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Guias e Dicas
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Hemograma clínico vet, Slides de Semiologia

Aulas de interpretação de exames laboratoriais

Tipologia: Slides

2015

Compartilhado em 21/02/2023

felipe-holanda
felipe-holanda 🇧🇷

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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação
CURSO DE
INTERPRETAÇÃO DE HEMOGRAMA
EM MEDICINA VETERINÁRIA
Aluno:
EaD - Educação a Distância Portal Educação
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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA

Portal Educação

CURSO DE

INTERPRETAÇÃO DE HEMOGRAMA

EM MEDICINA VETERINÁRIA

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

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CURSO DE

INTERPRETAÇÃO DE HEMOGRAMA

EM MEDICINA VETERINÁRIA

MÓDULO I

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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4.2.5 Anisocitose 4.2.6 Rouleaux e Hemoaglutinação 4.2.7 Poiquilocitose 4.2.8 Hemácias em alvo 4.2.9 Excentrócitos 4.2.10 Esferócitos 4.2.11 Hemácias-Fantasma 4.2.12 Acantócitos ou burr cells 4.2.13 Crenação 4.2.14 Eliptócitos 4.2.15 Estomatócitos 4.2.16 Esquistócitos 4.2.17 Queratócitos 4.2.18 Dacriócitos

MÓDULO II

5 LEUCÓCITOS

5.1 LEUCOCITOPOESE

5.2 FUNÇÕES DOS LEUCÓCITOS

6 LEUCOPENIA E LEUCOCITOSE

7 NEUTROFILIA

8 NEUTROPENIA

9 DESVIO NUCLEAR DOS NEUTRÓFILOS

10 EOSINOFILIA

11 EOSINOPENIA OU ANEOSINOFILIA

12 BASOFILIA

13 MONOCITOSE

14 LINFOCITOSE

15 LINFOPENIA

16 ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS LEUCÓCITOS

17 ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS NEUTRÓFILOS

17.1 ALTERAÇÕES NUCLEARES

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17.2 ALTERAÇÕES TÓXICAS

17.3 INCLUSÕES INTRANEUTRÓFILOS

18 ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS MONÓCITOS

19 ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS LINFÓCITOS

20 PARASITAS DE LEUCÓCITOS

20.1 ENFERMIDADES DE LEUCÓCITOS

20.2 ENFERMIDADES CONGÊNITAS DE LEUCÓCITOS

20.3 ENFERMIDADES INFECCIOSAS DE LEUCÓCITOS

20.3.1 Erlichiose Monocítica Canina 20.3.2 Parvovirose Canina 20.3.3 Pancitopenia Felina 20.3.4 Leucemia Viral Felina 20.3.5 Leucose Viral Bovina 20.4 ENFERMIDADES NEOPLÁSICAS DE LEUCÓCITOS 20.4.1 Leucemia Linfocítica 20.4.2 Leucemia Mieloide 21 RESPOSTA LEUCOCITÁRIA NOS ANIMAIS

MÓDULO III

22 PLAQUETAS

22.1 MEGACARIOCITOPOESE

22.2 HEMOSTASIA

22.2.1 Vasos Sanguíneos na Coagulação 22.2.2 Plaquetas na Coagulação 22.2.3 Fatores da Coagulação 22.2.4 Fibrinólise 23 ALTERAÇÕES DA HEMOSTASIA 23.1 AVALIAÇÃO CLÍNICA E LABORATORIAL 23.2 HEMOSTASIA PRIMÁRIA – DESORDENS VASCULARES E PLAQUETÁRIAS 23.2.1 Desordens Casculares 23.2.2 Trombocitopenias 23.2.3 Trombocitopatias

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26.1.11 Esfregaço Sanguíneo 26.1.12 Plaquetometria

MÓDULO V

27 INTERPRETAÇÃO DE HEMOGRAMAS

27.1 CANINOS

27.2 FELINOS

27.3 EQUINOS

27.4 BOVINOS

27.5 OVINOS

27.6 CAPRINOS

27.7 SUÍNOS

28 CASO 1

29 CASO 2

30 CASO 3

31 CASO 4

32 CASO 5

33 CASO 6

34 CASO 7

35 CASO 8

36 CASO 9

37 CASO 10

ANEXO 1

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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MÓDULO I

1 INTRODUÇÃO

A Hematologia é o estudo dos constituintes do sangue. O sangue é um tecido do organismo, de coloração avermelhada, consistência líquida e que corresponde a cerca de 7 a 8% do peso vivo de um animal (Tabela 1).

