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Hilton Jhon - TCC , Trabalhos de Ciências Biologicas

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Tipologia: Trabalhos

2016

Compartilhado em 11/05/2016

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FUNDAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE OLINDA
HILTON JHON LEMOS
O ENSINO DA BIOLOGIA E SUA RELEVÂNCIA PARA O COTIDIANO
DOS ALUNOS DA ESCOLA ESTADUAL PROFª MARIA DO SOCORRO
JACOB.
OLINDA - PE
DEZEMBRO - 2014
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FUNDAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DE OLINDA

HILTON JHON LEMOS

O ENSINO DA BIOLOGIA E SUA RELEVÂNCIA PARA O COTIDIANO

DOS ALUNOS DA ESCOLA ESTADUAL PROFª MARIA DO SOCORRO

JACOB.

OLINDA - PE

DEZEMBRO - 2014

HILTON JHON LEMOS

O ENSINO DA BIOLOGIA E SUA RELEVÂNCIA PARA O COTIDIANO

DOS ALUNOS DA ESCOLA ESTADUAL PROFª MARIA DO SOCORRO

JACOB.

Monografia apresentada à Coordenação do Curso de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas da Fundação de Ensino Superior de Olinda, como requisito parcial para a obtenção de título de graduação em Biologia. Orientador: Prof. Esp. Josimar Santana.

OLINDA - PE

DEZEMBRO – 2014

HILTON JHON LEMOS

O ENSINO DA BIOLOGIA E SUA RELEVÂNCIA PARA O COTIDIANO

DOS ALUNOS DA ESCOLA ESTADUAL PROFª MARIA DO SOCORRO

JACOB.

Monografia apresentada à Coordenação do Curso de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas da Fundação de Ensino Superior de Olinda, como requisito parcial para a obtenção de título de graduação em Biologia. Orientador: Prof. Esp. Josimar Santana.

Olinda, ______ de __________________ de 2014.

____________________________________________

Orientador


Parecerista


Parecerista

RESUMO

O ensino aprendizagem da biologia deve admitir a compreensão da natureza viva e dos limites dos diferentes sistemas explicativos, a compreensão de que a ciência não tem respostas definitivas para tudo, sendo uma de suas peculiaridades a possibilidade de ser questionada e de se transformar. O presente trabalho apresenta o importante diferencial de trabalhar o ensino da biologia no cotidiano dos alunos do 1ª ano do Ensino Médio da Escola Maria do Socorro Jacob, no Município de Itaituba, tendo como principal objetivo analisar a resposta dos alunos dessas turmas, em relação ao ensino da disciplina, pretendendo desta forma, estar contribuindo para ampliar o conhecimento e a compreensão do contexto de vida dos alunos de maneira que seus questionamentos e suas dúvidas pudessem ser buscados e respondidos, valorizando a autonomia, a argumentação crítica, inserindo-os com qualidade formal em sociedade. O ensino da biologia no Brasil, mesmo diante de tantos avanços nas propostas curriculares, requer soluções de inúmeras dificuldades nas relações ensino-aprendizagem nas escolas. A experiência vivenciada na escola realizou-se através de observação da prática docente do professor de Biologia destacando a aula expositiva sobre o assunto, questionamentos, atividades e exercícios com os alunos. O presente estudo será benéfico e necessário aos gestores, docentes e alunos, pois ao priorizar, nos fazeres pedagógicos, a interação entre os conhecimentos prévios, o questionamento, a experimentação e a pesquisa em sala de aula, associadas às aulas teóricas, ajudam a promover a reformulação, a reestruturação e a formação de conceitos pelos alunos, privilegiando o saber pensar e o aprender a aprender.

Palavras-chave: Aulas experimentais. Argumentação. Ensino-aprendizagem.

LISTA DE QUADROS

Quadro I – Médias dos alunos participantes.................................................... Quadro II – Resultados obtidos nos testes.......................................................

LISTA DE GRÁFICOS

1 - Do seu ponto de vista, é importante o ensino da biologia na escola?.................................

