando a membrana junto com o

encurtamento das miofibrilas. Quando há algum problema nessa proteína, pode ocorrer o problema

denominado de Distrofia Muscular.

Principais proteínas:

- Actina: polímeros longos (actina F) com duas cadeias de monômeros globulares (actina G) torcidos

em dupla hélice (polarização); cada actina G tem um sítio para miosina.

- Tropomiosina: molécula longa e fina com duas cadeias polipeptídicas enroladas uma na outra situa

se no sulco formado entre os dois filamentos de actina F.

  • Troponina: complexo de 3 subunidades, a TnT (interage com a tropomiosina), TnC (afinidade por

cálcio), TnI (cobre sítio ativo da actina – bloqueio do sítio onde se liga a miosina).

- Miosina: molécula em forma de bastão, com dois peptídeos enrolados em hélice em uma das

extremidades apresenta uma saliência globular (com sítio para ATP (e atividade ATPásica e para

actina – Filamento grosso

Em azul, é possível identificar uma vasta rede que representa o Retículo Sarcoplasmático (imagem)

-A partir da membrana celular, forma-se uma rede de tubos (em amarelo), que são chamados de

Túbulos T. Esses túbulos são formados a partir de invaginações da membrana plasmática. São

importantes para que a despolarização da membrana gerada pelo impulso nervoso seja transmitida

ao longo de todo o interior da célula, ocasionando a despolarização, também do retículo

sarcoplasmático

Microscopia de polarização

- Banda A (Anisotrópica): mais escura na microscopia.

Filamentos finos + Filamentos grossos.

-Banda I (Isotrópica): cada sarcômero apresenta meia banda I.

Formada pelos filamentos de actina (filamentos finos).

-Banda H: região central e transversal em cada banda A. Região

onde não existe sobreposição dos filamentos de actina e

miosina. Há apenas filamentos de miosina - filamentos grossos.

-Linha Z: linha central e transversal em cada banda I. Duas

linhas Z consecutivas delimitam os sarcômeros.

-Linha M: Centralizado no sarcômero. Representa a união dos

filamentos de actina por meio de outras proteínas

Mecanismo de contração muscular

1- chegada do impulso nervoso na junção neuromuscular. ACETILCOLINA (acetilcolina não entra no

músculo, ela se liga ao seu receptor e provoca a abertura dos canais de sódio (Na+) no túbulo T da fibra

muscular. Com a entrada de íons sódio, ocorre a despolarização da membrana muscular, iniciando o

processo de contração muscular.)

2- esse impulso induz a liberação de cálcio no músculo, ligando as proteínas TROPONINA e

TROPOMIOSINA, essas proteínas encontravam-se ligadas ao filamento de actina e impedindo a ligação

dela com a miosina;

3- o cálcio faz a alteração conformacional nas proteínas, permitindo que cabeças de miosina se liguem à

actina. ( sem haver movimento);

4- chegada de uma molécula de ATP, se liga a molécula de miosina, desconecta do filamento de actina;

5- a liberação de um fosfato (hidrolise de ATP) gera uma mudança conformacional na miosina deslocando-

a para trás ( se ligando ao filamento de actina),provocando o movimento.

Fusos musculares e Corpúsculos tendíneos de Golgi

  • Fusos musculares: São proprioceptores (captam alterações no próprio músculo). Formados por uma

cápsula de conjuntivo que delimita um espaço contendo fluido e fibras musculares modificadas (fibras

intramurais). Diversas fibras nervosas sensoriais penetram os fusos para captar informações internas do

músculo. Participam do controle da postura corporal e coordenam a contração de músculos que se

opõem.

  • Corpúsculos tendíneos de Golgi Feixes de fibras colágenas encapsuladas nas quais penetram fibras

nervosas sensoriais. Estruturas proprioceptivas que captam diferenças tensionais exercidas pelos

músculos sobre os tendões.

Em atividade intensa, a célula pode recorrer ao metabolismo anaeróbio da glicose com produção de

ácido lático.

Fibras musculares são de dois tipos, de acordo com sua estrutura e composição molecular. Os

músculos apresentam diferentes proporções desses tipos de fibras:

-Fibras tipo I (lentas): Vermelho escuras e ricas em mioglobina no sarcoplasma. Adaptadas para

contrações continuadas. Fonte de energia principal são os ácidos graxos.

-Fibras tipo II (rápidas): Vermelho claras e pobres em mioglobina. Adaptadas para contrações rápidas e

descontínua .Podem ser subdividas em IIA, IIB (as mais rápidas e que usam glicólise como fonte de

energia) e IIC. Essa classificação permite a caracterização de doenças musculares miopatias.

_Mioglobina:_* carrega o O2 dentro das células musculares.

Sistema de produção de energia

Fontes de energia para o trabalho muscular:

Energia mobilizada com mais facilidade acumulada em ATP

e fosfocreatina (ricos em energia nas ligações fosfato).

-Depósitos de glicogênio no sarcoplasma.

Ácidos graxos e glicose são necessários para a produção de

ATP e fosfocreatina.

-Ácidos graxos sofrem β oxidação por enzimas da matriz

mitocondrial.

MÚSCULO CARDÍACO

-Células uni ou binucleadas (núcleo central), alongadas e ramificadas

-Presença das estriações transversais

-Fibras musculares circundadas por delicada bainha de conjuntivo muito vascularizada (≈ endomísio)

-Discos intercalares (em linha reta ou em escada):

Complexos juncionais presentes entre células musculares cardíacas adjacentes

Presença de zônulas de adesão, desmossomos e junções comunicantes (tipo “Gap”): este último tipo

confere continuidade iônica, e assim, que as células musculares se comportem como um sincício.