TABELA 1 - VOLEMIA DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS POR PORCENTAGEM DE

PESO VIVO

Animal Volemia (%) Bezerro 7, Bovino 6, Canino 8, Caprino 6, Equino tipo linfático 6, Equino tipo sanguíneo 10, Felino 6, Galinha 8, Galo 10, Ovino 6, Suíno 5, FONTE: Garcia-Navarro, 2005.

O sangue consiste em uma parte sólida composta por glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas e uma parte fluida composta pelo plasma. Apesar de a composição do sangue ser basicamente a mesma nas diferentes espécies de animais domésticos, há diferenças tanto nos parâmetros quantitativos quanto nos atributos morfofisiológicos. O sistema circulatório, onde o sangue permanece e é distribuído ao organismo, é composto por vasos sanguíneos de diversos calibres. Aqui, seguindo o fluxo unidirecional do sistema circulatório, o sangue conduz as células sanguíneas, os gases respiratórios e os nutrientes até as células somáticas e, no sentido oposto,

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hemorragia, que levam à perda das células sanguíneas, provocam a migração no sentido contrário, ou seja, o líquido intersticial vai para o interior dos vasos sanguíneos. São esses mecanismos, aliados a outros fatores, como a alimentação, a produção da água metabólica e as perdas corporais, que mantém a estabilidade da volemia e o equilíbrio dos líquidos nos compartimentos intra e extravascular.

2 SISTEMA HEMATOPÓETICO

As células do sangue são temporárias, o que implica em produção e destruição constante destas, mantendo o número de células circulantes estável e inalterado. Vários órgãos estão envolvidos no processo de produção, denominado hematopoese, e destruição, denominado hemocaterese ou hemólise. Em conjunto, estes órgãos compõem o sistema hematopoiético-lítico, composto por: medula óssea, baço, linfonodos, timo, fígado, tubo digestivo e rins. O primeiro destes órgãos, a medula óssea, é o tecido existente no canal medular dos ossos longos e nas cavidades trabeculares dos ossos esponjosos, seu aspecto a olho nu faz com que seja classificada em dois tipos, vermelha ou hematopoeticamente ativa, e amarela ou gordurosa, hematopoeticamente inativa. A medula vermelha é predominante nos animais jovens e tem esta cor devido à grande quantidade de eritrócitos e seus precursores, ela é formada por dois compartimentos, o vascular e extravascular, sendo o extravascular onde ocorrem a eritropoese, a leucopoese e a trombocitopoese. A medula óssea também fornece células-tronco para os órgãos linfoides, onde são produzidos e maturados os linfócitos. Além destas funções que compõem a hematopoese, a medula óssea também concentra células do sistema monocítico fagocitário que retira eritrócitos velhos da corrente sanguínea, fagocitando-os. Este sistema, denominado Sistema Monocítico Fagocitário (SMF), antigamente era chamado de sistema retículo endotelial, e é composto por diversas células derivadas do monócito que se encontram esparramadas no organismo do animal. Em conjunto, estas células têm atributos fagocitários, cuja principal função é a hemólise fisiológica. Suas células são os monócitos circulantes, macrófagos livres e fixos do tecido conjuntivo e linfático, células de Küpffer do fígado, macrófagos alveolares,