2 - Durante as aulas de Biologia, você já expôs alguma questão pessoal que por falta de oportunidade ou constrangimento não discutiu no ambiente familiar?....................................

3 - Você acredita que as aulas de Biologia podem ajudá-lo no seu cotidiano? .......................

4 - Se você pudesse escolher as disciplinas da su agrade curricular, a Biologia seria uma delas?.........................................................................................................................................

5 - A metodologia utilizada durante a pesquisa despertou o seu interesse pela disciplina?.................................................................................................................................

6 - Você acredita que as aulas práticas podem ajudá-lo a fixar melhor os conteúdos da disciplina?.................................................................................................................................

1 INTRODUÇÃO

A metodologia de ensino tradicional ainda é amplamente utilizada por muitos educadores nas escolas, principalmente no interior do país, como é o caso do Município de Itaituba, local de realização da presente pesquisa. Num panorama geral das escolas no país, percebemos que nelas vigoram um ensino padronizado, tratando os conteúdos escolares igualmente, onde alunos e professores participam como atores que desempenham seus papéis, não se envolvendo com quem produziu os conteúdos ou na forma como estes chegam até eles. Nossas escolas, ainda tradicionalista, não têm conseguido acompanhar e se adequar à evolução das pesquisas. Segundo CARRAHER (1986, p.15),

Tal modelo de educação trata o conhecimento como um conjunto de informações que são simplesmente passadas dos professores para os alunos, o que nem sempre resulta em aprendizado efetivo. Os alunos fazem papel de ouvintes e, na maioria das vezes, os conhecimentos passados pelos professores não são realmente absorvidos por eles, são apenas memorizados por um curto período de tempo e, geralmente, esquecidos em poucas semanas ou poucos meses, comprovando a não ocorrência de um verdadeiro aprendizado. CARRAHER (1986) preconiza um padrão alternativo, denominado modelo cognitivo, no qual os educadores propõem situações adversas do cotidiano (questões reais) para que os alunos encontrem as saídas. Ainda que a resposta seja insatisfatória para o professor, não se deve rejeitar o fato de que o aluno tenha buscado chegar à conclusão. De acordo com MOREIRA (1999), muitos modelos de ensino baseiam-se na teoria do desenvolvimento cognitivo de Jean Piaget. Parte-se da perspectiva de que a mente humana tende, permanentemente, a aumentar seu grau de organização interna e de adaptação ao meio. Segundo (CARRAHER, 1986; FRACALANZA et al,1986).

Para que o processo de ensino seja efetivado faz-se necessário destacar aspectos importantes, que são: a existência de problematizações prévias do conteúdo como pontos departida; a vinculação dos conteúdos ao cotidiano dos alunos; e o estabelecimento de relações interdisciplinares que estimulem o raciocínio exigido para a obtenção de soluções para os questionamentos, fato que efetiva o aprendizado. As dificuldades no processo de ensino-aprendizagem presentes em nossas escolas se devem a numerosos obstáculos que permanecem escondidos no cotidiano dos professores. Quanto ao ensino de biologia, as aulas são desenvolvidas com base nos livros didáticos onde o conhecimento é repassado como algo já pronto, onde a metodologia ainda é centrada no professor, com a maioria das aulas expositivas, com alguns experimentos geralmente demonstrativos, conduzindo mais à memorização que ao desenvolvimento do

raciocínio lógico e formal, deixando a desejar o aguçamento da curiosidade e o despertar para o conhecimento. Neste contexto, problema levantado pelo presente trabalho consiste nos seguintes questionamentos: Que diferença pode fazer o ensino da Biologia para o dia-a-dia dos alunos? Os professores de Biologia estão preparados ou tem aparato para praticar metodologias mais atraentes? Tendo como objetivos mostrar a importância do ensino da biologia no cotidiano, contribuindo para ampliar o conhecimento e a compreensão do contexto de vida dos alunos, analisando ainda as concepções de ensino e de aprendizagem que orientam as práticas pedagógicas dos professores de biologia. Com o intuito de avaliar se o ensino da biologia tem contribuído para ampliar o conhecimento e contextualização de vida dos alunos, estimulando e incentivando alunos e professores de biologia à abrangência e melhoria de aulas práticas em suas aulas. O presente trabalho realizou uma experiência com setenta alunos do Ensino Médio, mais especificamente de duas turmas de segundo ano, logo após as avaliações do 3º Bimestre. A experimentação acorreu do decorrer de trinta dias e suas etapas e resultados serão expostas no decorrer desta monografia.

