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Análise da produção científica nacional sobre hipertensão arterial sistêmica em idosos, Notas de estudo de Enfermagem

Este trabalho é uma revisão integrativa que busca levantar e analisar a produção científica nacional de artigos sobre hipertensão arterial sistêmica em idosos, atendidos na rede de atenção à saúde, no período de 2010 a 2015. O objetivo é esclarecer o perfil dos idosos com hipertensão arterial sistêmica e a contribuição do enfermeiro no atendimento, além de identificar os artigos nacionais publicados sobre a assistência de enfermagem aos idosos com hipertensão arterial sistêmica na rede pública de saúde. A análise dos artigos sugere a necessidade de se implementar ações de promoção à saúde e educação na prevenção dos fatores de risco.

O que você vai aprender

  • Como as redes de atenção à saúde podem contribuir no tratamento e prevenção da hipertensão arterial sistêmica em idosos?
  • Qual é a contribuição do enfermeiro no atendimento a idosos com hipertensão arterial sistêmica?
  • Qual é o perfil dos idosos com hipertensão arterial sistêmica atendidos na rede de atenção à saúde?

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Pipoqueiro
Pipoqueiro 🇧🇷

4.5

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FACULDADE PARAENSE DE ENSINO
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM
DARLENE BARROS DOS SANTOS
MARIA DE JESUS FERREIRA DA SILVA
MARIA JOSÉ TEIXEIRA BRITO
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM IDOSOS
ATENDIDOS NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE: UMA
REVISÃO INTEGRATIVA.
BELEM
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Baixe Análise da produção científica nacional sobre hipertensão arterial sistêmica em idosos e outras Notas de estudo em PDF para Enfermagem, somente na Docsity!

FACULDADE PARAENSE DE ENSINO

CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM

DARLENE BARROS DOS SANTOS

MARIA DE JESUS FERREIRA DA SILVA

MARIA JOSÉ TEIXEIRA BRITO

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM IDOSOS

ATENDIDOS NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE: UMA

REVISÃO INTEGRATIVA.

BELEM

DARLENE BARROS DOS SANTOS

MARIA DE JESUS FERREIRA DA SILVA

MARIA JOSÉ TEIXEIRA BRITO

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM IDOSOS

ATENDIDOS NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE: UMA

REVISÃO INTEGRATIVA.

BELÉM

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção de qualificação em Bacharelado em Enfermagem, da Faculdade Paraense de Ensino. Orientadora: Profª. Msc. Margarete Boulhosa.

Em primeiro lugar sobre tudo a Deus, com muita estima, dedico este trabalho as nossas queridas mães, Joana, Eulalia e Benedita.( In Memóriam ), pela dedicação e amor incondicional ao corpo docente da instituição, a nossa orientadora Margareth Feio Boulhosa.

RESUMO

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) representa um importante problema de saúde pública, com alta prevalência e baixas taxas de controle. Atinge um grande percentual da população adulta e mais da metade dos idosos no Brasil. Sua expressiva prevalência tem grande impacto nas alarmantes taxas de morbimortalidade por doenças crônicas não transmissíveis entre as mesmas encontram-se as cardiovasculares, bem como é responsável por alta frequência de internações, com custos médicos e sócios econômicos elevados. Neste contexto, o presente trabalho, cujo tema é “hipertensão arterial sistêmica em idosos” atendido na rede de atenção à saúde: uma revisão integrativa tem como objetivo levantar e analisar a produção científica nacional de artigos, sobre hipertensão arterial sistêmica, contidos na base de dados entre os anos de 2010 a 2015, procurando saber o perfil dos idosos com hipertensão arterial sistêmica atendido na Atenção Básica à saúde, a partir de estudo e análise de estudos na base de dados no período citado. Para tanto se usou a metodologia qualitativa de análise de conteúdo. Priorizar o cuidado do outro como cuidar de si mesmo implica sentir-se cuidado enquanto cuida, entendendo e compreendendo o outro com empatia; priorizar o outro é um ato de dedicação afetiva. Nos artigos analisados pode-se dizer que torna- se importante se traçar o perfil do paciente idoso hipertenso, produzindo ferramentas que possibilitem aos profissionais de saúde, um melhor preparo, afim de que se promova, com maior eficiência, a saúde tanto na prevenção de agravos, quanto no tratamento.

