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Este documento discute o desconhecimento e a baixa presença de jovens pobres, negros e oriundos de escolas públicas no ensino superior brasileiro. Além disso, ele aponta as estratégias modestas de divulgação de estabelecimentos públicos de ensino técnico e superior e os obstáculos enfrentados por estudantes desses grupos para atingir níveis altos de escolaridade. O texto também apresenta dados sobre a presença desses jovens na educação infantil, fundamental, médio e técnico-profissionalizante, além de discutir as políticas de reserva de vagas para estudantes de escolas públicas, pobres e negros.
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
J O V E N S E E S C O L H A P R O F I S S I O N A L
Texto Raquel Souza Wilson Almeida
Equipe do projeto: Bárbara Lopes Gabriel Di Pierro Maria Virgínia de Freitas Natália Lago Raquel Souza (coordenação)
Professores/as referência e escolas parceiras Glafira Menezes de Oliveira – E. E. Professor Aroldo de Azevedo Regina Miyeko Oshiro – E. E. Professor Moacyr Campos Valéria Leão – E. E. Professor Aroldo de Azevedo Lúcia Alves de Santo – E. E. Professor Milton Cruzeiro Fernando Soares da Silva – E. E. Deputado Shiro Kyono / E. E. Professor Arthur Chagas Júnior
Apoio técnico Ana Paula Corti Elias Chagas da Silva Silvio Bock
Preparação e revisão de texto Carlos Eduardo Silveira Matos Fernanda Bottallo
Projeto Gráfico SM&A Design
Ilustrações Fido Nesti
Rua General Jardim, 660 01223-010 | São Paulo | SP www.acaoeducativa.org
S729g Souza, Raquel Guia Tô no Rumo -- Jovens e escolha profissional – Subsídios para educadores / Raquel Souza.- - São Paulo : Ação Educativa, 2014. 132p. : il. ISBN 978-85-86382-34-
CDD 370 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Antonio Carlos de Souza Junior, CRB8/9119)
| Apresentação | Atividades | Textos de apoio | Materiais de apoio | Dicas e fontes de informação |
07 11 53 103 125
Sumário
Agatha Leles F.de Lima Agnes Karoline de Farias Castro Alessandra Maria Borges Alisson Isidorio Vitor Amanda Nascimento de Souza Ana Cláudia Anchieta Ribeiro Ana Paula do Nascimento Lucinda Andressa Nogueira Miguel Arthur Oliveira dos Anjos Barbara Alves Lobato Bêlit Tornezi Grisante Britany Layza G. da Silva Bruno Vinicius dos Santos Camila Luz Soares Camila Santana Silva Daiane Silva Barbosa Daniel Carvalho de Almeida Daniela da Silva Pereira Daniele Cavalcante Ferreira Débora Carvalho de Aguilar Douglas Argemiro Alves Douglas Gerônimo da Silva Elenice Soares Dias Fernanda de Castro Fernanda Ribeiro de Souza Fidel Naves Nascimento Flávia Lima dos Anjos Francila Goveia Duarte Gleicy Leal de Goes
Graziellen Bezerra Gomes Guilherme Aparecido Ribeiro Guilherme Cézar de Abreu e Silva Heidy Luize Martins Hevellem Cristina Marcondes dos Santos Igor Emerson Souza Igor Vitor de Oliveira Indira Facho Jacqueline Maria da Silva Janaína Cinthia Alves Cardoso Janaína Neres Jefferson de Oliveira Pereira Jefferson Henrique Gomes Jéssica Modesto Lima Jessy Kerolayne Joice Avancini José Givaldo Ferreira Alves Juliane Francileide de Lima Karen Cristina Oliveira de Jesus Kesia Karen da Cruz Lidiane Ferreira da Silva Luana Taís Silva Sobral Lucas da Silva Ferreira Veloso Lucas da Silva Soares Lucas Fernandes de Lima Luis Felipe Chrystian Silva Malu de Souza Santos Marcela Deomesessi Marcello Santana