O ensino-aprendizado da biologia deve permitir a captação de conhecimento amplo da natureza viva e dos limites dos diferentes sistemas explicativos, a compreensão de que a ciência não tem respostas fechadas, sendo uma de suas peculiaridades a possibilidade de ser questionada e de se modificar a cada nova descoberta. Os assuntos pertinentes à biologia são imprescindíveis para a compreensão de fenômenos e seus encadeamentos, pois visa promover melhoria na qualidade de vida, através uma saudável relação com o meio ambiente e condições do pleno exercício de cidadania. O que se percebe, porém, é que tais assuntos são pouco trabalhados no sentido de gerarem significados, que possam ser transformados em ação pelos alunos. Há uma gama de fatores que contribuem para que o ensino da Biologia em sala de aula seja muitas vezes maçante para os alunos, gerando desinteresse, e até mesmo a desistência de alguns deles, em casos mais graves, a sobrecarga de conteúdo, o reduzido tempo reservado a cada um deles, a seleção quase sempre descontextualizada, o despreparo para a docência, a falta de valorização dos conhecimentos prévios e dos questionamentos, a ausência de aulas de experimentais, a falta de estímulo para a pesquisa dentro e fora sala de aula, entre outros tantos fatores que contribuem para um ensino estagnado e sem atrativos, causando dificuldade ao educando em seu processo de aprendizado. É necessário que seja adotado um modelo de valorização e incentivo para que os alunos reformulem conhecimentos, agregando a estes sentidos cientificamente aceitos com significados próprios, constituindo relações entre o que aprendem através dos livros fazendo analogias com a realidade, aumentando, com isso, a assimilação dos conteúdos a eles ofertados em sala de aula, tornando o processo de ensino aprendizagem mais eficaz. A aprendizagem de uma forma natural faz-se necessária para que o aluno exercite sua memória através de operações mentais de reconstrução do conhecimento por meio de ações propiciadas pelo intercâmbio entre o que ele já conhece e o novo. O ensino-aprendizado deve ser fundamentado nos conhecimentos pré-adquiridos não só do professor, mas também do aluno, sendo necessária a valorização deste conhecimento prévio, assim que manifestado por ele, para que não haja um bloqueio no processo de estimulação da curiosidade gerando do questionamento, nas aulas de experimentação e na pesquisa em sala de aula, integradas às teorias cientificas. Priorizar as práticas pedagógicas, a ligação entre os conhecimentos já adquiridos, as indagações, a experimentação e a investigação em sala de aula, agregadas às aulas teóricas, ajudam a estabelecer a reformulação, a reestruturação e a formação de novos conceitos pelos alunos, privilegiando interesse em desvendar novos horizontes.

Adotando essas práticas em sala de aula, o aluno tem suas inquirições e suas suspeitas podem ser procuradas e respondidas, atribuindo valor e autonomia, à argumentação crítica, inserindo-os com qualidade em qualquer processo seletivo para a continuação dos estudos. A necessidade de meditar, conjecturar e tratar sobre as percepções de ensino e aprendizagem, que orientam as práticas pedagógicas dos professores de biologia é fruto dos anos exercidos no magistério não diminui a importância dos conhecimentos adquiridos com a experiência vivenciada do decorrer do exercício do magistério pelo contrário, atribuições pedagógicas, ressalvas acerca dos entendimentos, do desempenho profissional dos educadores e aprendizagem com significação pelos alunos, que adquiriram novos sentidos, o que motiva a examinar as concepções tidas como definitivas, buscando seus entendimentos nessa relação de ensino e aprendizagem voltados para a autonomia dos alunos. De acordo com a Constituição Brasileira de 1988 em seu artigo 205 é assegurado que “a educação é direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada coma colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. A escola é uma instituição de ensino que se dedica à tarefa de organizar o conhecimento e apresentá-lo aos alunos pela mediação das linguagens, de forma a que seja aprendido (PCN - Ensino Médio, 1999). O ensino da biologia no Brasil, apesar das melhorias nas propostas curriculares, ainda demanda soluções de diversas dificuldades no que diz respeito ao ensino-aprendizagem nas escolas.

