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Guias e Dicas
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Interpretação de Símbolos: Ensaio Hermenêutico por P. G. B. Chaves, Trabalhos de Filosofia

Neste documento, paulo guilherme borges chaves discute a hermenêutica e as representações simbólicas, argumentando que o símbolo é uma expressão de duplo sentido e que a interpretação é necessária para que ele atue. Ele também explora a relação entre a hermenêutica, a semiótica e a intersubjetividade. O texto é baseado em obras de paul ricoeur.

O que você vai aprender

  • Como a hermenêutica e a semiótica se interpenetram na interpretação de símbolos?
  • Qual é a importância da interpretação de símbolos segundo Paulo Guilherme Borges Chaves?
  • Qual é a relação entre a intersubjetividade e a interpretação de símbolos?

Tipologia: Trabalhos

2018

Compartilhado em 25/10/2022

paulo-chaves-9
paulo-chaves-9 🇧🇷

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SEMINÁRIO MAIOR ARQUIDIOCESANO DE BRASÍLIA
NOSSA SENHORA DE FÁTIMA (SMAB)
CURSO DE FILOSOFIA
PAULO GUILHERME BORGES CHAVES
HERMENÊUTICA E AS REPRESENTAÇÕES SIMBÓLICAS
BRASÍLIA (DF)
2018
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SEMINÁRIO MAIOR ARQUIDIOCESANO DE BRASÍLIA

NOSSA SENHORA DE FÁTIMA (SMAB)

CURSO DE FILOSOFIA

PAULO GUILHERME BORGES CHAVES

HERMENÊUTICA E AS REPRESENTAÇÕES SIMBÓLICAS

BRASÍLIA (DF)

Hermenêutica e as representações simbólicas

“A Hermenêutica consiste em deter-se, em fixar-se em tal texto concreto: se produz, então, a apropriação deste texto em una situação dada, e é o ato responsável de alguém.” (RICOEUR, Hermenêutica y semiótica ). Como o símbolo é sempre linguagem e não se limita à língua, segundo o mesmo autor, demandam interpretação e só atua quando interpretado e são rompidos os limites do sentido literal e significa querer dizer algo diferente daquilo que se diz. Os símbolos são expressões de duplo sentido e, por isso, constituem o campo privilegiado da Hermenêutica. Segundo RICOEUR, Hermenêutica y semiótica , fundam-se numa dupla intencionalidade da linguagem. Assim, todo símbolo pressupõe signos que têm um sentido primário, literal, que remete para um outro. Essa é a superfície que é rompida e, a partir daí, dá-se o trabalho de interpretação, que intercepta a referência puramente literal da linguagem. De fato, é o reconhecimento dos limites do sentido literal que possibilita a constituição e o reconhecimento do símbolo. Com efeito, todo símbolo é um signo, porquanto possui uma “materialidade”, um sinal sensível e perceptível que aponta para um sentido ou significado. Porém, nem todo signo é um símbolo, porque, a grosso modo, o signo é apenas a união de significante e significado, não sendo implicada, necessariamente, uma multissignificação. Ademais, quando da interpretação do símbolo, posta em movimento sua operação, rompe-se e quebra-se o sentido literal, não porém como uma metáfora, que opera um incremento semântico como uma dilatação do significado por meio de uma aproximação analógica. Entendemos aqui por símbolo um tipo de código ou salvo-conduto que abre o passo a dobras ou rincões de um mundo que se desdobra e se mostra para fundar nossa compreensão (aqui recuperamos a capacidade do símbolo de coimplicar contrários complexio oppositorum cumprindo a função de insuflar sentido aos paradoxos, às quebras onde se refugia a linguagem que fala de um sentido. (HENRÍQUEZ, Fernando José Vergara. Introducción a la hermenéutica simbólica ) O símbolo diz o que não diz, mas é ressignificação de uma realidade. RICOEUR, Hermenêutica y semiótica retoma as ideias de poiesis e mimesis na Poética de Aristóteles e propõe uma tradução de mimesis já não como imitação, mas como representação. Assim, propõr o que ele chama de “arco hermenêutico completo”, descrito em três momentos, a que ele chama de mimesis I, mimesis II e mimesis III: I. Apreensão da realidade a partir de uma compreensão prévia do mundo II. Reestruturação simbólica do real simbólica e semióticamente