Marcelo Morais Maria Dayane dos Santos Silva Maria Marcela Silveira Mariane Carvalho Monique Aparecida Novaes Mariano Nárgira Paula de Souza Natali Vieira da Silva Natália Canterelli Marchezoni Nayara Souza de Lima Paloma dos Santos Siqueira Pamela Muniz da Silva Perla Graziela da Silva Pollyanna Marques de Aguilar Rafael Fernandes Bertoldo Rebeca Moraes da Silva Rhafael Augusto de Souza Robson Silva dos Santos Rodrigo da Cruz Araújo Rodrigo Leo da Silva Tawany Gabriela de Oliveira Thalita Sales Alves de Morais Thaluana Regina Antunes Binatti Thayna de Oliveira Mesquita Thiago Alberto de Souza Miranda Vinícius Scuteri Tude Souza Vitória da Silva Mastrorosa Wellington Leite Evaristo Wellisson Guedes Wendy Carolina T. Valério
Nosso profundo agradecimento a todos os jovens que, desde 2007, contribuíram com suas ideias, opiniões e iniciativas para que o Projeto Jovens Agentes pelo Direito à Educação (Jade) fosse realizado. Sem eles, esse guia jamais teria sido possível.
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Foi a partir desse processo que se diagnosticou um forte interesse dos estudantes e também de pro- fessores e familiares, pela inclusão de um processo de “orientação profissional” nas escolas de Ensi- no Médio. Isso permitiria aos jovens conectar o ensino aos seus planos de futuro, fossem eles de in- serção profissional e/ou de prosseguimento dos estudos. O que se demandava era uma formação que tivesse como base informações e conhecimentos sobre o mundo do trabalho, as diferentes profissões, suas características, informações sobre cursos técnicos e universitários e as diferentes carreiras, enfim, reflexões e subsídios que permitissem estabelecer uma escolha e um percurso profissional. Parte importante deste debate relaciona-se à escolha do curso universitário e ao conhecimento das oportunidades existentes para o acesso dos adolescentes pobres ao Ensino Superior.
Num segundo momento do projeto, buscamos construir uma proposta que atendesse a essa de- manda. Em 2008, um grupo de estudos formado por professores e jovens e assessorados por Silvio Bock – um importante pesquisador da área de orientação profissional – elaborou e implementou uma oficina em caráter piloto com três turmas de Ensino Médio. A partir de então, tendo sempre em vista a avaliação de alunos e educadores, essa metodologia foi sendo aperfeiçoada de modo a responder, de um lado, às possibilidades de ação de professores de escolas públicas e, de outro, às perguntas e inquietações de moças e rapazes sobre o tema.
O Guia Tô No Rumo: Jovens e Escolha Profissional foi elaborado a partir das experiências acumula- das ao longo dessa história. Além do passo a passo de como realizar as oficinas, o Guia conta com textos de apoio sobre os temas relacionados aos desafios e caminhos possíveis de efetivação dos di- reitos de moças e rapazes no que concerne à educação e ao trabalho, bem como às suas possibilida- des de realizarem escolhas nesses domínios. Educadores encontrarão, ainda, modelos de materiais que podem ser reproduzidos para a realização de oficinas e a condução das atividades. A publicação conta também com uma seção dedicada a referências de sites, vídeos e textos complementares que podem servir de subsídio para construção de novas propostas.
As atividades são apresentadas de modo bastante didático, contendo informações sobre seus ob- jetivos, tempo e materiais necessários para sua condução e sugestões para o encaminhamento da discussão. Elas podem ser realizadas na sequência em que estão apresentadas no Guia, que é re- lativamente coincidente com aquela que as escolas parceiras do projeto consolidaram nas suas ex- periências. No entanto, a sequência não se constitui numa “camisa de força”. Cada professor pode adaptar as sugestões de atividade à sua realidade e às demandas de seus estudantes, elegendo temas prioritários ou criando novas dinâmicas e situações de trabalho educativo.