2.1 Pressupostos Teóricos

Uma das maiores descobertas foi feita somente no século XX, em 1944, quando o bacteriologista norte-americano Oswald Theodore Avery, descobriu que o DNA (ácido desoxirribonucléico) era a matéria-prima da qual são feitos os genes, ou seja, é a partir desta molécula que fica escrito o código genético. A partir de então, os cientistas (biólogos) conseguiram desvendar alguns enigmas a respeito da ciência (SCHNETZLER, 2000). Biologia é a ciência responsável pelo estudo da vida: desde o seu surgimento, composição e constituição; até mesmo à sua história evolutiva, aspectos comportamentais e relação com outros organismos e com o ambiente. SCHNETZLER, 2000, afirma que, A vida é estudada à escala atômica e molecular pela biologia molecular, pela bioquímica e pela genética molecular, ao nível da célula pela biologia celular e à escala multicelular pela fisiologia, pela anatomia e pela histologia

Ao falar em assuntos de ciências e de biologia, nos dias de hoje, muitas informações são dadas sem que o aluno consiga processá-las, interpretá-las ou argumentar a respeito. Os vários conceitos abordados e a diversidade de definições levam a certo desinteresse a respeito dos temas. Exatamente por não estar acostumado a buscar, a pensar, a interpretar questões e dar significado, o aluno aceita essas informações sem questioná-las e mesmo que tais conhecimentos o beneficiem, não consegue utilizá-los. Esse comportamento traduz o modelo de ensino da escola tradicional, em que o conhecimento é passado ao aluno como informação sem se preocupar se houve ou não aprendizagem (DEMO, 2002). Os extensos conteúdos encontrados nos livros didáticos e a maneira como são trabalhados podem fazer o aluno perder o interesse pelos assuntos, uma vez que precisa decorá-los e memorizá-los, mesmo que temporariamente, visando somente ser aprovado para a série seguinte. Segundo DEMO, 2002,

Mostrar tais assuntos, possibilitando a argumentação, valorizando os conhecimentos prévios e os questionamentos, envolvendo os alunos em ações para reconstruir esses conhecimentos a partir de conceitos científicos que possam confrontar com seus conhecimentos iniciais, induzirá o aluno à reflexão, à interpretação própria e à autonomia. Então, todos os confrontos que possam existir passam a desafiar o conhecimento. Assim, o aluno aprende a pensar a querer buscar e a conhecer o assunto, refletindo esse conhecimento na melhoria da sua qualidade de vida, em sua interação e relação com o meio ambiente e com os outros de forma responsável e solidária. Para DEMO (2002), a capacidade de se confrontar com qualquer tema é uma construção: “Condensa-se na habilidade de sabendo reconstruir conhecimento, enfrentar qualquer desafio de conhecimento, porque sabe pensar, aprende a aprender, maneja criativamente lógica, raciocínio, argumentação, dedução e indução, teoria e prática”. Essa capacidade de se confrontar com qualquer tema pertinente, no dizer de DEMO (2002) é “[...] uma instrumentação essencial da competência humana”. Facilitar a aprendizagem, transformando os conceitos científicos em ações que propiciem o entendimento desses conceitos, respeitando o nível de desenvolvimento mental dos educandos, levando-os à ordenação e à lógica tem possibilitado a compreensão e a intervenção em um mundo que evolui rapidamente (LIMA, 1984). Ao se ensinar ou aprender ciências e biologia, é fundamental ter em mente a vontade de ensinar e de aprender, onde a necessidade dessa aprendizagem deve ser vista pelo professor e sentida pelo aluno como algo que lhe seja útil. Essa vontade torna agradável ler, investigar, pesquisar, experimentar, discutir até se chegar a uma compreensão e a um consenso do que se está ensinando e aprendendo.