Palavras-Chaves: hipertensão arterial sistêmica; idosos; atenção básica, Cuidados de enfermagem.

SUMÁRIO

2.3 O PROGRAMA DO HIPERDIA NA ATENÇÃO BASICA DE

SAÚDE

  • 1 INTRODUÇÃO
  • 1.1 JUSTIFICATIVA
  • 1.2 PROBLEMA
  • 1.3 QUESTAO NORTEADORA
  • 1.4 OBJETIVOS
  • 1.4.1 GERAL
  • 1.4.2 ESPECIFICO
  • 2 REVISÃO DE LITERATURA
  • 2.1 IDOSO
  • 2.2 A FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO
  • 2.3.1 HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTEMICA
  • 2.4 CUIDADOS DE ENFERMAGEM
  • 3 METODOLOGIA
  • 3.1 TIPO DE ESTUDO
  • 3.2 LOCAL DE COLETA DOS ARTIGOS
  • 3.3 CRITERIO PARA INCLUSÃO E EXCLUSÃO
  • 3.4 COLETA DE DADOS
  • 3.5 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
  • 3.6 ANALISE DOS DADOS
  • 3.7 ASPECTO ETICOS E LEGAIS
  • 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
  • 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
  • 6 REFERENCIAS
  • 7 ANEXO I
  • 8 ANEXO II
  • 9 ANEXO III

1-INTRODUÇÃO:

O envelhecimento populacional é hoje um proeminente fenômeno mundial. Atualmente, a população brasileira comidade igual ou superior a 60 anos é da ordem de 15 milhões de habitantes.(ABREU, 2012) O Brasil passa por um processo de envelhecimento populacional rápido e intenso, como pode se observar desde a metade do século passado. A transição de populacional dos jovem para uma envelhecida (Transição Demográfica) altera fundamentalmente o panorama epidemiológico relativo à morbidade e mortalidade de uma determinada população.(AMORIM, et al -2012, p. 59). As doenças infecto-contagiosas, altamente prevalentes em populações jovens, tendem a diminuir sua incidência, enquanto as doenças crónicas não transmissíveis aumentam sua prevalência, expressando a maior proporção as pessoas idosas portadoras dessasdoenças.Desta forma, investir na prevenção é decisivo não só para garantir a qualidade de vida como também para evitar a hospitalização e os conseqüentes gastos, principalmente quando se considera o alto grau de sofisticação tecnológica da medicina moderna. O Plano de Reorganização da Atenção à HAS implementado em nosso país, é a maior proposta de intervenção sobre a hipertensão, diabetes e demais fatores de risco para doenças cardiovasculares já realizadas no Brasil e deverá ter como conseqüência um importante impacto na redução da morbimortalidade cardiovascular.(SARMENTO, 2014) A Hipertensão Arterial Sistémica é que possui alta prevalência no Brasil e por se constituir um dos fatores de risco para as complicações cardiovasculares, principalmente quando a adesão ao tratamento é comprometida, ocasionando consequências precoces para a vida do doente crônico. Dessa forma, torna-se necessário reconhecer os determinantes das complicações, fornecendo subsidios ao enfermeiro e toda a equipe multiprofissional para contribuir com o cuidado do paciente e na auto gestão da doença. A HAS e a Diabetes Mellitus (DM), no sistema de saúde público brasileiro, constituem a primeira causa de hospitalização, e são considerados os principais fatores de risco para o desenvolvimento de outras patologias crônicas, sendo que o

Atenção Básica à saúde e qual a contribuição do profissional enfermeiro nesse atendimento? 1.3 QUESTÕES NORTEADORAS:

Para tanto foram criadas as seguintes questões norteadoras:

 Será que a análise da produção científica nacional de artigos, sobre hipertensão arterial sistêmica, contidos na base de dados entre os anos de 2010 a 2015, esclarece sobre o perfil dos idosos com hipertensão arterial sistêmica atendidos na rede de atenção básica a?  Qual a contribuição do profissional enfermeiro da unidade básica de saúde nesse atendimento?