Em um contexto no qual vem crescendo a percepção de que o Ensino Médio precisa se converter num espaço interessante para os jovens e, ao mesmo tempo, capaz de cumprir sua função de garantir aos seus estudantes uma educação de qualidade, capaz de ampliar e enriquecer suas possibilidades de trajetória educacional e profissional, esperamos oferecer aos educadores um subsídio que os apoie na construção de um diálogo com seus estudantes, orientado pela perspectiva de auxiliá-los na cons- trução de suas trajetórias. Boa leitura!
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Atividade 1 | Apresentação e combinados
Tempo: 50 minutos (1 aula)
Objetivo: Promover um bate-papo com os estudantes sobre o trabalho que será desen- volvido, e também pactuar compromissos para que as oficinas sejam realizadas de forma descontraída e respeitosa.
Materiais: Giz, lousa, pincel atômico e folha de cartolina.
Processo: Inicie a atividade promovendo um bate-papo com os jovens sobre seus sonhos e suas expectativas de futuro profissional: quando concluírem a escola de Ensino Médio, o que pretendem realizar? Quem quer continuar estudando, pretende estudar onde? Fazendo qual(is) curso(s)? Quem quer ingressar no mercado de trabalho (ou já trabalha), pretende procurar (ou já realiza) que tipo de trabalho?
Indague também sobre em que espaços eles costumam falar sobre esse assunto e com quem. Também vale verificar se conhecem materiais de referência (sites, vídeos, programas de televi- são, revistas) sobre as oportunidades de estudo e trabalho, as diferentes profissões e carreiras existentes no país, ou se possuem o hábito de consultá-los.
Apresente a proposta de oficinas a ser realizada, enfatizando o seu objetivo: construir um espa- ço de diálogo e reflexão sobre escolha profissional e sobre seus projetos de futuro profissional, além de oferecer subsídios e informações que possam apoiá-los no delineamento de projetos de futuro e estratégias para realizá-los. Observe como os estudantes reagem à proposta e se eles possuem alguma experiência anterior de discussão: já participaram de alguma iniciativa semelhante? Gostam da temática proposta?
A partir dessa sondagem inicial, faça um levantamento com os participantes sobre as regras de convivência necessárias para que as oficinas ocorram num ambiente de tolerância e res- peito mútuo. O que é preciso para que todos se sintam à vontade para expor suas ideias e consigam aprender com os demais? Registre as opiniões dos jovens numa cartolina e, se for o caso, complemente as propostas dos participantes com as sugestões listadas no quadro de compromissos apresentado a seguir:
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Informe aos estudantes que todos eles serão zeladores desses compromissos, que poderão ser recuperados sempre que houver situações de desrespeito, intolerância ou constrangimento ou quando algum pacto previamente acordado for quebrado (por exemplo, conversas paralelas sobre assuntos que não dizem respeito à temática da oficina). Por isso, pode ser importante que todos registrem os compromissos em seu caderno, de modo que cada um possa lançar mão deles quando julgar necessário.
Para finalizar, redija na lousa os eixos temáticos do programa de oficinas, que são apresen- tados de modo sucinto a seguir:
tante. Partilhar com os jovens o objetivo e os caminhos que serão trilhados nas oficinas pode favorecer a construção de um sentido comum para o trabalho que será realizado, além de antecipar lacunas de temáticas não contempladas no programa e que poderão ser identificadas.
Atividade 2 | Entrevista bate-bola
Tempo: 1h40 (2 aulas)
Objetivo: Introduzir a discussão sobre escolha profissional a partir das características pessoais e preferências dos participantes.
Materiais: Folhas de sulfite coloridas, canetas, varal e pregadores, lousa e giz.
