




Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Este documento aborda os processos fisiológicos de hemostasia e trombose, incluindo a ativação das plaquetas, formação de fibrina, inibidores de protease e anticoagulantes, fase de iniciação, amplificação e propagação, além dos mecanismos de coagulação e fibrinólise. Também é discutido os fatores que predispõem a sangramentos e a trombose.
Tipologia: Notas de estudo
1 / 8
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Hemostasia é o processo fisiológico que se refere à coagulação fisiológica que ocorre em resposta a um dano vascular. O sistema de coagulação é mantido em estado inativo pela ação de uma monocamada contínua de células endoteliais que revestem a camada íntima da vasculatura de toda a rede circulatória. Quando ocorre um dano vascular, as propriedades antitrombóticas do endotélio são perdidas e o fator tecidual torna-se exposto à circulação sanguínea. O resultado é a rápida formação do coágulo, que consiste em agregados de plaquetas e uma rede de fibrina, que se localizam na área da lesão. A ativação das plaquetas e a formação de fibrina ocorrem basicamente de forma simultânea e interdependente para efetivar a hemostasia. Subsequentemente, o reparo da parede vascular é acompanhado de trombólise e recanalização do local obstruído. “O balanço trombo hemorrágico é mantido no corpo por interações complicadas entre a coagulação e o sistema fibrinolítico, bem como as plaquetas e as paredes dos vasos.” O processo hemostático é dinâmico e ocorre em fases:
O ADP é responsável pela ativação de outras plaquetas e pela modificação da sua forma, que passa de discóide para esférica com aparecimento de pseudópodes. Estas plaquetas ativadas vão se agregar umas às outras formando um tampão que fornecerá a superfície adequada ao processo de coagulação do sangue. Neste estágio, as plaquetas exteriorizam uma lipoproteína denominada fator plaquetário 3 (PF3). Modelo hemostático celular compreendende:
O processo de formação da trombina é cessado por vários mecanismos mediados por fatores like TFPI e anticoagulantes naturais como proteína C, proteína S e antitrombina III que ativam o sistema fibrinolítico. A coagulação é modulada por vários mecanismos: diluição dos procoagulantes, remoção dos fatores ativados pelo sistema reticuloendotelial e controle dos fatores procoagulantes e plaquetas pela via antitrombótica natural. A regulação do término da coagulação envolve inibidores de protease, antitrombina e via da proteína C. Antitrombina neutraliza trombina, fator Xa, fator IXa, fator XII a e fator XIa. O sistema de coagulação é contido e inibido por anticoagulantes específicos que incluem inibidor da via do fator tecidual (TFPI), proteína C, proteína S e antitrombina III. Para impedir que a produção de trombina escape do controle, a fase de iniciação é controlada pelo TFPI que atua inibindo o complexo FT/FVIIa. O maior sítio de produção do TFPI é a célula endotelial. SISTEMA FIBRINOLÍTICO: em condições normais, coagulação e fibrinólise encontram-se em equilíbrio dinâmico de tal forma que, ocorrendo simultaneamente, enquanto a primeira interrompe a perda sangüínea, a última remove a fibrina formada em excesso e o sangue volta a fluir normalmente no interior do vaso restaurado. Um vez formado o coágulo de fibrina, ele é digerido pela plasmina e forma os d dímeros e pdf. O ativador tecidual do plasminogênio (TPA = tecidual plasminogen activator) liberado pelo endotélio que circunda a área da lesão é responsável pelo desencadeamento do processo que limita a progressão desnecessária da trombose. A plasmina não restringe sua ação apenas sobre a fibrina. Também é capaz de quebrar o fibrinogênio ou agir diretamente sobre a fibrina, quer seja polimerizada ou não, formando os "produtos de degradação da fibrina" (PDFs). Os PDFs são removidos da circulação principal pelo fígado e pelo sistema retículo endotelial (SRE). Mecanismos Antitrombóticos Fisiológicos O endotélio íntegro promove a fluidez sanguínea inibindo a ativação plaquetária e desempenha um papel crucial na prevenção do acúmulo de fibrina. Sistemas antitrombóticos fisiológicos: antitrombina III, proteína C e proteína S, inibidor da via do fator tecidual (TFPI) e o sistema fibrinolítico. A antitrombina é a maior protease inibidora do sistema de coagulação ela inativa a trombina e outros fatores ativados de coagulação. A proteína C ativada, com seu cofator, a proteína S, funciona como um anticoagulante natural ao inativar os fatores Va e VIIIa, dois cofatores essenciais da cascata de coagulação.