Assim, ao provocar a reflexão sobre o que se está ensinando e aprendendo propicia-se a oportunidade de argumentar, discutir e questionar os diferentes pontos de vista sobre um mesmo fato ou questão. A vontade de aprender é estimulada por aulas nas quais o aluno seja desafiado a solucionar determinados problemas que estão associados a conceitos teóricos a ele presentados, porém o professor necessita levar em conta os graus de maturação cognitiva do aluno para assim sensibilizá-lo a aprender. Entendendo, por isso o conhecimento como uma capacidade construída, então a capacidade de aprender a construir deve contemplar a capacidade de construir estruturas mentais capazes de assimilar esses conteúdos de forma ordenada e lógica (LIMA, 1984). Porém, o que observamos na prática escolar é um ensino de ciências e de biologia distanciado do aluno, repleto de informações que não facilitam a formação de uma rede de conhecimentos com sentido e de fácil aplicabilidade no seu cotidiano. Esse sentido ou essa sensibilização apresenta-se a cada um de forma diferente, de acordo com o grau de desenvolvimento e de entendimento do indivíduo (LIMA, 1984). Quando o meio escolar fornece ao aluno condições apropriadas para o constante desenvolvimento de suas estruturas mentais relacionadas aos conteúdos, a serem elaborados, criam-se circunstâncias favoráveis para situar o objeto de aprendizagem, ou o conjunto de objetos de aprendizagem, num universo de relações que estimulam a vontade de querer aprender. Portanto, abordar os conteúdos de ciências e de biologia procurando a compreensão dos processos e a reconstrução do conhecimento significativo do aluno é uma forma de exercer, com excelência a missão de professor educador. Os conteúdos de ciências e de biologia tratam, no ensino fundamental e no ensino médio, da aprendizagem de assuntos relacionados ao ar, água, solo, seres vivos, corpo humano, à relação desses com o meio ambiente, a noções de química e de física. Desde a célula aos complexos sistemas corporais, à hereditariedade, à evolução dos seres vivos no planeta, à ecologia, como interação entre o ambiente físico, e o ambiente vivo. Os procedimentos adotados pela escola, o currículo que ela elaborou, o professor como mediador no processo da aprendizagem desses conteúdos, quando estão integrados, são primordiais para que os alunos realizem essas aprendizagens (PERRENOUD, 2000). A cada nova aprendizagem, ao dar início à abordagem de um novo conteúdo, o aluno precisa dar sentido ao conhecimento adquirido. PERRENOUD, 2000 nos diz que; Os conhecimentos que já possui sobre o conteúdo que lhe é apresentado, as informações que, de maneira direta ou indireta, estão relacionadas ou podem relacionar-se ao que conhece ou sabe sobre o novo conhecimento são maneiras de ele dar significado a essa nova aprendizagem.