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células da micróglia e macrófagos perivasculares dos sinusoides. Os órgãos linfáticos, como o baço e os linfonodos participam tanto da hematopoiese quanto da hemocaterese, por compartilharem da formação dos linfócitos e concentrarem grande número de células do sistema monocítico fagocitário. O baço também armazena grande quantidade de eritrócitos. O timo, órgão linfático particularmente ativo na juventude, participa da maturação dos precursores linfoides e especialmente dos linfócitos T. Os linfócitos B não têm um local específico para a diferenciação nos mamíferos, ocorrendo em determinadas áreas dos órgãos linfáticos; nas aves, a bolsa de Fabrício tem esta função. O fígado atua na hematopoiese e na síntese de hemoglobina, acumulando substâncias como a vitamina B12, folato e ferro; além disso, sintetiza diversos fatores da coagulação, a albumina, e provavelmente é o local de produção do precursor da eritropoetina, hormônio sintetizado no rim e responsável pela eritropoese. Uma característica comum ao fígado e ao baço é o fato de que ambos participam da hematopoiese na vida embrionária dos animais e ambos mantêm esta capacidade ao longo da vida do animal, podendo retomar esta atividade caso seja necessário. Indiretamente, o sistema digestivo também participa da hematopoiese quando produzindo o ácido clorídrico, provoca a redução dos complexos de ferro trivalentes ou bivalentes tornado sua absorção mais fácil. Ele também produz um fator intrínseco que facilita a absorção da vitamina B12 e ainda possui locais na mucosa intestinal onde esta vitamina, o folato e o ferro são absorvidos nas quantidades necessárias. Os rins, como dito anteriormente, sintetizam a eritropoetina e também a trombopoetina, esta, responsável pela trombocitopoese. Os rins também participam da eliminação de parte da bilirrubina através da urina, outra parte é eliminada nas fezes.

2.1 HEMATOPOESE

A hematopoiese compreende três processos: a eritropoese, que é a produção dos eritrócitos; a leucopoese ou leucocitopoese, que é a produção dos leucócitos; e a trombocitopoese, que é a formação das plaquetas. Atualmente, a

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De modo cronológico, dividi-se a hematopoiese em pré-natal e pós-natal. A hematopoiese pré-natal ocorre no período embrionário, iniciando suas atividades em ilhas de células eritropoéticas e as primeiras células precursoras de leucócitos estão presentes no saco vitelino a partir do primeiro décimo da gestação (período médio, considerando-se que o período gestacional é diferente nas espécies de animais domésticos), isto é, ocorre extraembrionariamente. Depois, a partir do primeiro terço da gestação se inicia a hematopoiese embrionária propriamente dita, que pode ser dividida em três fases. A primeira fase da hematopoiese embrionária ocorre no fígado, quando a eritropoese já ocorre de forma predominante neste órgão e a leucopoese começa a se evidenciar; em seguida, ocorre a fase esplênica e linfática, na qual estes órgãos passam a ser ativos hematopoeticamente e a terceira e última fase, chamada de medular, inicia na metade final da gestação e perdura para o restante da vida do animal. Já ao nascimento, praticamente toda a hematopoiese do animal é medular, e após o nascimento ela se limita a este órgão. Na infância, a medula óssea de todos os ossos encontra-se ativa, enquanto na adultidade apenas a medula óssea dos ossos chatos e das extremidades dos ossos longos se mantém ativa. Na fase adulta, a medula óssea dos demais ossos é substituída por tecido adiposo, como dito anteriormente, mas que em casos de necessidade pode voltar a se tornar ativa, assim como os demais órgãos hematopoiéticos. Esta situação, que geralmente ocorre em anemias ferroprivas importantes, é chamada de metaplasia eritropoética ou regeneração extramedular da série vermelha.