Essas estruturas aumentam a coesão entre as células e permite a comunicação entre células vizinhas.

Essa comunicação promove a integração das células (sincício), permitindo contração coordenada.

-Estrutura e função das proteínas contráteis é similar às do músculo esquelético.

-Em comparação com a musculatura esquelética, o sistema de túbulos transversais e retículo

sarcoplasmático não são tão bem organizados, e túbulos T na altura da banda Z (no músculo esquelético

ficam na junção das bandas A e I).

-Na parede dos ventrículos, os túbulos T são maiores que no músculo esquelético, facilitando o trabalho da

célula como um todo e a integração entre as células.

-Tríades (cada túbulo T ligado está ligado a dois retículos sarcoplasmáticos) não são tão frequentes.

-É mais frequente a presença das díades (um túbulo T associado a uma cisterna de retículo

sarcoplasmático).

-Numerosas mitocôndrias que ocupam 40% do volume citoplasmático (intenso metabolismo aeróbio).

-Presença de grânulos (próximos ao núcleo) contendo molécula

precursora do hormônio ou peptídeo atrial natriurético.

Mais abundantes nas fibras musculares do átrio esquerdo.

Hormônio aumenta a natriurese (eliminação de sódio) e

diurese (eliminação de água) nos rins.

Age diminuindo a pressão arterial.

Esse hormônio tem efeito oposto à da aldosterona que

promove retenção de água e sódio (aumenta pressão

arterial).

-Presença de células musculares cardíacas modificadas com papel na

geração e condução do estímulo cardíaco. Isso significa que o coração tem

um sistema intrínseco que estimula as células da própria parede do

coração a contrair.

Marca passo natural: conjunto de células modificadas que geram

estímulo elétrico para que outras células próximas possam se contrair.

Regeneração do Tecido Muscular

Músculo esquelético:

–Fibras musculares não se dividem

–Admite-se que células satélites (mioblastos inativos; células fusiformes mononucleadas dispostas

paralelamente às fibras musculares dentro da lâmina basal, visíveis somente ao M.E.) regenerem esse tecido

- Músculo cardíaco:

–Não se regenera significativamente

–Em lesões (ex.: infarto), forma-se tecido conjuntivo denso cicatricial

- Músculo liso:

–Resposta regenerativa mais eficiente

–Células musculares lisas existentes entram em mitose

–Nos vasos sanguíneos, os pericitos se multiplicam e originam novas células musculares lisa

-Outros fatores que podem ativar a quinase da cadeia leve da miosina e fazer a contração :

Aumento sarcoplasmático de AMP cíclico (cAMP) que ativa a quinase e a consequente fosforilação da

miosina.

Hormônios sexuais como os estrógenos podem estimular o aumento de CAMP nas células e promover

contração (progesterona diminui o teor de cAMP – proteção do embrião).

-No músculo liso, não há presença de junções neuromusculares (placas motoras) elaboradas.

CÉLULAS DO SANGUE:

Composição do Sangue Humano:

- O sangue humano é contido em um compartimento "fechado" no corpo.

  • O volume total de sangue é cerca de 7% do peso corporal, o que equivale a aproximadamente 5

litros em uma pessoa com 70 kg.

  • Ele é composto por células sanguíneas e derivados, incluindo eritrócitos (hemácias), leucócitos

(glóbulos brancos) e plaquetas, além do plasma.

Coleta e Processamento do Sangue:

  • O sangue é geralmente coletado por punção venosa.
  • Após a coleta, é comum tratar o sangue com anticoagulantes para evitar a coagulação durante o

processamento.

  • O sangue é então centrifugado para separar seus componentes, resultando em uma amostra

com heterogeneidade dos componentes sanguíneos.

Hematócrito:

  • O hematócrito (HCT) é uma medida do volume de eritrócitos em uma amostra de sangue.
  • Valores normais variam entre homens e mulheres:

Mulheres: os eritrócitos normalmente representam de 35% a 49% do volume sanguíneo.

Homens: os eritrócitos normalmente representam de 40% a 54% do volume sanguíneo.

-O hemograma é uma análise sanguínea que fornece informações cruciais sobre a saúde do paciente.

Três componentes essenciais desse exame :

-Volume Corpuscular Médio (VCM) indica o tamanho médio das hemácias, sendo calculado pela divisão

do volume total de hemácias pelo número total delas. Valores normais variam entre 80 e 100 femtolitros

(fL).

-Hemoglobina Corpuscular Média (HCM) representa a quantidade média de hemoglobina em cada

hemácia, calculada pela divisão do total de hemoglobina pelo número total de hemácias. Valores

normais ficam entre 27 e 31 picogramas (pg).

  • Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM) indica a concentração média de hemoglobina

em cada hemácia em relação ao volume médio dela. Calcula-se dividindo a quantidade total de

hemoglobina pelo volume total de hemácias multiplicado por 100. Valores normais geralmente variam

entre 32% e 36% em gramas por decilitro (g/dL).

Essas medidas são cruciais no diagnóstico e monitoramento de diversas condições médicas, como

anemias e distúrbios hematológicos, fornecendo informações detalhadas sobre o tamanho, quantidade

e concentração de hemácias, indicativas de possíveis anormalidades no sangue.

Plasma sanguíneo:

-Representa cerca de 55% do volume total do sangue, é a parte líquida que abriga uma variedade de

componentes essenciais para o funcionamento do organismo.

-É dinâmico e está em constante interação com o líquido intersticial, permitindo a troca de substâncias

entre o sangue e os tecidos do corpo. Essa composição equilibrada é essencial para o funcionamento

adequado do organismo.