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que interessam a mais de uma pessoa? Quais são elas? As motivações para que estas pro- fissões interessem a mais de uma pessoa são as mesmas? Que características possuem as pessoas que admiramos? As pessoas admiram pessoas muito diferentes ou há semelhan- ças? Aqueles que admiram a mesma pessoa fazem isso pelos mesmos motivos?
Também vale a pena explorar, caso apareçam nas respostas dos estudantes, informações sobre profissões pouco conhecidas. Foram apresentadas profissões com nomes estranhos ou que ninguém conhece? Se sim, quem as indicou pode falar um pouco sobre elas?
Encerre a atividade recomendando que as pessoas que têm muitas afinidades, como por exemplo, o interesse por uma mesma profissão, deem continuidade a um diálogo, trocando ideias sobre as informações e conhecimentos que já possuem sobre as profissões que os interessam. Também vale dizer para o grupo que as informações apresentadas serão reto- madas em outras atividades.
num material rico para compreender e conhecer melhor o perfil das moças e rapazes com os quais estamos trabalhando. Esse material também pode servir de insumo para o plane- jamento de novas atividades educativas e conversas. Por exemplo, a sistematização das profissões que mais mobilizam os jovens pode subsidiar o planejamento de uma pesquisa, que aprofunde o conhecimento dos jovens.
Atividade 3 | Linha do tempo das profissões
Tempo: 50 minutos (1 aula)
Objetivo: Revelar os condicionantes sociais da escolha profissional a partir da história pessoal dos estudantes e do modo como tomaram contato com as profissões.
Materiais: Folhas de sulfite coloridas cortadas ao meio (três cores), canetas, pincel atô- mico e cartolina.
Processo: Distribua para cada jovem três folhas de sulfite cortadas ao meio, sendo cada uma de uma cor, e certifique-se de que todos possuem caneta para realizar a atividade. Os jovens deverão escrever nas folhas as profissões almejadas em cada fase da vida, confor- me as orientações a seguir:
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Após esse processo individual, peça que os participantes se organizem em pequenos grupos, de no máximo cinco ou seis pessoas, e distribua para cada grupo uma folha de cartolina e uma caneta piloto.
Solicite que os participantes informem suas respostas no pequeno grupo e, após essa pri- meira troca, compartilhem quais foram as influências e motivos que os levaram a desejar essas profissões quando eram crianças, pré-adolescentes e jovens. Para facilitar o trabalho do grupo, você pode dar um exemplo: “ os desenhos animados, às vezes, trazem certas imagens de profissionais. Essas representações da televisão nos influenciam a querer (ou não) ser um médico, um dentista ou um advogado”.
As respostas do grupo devem ser redigidas em forma de itens na folha de cartolina que foi distribuída para que as respostas possam ser socializadas.
Peça que os grupos compartilhem os resultados do seu trabalho e promova uma discussão sobre as influências da família, dos meios de comunicação e do ambiente social nas ima- gens que projetamos sobre as profissões. Algumas perguntas podem orientar a discussão: há semelhanças e diferenças entre as profissões que nos interessavam na infância, na pré- adolescência e na juventude? Quais fatores influenciaram nossos interesses e preferências profissionais? O ambiente social em que vivemos e crescemos influência nossos interesses e preferências? Como podemos explicar as mudanças de nossos interesses e preferências profissionais?
Comentários: Essa dinâmica permite que os jovens identifiquem uma série de fatores que influenciam o processo de escolha profissional: a educação e referências dos pais e familia- res, o contato com profissões e profissionais, as representações nos meios de comunicação, as oportunidades de formação e qualificação profissional, as informações que temos sobre a demanda do mercado de trabalho, nossos interesses pessoais por certas temáticas e co- nhecimentos científicos, entre outros.
