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Hidratação Venosa na Pediatria: Introdução, Avaliação e Terapias, Provas de Pediatria

Este documento aborda a hidratação venosa na pediatria, com ênfase na introdução, avaliação e terapias orais e intravenosas. Apresenta sintomas de desidratação, como sonolência, choro, taquicardia e hipotensão, e explica como conduzir quadros de desidratação, avaliar o estado de hidratação e administrar fluidos orais e intravenosos. Além disso, discute a importância de pesar a criança antes de iniciar a hidratação e orientações para casos leves e graves.

O que você vai aprender

  • Quais sintomas indicam desidratação moderada em crianças?
  • Qual é a importância de investigar o hábito alimentar em casos de desidratação em crianças?
  • Qual é a composição da solução hipertônica usada na hidratação venosa na pediatria?

Tipologia: Provas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Copacabana
Copacabana 🇧🇷

4.4

(49)

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Não perca as partes importantes!

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Hidratação Venosa na Pediatria
a) Introdução
GECA: o comum é 01/02 dias de febre, não há sangue ou muco nas fezes (infecção bacteriana por
E.coli). Sempre investigar o hábito alimentar (investigação de intoxicação alimentos estragados,
diferentes, outras pessoas doentes na família), se está bebendo líquidos adequadamente e aceitação de
alimentos/líquidos.
Sempre observar sinais sugestivos de desidratação e que sugiram sua gravidade:
o Sonolência/hiporresponsividade
o Choro, saliva, hidratação da mucosa
o Perfusão lentificada
o Taquicardia
o Taquipneia sem alterações respiratórias
o Hipotensão (sempre lembrar de colocar no gráfico para idade)
o Turgor da pele (observar na região central)
Como conduzir quadros de desidratação? Primeiros devemos definir:
o Qual o nível de hidratação do paciente?
o Qual a via de administração de fluidos (oral preferencial, ou venosa)?
o Qual a solução a ser administrada (Soro Fisiológico 0,9% ou Ringer)?
o Após a estabilização, como administrar fluidos (água, eletrólitos)?
Hidratação de manutenção
Preferência sempre pela via oral!
Crianças apresentam cerca de 60% do peso corpóreo de fluidos, em contraste com 50% de adultos.
o 2/3 no intracelular e 1/3 no extracelular (intravascular e intersticial)
A “minoria” do líquido está no intravascular, cerca de 1/9 do volume total! Portanto, as
crianças menores desidratam MUITO facilmente!
o Uma criança de 8 kg por exemplo, apresenta cerca de 600 ml de líquido no espaço intravascular
(8x0,65x1/9)
o 01 episódio de diarreia significa uma perda de 100 ml de líquidos, e em 01 vômito de 20-50 ml!
b) Avaliação do estado de hidratação
Avaliação do nível de hidratação :
o ATENÇÃO! Pais tendem a hiperestimar casos leves e subestimar casos graves de desidratação.
Sempre ser o mais objetivo possível na avaliação.
o Lactentes: avaliar fontanela anterior, mucosas, prega central, pele “acizentada”,
taquipneia/taquicardia, abdome escavado
o Crianças maiores: sinais já citados.
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Hidratação Venosa na Pediatria a) Introdução

  • GECA: o comum é 01/02 dias de febre, não há sangue ou muco nas fezes (infecção bacteriana por E.coli). Sempre investigar o hábito alimentar (investigação de intoxicação – alimentos estragados, diferentes, outras pessoas doentes na família), se está bebendo líquidos adequadamente e aceitação de alimentos/líquidos.
  • Sempre observar sinais sugestivos de desidratação e que sugiram sua gravidade: o Sonolência/hiporresponsividade o Choro, saliva, hidratação da mucosa o Perfusão lentificada o Taquicardia o Taquipneia sem alterações respiratórias o Hipotensão (sempre lembrar de colocar no gráfico para idade) o Turgor da pele (observar na região central)
  • Como conduzir quadros de desidratação? Primeiros devemos definir: o Qual o nível de hidratação do paciente? o Qual a via de administração de fluidos (oral – preferencial, ou venosa)? o Qual a solução a ser administrada (Soro Fisiológico 0,9% ou Ringer)? o Após a estabilização, como administrar fluidos (água, eletrólitos)? ▪ Hidratação de manutenção ▪ Preferência sempre pela via oral!
  • Crianças apresentam cerca de 60% do peso corpóreo de fluidos, em contraste com 50% de adultos. o 2/3 no intracelular e 1/3 no extracelular (intravascular e intersticial) ▪ A “minoria” do líquido está no intravascular, cerca de 1/9 do volume total! Portanto, as crianças menores desidratam MUITO facilmente! o Uma criança de 8 kg por exemplo, apresenta cerca de 600 ml de líquido no espaço intravascular (8x0,65x1/9) o 01 episódio de diarreia significa uma perda de 100 ml de líquidos, e em 01 vômito de 20 - 5 0 ml! b) Avaliação do estado de hidratação
  • Avaliação do nível de hidratação : o ATENÇÃO! Pais tendem a hiperestimar casos leves e subestimar casos graves de desidratação. Sempre ser o mais objetivo possível na avaliação. o Lactentes: avaliar fontanela anterior, mucosas, prega central, pele “acizentada”, taquipneia/taquicardia, abdome escavado o Crianças maiores: sinais já citados.
  • Para classificação de gravidade da desidratação, avaliar conforme a tabela abaixo! Além de determinar o grau, determina o percentual de líquido que foi perdido! o Os três dados mais importantes são: enchimento capilar lentificado, turgor de pele diminuído, alteração do padrão respiratório sem doença pulmonar. Indicam, no mínimo, desidratação moderada. c) Terapia de Hidratação Oral
  • Casos leves podem ser hidratados com soro de reidratação oral 75 ml/kg (ou livre demanda) o Contra-indicações : vômitos incoercíveis, alteração no estado de consciência, intolerância à glicose, íleo paralítico, sinais de irritação peritoneal, infecções graves, choque. o Outros líquidos como água de coco e isotônicos não são adequados, pois não tem a composição mineral adequada. Isotonicos podem levar a hiponatremia dilucional e agua de coco é mais rica em potássio. o O SRO tem 90 mEq/L de Sódio, 20g de Glicose e 20 mEq de Potássio por litro. É a melhor solução para reposição de líquidos. o No sangue = 135 a 145 mEq/L de Na. o Administramos da seguinte forma: 1. Suspender a dieta durante a TRO (lentifica absorção de líquido) 2. 75 a 150 ml/kg por 04 a 06 horas 3. Oferecer em intervalos regulares 4. Reavaliar o paciente de hora em hora