OBJETIVOS

1.4.1 Geral: Levantar e analisar a produção científica, sobre hipertensão arterial sistêmica em idosos, contidos na base de dados, investigando o perfil dos mesmos, e a contribuição do enfermeiro com ações de promoção da saúde e prevenção de agravos à saúde. 1.4.2 Específicos Identificar os artigos nacionais publicados no ano de 2010 a 2015sobre a assistência de Enfermagem aos idosos com Hipertensão Arterial Sistêmica em nos serviços de saúde da rede pública. Analisar a produção cientifica de enfermeiros sobre a assistência de Enfermagem aos idosos com Hipertensão Arterial Sistêmica em controle nos serviços de saúde.

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. O IDOSO

Segundo o Artigo 1º das disposições preliminares do Estatuto do Idoso, é considerado idoso aquele indivíduo que possui idade igual ou superior a 60 anos. Do mesmo modo, o IBGE (2011) utiliza a definição de idoso da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2015), e determina a população idosa como sendo aquela a partir dos 60 anos de idade, havendo uma distinção quanto ao local de residência, pois nos países desenvolvidos são considerados idosos os indivíduos a partir de 65 anos. Conforme dados do IBGE (2002), considerando as tendências de redução da taxa de fecundidade e aumento da longevidade da população brasileira (relacionado aos avanços da biotecnologia), estima-se que nos próximos 20 anos a população idosa ultrapasse, no Brasil, os 30 milhões de pessoas, representando cerca de 13% da população total. Observa-se, portanto, um progressivo envelhecimento da população brasileira, pois enquanto em 1980 havia cerca de 16 idosos para cada 100 crianças, e atualmente, 25 anos depois existem quase 30 idosos para cada 100 crianças, ou seja, tal relação praticamente dobrou. Esse crescimento da população de idosos também é um fenômeno mundial, sendo que se em 1950 havia 204 milhões de idosos no mundo, em 1998 já se verificava uma população idosa de 579 milhões, o que equivale a um crescimento de quase 8 milhões de idosos por ano. As projeções dadas pelo IBGE (2002) ainda indicam que em 2050, haverá uma população idosa mundial de 1900 milhão de pessoas, quantia equivalente à população infantil. A Lei nº. 10.741, (2003), diz que é obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde, mediante efetivação de políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável e em condições de dignidade. Assim sendo, deverá promover a qualidade de vida do idoso de modo que alcance uma totalidade do ser no atendimento da atenção básica (ROCHA 2003, p. 45-56). Segundo Zanini (2003, p.25)

Para se inserir uma pessoa na fase da terceira idade, o critério mais simples parece ser o cronológico, pois se torna difícil precisar o tempo de início desse processo. De acordo com Ferreira (2008, p. 667) “o significado da velhice traz em uma de suas conotações: desusado, antiquado; obsoleto é estado ou condição de velho e/ou rabugice”. Da mesma forma, (BENEDETTI, 2009, p.14) afirma que;

A expressão velho pode significar perda, deterioração, inutilidade, fragilidade, decadência, antigo, gasto pelo uso. Tais significados acabaram por criar uma concepção pejorativa a respeito da velhice, resumindo-a a estereótipos, preconceitos, mitos e rótulos sempre desabonadores. Mais que uma fase cronológica, a faixa etária da pessoa idosa pode ser entendida como resultado e prolongamento de um processo; progressivo de mudanças, ligado à passagem do tempo. Vários são os exemplos a serem destacados no idoso nessa fase, como alterações na audição, na visão, diminuição da densidade óssea, atrofia celular (rugas), diminuição progressiva da velocidade de condução nervosa e da intensidade de reflexos, entres outros. De acordo com (PAPALÉO, 2007, p. 313):

Importante destacar que se cada pessoa apresenta uma forma de envelhecimento, então não torna-se possível conceituar a velhice simplesmente pelo referencial da cronologia, mas devem-se privilegiar, sobretudo, as alterações fisiológicas,celulares, teciduais, orgânicas e funcionais.