2.2 ERITRÓCITOS

Os eritrócitos são também chamados de glóbulos vermelhos ou hemácias e são as células mais numerosas do sangue de qualquer animal, respondendo por cerca de 40% do volume sanguíneo (Figura 2). Em répteis e aves, os eritrócitos têm formato oval e possuem núcleo, enquanto nos mamíferos são discoides ou esféricos, com uma depressão central bilateral, que lhe confere a aparência de rosca, por isso também se diz que é um disco bicôncavo. Alguns autores não

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consideram os eritrócitos de mamíferos como células e sim como corpúsculos, por não possuírem núcleos nem organelas citoplasmáticas.

FIGURA 2 - SANGUE CANINO, ERITRÓCITOS DE MORFOLOGIA E TAMANHO NORMAIS (100x)

FONTE: Rebar et al., 2005.

Um conceito importante referente ao estudo dos eritrócitos é o éritron. O éritron se refere ao conjunto formado pelos eritrócitos maduros circulantes e por seus precursores presentes na medula óssea e ocasionalmente em outros órgãos. Este conceito será especialmente importante quando estudarmos as patologias dos eritrócitos e o alcance destas, não apenas as células adultas, mas também a população jovem. Os eritrócitos são compostos por água, hemoglobina, proteínas, carboidratos, lipídeos, vitaminas e íons como sódio, potássio, fósforo, cloro, magnésio, manganês e zinco. A hemoglobina é uma proteína responsável pela principal função dos eritrócitos, o transporte dos gases respiratórios. Na hemácia, o oxigênio se liga à hemoglobina formando a oxi-hemoglobina, presente no sangue arterial; e no sangue venoso, quem se liga a hemoglobina é o dióxido de carbono ou gás carbônico, formando a carboxi-hemoglobina. Assim, a capacidade de transporte de gases por estas células é dada pela concentração de hemoglobina que possuem, o que geralmente corresponde a um terço do eritrócito. A membrana citoplasmática das hemácias é formada por proteínas, lipídeos e carboidratos. Os lipídeos formam uma dupla camada, interposta por moléculas de proteínas e carboidratos, sendo estes responsáveis pela célula ter uma carga elétrica negativa, que diminui com a idade e com a atuação dos

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FIGURA 3 - REGULAÇÃO DA ERITROPOESE

FONTE: Rebar et al., 2005.

Outras substâncias que estimulam indiretamente a eritropoese, por interferirem nos rins ou fígado, são os hormônios andrógenos e as prostaglandinas (PGE1, PGE2 e PGI2). Opostamente, os estrógenos atuam negativamente sobre a eritropoese, inibindo o fígado e os rins. Com isso, fisiologicamente, machos tendem a ter mais eritrócitos do que as fêmeas. Outras substâncias acabam estimulando a eritropoese porque elevam o consumo de oxigênio pelas células, entre elas temos hormônio tireoidiano, hormônio adrenocorticotrófico, tirosina, tiroxina, corticoides, prolactina, angiotensina e adrenalina. Além do estímulo da eritropoetina, o organismo de qualquer animal precisa de diversas substâncias para produzir glóbulos vermelhos, entre estas substâncias estão:  Aminoácidos e proteínas provenientes dos alimentos, especialmente leite, ovos e fígado;  Vitaminas diversas, principalmente riboflavina (B2 ou G), piridoxina (B6), niacina (B3, PP ou ácido nicotínico), ácido fólico (B9, M ou folacina), tiamina (B1 ou F) e cobalamina (B12 ou cianocobalamina), esta última indispensável nas divisões celulares das fases nucleadas dos eritrócitos;  Minerais, entre eles ferro, que é o principal componente do heme (hemoglobina); cobalto, necessário na síntese da vitamina B12 e o cobre, agente catalisador da eritropoese e cofator da enzima ALA- desidrase, que participa da síntese do heme;  Lipídeos, componentes da membrana citoplasmática dos eritrócitos, sendo que o colesterol é o regulador da resistência osmótica da célula.