3 METODOLOGIA

A abordagem utilizada deste estudo é do tipo qualitativo descritivo exploratório, tem como público-alvo 70 jovens entre 15 e 28 anos, sendo eles alunos do 2º ano do Ensino Médio de uma Escola Pública do Município de Itaituba-PA. Segundo Trivino (1995), a pesquisa qualitativa é como uma: "expressão genérica". Isto significa, por um lado, que ela compreende atividades de investigação que podem ser denominadas específicas. E, por outro, que todas elas podem ser caracterizadas por traços comuns. Esta é uma ideia fundamental que pode ajudar a se chegar uma visão mais clara do que pode chegar a que tem por objetivo atingir uma interpretação de realidade do ângulo qualitativo. Desta forma, foram escolhidas duas turmas de 2º ano do Ensino médio, com 35 alunos me cada uma, somando setenta alunos, doa quais 50% foram submetidos a uma metodologia diferente de ensino aprendizagem da que estavam habituados, o Professor titular da turma concordou em aplicar as técnicas propostas pela pesquisa por um período de trinta dias, logo após o encerramento do 3º bimestre. Os outros 50% continuaram recebendo as aulas conforme o professor vinha fazendo no decorrer nos bimestres anteriores, ou seja, não houve intervenção do pesquisador. De acordo com Gil (2007) As pesquisa descritivas têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou então, o estabelecimento de relação entre variáveis. Salientam-se aqueles que têm por objetivo estudar as características de um grupo. Os alunos que fizeram parte desta pesquisa tinham entre 15 e 28 anos, em sua maioria, de classe baixa, alguns, com histórico de desistências por diversos motivos, entre eles a dificuldade de assimilação de determinadas disciplinas. Durante o processo de construção deste estudo, os alunos se mostraram bastante participativos e curiosos em relação a metodologias de ensino utilizadas. A pesquisa exploratória visa proporcionar um maior conhecimento para o pesquisador acerca do assunto, a fim de que esse possa formular problemas mais precisos ou criar hipóteses que possam ser pesquisadas por estudos posteriores (Gil, 1999). Gil (2007) diz que esta pesquisa tem objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vista a torná-lo, mas explícito ou a constituir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou descoberta de intuições.

3.1 Caracterização da Escola

O estudo realizou-se na Escola Estadual de Ensino Médio Professora Maria do Socorro Jacob, localizada à quarta rua do bairro da Floresta nº 644 – Itaituba-Pa. Quando se discutiu que nome dar ao Estabelecimento de Ensino, um dos nomes aceitos foi o de Professora Maria do Socorro Jacob, uma professora que atuava na educação pública estadual há muitos anos. Inicialmente ela desenvolveu suas atividades profissionais na Vila de Pimental e depois, solicitou sua remoção para a cidade de Itaituba, onde trabalhou na Escola Estadual Gaspar Viana e, posteriormente, em função de uma doença cancerígena, veio a falecer. Em vida, a professora foi uma pessoa muito dedicada ao seu trabalho, admirada e respeitada pela sua relação de amizade, pela sua responsabilidade, bem como pelo seu companheirismo. Esta Escola e a professora Maria do Socorro Vieira Jacob, têm uma história muito parecida. Ambas estão relacionadas ao saber, ao conhecimento, a desenvolvimento das potencialidades individuais e coletiva, a maturidade e a construção do processo de cidadania. Nosso objetivo, enquanto instituição de ensino é dar aos alunos o melhor tratamento possível, um contexto onde eles se sintam bem e possam exercitar e desenvolver todas as suas potencialidades. É por estas e outras razões que quem foi ou é aluno desta Escola tem orgulho de ser “jacobino”, ama este espaço e não esquece jamais. A escola teve suas obras concluídas em mil novecentos e noventa e três. Nos anos seguintes, ainda sem uso, sofreu uma rápida reforma e pequenas alterações estruturais, de modo que em mil novecentos e noventa e cinco, a escola foi entregue à comunidade, constando três pavilhões com doze salas de aula, uma secretaria, uma sala de Educação Especial, uma sala de professores, uma sala de direção, um depósito, uma sala de técnicos em educação, uma cozinha, quatro banheiros, quadra incompleta, três dispensas. Porém foi somente em dois de Maio de mil novecentos e noventa e cinco que ocorreu o primeiro dia de aula e, em função disso, essa data passou a ser comemorada como sendo o dia do aniversário da Escola. Ao longo dos seus 19 anos de existência a Escola Estadual de Ensino Médio Profª Maria do Socorro Jacob passou por três fases: pós-inauguração até o ano de mil novecentos e noventa e oito; de mil novecentos e noventa e oito até dois mil e quatro, fase de dois regimes (Escola Estadual e Municipal) e de dois mil e quatro até os dias atuais atuando com o ensino regular de Ensino Médio. Os dois regimes eram o convênio de cooperação técnica com o