Trata-se de uma estratégia bastante interessante para desconstruir a ideia de que nasce- mos predestinados a seguir essa ou aquela profissão ou de que os indivíduos possuem uma essência que os induz a seguir certos caminhos profissionais. Ninguém deseja o que
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Comentários: No fechamento desta discussão é importante enfatizar que não é intuito da atividade encontrar respostas corretas ou incorretas, pois elas estão relacionadas às nossas crenças e valores, o que varia muito, conforme as aprendizagens na famí- lia, na igreja, na escola, nos espaços de trabalho, na relação com os nossos amigos, através dos meios de comunicação etc. Ou seja, os valores e posições sobre as coisas não são um dado natural, mas resultam do aprendizado da cultura de um determinado grupo ou sociedade.
No mesmo sentido, vale problematizar com os jovens que as opiniões também não são estáticas. Cada indivíduo pode viver experiências capazes de alterar seus pontos de vista e modos de ver o mundo. Por exemplo, muitas pessoas quando crianças gostam de certas disciplinas escolares e na adolescência, por causa de alguma experiência, mudam suas preferências. Ou seja, gostar ou não gostar de matemática pode estar relacionado a uma experiência particular, a um professor legal, a um conteúdo específico, a minha história nesta disciplina.
Além disso, a sociedade também muda bastante ao longo do tempo. Há muito pouco tempo as mulheres sequer eram admitidas em cursos de nível superior e hoje elas são a maioria dos universitários brasileiros. O mais importante nesta atividade é que os estu- dantes se deem conta do quanto o ambiente cultural influencia as opiniões e pontos de vista, inclusive no que diz respeito ao mundo do trabalho e às escolhas profissionais.
Atividade 5 | As partes e o todo
Tempo: 50 minutos (1 aula)
Objetivo: Avançar na discussão sobre crenças e valores que influenciam nossas escolhas e posições sobre o mundo do trabalho.
Materiais: Folhas de sulfite, canetas, giz e lousa.
Processo: Distribua folhas de sulfite aos estudantes e certifique-se de que todos possuem uma caneta para participar da atividade. Depois escreva na lousa o roteiro a ser respondido por eles, conforme a indicação do quadro:
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Na folha de sulfite os estudantes precisam apenas escrever o número da questão e a res- posta, com o nome da pessoa que consideram ser um bom exemplo para cada situação e a justificativa da sua resposta, ou seja, o que faz dessa pessoa uma referência de beleza, felicidade, sucesso, prestígio, admiração etc.
Conforme os estudantes forem terminando de realizar este exercício mais individual, você pode incentivá-los a formar grupos de quatro ou cinco pessoas, para que comparem suas respostas, observando se há semelhanças nas indicações e se utilizaram os mesmos crité- rios e justificativas para a eleição das pessoas.
Após alguns minutos, solicite que dois subgrupos apresentem a síntese de suas discussões, se possível, dando exemplo de diferenças e semelhanças nas respostas de seus partici- pantes. No debate, explore os sentidos que os jovens deram para os diferentes termos uti- lizados: todos eles utilizam os mesmos parâmetros para eleger uma pessoa bem-sucedida, bela, batalhadora ou feliz? Os sentidos que atribuímos ao sucesso, à felicidade, ao prestígio etc. interferem nas nossas escolhas profissionais? Como? Por quê?
Comentários: Incentivando os jovens a explicitar quem são as pessoas importantes para suas vidas e principalmente as motivações que fazem com que elas sejam referências posi- tivas, pretende-se com essa atividade dar prosseguimento à discussão sobre como a cultura e os valores influenciam as nossas preferências e percursos em diferentes âmbitos da vida, inclusive no que diz respeito ao mundo do trabalho e às escolhas profissionais.
A atividade visa mostrar que não utilizamos os mesmos parâmetros e “réguas” para eleger e avaliar prestígio, felicidade, êxito, beleza etc. Por exemplo, podemos considerar que um executivo é bem-sucedido porque foi capaz de acumular um número significativo de bens