Devido ao período de vida relativamente curto das hemácias (Tabela 2), a eritropoese é um processo contínuo, que pode ser intensificado ou amenizado com as necessidades do organismo do animal. Em cães, estima-se que a renovação dos eritrócitos seja de aproximadamente 1% ao dia e em gatos um pouco mais elevada

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do que isto, este valor garante a manutenção e o equilíbrio entre os processos de destruição e formação de novas hemácias. De forma didática, dividimos a eritropoese em fases, a partir da UFC-E; estas fases correspondem aos tipos celulares que podem ser encontrados na linhagem eritrocítica (Figura 4). Porém, um fenômeno habitual que ocorre durante a eritropoese é a formação de eritrócitos que não atingem a corrente sanguínea e morrem no interior da própria medula óssea, condição chamada de eritropoese ineficaz. A eritropoese ineficaz atinge, em condições normais, cerca de 10% das células, mas esta porcentagem pode aumentar em certas doenças, por exemplo, em algumas intoxicações ou como ocorre na anemia perniciosa humana.

TABELA 2 - VIDA MÉDIA DOS ERITRÓCITOS EM DIFERENTES ESPÉCIES

Espécie Vida média do eritrócito (dias) Bovinos 160 Caninos 100 a 120 Caprinos 125 Felinos 85 a 90 Humanos 120 Ovinos 100 FONTE: Jain, 1986.

FIGURA 4 - PRORRUBRÓCITO, RUBRÓCITO, METARRUBRÓCITO E NEUTRÓFILO EM ESFREGAÇO SANGUÍNEO DE CÃO (WRIGHT MODIFICADO, 100X)

FONTE: Sink & Feldman, 2006.

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evidência e a cromatina se torna mais condensada. Alguns autores dividem esta fase em duas, denominando os tipos celulares de rubrócito basófilo e rubrócito policromático (ou policromatófilo), sendo que o primeiro tem citoplasma mais basofílico, pela menor quantidade de hemoglobina e a cromatina nuclear é levemente condensada, enquanto o segundo apresenta acidofilia citoplasmática e cromatina nuclear moderadamente condensada.  Metarrubrócito (Figura 5): também chamado de metarrubrícito ou normoblasto ortocromático, resultante da divisão dos rubrócitos. Esta célula é ainda menor do que seus antecessores, seu núcleo apresenta- se bastante escuro, devido à forte compactação da cromatina, e a acidofilia citoplasmática é bastante evidente, adquirindo coloração mais próxima a de um eritrócito maduro.  Reticulócito: também chamado de policromatófilo e se trata de um metarrubrócito amadurecido, pois este já não se divide mais. Quando corados por Wright ou Giemsa, observa-se que não possuem mais núcleo, são ligeiramente maiores do que hemácias maduras, e seu citoplasma têm uma coloração levemente azulada, o que justifica a denominação de policromatófilos (Figura 6). O que dá basofilia a estas células é o RNA, que pode se precipitar em pequenos grânulos, chamados de ponteado basófilo, quando corados pelo novo azul de metileno (Figura 7). Regularmente, 1 a 2% de reticulócitos estão presentes entre as células circulantes, mas essa porcentagem varia com a espécie.  Eritrócitos maduros: resultam da continuação do processo de amadurecimento celular, pois os reticulócitos também não se dividem. Nesta fase, perde-se toda substância basófila, a formação de hemoglobina está completa e a célula ganha a circulação sanguínea.

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FIGURA 5 - DOIS RUBROBLASTOS (R) E TRÊS METARRUBRÓCITOS (M)

FONTE: Garcia-Navarro, 2005.

FIGURA 6 - POLICROMATÓFILOS EM ESFREGAÇO SANGUÍNEO PERIFÉRICO DE CÃO (WRIGHT, 100X)

FONTE: Disponível em: http://www6.ufrgs.br/favet/lacvet/hemato_caninos.htm. Acesso em: 27 set. 2008.

FIGURA 7 - PONTEADO BASÓFILO EM ESFREGAÇO SANGUÍNEO PERIFÉRICO

DE CÃO (NOVO AZUL DE METILENO, 100X)

FONTE: Sink e Feldman, 2006.