O TFPI é outro inibidor de protease plasmática que encerra o processo da coagulação induzida pelo fator tecidual. A fibrinólise é mediada pela plasmina, que é gerada pela clivagem do plasminogênio plasmático, pela ação dos ativadores do plasminogênio derivados do endotélio. CORRELAÇÃO COM A CLÍNICA Avaliação: apresentação clínica pode ser variada entre os indivíduos com a mesma desordem hemorrágica. História: várias condições médicas predispõe a sangramentos como: câncer, uso de álcool em excesso, hepatopatia, doença renal, colagenoses e hipotireoidismo. Importante detalhar: sangramentos durante a infância, adolescência, necessidade de intervenção cirúrgica, necessidade de transfusões, sangramentos em partos e cesáreas, uso de antibióticos ou síndromes com mal absorção que causam deficiência de vitamina k. Exame físico: a pele e as mucosas são os locais mais comuns para observar sangramento: PÚRPURA: acúmulo de sangue na pele. PETÉQUIAS: pequenas hemorragias puntiformes na derme, produzidas pelo extravasamento de eritrócito através dos capilares. EQUIMOSES: acúmulos subcutâneos maiores de sangue, devido ao extravasamento de sangue de pequenas arteríolas e vênulas. HEMATOMAS: sangramentos maiores e mais profundos, que além do subcutâneo, pode acometer articulações e músculos. Sintomas como hematúria, melena e sangramento menstrual pesado são mais prováveis devido lesão anatômica/ estrutural do que coagulopatia. As desordens vasculares e plaquetárias são caracterizadas por sangramentos de mucosa e sangramentos imediatos após uma intervenção. As desordens dos fatores de coagulação são geralmente caracterizadas por sangramento muscular, articular e sangramentos tardios após intervenções. Sangramento de cordão umbilical característico de deficiência de fator XIII. Desordens da fibrinólise tendem a mostrar sangramento mais tardio após trauma ou cirurgia. História familiar: aumenta a probabilidade de desordem hereditária mas não ter uma história positiva não elimina a possibilidade. Uso de medicamentos e ervas. Diagnóstico Laboratorial Hemograma, TP e TTPA. Sangramento mucocutâneo-hemostasia primária– PFA 100-analisadores da função plaquetária. Tempo de sangramento não é mais usado. Teste de agregação plaquetária – Realizado no agregômetro (fotômetro que mede ondas de agregação plaquetária em plasma rico em plaquetas. Pode ser avaliada após adição de ADP, colágeno,
A deposição de plaquetas e a formação do trombo são importantes na patogênese da aterosclerose. O fator de crescimento derivado de plaquetas estimula a migração e a proliferação de células musculares lisas e de fibroblastos na íntima arterial. O crescimento do endotélio e o reparo no local da lesão arterial, assim como o trombo incorporado, resultam no espessamento da parede do vaso. Além de bloquear as artérias localmente, êmbolos de plaquetas e fibrina podem soltar-se do trombo primário e ocluir artérias distais. A trombose arterial ocorre sob condições de fluxo sanguíneo rápido e é composto por plaquetas, pequena quantidade de fibrina e poucos eritrócitos e leucócitos—trombo branco. A consequência da trombose é oclusão vascular com isquemia e infarto do tecido ou embolização distal. Hipertensão, fluxo sanguíneo turbulento , hiperviscosidade e aterosclerose são fatores de risco que contribuem para a trombose arterial. Perda física do endotélio pode levar a exposição do subendotélio, adesão de plaquetas, liberação de fator tecidual, depleção local de prostaglandina e ativadores do plasminogênio. O endotélio não necessariamente precisa ser lesado para o desenvolvimento de trombose. Um desequilíbrio entre atividades protrombóticas e antitrombóticas podem contribuir para o desenvolvimento de tromboses e influenciar eventos locais. Disfunção do endotélio podem ser induzidos por uma série de insultos como hipertensão, fluxo sanguíneo turbulento, endotoxinas bacterianas, injúria de radioterapia, anormalidades metabólicas como hipercolesterolemia. Trombose venosa A tríade de Virchow sugere que há três componentes importantes na formação de trombo: 1 Lentidão do fluxo sanguíneo; 2 Hipercoagulabilidade sanguínea; 3 Dano à parede vascular.
Trombofilia Trombofilia ou estado de hipercoagulabilidade: se refere a tendência para desenvolver tromboses. A causa pode ser hereditária ou adquirida. O tromboembolismo pode ser venoso ou arterial. No TE arterial a patogênese envolve as alterações na parede do vaso e fatores de risco como tabagismo, hipertensão, DM e dislipidemia. No TEV a patogênese envolve fatores que levam a estase, imobilização e hipercoagulabilidade. Trombofilia hereditárias Quando investigar: ● História familiar de tromboses. ● Trombose em pacientes jovens. ● Trombose venosa recorrente. ● Necrose secundária a AVK. ● Púrpura Neonatal fulminante ● Trombose em locais incomuns