▪ Pacientes graves tem secreção aumentada de ADH (retém água – tendência a diluir o sódio e aumenta a probabilidade de hiponatremia!) – dor, ansiedade, pós-op, náuseas e vômitos, sepse, febre, doenças respiratórias, doenças endócrinas...

  • Toda criança “mal” está com nível elevados de ADH! Ou seja, todas que estão com hidratação venosa hehe. Portanto, não devemos utilizar a fórmula de Holliday “cegamente”, pois aumenta o risco de desenvolver hiponatremia. ▪ Soluções disponíveis – preferir soluções isotônicas (136 mEq/L):
  • NaCl 0,9% (iso-osmolar e isotônica) – 154 mEq/L, 308 mmol/L
  • NaCl 0,45% (hipo-osmolar e hipotônica) – 77 mEq/L, 154 mmol/L
  • Na Cl 0,45% + glicose 5% (hiper-osmolar e hipotônica) – 75 mEq/L, 432 mmol/L
  • Glicose 5% (isso-osmolar e hipotônica) – 278 mmol/L
  • Ringer Lactato – 274 mOsm/L, 130 mEq/L – não tem glicose o Reposição de glicose: principalmente em lactentes, que tem estoque de glicogênio limitados. Em crianças se alimentado, não precisa! o Reposição de Potássio: repor apenas se o paciente estiver urinando
  • Exemplo de prescrição para manutenção! o Fase de manutenção em paciente com 22 kg – 1540 ml por Holliday ▪ 3 etapas de 500 ml (limite do equipo) ▪ SG 5% é a solução base para volume total – no caso, 500 ml por etapa ▪ NaCl 20% é a solução base para repor sódio (3,4 mEq/ml)
  • Para cada L de solução, queremos uma solução isotônica, ou seja, 136 mEq/L!
  • Para calcular o volume necessário de NaCl 20% a ser administrado, utilizamos a fórmula (só vale para soluções isotônicas – 136 mEq/L!): 𝑽𝒐𝒍𝒖𝒎𝒆 𝒅𝒆 𝑵𝒂𝑪𝒍 𝟐𝟎% = 𝟎, 𝟎𝟒 𝒙 𝑽𝒐𝒍𝒖𝒎𝒆 𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 (𝑺𝑮 𝟓%) ▪ Portanto, em uma etapa de 500 ml, devemos adicionar 20 ml de NaCl 20%! ▪ KCl 10% (1,34 mEq/ml) é a solução base para reposição de potássio, porém, existe a solução de 19,1% (2,5 mEq/ml).
  • Para cada L de solução, devemos dar 20 a 30 mEq de Potássio! Volume de KCl 10% = 0,02 x Volume Total (SG 5%) – solução de 26,8 mEq/L Volume de KCl 19,1% = 0,01 x Volume Total (SG 5%) - solução de 25 mEq/L
  • 10 de KCl a 10%. 5 ml de KCl 19,1% o Fase de manutenção, criança de 10 kg ▪ 2 etapas de 500 ml – 1000 ml por Holliday-Seager ▪ 20 ml de NaCl por etapa (0,04 x 500) ▪ 10 ml de KCl 10% (0,02 x 500) ▪ 1000 ml em 24 horas – 41 ml/h aproximadamente

▪ Se o paciente estivesse bem e já se alimentando, poderíamos reduzir a quantidade de líquido ofertada (50-60% da terapia feita) o Sempre lembrar que o volume total estimado por Holliday é superestimado, podemos fazer 60 a 50% do volume para pacientes que estiverem “bem”! (Por exemplo, 1350 ml podemos fazer apenas 1000, facilita para a enfermagem fazer a diluição e não faz mal para o paciente, podemos “arredondar” o número de etapas). o Resumindo, se esquecer: 500 ml SG 5%, 20 ml NaCl 20%, 10 ml KCl 10%. Dividir o Volume Total por 24 horas para descobrir a velocidade de infusão (lote “padrão” e a velocidade de infusão limita o volume infundido em 24 horas). O problema disso é se for em gotas por minuto, e não por bomba de infusão (os pais mechem no mecanismo e pode dar merda) ▪ 1 ml = 20 gotas

  • Uso da ondasetrona – evidência da redução na quantidade de volume reposto por via IV (0, mg/kg/dose)