Farinatti (2012) entende serem três modos distintos e separados de medir a idade de alguém: a idade cronológica, a biológica e a psicológica, devido à complexidade de forças que operam dentro de um corpo que envelhece. O tempo não afeta uniformemente seu corpo, contudo; praticamente cada célula, tecido e órgão envelhecem dentro de seu próprio calendário, o que torna a idade biológica muito mais complexa do que a cronológica. (FARINATTI, 2012, p.23)

O envelhecimento é aparentemente muito geral e denuncia-se paradoxalmente muito pessoal: cada um envelhece de acordo com sua história, sua cultura, experiências, seu estado de espírito, seu poder socioeconômico e, principalmente, de acordo com a velocidade do declínio de suas funções fisiológicas (FERRARI, 2009, p. 197).

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A idade biológica, freqüentemente não coincide com a idade cronológica, nem com as demais construções sociais a respeito de velhice. De acordo com(GIANI 2012, p.11) A idade biológica tem seus limites, mostra-se muito mais complexa, pois ela não afeta uniformemente o corpo; praticamente cada célula, tecido e órgão envelhecem respeitando um calendário muito peculiar, em que há um esgotamento da reserva orgânica do indivíduo. No processo de envelhecimento em nível morfológico, as transformações resultam das origens histológicas que se alteram no de correr do tempo.

Torna-se relevante destacar que pode haver limitações funcionais em ritmos diferentes, mas é difícil defini-las, pois o que para uns constitui doença e limitação, para outros é um mero incômodo que não os impede de desempenhar os mesmos papéis que qualquer ser desempenha normalmente na vida adulta. (NAHAS, 2011). No que concerne à idade psicológica, a mesma está presente em campo mais flexível, subjetivo, que para Farinatti (2012, p.35) “Não existem duas pessoas psicologicamente classificadas com a mesma idade, porque não existem duas pessoas dotadas de idêntico acervo de experiências e reações diante dos problemas”. Muitas pessoas sentem-se velhas, mesmo que o espelho não denuncie o passar dos anos, caracterizando o entendimento que o envelhecimento é muito relativo. A idade pode ser determinada, aparentemente, com o modo de vida que cada indivíduo leva, da forma como encara a vida e os problemas. Assim, de acordo (NAhas, 2011, p. 15): Com ela pode ser definida também pela sensação de bem-estar constante ou pela dolorosa e estressante perda da alegria de viver ante a sensação de inutilidade da contribuição que poderia oferecer, ou, ainda, pela busca de meios para estabelecer relacionamentos que tragam a alegria de viver.

Assim sendo, é necessário entender o idoso integrado a um setor social e capaz de participar ativamente de sua comunidade. Em decorrência, as questões da velhice assumem dimensões que são reveladas nos aspectos demográficos, sociais e econômicos. De acordo com as estatísticas, o Brasil deixará de ser um país de jovens, sendo interessante reconhecer que, quanto mais idosa uma população, maior será o número de dependente economicamente, o que impõe a necessidade de políticas públicas sociais mais efetivas, para garantir a dignidade e qualidade de vida dos cidadãos da terceira idade. (NAHAS, 2011).

corporal, reduzindo, desta forma, a amplitude dos movimentos e modificando a marcha.(HUGHES ET AL., 2014). Na fase da terceira idade, há modificação na atividade celular e na medula óssea, ocasionando reabastecimento inadequado de osteoclastos e osteoblastos, além do desequilíbrio no processo de reabsorção e formação óssea, resultando em perda óssea. De acordo com (HUGHES ET AL., (2014, p.45);

Há também uma incidência de idosos que ganham peso pelo aumento do tecido adiposo e perda de massa muscular e óssea. A distribuição da gordura corporal se acentua no tronco e menos nos membros. Dessa forma, a gordura abdominal eleva o risco para doenças metabólicas, sarcopenia e declínio de funções.

Na opinião de Matsudo et al. (2010), a elevação da gordura corporal total e a redução do tecido muscular ocorrerem principalmente, pois a diminuição da taxa de metabolismo basal e do nível de atividade física.

As evidências são muitas e sugerem que adultos mais velhos têm mais dificuldade de assimilar novas informações, e habilidades de raciocínio diminuídas. Em geral, os idosos são mais lentos para responder algumas tarefas cognitivas, e são mais suscetíveis ao rompimento da informação que adultos mais jovens. (PARK et al ., 2011, p.34). Na concepção de Pasi (2006) as mais relevantes alterações na estrutura e funcionamento cerebral, podem-se destacar: a atrofia (diminuição de peso e volume), hipotrofia dos sulcos corticais, redução do volume do córtex, espessamento das meninges, redução do número de neurônios e diminuição de neurotransmissores. Outras alterações que ocorrem na terceira idade é a degeneração da estrutura do olho, causando a diminuição visual, aumento da sensibilidade à luz, perda da nitidez das cores e da capacidade de adaptação noturna. A deterioração visual se deve a modificações fisiológicas e alterações mórbidas. Os transtornos mais comuns que afetam os idosos são a catarata, a degeneração macular, o glaucoma e a retinopatia diabética (PASI, 2006). No que concerne as na estrutura e funcionamento cardiovascular, destaca-se o aumento de gordura, espessamento fibroso, substituição do tecido muscular por tecido conjuntivo, calcificação do anel valvar

De acordo com Souza et al. (2007), a terceira idade relaciona-se a alterações estruturais cardíacas, em que as paredes do ventrículo esquerdo aumentam de espessura, e ocorre depósito de colágeno, da mesma forma, a aorta se torna mais rígida. Ocorre acúmulo de gordura nas artérias (aterosclerose), perda de fibra elástica e aumento de colágeno. Assim sendo, a função cardiovascular fica prejudicada, diminuindo a resposta de elevação de freqüência cardíaca ao esforço ou estímulo, aumentando a disfunção diastólica do ventrículo esquerdo e dificultando a ejeção ventricular. Ocorre também a diminuição da resposta às catecolaminas e a diminuição a resposta vascular ao reflexo barorreceptor. Há maior prevalência de Hipertensão arterial sistólica isolada com maior risco de eventos cardiovasculares (PASI, 2006, p.36). Quando o envelhecimento faz-se presente, as modificações determinadas pelo mesmo atingem desde os mecanismos de controle até as estruturas pulmonares e extra-pulmonares que participam do processo de respiração.

A musculatura da respiração enfraquece com o progredir da idade. Isso ocorre devido ao enfraquecimento dos músculos esqueléticos somado ao enrijecimento da parede torácica, resultando na redução das pressões máximas inspiratórias e expiratórias com um grau de dificuldade maior para executar a dinâmica respiratória (CARVALHO; LEME, 2012, p.63).

Outra característica pertinente essa fase é o aumento da rigidez na parede torácica, calcificação das cartilagens costais e redução do espaço intervertebral. Já quanto ao funcionamento do Sistema Respiratório há uma redução da forca dos músculos respiratórios, redução da taxa de fluxo expiratório e redução da pressão arterial de oxigênio. De acordo com Gorzoni e Russo (2006, p.38) o único músculo que parece não costuma ser afetado pelo envelhecimento é o diafragma que, no idoso, apresenta a mesma massa muscular que indivíduos mais jovens. Para Alencar e Curiati (2012, p.54), “o sistema digestório, assim como os demais sistemas, sofre modificações estruturais e funcionais com o envelhecimento. As alterações ocorrem em todo trato gastrintestinal da boca ao reto”. Entre tantas modificações na condição do idoso desenvolvem-se as patologias infecciosas e alguns tipos de cânceres. E estes problemas podem estar associados com a diminuição gradual das funções do sistema imunológico. A deterioração da função imunitária associada ao processo de envelhecimento se denomina imunosenescência, que contribui de maneira importante a maior

enfermeiro. Áreas sem ACS poderão cadastrar conforme se der ao comparecimento dos portadores de hipertensão arterial e diabetes aos serviços.

2.3.1. HIPERTENSÃO ARTERIAL Durante o século XX, nos países ocidentais desenvolvidos, as doenças cardiovasculares (DC) configuraram como as de maior de todas as endemias e, pelo aumento rápido da incidência do infarto do miocárdio, têm sido consideradas como epidemia progressiva. Porem, esse contexto ainda continua a ser uma realidade no presente século, ocupando o primeiro e segundo lugares como causa de morte. Uma das alternativas para combater e reduzir a mortalidade por doença arterial coronariana está o tratamento da hipertensão arterial, a redução das freq0üências de tabagismo e do sedentarismo e o declínio dos níveis médios de colesterol sérico.(CICCO,2007) Na concepção de Cicco, (2007) a hipertensão arterial, mais popularmente chamada de "pressão alta", está relacionada com a força que o coração tem que fazer para impulsionar o sangue para o corpo todo. No entanto para ser considerado hipertenso, é preciso que a pressão arterial além de mais alta que o normal, permaneça elevado. A Sociedade Brasileira de Hipertensão conceitua a hipertensão arterial como síndrome caracterizada pela presença de níveis tensionais elevados, associados a alterações metabólicas e hormonais e a fenômenos tróficos (hipertrofias cardíaca e vascular), sendo considerada, por isso, entidade clínica multifatorial. Com o aumento cada vez maior da frequência das mesmas, torna-se relevante e necessária explicação adequada e convincente sobre a importância da hipertensão arterial e de suas complicações na população. Sendo para prevenção importante conhecer a epidemiologia dessa doença, seus determinantes e sua distribuição nas diversas sociedades. (CICCO, 2007). Sarmento (2014) expõe o estudo de Framingham, que se realizou nos EUA. Este estudo iniciou-se em 1948 com a investigação sobre a prevalência e incidência, além da causa das DC. No mesmo estudo, descreveu-se as diferenças entre os perfis de risco para 5.070 homens e mulheres com idade entre 35 e 64 anos, inicialmente sem doença e que desenvolveram alguma manifestação de doença cardiovascular durante 30 anos de acompanhamento.

Em 1959, obteve-se a primeira informação a esse respeito e que veio a contribuir para o entendimento das principais causas da doença arterial coronariana (DAC). Esta condição veio a expor que a mesma pode ser evitada e reduzida se controlados os fatores de risco como hipertensão arterial, tabagismo e dislipidemia. Também, mostrou-se que a pressão arterial sistólica elevada contribuiu mais significativamente para o risco da DAC, tornando assim o determinante para acidente vascular cerebral (AVC) e acidentes isquêmicos transitórios (AIT). Já no ano de 1971 incluiu-se em Framingham outro aspecto, no qual 5. pessoas foram acompanhadas durante 20 anos, objetivando avaliar os riscos da hipertensão para instalação da ICC. Nesse estudo mostra-se que houve, dentre essas pessoas, 392 casos novos da ICC, e que em 91% dos casos, a hipertensão antecedeu essa insuficiência. No que concerne a pressão arterial elevada Smeltzer e Bare (2006) argumentam que uma vez identificada, a mesma deve ser monitorada a intervalos regulares, pois a hipertensão é uma condição para o resto da vida. Tendo como meta do tratamento evitar a morte e as complicações ao atingir e manter a pressão arterial mais baixa que 140/90 mmHg. De acordo com Almeida (2014) toda mudança requer um processo educativo, e esse se dá de uma forma lenta e deve ser continuo. Assim, as ações desenvolvidas pelos profissionais que trabalham com esses pacientes, devem atender às necessidades de cada um, à medida que se tenta manter o tratamento por longo período. Para Souza (2003) O profissional, em sua atuação de prevenção, deve procurar conhecer a história do paciente individualmente, de forma a elaborar estratégias que possam contribuir para adesão ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso, sendo importante neste último o treinamento resistido. De acordo com dados do ministério da Saúde (2012), a prevalência estimada de hipertensão no Brasil atualmente é de 35% da população acima de 40 anos. Isso representa em números absolutos um total de 17 milhões de portadores da doença, segundo estimativa de 2011 do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Cerca de 75% dessas pessoas recorrem ao Sistema Único de Saúde (SUS) para receber atendimento na Atenção Básica. Na concepção de Orquiza (2007) o diagnóstico da hipertensão arterial é estabelecido pelo encontro de níveis tensionais acima dos limites superiores da